spoiler visualizarDanielFurtado 04/03/2018
O sonho de Uhtred
Uhtred estava em busca de tomar Bebbanburg, comandada pelo seu primo também chamado Uhtred, filho de AEofric, o tio que usurpara o senhorio. Foi para o norte e tinha em torno de duzentos homens. Seu primo parecia contratar mercenários para aumentar sua defesa. Nórdicos chegavam a Bebbanburg.
As tropas de seu primo eram comandados por Waldhere. Uhtred estava devastando assentamentos locais e destruindo arrendatários do seu primo enquanto o confronto decisivo não ocorria.
Certo dia, porém, Uhtred recebeu um padre, que era mensageiro de Sigtryggr, seu genro e agora rei da Nortúmbia. Ele pediu o seu retorno com urgência. Supostamente, os saxões ocidentais estariam atacando a Nortumbia. Nessa época, Uhtred tinha tomado Dunholm.
O rei escocês Constantin foi até Uhtred com muitos guerreiros. Ele havia expulsado os nórdicos mercenários em Bebbanburg e agora ele controlava a região, embora a fortaleza ainda permanecesse com seu primo. Ele almejava a expansão do território escocês sobre a Nortumbia.
O reino de Alba, na Escócia, estava atacando a Nortumbia e mandou Uhtred desistir da região e seguir para o sul. Sem chance no momento, foi para o Sul.
Chegando em Eoferwic, soube que Sigtryggr, junto de sua esposa Stiorra e seus guerreiros, foi para
Lindcolne. Ao assuntar em uma taverna local, suspeitou que os escoceses haviam tramado uma armadilha com os saxões.
Uhtred sabia que havia facções de Wessex, especialmente lideradas por Æthelhelm, maior eldorman de lá, que defendiam que um ataque para tomar a Nortúmbia deveria acontecer. Wessex já havia tomado a Ânglia Oriental e deveria expandir para o norte para formar a ?Anglaterra?, tão sonhada por Alfredo.
Uhtred decidiu espalhar um boato de que ele iria para a Frísia diante do Norte da Nortúmbia estar sob mãos dos escoceses e do Sul do Reino sob ameaça de Wessex.
A mando de Æthelhelm, saxões ocidentais atacariam outros dos seus disfarçados de homens de Sigtryggr. Isso seria um ardil que daria motivos para Eduardo enfim declarar guerra contra a Nortúmbia. Uhtred, porém, impediu o plano e capturou os agressores.
Uhtred seguiu para Huntandun, onde haveria uma reunião que contava com o rei Eduardo, AEthelflaed e Sigtryggr, além de importantes eldormans, como Æthelhelm. Cenas sensacionais. Uhtred sabe causar impacto.
Após mostrar que não houve rompimento do tratado de paz, Æthelflaed e Sigtryggr concordaram em uma trégua de uma ano.
Æthelstan foram o refém para coroar a trégua, com a bênção de Eduardo. Uhtred amava o príncipe como um filho. Æthelhelm não levou a culpa, que passou para Brice, homem de confiança do eldorman, que acabou punido com a morte por violar a trégua.
Em conversa particular com o rei Eduardo, o protagonista foi perguntado de que lado estaria na guerra futura. Uhtred despistou e disse que planejava ir para a Frísia. Ficou sabendo pelo rei que AEthelflaed estava muito doente. E era a ela que Uhtred tinha um juramento.
AEthelflaed e Uhtred conversaram a sós. Os dois ainda se amavam muito. Ela externou seu desejo que sua filha fosse soberana da Mércia após sua morte. Após, os dois trocaram afetos e Uhtred partiu com o seu genro, o Rei Sigtryggr. Ele nunca mais a veria.
O protagonista seguiu espalhando o boato de que iria para a Frísia, embora fosse mesmo para Bebbanburg.
Descobriu que Æthelhelm estava enviando suprimentos de barco para o seu primo em Bebbanburg, que estava sofrendo um cerco de Donall, comandante do Rei escocês Constantino. O abastecimento partiria de Dumnoc, a
na Ânglia Oriental, e o protagonista para lá seguiu disfarçado, sem parecer guerreiro, apenas um velho.
Lá chegando viu a filha mais nova de Æthelhelm no cais do porto. Descobriu que ela estaria indo para a Nortúmbia. Iria se casar com o primo de Uhtred, também Uhtred. Era a vingança do maior eldorman de Wessex. Ele agora era aliado do primo do protagonista. Levaria tropas para ajudá-lo em Bebbanburg e teria grande força no norte, aumentando ainda mais sua influência, especialmente junto ao Rei Eduardo de Wessex.
O bispo Ieremias chegou lá. Ele era do norte. Na verdade, era um dinamarquês aparentemente meio lunático convertido ao cristianismo. Era arrendatário de terras de Uhtred em Dunholm. Parecia aliado de Æthelhelm.
Uhtred chegou ao desespero. Não tinha como voltar a tempo de encontrar seus homens e barcos para caçar os de Æthelhelm que iam para Bebbanburg. Porém , subitamente, uma frota nórdica chegou em Dunholm para um ataque, mudando todo o cenário.
Einar, norueguês que agora era pago por Constantino da Escócia, era o comandante do ataque e fez um estrago. Uhtred fugiu em um barco mercante.
Ieremias era aliado de Einar e Donall.
Uhtred chegou a Grimesbi. Seus homens o esperavam e partiram três barcos de guerreiros rumo a Bebbanburg.
Antes, porém, passaram nas terras de Ieremias, em Gyruum, e acuaram o falso e louco bispo. Eles estava fazendo um jogo duplo, ao lado de Constantino e também de do Senhor Uhtred (o primo), em troca do mosteiro de Lindsfarena, que ficava próximo a Bebbanburg. O protagonista agora o convencera a fazer um jogo triplo, mesmo sabendo que ele não era de total confiança.
Partiu enfim de Gyruum para Bebbanburg. No mar, viu que outra frota ia atrás, certamente de Æthelhelm.
Uhtred esperava tomar a fortaleza ou estar morto ao final do dia. Tudo dependeria do seu primo abrir ou não a fortaleza. Ele certamente esperava suprimentos vindos de Æthelhelm, que agora era seu aliado e seria seu sogro.
Por um momento, mesmo utilizando o estandarte de Æthelhelm e estando lá o barco de Ieremias (que acreditavam ser aliado), os portões permaneceram fechados. Desespero invadiu Uhtred e seus homens. Porém, o portão de abriu. O portão do mar foi fechado após as tropas do protagonista o dominarem. Os navios perseguidores chegaram à praia com as tropas de Æthelhelm, mas o portão já havia sido novamente fechado.
A batalha de Uhtred agora era dentro da fortaleza. Fora da fortaleza, outra batalha seria travada: tropas de Æthelhelm contra os escoceses.
Uhtred e seus guerreiros dominaram o cume da fortaleza, mas a batalha sangrenta pelo seu controle ainda estava por vir.
Parte das tropas de Æthelhelm, auxiliadas pelo comandante de Bebbanburg conseguiu penetrar na fortaleza para reforçar as tropas que defendiam a fortaleza. Uhtred recuou para o portão de baixo.
Nesta altura, porém, seu primo já havia organizado seus homens dentro da fortaleza e eles estavam em maior número. Uhtred olhou para o céu e ofereceu a batalha a Tor. Naquele momento, sentiu-se abençoado por Tor e Odin.
Um momento de intensa tensão se seguiu. Waldhere, comandante do seu primo, instigou seu cavalo para frente e acabou desafiado por um homem de Uhtred. Era o príncipe Æthelstan, que sequer deveria estar lá , mas de disfarçada para seguir com as tropas de Uhtred. Esbanjando nobreza, orgulho e técnica, o príncipe ganhou o confronto.
As tropas atacaram. Foi uma batalha brutal na parede de escudos. A ?matilha? de Uhtred, calejada de inúmeras batalhas e temidas por toda a Britânia, foi brutal, embora também tenha tido boas baixas no combate.
Vencendo a batalha, Uhtred chamou seu primo Uhtred para uma luta particular. O primo estava apavorado. Finan, Cedic, Berg e o filho Uhtred faziam uma carnificina voraz, enquanto o inimigo se rendia ou tentava se render.
O príncipe Æthelstan tocou uma trombeta e deu por acabada a batalha, declarando Uhtred vencedor. Mas ele queria matar o primo em um combate individual. Porém, a recusa em lutar deste o levou a sua morte da mesma forma. E assim, anos depois, anos de intenso sonho, o protagonista voltava para casa. Bebbanburg era sua como era de direito.
A luta fora da fortaleza assim se desenrolou: o norueguês Einar, que passara do lado do primo de Uhtred para o dos escoceses que sitiaram Bebbanburg, morreu. Inobstante, vencera os homens do eldorman Æthelhelm. Os homens de Einar fugiram com o dote de ouro que viria para o casamento da filha do eldorman de Wessex com o primo de Uhtred.
No dia seguinte à batalha, Uhtred teve um conversa com Donall, comandante de Constantino, que situava a fortaleza. Os escoceses partiram, pois homens de Sigtryggr estavam marchando para o norte para ajudar Uhtred.
Æthelhelm negociou a rendição com Æthelstan. A filha do primeiro seria refém e o pai pagaria um resgate a Uhtred.
Ao fim do volume 10 das Crônicas Saxônicas, ainda resta a efetiva unificação da Inglaterra, que a história nos diz que viria sob a batuta do futuro rei Æthelstan.