Romeu Felix 11/03/2023
Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
O livro "Diário de Uma Guerra Estranha" é uma coletânea de textos escritos por Jean-Paul Sartre durante sua visita ao Vietnã em 1967. Publicado pela primeira vez em 1983, o livro foi organizado por Benny Lévy, amigo e ex-secretário de Sartre. A edição brasileira foi publicada em 2005 pela editora Nova Fronteira.
Com 688 páginas, o livro é dividido em quatro partes. A primeira parte é composta pelo diário propriamente dito, no qual Sartre descreve suas impressões e experiências durante sua visita ao Vietnã. A segunda parte inclui artigos escritos por Sartre e publicados em jornais franceses durante sua estadia no país asiático. A terceira parte é composta por entrevistas concedidas por Sartre à imprensa internacional durante e após sua visita ao Vietnã. Por fim, a quarta parte inclui textos escritos por Benny Lévy, que contextualizam a visita de Sartre ao Vietnã e a importância do livro.
No diário, Sartre descreve o que viu e ouviu no Vietnã, incluindo as condições de vida das pessoas, as estratégias militares adotadas pelos Estados Unidos e a resistência do povo vietnamita. Ele também reflete sobre o papel dos intelectuais e artistas na luta contra a opressão e a guerra. Em seus artigos, Sartre aborda temas como a política internacional, a relação entre a França e os Estados Unidos e a situação no Oriente Médio.
Nas entrevistas, Sartre explica suas posições políticas e filosóficas e defende a luta do povo vietnamita contra a agressão dos Estados Unidos. Ele também critica o papel da imprensa ocidental na cobertura da guerra e explica por que decidiu visitar o Vietnã.
Benny Lévy, por sua vez, contextualiza a visita de Sartre ao Vietnã e a importância do livro como uma crítica à guerra e ao imperialismo. Ele também fala sobre a amizade e colaboração entre Sartre e ele próprio, e sobre a importância de Sartre para a filosofia e a política.
Em resumo, "Diário de Uma Guerra Estranha" é uma obra importante para entender a visão de Sartre sobre a guerra e o imperialismo, e para refletir sobre o papel dos intelectuais e artistas na luta contra a opressão. O livro é uma leitura densa e exigente, mas recompensadora para aqueles que se interessam pela filosofia e pela política.
Por: Romeu Felix Menin Junior.