A Vindication of the Rights of Woman

A Vindication of the Rights of Woman Mary Wollstonecraft




Resenhas - A Vindication of the Rights of Woman


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Marcos606 11/06/2023

Neste poderoso tratado, Wollstonecraft argumentou, com paixão e sagacidade, que a educação que as mulheres recebiam tinha como objetivo torná-las meros ornamentos brilhantes na vida dos homens, uma maneira indigna de passar a vida e não propícia para desenvolver habilidades de pensamento crítico. Essa educação inadequada impediu o desenvolvimento intelectual das mulheres, prendendo-as em papéis sociais limitados e levando-as a viver vidas infelizes e constrangidas.

Como pensadora do Iluminismo, Wollstonecraft tinha fé na razão, no individualismo, na autodeterminação e na doutrina dos direitos naturais, e pensava que mulheres e homens eram iguais intelectual e espiritualmente. Ela rejeitava que as mulheres fossem educadas para acreditar que a coisa mais importante que podiam fazer era se casar e servir a seus maridos. Os homens, por outro lado, foram educados para pensar e criar nas profissões que escolheram, sendo o casamento e a família menos importantes.

Ela chamou o casamento de “prostituição legal”, pois era somente pelo casamento que as mulheres podiam adquirir um futuro econômico seguro para si e para seus filhos, pois sua educação inadequada as preparava para nada além de serem esposas.

Com os direitos vêm os deveres, argumentou Wollstonecraft, mas se os direitos naturais das mulheres não fossem respeitados, a sociedade não poderia esperar que elas cumprissem os deveres de forma complementar a uma vida virtuosa. Em vez de uma educação destinada a conferir “refinamento”, as meninas devem receber uma educação em pensamento crítico e razão. De acordo com Wollstonecraft, isso lhes permitiria pensar racionalmente, desenvolver seus próprios interesses e ser menos facilmente enganadas. Também permitiria que as meninas cuidassem de suas almas, porque com razão elas seriam capazes de distinguir o certo do errado, em vez de depender de outras pessoas para fazer essas determinações.

Defendeu um currículo educacional melhorado e que o governo estabelecesse um sistema educacional nacional que meninas e meninos frequentassem juntos. Uma educação adequada trataria as mulheres como totalmente humanas - iguais aos homens - e as equiparia para serem melhores esposas, mães e cidadãs. Quando as mulheres tivessem arbítrio e, portanto, fossem mais felizes, a sociedade melhoraria.

Os homens e a sociedade em geral se beneficiariam com a inclusão total das mulheres na esfera pública. A sociedade não apenas teria os benefícios das contribuições das mulheres, mas, como elas agora seriam capazes de se sustentar, as mulheres poderiam se casar por amor verdadeiro e não por interesse econômico.
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Jéssica 19/05/2020

Independência
Mary Wollstonecraft questiona a natureza humana feminina que justificava o tratamento desigual dado às mulheres.
Partindo do pressuposto que todos os seres humanos devem buscar a virtude pelo exercício da razão, defende o direito das mulheres de terem acesso à educação, que reputa essencial para garantir a independência de pensamento e a financeira.

Achei muito interessante, porque o acesso das mulheres aos direitos individuais hoje é algo tão natural, que é estranho ter que achar argumentos que o justifiquem.
Isso, aliado ao tom ácido das críticas da autora, tornam alguns pontos do livro engraçados. Mas, é aquela graça agridoce, que vem do absurdo. No fundo, é triste perceber como as mudanças significativas são recentes, muito embora os sentimentos de revolta e injustiça sejam antigos.

Vale lembrar: é um livro de filosofia escrito no Século XVIII. Por mais objetiva que a autora seja, ainda é um livro denso, que requer paciência, reflexão e um certo conhecimento prévio sobre o assunto.

Li em inglês, no e-book da coleção Amazon Classics, que estava disponível de graça.

Ah, Mary é a mãe de Mary Shelley, autora de Frankenstein. Romance ótimo que também está disponível gratuitamente em inglês na mesma coleção.
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larissa_mussa 10/04/2020

Para minha primeira resenha digo que não é uma
leitura simples. Na verdade, a versão em português vem bem mais densa do que a inglês, isso me fez trocar na metade do segundo capítulo - logo, se for possível leia em inglês, é mais fácil e corrida de entender. Com relação ao conteúdo, tenho minhas opiniões contrárias a autora, principalmente quando ela bate na tecla de reconhecer a mulher como inferior nos quesitos biológicos, mas entendo que seja algo relativo à época da escrita do texto. No mais, na minha humilde opnião, é uma leitura essencial para mulheres que estão descobrindo o universo do feminismo.
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