Ravensbruck

Ravensbruck Sarah Helm




Resenhas - Ravensbruck A História do Campo de Concentração


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Caia.Monti 21/04/2024

Deram atenção pra gente doida e virou isso, um hospício que quem realmente tinha problema era os que comandavam. Surreal as atrocidades que essa gente sofreu
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Guilherme Dehon 28/01/2024

Ravensbrück...
A edição que tenho de Ravensbrück, possuí 924 páginas, e destas, 850 páginas são de história e as demais, divididas em notas, Bibliográfia e Índice.

"Quando conversamos, muitas mulheres tiveram crises de choro. Muitas vezes houve risos. Nenhuma estava amargurada. Mas tampouco acho muitas delas perdoaram; certamente, nenhuma esqueceu."

Foi o único campo de concentração nazista construído para mulheres;

Sua história de crimes hediondos e coragem das vítimas, é quase desconhecidos;

Aberto em 1939 e operacional até o final da guerra, cerca de 130 mil mulheres passaram por lá, onde foram exploradas, torturadas, assassinadas, não necessariamente judias.

A princípio a maioria das prisioneiras eram alemãs que se opuseram às ideologias de Hitler - comunistas, testemunhas de Jeová; Prostitutas, criminosas, desabrigadas, ciganas, doentes mentais...

No início, o único objetivo dos campos de Hitler era esmagar a oposição interna alemã e só depois disso outros objetivos - a tal da purificação racial - seriam perseguidos.

Seja pela dificuldade de obter provas principalmente após o início da Guerra Fria, ou por algum motivo específico ou mesmo por desinteresse, Ravensbrück ficou praticamente no limbo do esquecimento...

Após finalizar essa obra magistral de investigação histórica, é difícil adjetiva-lá...

Surreal talvez? Sinceramente não sei...

Só sei que Sarah Helm foi realmente detalhista ao descrever com clareza, e trazer à baila, os horrores perpetrardos pelo Partido Nacional Socialista (Nazismo), nos campos de concentração/extermínio, e também pelos Soldados do Exército Vermelho após as libertações dos vários campos inclusive o de Ravensbrück.

Sarah também relatou com maestria, o quanto muito dessas mulheres, mesmo com todo o sofrimento sem medidas, não parecendo nem mais seres humanos, tiveram coragem para resistir...

Apesar de realmente ter um conteúdo muito denso, pesado, angustiante, a leitura é de fácil entendimento.

É uma obra que todos que puderem deveriam ler.
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Rosangela Max 22/07/2022

Um dos mais completos que já li sobre o tema.
Alerta textão, porque este livro mereceu!

Ravensbruck foi um campo de concentração para onde eram levadas as mulheres, de várias nacionalidades, judias e não judias, que os nazistas consideravam perigosas ou inúteis (para o trabalho e para a sociedade), também conhecidas como marginais sociais.
Foi lá onde foi implementado pelo médico sádico Walter Sonntag os experimentos mais terríveis, usando prisioneiras como cobaias.
Historicamente pouco se fala sobre as mulheres. O que é aterrador, pois mais da metade das vítimas foi composta por mulheres.
Há vários pontos altos nesta leitura e, para mim, um deles foi conhecer mais sobre como foi a passagem de Olga Benario Prestes neste campo. Outro ponto que se destacou pra mim foi em relação a força, a coragem e a resistência apresentadas por alguns grupos como as soviéticas, as francesas, as polacas e as testemunhas de Jeová que, mesmo a base de torturas, castigos e condenações à morte, se recusaram até o fim a abrir mão de suas convicções e fé.
Um diferencial deste livro é que ele conta não só a história de algumas prisioneiras (tanto de figuras femininas emblemáticas do Comunismo quanto de anônimas notáveis) como também de alguns funcionários/funcionarias. Nessas histórias são dados exemplos de pessoas que deixaram seu lado mal ou seu lado bom aflorar. Afinal, são nas situações de maior tensão e desespero que somos postos à prova.
Como era de se esperar em leitura deste tipo, muita coisa foi difícil de digerir. A indignação borbulhou ao saber que a empresa Siemens não respondeu judicialmente por ter usado o trabalho escravo das mulheres de Ravensbruck e por ter feito vistas grossas aos maus tratos e as execuções as quais elas eram submetidas. Muitos guardas e funcionários do campo de concentração não foram sequer julgados. E, como se isso não bastasse, estas mulheres também foram vítimas de abusos pelos soldados soviéticos que foram vistos como ?salvadores?.
Durante anos elas foram impossibilitadas de contar sobre suas experiências porque ninguém queria saber sobre os horrores que elas viveram, bem como não queriam denegrir a imagem de salvadores dos soldados. Enfim, é tem tantos absurdos e podridão envolvidos na histórias destas mulheres que chega a ficar impossível retratá-los.
A qualidade da pesquisa e da escrita da autora são tão impressionantes que parecia que ela tinha participado de cada etapa de construção e funcionamento do campo de concentração, alem de ter conhecido pessoalmente cada personagem desta história e, de quebra, nos levado junto como companhia.
Para quem se interessa pelo tema, considero este uma leitura obrigatória.
Super recomendo.
CPF1964 22/07/2022minha estante
Excelente Resenha. ????


Rosangela Max 22/07/2022minha estante
Muito obrigada! ??


Rafa.Lotti 03/04/2024minha estante
Fiquei muito curiosa pela resenha. Deve ser realmente uma leitura incrível e difícil de ler. Parabéns pela resenha.




Mara 13/03/2022

Pesado e necessário!
Não conhecia a história do campo de concentração de Ravensbruck, realmente os nazistas fizeram um bom trabalho, desde o local da construção, no meio do nada, até a total distribuição de provas de importantes acontecimentos de extermínio, como as camaras de gás. É muito triste saber que muitos naos foram punidos por seus crimes e muitas vidas foram simplesmente esquecidas pela história.
Um relato difícil de imaginar e necessário de ser contado pra que nunca seja repetido.
Aécio de Paula 13/03/2022minha estante
Troca? Tem 2 sobre a Coreia do Norte


Mara 13/03/2022minha estante
Gosto de conhecer histórias, mas me apego aos livros, não troco não, está na minha biblioteca paravos meus filhos lerem quando for apropriado.




Joyce 02/07/2021

UTILIZEI NA MONOGRAFIA
Livro pesado e denso, extremamente informativo, detalhado e com relatos reais de algumas das vítimas do holocausto, em especial do campo de concentração feminino, Ravensbruk. Leitura necessária!
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Juliana 12/03/2021

Extraordinário
De todos os livros que já li sobre o tema, que foram vários (gosto bastante do assunto), eu não tinha conhecimento sobre um campo de extermínio nazista exclusivo para mulheres, Ravensbruck foi uma surpresa, boa e ruim, demorei bastante para terminar a leitura, são relatos pesados, tristes e revoltantes, sem duvida nós faz pensar/refletir na maldade do ser humano, por contra partida temos situações de bondade, compaixão e esperança entre as prisioneiras. Autora fez um trabalho impecável, recomendo a leitura.
Claúdia 12/03/2021minha estante
Gosto bastante desse tema, já quero lê.




Jonas 29/12/2020

?[...] Ninguém teria sobrevivido sem sorte, principalmente com a saúde. Ninguém teria sobrevivido sem amigas e famílias ad hoc, que ajudaram a manter a cabeça no lugar...?

É impossível descrever o quanto Helm fez para resgatar a história desse campo de concentração, fico imaginando suas inquietações e em como ela foi corajosa, pois seu livro é de fato uma das coisas mais importantes e completas que já li nesse gênero. É documental. É histórico. E ela fez jus dando voz a tantas sobreviventes de Ravensbrück.
O livro é em sua totalidade uma preciosidade, mas para te instigar a ler vou citar alguns tópicos de assuntos muito bem descritos e com tamanho valor histórico:

- Olga Benário Prestes (A escritora traz um incrível relato de como foi os dias de Olga enquanto esteve nas mãos dos nazistas. Mulher de Luiz Carlos Prestes, o conteúdo descrito nas cartas em que ela trocou com sua mãe e com seu marido durante sua prisão são de deixar qualquer leitor imbuído em um mix de esperança e indignação);

- Coelhas (Aqui a autora descreve o que foi o nazismo para as prisioneiras que foram vítimas de experimentos diversos e em como a luta em prol do controle de seu próprio corpo se tornou único recurso para sua sobrevivência);

- Os transportes negros ( Esses transportes foram a forma em que os alemães encontraram para transportar as prisioneiras de um campo a outro para que fossem gaseadas, já que nem todos campos contavam com instalações de câmaras de gás. As escolhas destas prisioneiras eram as mais diversas e parecia não ter critério nenhum, o que se sabia, era que uma vez dentro dos transportes ninguém mais saberei seu paradeiro e nem o que tinha acontecido com você. Muitas morriam antes mesmo de chegar ao outro campo, devido a fome e frio congelante);

- A festa infantil (Neste capítulo a jornalista relata a ótica das crianças dentro do campo. Envoltas por fome, sofrimento e medo, aquelas crianças haviam amadurecido muito cedo, porém, seu crescimento físico era corrompido pela dieta pela qual todos prisioneiros estavam sujeitos. Outro ponto em que ela toca é a esterilização que estas crianças passaram por causa desse regime militar e em como foram forçadas a carregar o destino que lhes impuseram);

- A marcha da morte (Aqui o relato é sobre o desespero dos nazistas no fim da guerra e em como o avanço do exército russo fez com que medidas drásticas fossem tomadas visando eliminar qualquer tipo de vestígios de tais atrocidades. As prisioneiras eram forçadas a marcharem em plena noite e debaixo da neve, sem pausa e no meio de bombardeios, muitas, obviamente, não aguentavam e morriam pelo trajeto);

- Os ônibus brancos (Os ônibus brancos é um momento muito emocionante do livro, que fala de como foram a chegada dos primeiros resgates das sobreviventes. Ao mesmo tempo em que somos inundados por esperança, vimos o outro lado desesperado daquelas que ficaram para trás e que ficaram na dúvida se outros ônibus chegariam e se sairiam do campo para encontrar suas famílias).

Esses tópicos que fiz acima, são apenas provocações para que você de fato leia esse livro. Todas passagens nos conduz de forma muito integra e sincera sobre os horrores desse campo. Mas essas foram, para mim, passagens responsáveis por momentos de muita reflexão e angústia.
Finalizo dizendo que pude conhecer muitos nomes nunca antes citados em outros livros sobre o holocausto que li, e vi o quão importante para a nossa história é o resgate dessa memória. Sejamos então testemunhas, para que assim, possamos combater qualquer faísca de algo semelhante que possa vir!
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Nanda 26/09/2020

Coração partido .
Sempre leio sobre a Segunda a Guerra , mas esse livro em especial me causou uma dor muito maior .Saber de toda a crueldade que as mulheres sofreram nesse campo e outros subcampos, fez meu coração sangrar de tanta dor e revolta . E por mais que eu leia sobre , eu nunca irei entender como o "ser humano" conseguiu chegar a tanto . A história precisa ser contada , escrita e lida , para não ser repetita .
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Jon 23/07/2020

Indispensável!
Ravensbrück, enquanto campo de concentração e posteriormente de extermínio, ficou esquecido por muito tempo e por vários motivos. Mas Sarah Helm fez um trabalho extraordinário para juntar as peças desse quebra-cabeças e trazer à tona a história dessas bravas mulheres que foram tão maltratadas sob o regime nazista. É um livro indispensável que conquista o seu lugar entre tantos relatos das atrocidades do Holocausto. Leitura obrigatória.
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Camila 12/06/2020

Grandioso
O livro é um verdadeiro documentário sobre Ravensbrück. É impressionante toda a informação que a autora conseguiu reunir dada a falta de documentos sobre o campo. Um trabalho precioso, que requer estômago para ler. Em alguns momentos deixei o livro de lado, pois a crueldade relatada me afetava de tal forma que era impossível prosseguir com a leitura, principalmente quando se descreviam os experimentos médicos. É inacreditável como o ser humano pode ser cruel, mas, mais que isso, é inacreditável a força, a resistência e a vontade de (sobre)viver dessas mulheres. Deixo aqui um dos trechos que mais me marcou: "Para mim, aquilo foi como ver uma pintura do inferno. Por que uso esta palavra? Não porque tenha visto algo terrível acontecendo ali, mas porque, pela primeira vez na vida, vi seres humanos que eu não sabia se eram homens ou mulheres. Tinham o cabelo raspado e estavam magras, infelizes e imundas. Mas isso não foi o que mais me surpreendeu. Foi o olhar delas. Tinham o que eu chamaria de expressão de morte."
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Letícia 30/11/2019

Difícil mas necessária leitura!
Finalizei a leitura em Julho/2019, mas todas as vezes em que eu parava para traçar algumas linhas sobre a minha experiência de leitura, nunca conseguia. Estou familiarizada com leituras sobre a Segunda Guerra Mundial, bem como diversos outros materiais: filmes, documentários e reportagens.

Mas ler a história do campo de concentração nazista exclusivo para mulheres me tirou totalmente do eixo. Reconhecer na dor do outro e ainda mais do seu gênero foi algo dilacerante.

Não teria muito espaço para transcrever trechos e trechos que marquei no meu exemplar, um pequeno calhamaço de 922 páginas, escritas brilhantemente por Sarah Helm, uma jornalista que fez uma extensa pesquisa em arquivos e diversas entrevistas com as sobreviventes e também com pessoas que de alguma forma estavam ligadas à elas. Confesso que por diversas vezes eu tive que parar um pouco a leitura, respirar, e mesmo assim não conseguia desvencilhar o pensamento acerca do sofrimento de cada mulher ali relatado.

Nesse incrível relato existe uma parte dedicada à uma personagem conhecida dos brasileiros - Olga Prestes - entregue à Hitler pelo governo de Getúlio Vargas, Olga estava grávida. Aproveito para recomendar o livro Olga de Fernando de Morais e a trilogia biográfica de Getúlio Vargas, escrita por Lira Neto.

O livro vai nos contando as histórias dessas mulheres e como Hitler através de Himmler orquestrou esses campos de trabalho forçado e de extermínio. O dia a dia no campo, o horror das experiências de Mengele, a fome, as doenças, e a morte sempre a espreita. A proteção mútua entre as prisioneiras e a solidariedade de pessoas externas ao campo.

Um relato de dor, morte, tristeza, mas sobretudo, um relato que nos faz pensar a cada dia sobre nossa condição humana e a empatia pelo próximo.

Eu só posso recomendar que leiam. Leiam devagar, respirem, pensem, pesquisem. Não se assustem com o número de páginas, elas são extremamente necessárias para nos levar bem no ritmo da narrativa.

Figura como uma das melhores leituras de 2019, com certeza!
VdeVeruska 26/01/2020minha estante
gostei muito da sua resenha so me fez ficar com mais vontade de ler esse livro....




Juca Fardin 01/07/2018

Esplendoroso!
"Ravensbrück" é um daqueles livros que você pega para ler, mas não consegue parar. Nele, nenhuma linha é ficcional, e Sara Helm desfila majestosamente com sua escrita séria e honesta. Obra que nos comove e nos alerta para a maldade humana, levando-nos a uma consciência que nos levará a uma luta, para que esse terror nunca mais se repita. Melhor livro que li em 2017. IMPERDÍVEL!!!!!!!!
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