Hélio 25/03/2022Por que devemos cantar os salmos?Os três autores, Joel Beeke, Terry Johnson e Daniel Hyde apresentam boas razões para que os Salmos voltem a ter prioridade na liturgia da igreja protestante. Pois, durante toda a história da igreja o salterio era cantado pelos cristãos. Conforme argumenta o Dr. Joel Beeke "a primeira razão porque devemos cantar os salmos é que Deus os concedeu a toda a sua igreja, tanto aos judeus como aos gentios, tanto sob a antiga aliança como sob a nova. O apóstolo Paulo ordenou às igrejas dos efésios (Ef 5.19) e dos colossenses (Cl 3.16) que cantassem o Saltério e comentou o fato de os coríntios cantarem Salmos (1Co 14.15,16). Tiago também ordenou seus leitores que cantassem Salmos (Tg 5.13)." Conforme afirma vários pais da igreja, os cristãos primitivos cantavam os Salmos. O centro da adoração diária na liturgia da igreja da Idade Média era os Salmos. Durante a Reforma, Lutero fez um apelo para que fossem traduzidos os Salmos, de forma que o povo comum pudesse cantar a Palavra de Cristo. Segundo Beeke, Calvino e seus companheiros atenderam a esse apelo de Lutero e produziram as primeiras versões métricas dos Salmos para uso congregacional. E o exemplo mais importante de quem cantava os Salmos foi o Senhor Jesus Cristo. Segundo Beeke "a tradição da Páscoa era cantar o Hallel, que consistia nos Salmos 113 a 118. Na noite antes de ser crucificado, o Senhor Jesus, junto com seus discípulos escolhidos, estavam adorando a Deus por meio do cântico de Salmos."
A partir da segunda metade do século XIX os Salmos foram deixando de ser cantados nas igrejas e perdendo espaço para novos hinos. "Principalmente no início do século XX, a igreja já tinha perdido a voz por meio da qual havia expressado seu canto de louvor por mais de 1800 anos." Infelizmente, os Salmos foram deixados de lado como cânticos nas igrejas, tido por muitos como ultrapassados e substituídos pelos "hinos" contemporâneos, que muitas vezes não passa de músicas antropocêntricas, recheados de ventos de doutrinas e heresias. Mas segundo Terry Johnson algumas igrejas reformadas ainda celebram uma história de 300 anos de uso exclusivo da salmodia.