Sociedade J. M. Barrie

Sociedade J. M. Barrie Barbara J. Zitwer
J. M. Barrie




Resenhas - Sociedade J. M. Barrie


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Mila F. @delivroemlivro_ 24/08/2017

Tinha tudo para ser ótimo, mas foi monótono...
Sociedade J.M. Barrie cujo título original é The J.M. Berrie Ladie's Swimming Society foi escrito pela norte americana Barbara J. Zitwer e é um livro que traz muitas referencia ao clássico Peter Pan de J.M. Berrie.

Logo de início quero confessar que não é como se eu estivesse com altas expectativas em relação a esse livro, mas estava no mínimo bastante curiosa, no entanto, ao começar a ler, percebi que Sociedade J.M. Barrie não é bem o tipo de livro que gosto, pois mesmo tendo um enredo gostosinho e uma narrativa fluida, tudo acontece de uma forma tão morna que não se torna viciante, nem marcante, certamente não levarei essa história por muito tempo comigo, atrevo-me a dizer que daqui a dois meses se você me perguntar do que se trata o livro e quais eram os nomes dos personagens não conseguirei me lembrar. Isso para mim é algo imperdoável num livro, pois procuro livro que me envolvam, mecham com meus sentimentos.

Aqui nos iremos acompanhar a arquiteta de Nova York, Joey, que parte para Londres a fim de realizar um processo de restauração em uma construção onde, por diversas vezes J.M. Berrie ficou hospedado e que reza a lenda: foi onde escreveu Peter Pan, como a empresa de Joey ficou responsável pela restauração, Joey acabou sendo a arquiteta responsável no projeto.

Em Londres Joey vai perceber várias falhas na forma como está vivendo e como tem negligenciado pontos importantes de sua vida, de sua família e de suas amizades em detrimento do trabalho, isso se torna ainda mais evidente quando ela conhece um grupo de idosas: Aggie, Mag, Gala, Viv e Lilia e vê o vínculo forte que há entre elas, mesmo cada uma tendo personalidades tão diferentes e fortes. Além disso em Londres ela acaba se envolvendo com um viúvo que vai lhe mostrar que pode existir amor até nas coisas mais complicadas e inexplicáveis.

Sociedade J.M. Barrie traz uma narrativa em terceira pessoa o que se tornou um ponto positivo devido a tanta safra em narrativas egoístas, todas em primeira pessoa, poder analisar o "cenário" com meus próprios olhos - olhos de leitora - sem a influencia do olhar da personagem principal, foi uma experiência gratificante e que há muito tempo eu não tinha.

Contudo, apesar de muitas qualidades que encontrei em Sociedade J.M. Barrie e de uma construção de enredo bastante favorável para apreciação, a forma morna de expressar os sentimentos, a falta do trabalho sentimental com as palavras foi um grande entrave. É como se o livro tivesse tudo para ser muito bom, mas a escritora se esqueceu de trabalhar os sentimentos que ela queria passar para o leitor - veja bem, não estou falando dos sentimentos dos personagens, mas do sentimento e da emoção que um escritor deve ter em mente e que almeja passar para o leitor de seu livro, isso faltou - quando virei a ultima página careci de sentimento, foi como se nada tivesse mudado após essa leitura.

Particularmente sempre tenho tendência a gostar mais de livros que me transforma, me faz refletir, me deixa inquieta, que me faz sentir falta/saudade assim que o termino. - aliás, acredito que a maioria dos leitores são assim - no entanto, Sociedade J.M. Barrie não me transmitiu profundidade. Talvez eu tenha esperado mais do que eu supus estar esperando quando comecei a ler o volume.

site: www.delivroemlivro.com.br
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Pandora 21/08/2017

Sociedade J. M. Barrie começou a me encantar pelo titulo, uma referência ao clássico infantil "Peter Pan"; cativou pela capa, um deleite para os olhos esse mergulho em águas profundas; e me arrebatou pela forma como a autora, Barbara J. Zitmer, conta sua história.

Nele nós conhecemos a história de como Joey, uma arquiteta de Nova York em busca de reconhecimento profissional, com uma vida afetiva um tanto vazia que obtém uma oportunidade de ascender na empresa na qual trabalha reformando Stanway House, a casa na qual J. M. Barrie teria escrito Peter Pan. Para tanto a arquiteta precisa sair de seu lugar de conforto e ir para a Inglaterra encarar um novo cenário, conhecer novas pessoas, reencontrar uma antiga amiga e viver uma experiencia transformadora.

O livro todo tem uma escrita cadenciada e paciente, é como se a autora tivesse toda a história em sua cabeça bem antes de se por a escrever e não tem pressa de chegar ao desfecho da história. Ela constrói com muita calma seus personagens e as situações nas quais eles se metem. Li o livro da Zitmer durante as minhas viagens diárias para a cidade vizinha na qual trabalho e invariavelmente me senti transportada para a vida da Joey e para os cenários nos quais sua história acontece.

A Joey é uma personagem que uma vez tirada de seu lugar de conforte percebe os espaços vazios de sua vida, o quanto se sente sozinha morando em uma cidade de milhões de habitantes e o preço de ter deixado várias amizades para trás ao longo da vida adulta. É desalentador perceber junto com ela quantas coisas a vida adulta nos leva, um desalento que também senti quando li Peter Pan.

No entanto, o livro não é um drama, muito pelo contrario. Aqui temos uma história de autodescoberta, de amadurecimento e reconexão com as coisas importantes da vida e no caso da nossa protagonista um grupo de natação formado por mulheres octogenárias que conservam um coração jovem , elas formam a "Sociedade J. M. Barrie de Natação" e são mulheres fabulosas cuja forma de ver o mundo é tocante e transformadora.

Além das senhoras da "Sociedade J. M. Barrie..." Joey no interior da Inglaterra, esse lugar maravilhoso onde passado e presente se encontram formando um tipo de Terra do Nunca, ela encontra um amor e vive a maravilha e ansiedade da descoberta de sentimentos profundos. Apesar do romance não ser central no livro, ele é uma parte deliciosa da composição desse livro que garantiu um final de aquecer o coração.

Aqui temos um livro redondo, acolhedor, leve, com uma capa linda e final capaz de aquecer o coração. Estou escrevendo essa resenha ainda segurando no rosto o mesmo sorriso que tinha quando li o ultimo paragrafo do livro e indico fortemente a leitura.

site: http://www.doqueeuleio.com.br/2017/08/sociedade-j-m-barrie.html
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Fabi | @ps.leitura 15/08/2017

{resenha feita no blog PS Amo Leitura}
"Quando você lê o título "sociedade JM Barrie" qual é a primeira coisa que vem em sua mente? Acertou você que pensou em Peter Pan, Terra do Nunca.

Em "sociedade JM Barrie" nós vamos conhecer a estória da Joey: quando um colega do trabalho se afasta por tempo indeterminado por conta de um acidente, Joey é obrigada a assumir as obrigações da empresa de arquitetura em que trabalha. Ela precisa ir para Inglaterra e comandar a restauração de uma casa, a Stanway House, onde supostamente Barrie teria escrito Peten Pan e é onde será reformada.

Joey sempre foi apaixonada pela estória criada por J.M Barrie. Ela deixou isso explícito quando fez sua apresentação sobre a reforma de Stanway House. Aliás, tudo começa com a sua cachorra que se chama Tink. Porém, essa mudança de Nova York para Inglaterra será repleta de novidades e descobrimentos.

Quando Joey chega na Inglaterra ela conhece um grupo de senhoras que nadam no mesmo rio todos os dias, independente se faça sol ou neve, elas sempre estarão lá nadando. Elas se denominam como Sociedade de Natação de Senhoras J.M. Barrie. Nem preciso dizer o quanto a Joey ficou feliz pela descoberta e pela amizade que iria surgir entre elas, não é mesmo?

Mas essa não será a única coisa que irá mudar na vida de Joey: ela terá que enfrentar o desapontamento dos membros da sociedade que não concordam com a reforma e sua vida irá mudar quando conhece o encantador Ian. Como ela irá resolver tudo em pouco tempo?

Vou começar dizendo que estou completamente apaixonada pela capa. Que capa maravilhosa, não é? A editora fez um trabalho incrível. Mas agora vou dizer sobre a estória: como disse no começo da resenha, quando li o nome de Barrie fiquei bem feliz em assimilar a estória de Peter Pan com essa, porém, me decepcionei um pouco. Esses enredos que sempre "assimilam" com outra estória vem me desapontando um pouco. Por qual motivo assimilar se não há tantas semelhanças e somente um lugar?

Por mais que eu tenha gostado da escrita da autora em grande parte do livro, em outras eu achei que faltava algo mais. Alguns capítulos achei que foram bem narrados, já em outros achei que faltava mais, faltavam mais explicações e no próximo já não explicava, continuava o enredo como se o anterior não estivesse existido. Confesso que isso me incomodou um pouco. E achei que a autora "saiu do foco" principal e caminhou para o lado oposto do que foi proposto.

Independente do que citei acima, vale a pena dar uma chance à esse livro. É o primeiro romance de Barbara e eu leria outro livro da autora. Não é porque alguns pontos me desapontou que eu deixaria de lado obras futuras. Porém não nego que esperava mais.

"Sociedade JM Barrie" vai relatar a vida de Joey e como sua vida pode mudar em um piscar de olhos: um dia tudo está ocorrendo bem e em questões de segundos, você se vê desesperada para mudar aquela situação. A vida, realmente é, uma caixinha de surpresas. "

site: http://psamoleitura.blogspot.com.br/2017/06/resenha-sociedade-jm-barrie.html
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@retratodaleitora 30/06/2017

Joey é uma nova-iorquina moderna e independente que não tem muito tempo para relacionamentos, sejam amorosos (sua última experiência deixou marcas profundas) ou de amizade, já que há muito tempo não liga para suas amigas e teme tê-las perdido, apesar de não fazer nada para tentar resgatá-las. A maior parte de seu tempo é passado no trabalho; Joey trabalha em uma grande empresa de arquitetura e se entrega totalmente a isso.

Quando ela é escalada para supervisionar uma construção importante no lugar de um colega que sofreu um acidente, essa é a oportunidade que ela tem não só para crescer na carreira, mas para ficar na casa onde J. M. Barrie escreveu o livro favorito de Joey, Peter Pan.

Quando chega na pequena cidade afastada na Inglaterra, ela conhece os membros da Sociedade de Natação de Senhoras J. M. Barrie, mulheres já idosas que se reúnem, faça chuva, sol ou nevascas, para nadar nas águas geladas de um lindo lago. Joey simpatiza logo com essas notáveis figuras, que a acolhem rapidamente. Mas em seu primeiro dia ali ela também conhece o emburrado Ian, que conhece a casa como a palma de sua mão e irá ajudar na reforma do lugar, mesmo que relutantemente no início.

Joey é uma mulher forte, inteligente e decidida, mas também um pouco impaciente e que prefere fechar os olhos para algumas situações. Essa viagem não só a aproxima de pessoas verdadeiras e amizades improváveis, mas também de si mesma, fazendo-a enxergar aos poucos o quanto ela mesma esteve perdida, e tomando forças das senhoras da Sociedade de Natação para melhorar sua situação e ouvir mais seu coração. Temos, também, um bonito romance que se desenrola aos poucos.

"Estar vivo significa se machucar. Não existe meio-termo."

Resenha completa no blog:

site: http://umaleitoravoraz.blogspot.com.br/2017/06/sociedade-j-m-barrie-de-barbara-j-zitwer.html
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Silvana 25/06/2017

Joey Rubin não está se aguentando de tanta ansiedade. Mesmo sabendo que nem o fracasso, nem o sucesso da apresentação será sua responsabilidade. Se tudo der certo, Dave Wilson será o premiado. Premio sim na sua opinião, porque será ele a viajar para a Inglaterra e morar em Stanway House e supervisionar a restauração da mansão. Joey daria tudo para ser ela a viajar para a casa em que pelo que dizem, J. M. Barrie, seu autor favorito, escreveu Peter Pan. Mesmo sendo ela quem passou meses desenhando e investindo tudo naquele projeto, será Dave quem irá levar os créditos. Mas ela já está acostumada com isso, porque apesar de ela ser a pessoa que mais trabalha naquele escritório, ela nunca é a arquiteta principal de nenhum projeto. Sempre alguém leva a melhor em seu lugar.

Mas Joey tem sua grande chance quando chega a empresa e fica sabendo que Dave sofreu um acidente e está no hospital. Depois de uma apresentação apaixonada, ela recebe a noticia: ela vai viajar para a Inglaterra na véspera do Ano-Novo. E quando ela começa a fazer as malas para a viagem é que Joey se dá conta de que ela não tem amigos para se despedir. Ela teve um caso com seu chefe Alex Wilde durante um ano, e nesse tempo ela se afastou de todo mundo, já que Alex dizia querer privacidade e eles esconderam o relacionamento de todo mundo. Ela dividia seu tempo entre Alex e seu trabalho até descobrir que Alex não queria nada sério com ela e já tinha uma noiva. Mas ela ainda tem a Sarah, apesar de estarem afastadas a mais de dez anos já que Sarah mora na Inglaterra e ela em Nova York, por isso ela decide visitar Sarah antes de ir para a mansão.

E quando Sarah e seu marido Henry descobrem o que Joey foi fazer na Inglaterra, eles contam que os moradores locais, principalmente os mais velhos, não estão nada contentes com a reforma da mansão. E ela percebe esse descontentamento logo que chega ao local e é mal recebida pelo zelador Ian McCormack. E não é só ele que está descontente. Mas então Joey conhece Aggie, a mãe de Henry, e descobre que ela faz parte da Sociedade de natação de Senhoras J. M. Barrie. Aggie e suas amigas Gala, Meg, Viv e Lilia nadam no lago há mais de cinquenta anos durante o inverno. E Joey começa a nadar com elas. É uma sensação tão incrível que ela nem sabe descrever. E é na amizade com essas octogenárias que Joey vai descobrir que a vida tem muito mais a oferecer do que ela imagina. E quem sabe até vai abrir seu coração para um novo amor.

Eu confesso que solicitei esse livro para a editora por causa da capa e só quando chegou aqui em casa é que fui descobrir sobre essa ligação com J. M. Barrie, porque nunca li Peter Pan. Mas a história não é releitura nem nada do tipo, só tem as referencias mesmo, o foco da história é outro. Ele é daqueles livros que a gente pega para ler e quando percebe já foram mais de 100 páginas. A escrita da autora é tão envolvente que ela nos absorve para dentro da história e pelo menos pelo tanto que a leitura durou, eu era Joey. Senti tudo o que ela sentiu, eu ri, chorei, nadei junto às senhoras, me apaixonei, coloquei magoas antigas para fora e por fim, cresci e amadureci junto com a personagem. Em um livro que se tivesse outra capa eu nem olharia duas vezes, acabou sendo uma das melhores leituras do ano.

Joey é a protagonista, e como eu disse, ela teve um grande crescimento durante a história. No começo ela era uma pessoa frustrada e cheia de magoas e indecisões. Mas terminou o livro de bem com ela mesma e fazendo a diferença na vida de outras pessoas. Mas quem chama a atenção na história sem dúvida são as octogenárias aventureiras. Achei legal essa jogada da autora, porque enquanto Peter Pan queria ser criança para sempre, elas eram senhoras que mesmo tendo envelhecido fisicamente, ainda tinham o espirito mais jovem do que muita gente. Elas deram toda uma leveza a história. E mesmo essa história tendo vários personagens que foram importantes para o desenvolvimento dela, não posso deixar de citar o Ian que estava sobrevivendo, mas não vivendo desde a morte de sua esposa e vai reencontrar a alegria de viver junto com Joey. Enfim é um livro que eu indico com certeza. Além da história linda que você vai encontrar, ainda vai ter um belo exemplar em sua estante.

site: http://blogprefacio.blogspot.com.br/2017/06/resenha-sociedade-j-m-barrie-barbara-j.html
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Biia Rozante | @atitudeliteraria 07/06/2017

Me surpreendeu.
Joey é viciada em trabalho, ou melhor, dizendo, ela vive o trabalho, após passar por um relacionamento secreto, que terminou deixando mágoas, optou por focar sua vida única e exclusivamente para aquilo que nasceu para fazer, ou seja, trabalhar. Uma mulher inteligente, elegante, porém solitária, inconscientemente tem por hábito afastar todos a sua volta, foi assim com sua melhor amiga e pai. A única que ainda permanece firme ao seu lado é sua cachorrinha Tink, um ser especial e fofo. Por ter um coração generoso algumas pessoas acabam por abusar de sua boa vontade e ideias, porém toda dedicação está para ser recompensada, Joey poderá liderar um projeto muito importante, não apenas pelo seu valor, mas pelo contexto histórico: Reformar Stanway House, casa na qual o autor J. M. Barrie escreveu uma de suas histórias preferidas – PETER PAN.

Munida de toda determinação e animação, Joey junto com Tink embarcam para Inglaterra e além das paisagens maravilhosas ela encontra moradores locais nada felizes com a restauração. Problemas a vista? Talvez, pois Joey também contará com o privilégio de conhecer um grupo de amigas nada convencional, que tornará sua aceitação e adaptação mais tranquila.

Joey me conquistou logo de cara. Ao longo de cada capítulo somos capazes de acompanhar o desabrochar de uma mulher que vivia enclausurada em si mesma, após tantos altos e baixos, entrega a sua profissão, poder estar à frente de um projeto tão importante a enche de orgulho e fascínio, portanto passa a se dedicar mais e mais, lendo livros relacionados a J. M. Barrie, buscando de alguma forma tornar a restauração da casa, mais que um mero empreendimento. Porém, estar na Inglaterra, em um lugar tão diferente de seu habitat, com pessoas que não a enxergam com bons olhos, faz com que ela sofra um choque cultural, que passe a enxergar o lugar e seus habitantes de uma maneira diferente. Como mencionei anteriormente Joey se afastou de sua melhor amiga, não que elas não se falem com frequência, mas com o passar dos anos e falta de tempo para se encontrarem fez com que ambas perdessem momentos importantes uma para a outra e consequentemente que se tornassem estranhas, mas quando se dão conta disto um novo impasse surge, será que compensa recomeçar, ou é melhor seguir cada uma com a sua vida?

“(...) Mas se você se fechar diante de qualquer gesto bem-intencionado e de qualquer agrado inocente, vai espantar algo verdadeiro.”

Em meio a tanta coisa que absorve sua mente, problemas pessoais, profissionais, sua válvula de escape se torna correr em meio às trilhas perto de sua casa e é em meio a um destes momentos que ela se depara com a Sociedade J. M. Barrie – senhoras que se juntam para nadar todos os dias, seja inverno ou verão -, e depois deste encontro nada mais será como antes.

“Joey sentia-se em união com a água, com a brisa, com o céu e o dia, com sua vida e com tudo da vida. Tudo o que via — pássaros, árvores, o sol, o mato — de repente pareceu mais vivo, mais definido, renovado.”

Eu busquei uma maneira de incluir o romance da trama na minha resenha, mas nada em que pensei me fez adicioná-lo de maneira gradual, então vai de supetão mesmo. Não poderia ter sido mais bem colocado, é natural, real, leve e ainda assim intenso, uma troca, onde ambos vão aprender e ensinar. Uma libertação e cura. Ele não é o foco da obra, paira em segundo plano, mas quando começamos a sondar as possibilidades não paramos mais e sem que notemos já estamos com torcida organizada pela felicidade do casal. O que não significa que irá acontecer.

“(...) A liberdade pode ser solitária. A gente paga um preço alto para conservar a própria independência.”

SOCIEDADE J. M. BARRIE me surpreendeu totalmente. Quando li o título e logo após a sinopse pensei que encontraria algo totalmente diferente, talvez até um pouco de fantasia e releitura de Peter Pan, porém o que encontrei verdadeiramente foi uma bela homenagem da autora, homenagem essa feita de maneira muito sutil, nos pequenos detalhes, fato esse que abrilhantou ainda mais o enredo. E apesar de toda simplicidade da narrativa, da maneira despretensiosa e cotidiana que a autora usou para desenvolver à obra, a mesma não poderia ser mais reflexiva, marcante e encantadora.

“— Estar vivo significa se machucar — respondeu Joey. — Não existe meio-termo.”

Barbara J. Zitwer foi sagaz na construção de seu enredo. Usando elementos simples, cenários bem explorados, ela realmente foi capaz de nos transportar para dentro da história e fazer com que nos identificássemos com seus personagens. E isso não inclui apenas a nossa protagonista, já que pra mim todos os personagens apresentados se destacaram.

Falar das senhoras da Sociedade J. M. Barrie é um privilégio, queria ter a chance de conhecer seres tão intrigantes e incríveis assim em minha vida real, onde vitalidade transpira a cada poro, mulheres guerreiras, cheias de energia, histórias para contar, ensinamentos a compartilhar e uma fonte infinita de inspiração para jorrar. Apaixonante!

Mesmo que fique aqui falando e falando, ainda assim algo será deixado de lado, o que quero dizer a vocês caros leitores, é que a obra realmente é linda e conquistou meu coração. Tratando sobre recomeços, conceitos de amizade, companheirismo, parceria e amor, Sociedade J. M. Barrie se tornou uma leitura indispensável para todos aqueles que buscam por reflexão, entretenimento, leveza e um pouquinho de realidade em meio à fantasia da terra do nunca. O que me lembra de outro ponto que aprendi aqui: A juventude está dentro de cada um de nós, descubra a fonte da sua.

site: http://www.atitudeliteraria.com.br/2017/05/resenha-sociedade-j-m-barrie-barbara-j.html
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Lucas 28/05/2017

“A liberdade pode ser solitária. A gente paga um preço alto para conservar a própria independência.”
Todo mundo tem seu filme “Sessão da tarde”. Aquela história que você já assistiu milhares de vezes, mas sempre que passa de novo na tv, você não mede esforços de preparar um chocolate quente, sentar no sofá e assistir tudo outra vez. Aquela história clichê mas que te deixa com os olhos brilhando e um sorriso bobo na cara. Bom, meus caros, se Sociedade J. M. Barrie fosse um filme, seria o meu filme “Sessão da tarde” favorito.

Atualmente estou numa vibe 0% de expectativas para todos os livros que pego para ler, porque já estou cansado de depositar todas as minhas esperanças nas páginas e acabar me decepcionando (e olha que, nos últimos meses, não tem sido pequeno o número de livros que fecho fazendo aquela cara de “por que mesmo que eu resolvi ler isso?”), então, quando comecei a leitura de Sociedade J. M. Barrie, eu realmente não esperava nada, mal sabia do que a história se tratava. E depois de algumas poucas horas de leitura, já estava adicionando esse para a minha não muito extensa lista de livros favoritos da vida.
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