Verão no aquário

Verão no aquário Lygia Fagundes Telles




Resenhas - Verão no Aquário


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Monique 14/05/2021

" Quem quiser nascer, tem que destruir o mundo".
Sinceramente, mais um livro para reler na vida, riquíssimo em metáforas.
Saí da leitura sem saber se Raíza saiu ou não do Aquário, acho que sim, acho que sim.
@eu_rafaprado 13/07/2021minha estante
Eu sou o Rafa e tenho um clube do livro que se chama ?Lendo Mulheres Nacionais?, este mês estamos lendo Verão no Aquário da Lyginha! Da uma olhada no meu IG : Eu_Rafaprado , quem sabe você não se anima em participar




Mari 08/05/2021

Primeiro livro lido dessa mulher,e que livro, amei como ela descreveu cada personagem,com um final muito legal.Simplesmente leiam! ?
@eu_rafaprado 13/07/2021minha estante
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Mari 14/07/2021minha estante
Tá certo,obrigada!




santiagorossa 11/03/2021

Amores podem surgir de ciúmes, desconfiança e podem ser fluidos e supérfluos.
@eu_rafaprado 13/07/2021minha estante
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Vanu 14/10/2020

Verão no Aquário
Num universo de vontades e frustrações vive Raíza, jovem que divide sua arrastada existência entre as memórias do pai amado, um homem frágil que preferiu perder-se na bebida a enfrentar o mundo, e a rivalidade velada com a mãe escritora, ao mesmo tempo seu objeto de idolatria e raiva.
Através de imagens líricas e poéticas, que parecem discutir a validade da própria existência. Aos poucos, ela - Raiza - descobre que a vida num aquário, apesar de pacífica, é uma vida pela metade, pois não oferece luta
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Carina.Chianca 18/08/2020

Raíza tem uma relação conturbada com a mãe Patrícia, que se evidencia com a chegada de André.

Os fatos mostram a imaturidade de Raíza, e em certo momento se torna até cansativo.

De modo geral, trás boas reflexões.
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Nath 23/05/2020

Era verão também ali dentro?
Este foi o meu terceiro livro da incrível Lygia Fagundes Telles, e também foi o meu terceiro favorito da autora. Será que eu AMO essa mulher??!! DEMAIS! E ainda bem que eu ainda tenho mais tantas outras grandes obras da autora na minha estante. Fico imaginando bater um papo com a Lygia num café, ouvindo tudo o que se passa dentro da cabeça dela... deve ser uma experiência quase SENSORIAL de tão enriquecedora.

Mas esse foi "só" o meu segundo romance da autora, o meu primeiro foi o favoritaço Ciranda de Pedra (a minha segunda melhor leitura de 2019, apenas?), que foi quase tão impactante quanto este aqui. Digo, quase, porque assim como o Ciranda de Pedra, eu também me identifiquei com alguns dos dilemas vivenciados pela protagonista dessa história, a Raíza; que, como sugere o próprio nome, é uma jovem mulher extremamente enraizada ao amor fortíssimo que nutre pela mãe, ao falecido pai, ás lembranças da infância e ao passado perdido junto a esse pai. Entretanto, a minha identificação com a personagem não se resumiu a nada disso, mas sim a algo muito mais profundo abordado na narrativa... O lugar de eleição da protagonista: o famoso aquário do título!

Em certo momento, a protagonista se vê as voltas em um forte dilema: isolada do mundo externo dentro dela mesma, presa nas fortes lembranças do pai, ela deseja, impulsionada por um forte sentimento dúbio de rivalidade e amor pela mãe, romper os vidros espelhados da redoma que construiu em torno de si mesma para afogar-se em emoções muito mais profundas; que, como a própria mãe bem falou, com imensa sabedoria, não passava de "literatura", ou seja, as águas do aquário eram muito rasas quando comparado a crueza real do cotidiano da vida.

Mas a nossa Raíza quer afogar-se mesmo assim, mesmo que as suas águas sejam rasas.. Quer alcançar o sumo mais doce da fruta, mas sem morder a casca. Algo impossível! Porque a liberdade dos oceanos fora dos "aquários", requer a força da mordida da casca, requer a luta. Para se alcançar o sumo da vida tem que se arriscar em mar aberto!

"Era bom afundar para sempre mas seria preciso muita água, seria preciso um mar inteiro.", admite a nossa protagonista. Em outras palavras, seria impossível afundar num aquário.

Eu poderia ficar aqui discorrendo sobre tantas outras coisas impactantes que a Lygia abordou nessa história, como a crítica social imposta á burguesia daquela época. Ou o jovem padre André, amigo intimo ou amante da mãe da Raíza (NUNCA saberemos..), atormentado por um passado vazio de amor e afeto e que perdeu a fé em Deus. Ele também estava preso num aquário de águas sombrias; mas, diferente da Raíza, não conseguiu romper o vidro sem se ferir para sempre nas trevas de suas próprias lembranças.. Enfim, mais um livro maravilhoso da autora que mudou a minha forma de ver a vida e me incentivou a lutar sempre em oceanos mais profundos.

"Porque haveria de ser medíocre? Por acaso já experimentou ir mais além? Experimentou? Já dizia Bergson, não podemos saber até que ponto conseguiremos chegar se não nos pomos logo a caminho." Pg.103
Craotchky 23/05/2020minha estante
Adorei a resenha! Profunda. Ainda tenho que ler As meninas.


Victoria 23/05/2020minha estante
Se o livro tiver a profundidade da sua resenha, já vale mais do que a pena.


taiana 23/05/2020minha estante
Eu li "Antes do baile verde", o livro que reúne vários contos dela, e me apaixonei, sua resenha só me faz ter mais vontade de ler Lygia


Nath 23/05/2020minha estante
Ah, muito obrigada Victoria. Fico muito feliz q vc tenha gostado tanto da resenha :) Mas não deixe de ler o livro, é muito mais profundo do que as minhas singelas palavras sobre ele.


Nath 23/05/2020minha estante
Obrigada, Fillipe! Vc sempre um querido ^^ Eu tb vou ler o As Meninas, ele está na minha pilha de livros de próximas leituras ao lado da minha cabeceira.


Nath 23/05/2020minha estante
Muito obrigada, Taiana! Continuemos todos então sempre lendo a nossa Lygia! *-* E eu tb li o Antes do Baile Verde (e tb fiz resenha sobre ele aqui, aliás!) E o Venha Ver o Pôr do Sol é MARAVILHOSO. O melhor conto de terror da literatura brasileira.




Raphael 15/02/2020

Maravilhoso
Quarta leitura concluída do ano. Minha sétima leitura de um livro da Lygia Fagundes Telles. Meu terceiro dos quatro romances que ela escreveu.

Nota: 5/5.

Romance da decadência burguesa, ambientado no início dos anos 1960, Verão no Aquário retrata um drama familiar: a relação tumultuada entre Raíza -- narradora-personagem cheia de ambiguidades, carências, indefinições; órfã de pai alcóolatra, pianista precocemente frustrada, entregue a uma vida dissoluta e a uma conduta sob muitos aspectos autodestrutiva, no sexo, nas drogas, nos relacionamentos em geral -- e sua mãe, a distante e inatingível Patrícia, escritora reconhecida por quem a filha tem uma espécie de amarga rivalidade. A coisa se complexifica com a presença de André, um jovem e problemático seminarista em crise, consumido pela dúvida quanto à sua vocação, que arrasta a relação mãe e filha para uma tensa triangulação: Raíza acha que André e Patrícia são amantes e, talvez inconscientemente guiada pela rivalidade que sente pela mãe, apaixona-se (ou acredita-se apaixonada) por ele.

Há muitos outros elementos e personagens a compor esta trama, na qual a escritora gerencia uma teia de complexidades que deixo de tentar reconstruir, valendo-me da inseparável tesourinha de Tio Samuel -- personagem do livro que, tendo enlouquecido, vivia a recortar jornais e tudo o mais que lhe caísse em mãos -- para fazer esse recorte.

Como é recorrente na literatura de Lygia, os personagens de Verão no Aquário são trágicos. E a condução dada pela escritora tem uma certa inclinação para a crueza das coisas. Seu texto - como uma vez dissera Borges a respeito da também escritora argentina Silvina Ocampo - é quase cruel, como a escancarar que a vida fora do ambiente protegido do aquário doméstico, se por um lado convive com a beleza do mar, também deve suportar a sua fúria. As coisas nem sempre acabam bem.

E como termina essa relação complicada entre mãe e filha? Vou deixar que descubram.
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Luíza | ig: @odisseiadelivros 14/02/2020

A saída do casulo
Um bom livro apresenta histórias ocultas diante a uma principal. E assim Lygia nos apresenta “Verão no aquário” (1964), com seus personagens ambíguos que nos revelam suas camadas, uma de cada vez, pelo olhar da protagonista, Raíza.
Esse foi meu segundo romance da Lygia. O primeiro, “Ciranda de pedra”, me impressionou muito. Aqui ela repete a linguagem utilizada, podendo ser um pouco confusa no começo, assim como pensamentos aparentemente desconexos da personagem que, indo mais a fundo, talvez possam ter sentido.
Em “Verão no aquário”, a personagem principal possui, visivelmente, um conflito com a mãe. O pai, alcoólatra, falecera quando ela ainda era criança. De herança, poucas de uma farmácia falida, um irmão considerado louco e uma sobrinha, Marfa, melhor amiga de Raíza. Ao decorrer da narrativa, descobrimos uma relação muito forte de Raíza com seu pai – quando criança, ela escondia as garrafas e taças de bebida para que a mãe não visse – e a constante oposição à mãe, uma escritora famosa de romances, que ela acredita ter um caso com um homem mais jovem, André, em crise devido a possível decisão de uma vida eclesiástica.
A desconfiança da filha a respeito da mãe faz com que cresça a dissensão entre elas. Além disso, Raíza, acredito – embora não tenha ficado explícito –, no auge de seus vinte e poucos anos, possui uma vida social muito ativa, bebe, fuma, sai para festas com os amigos e se envolve com homens mais velhos. André, para ela, é alvo de disputa, já que assim ela considera estar provocando a mãe. E talvez se tornando mais próxima à ela.
No decorrer do livro, parece que estamos vendo um verdadeiro aquário. Estamos dentro ou fora dele? Não sabemos bem. Raíza o observa, mas também participa dele. O que representa o aquário? Talvez a miséria dos pequenos “problemas domésticos”. Talvez o próprio ato de emergir, de sair do casulo, de crescimento, o qual Raíza está em processo. Um processo lento, cheio de idas e vindas, como as ondas de um mar no qual um peixe, confinado em um aquário, nunca vai encontrar.
Acredito que seja importante ressaltar a personalidade da personagem principal. Imprevisível, pouco passível de confiança, embora nos afeiçoemos a ela durante a narrativa, já que sua vontade de mudança parece deixá-la mais viva. Ainda assim, como já dito, não é um processo linear, é curvilíneo. Ela, confusa com as questões de desconfiança que permeiam sua vida, volta vez ou outra a praticar suas “pequenas perversidades” – as provocações àqueles que ela diz amar, sua tia, sua mãe, sua prima, seus amores.
Qual o destino do peixe? O final não deixa claro, mas espero que ele vá ao encontro do mar, agora que o verão terminou.
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Débora 27/01/2020

Não foi um dos meus preferidos da autora
A Lygia tem uma escrita intrigante que me leva para dentro de suas histórias, mas este romance não foi um dos meus preferidos dela.

Raíza, que é a narradora e protagonista, é uma personagem muito imatura e em alguns trechos me cansou.

O enredo acabou deixando algumas reflexões e boas frases, mas não entrou para a lista dos que me cativaram.
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@livreirofabio 20/01/2020

No mar há luta
Segundo romance de Lygia, Verão no Aquário é narrado por Raíza, órfã de pai que vive com a mãe, Patrícia, renomada escritora, Tia Graciana, e Dionísia que faz as vezes de empregada e babá. Há ainda Marfa, prima e confidente, André como herói trágico, e toda uma gama de companheiros de festas e amantes. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
O pai de Raíza era alcoólatra e como tal tinha uma relação complicada com a mãe, nossa protagonista o endeusa e sonha recorrentemente com ele. Ele aos olhos da filha era doce e submisso, principalmente quando é ela quem assume a tarefa de esconder as taças de vinho das vistas da mãe.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

Raíza está passando por uma crise existencial ferrada enquanto transita entre o fim da adolescência e o início da vida adulta. O piano onde ela treinou boa parte da sua vida já não a satisfaz, não há garantias de que ela tenha vocação para seguir carreira; os amigos de balada e os amantes não a completam. Ela usa então de suspeitas de um caso da mãe para conseguir escapar ao tédio. Eu digo suspeitas (que em alguns momentos parecem bem fundamentadas) porque ao fim esse livro é narrado em primeira pessoa, por mais que seja tentador, não podemos confiar plenamente.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Tenho uma atração imensa pelas personagens da Lygia, elas me puxam, me fazem acreditar, basta cinco páginas para eu torcer, odiar, esperar por mais. Lygia me enfeitiça assim como Clarice e Hilda. E aqui torci para Raíza quebrar o Aquário, ir para o mar, escapar a esse verão tórrido, que escalda a lucidez.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

site: insta: @dutrabooklover
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Angelica185 02/09/2019

Mãe e filha que aparentemente são rivais, mas na verdade estão em busca de um elo que se perdeu com o passar dos anos.
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Toni 20/02/2019

Segundo romance da Telles, publicado um ano antes do golpe civil-militar de 64, ‘Verão no aquário’ traz uma atmosfera de sufoco, delírio e incertezas. Como sugere a metáfora do título, é um romance de confinamentos afetivos e languidez exasperante, hermeticamente construído como se pudesse explodir a qualquer momento nas mãos de sua narradora, a jovem Raíza. Órfã de pai, um alcoólatra fracassado, pianista frustrada, festeira, contemplativa e profundamente ambígua, Raíza vê o mundo e as pessoas como cenas desgastadas de um filme antigo, e nutre por sua mãe, escritora de sucesso, um sentimento corrosivo de rivalidade.
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É claro que o parágrafo acima não faz mais que uma leitura superficial e, em se tratando de um romance da Lygia, não é de espantar que outra história se movimente em seus interstícios. O conflito entre mãe e filha esconde questões de maior vulto, como o amadurecimento forçado de uma geração, os desacordos da liberdade e a disfuncional querela entre viver o real e habitar fantasias. Apegada ao passado (e à riqueza perdida da família), Raíza faz jus a seu nome e se quer sempre segura e inabalável, cerrada em sua concha (elemento presente em ‘Ciranda de pedra’ e ‘As meninas’). Por isso mesmo, faz com que o tempo da narrativa pareça igualmente estagnado (volta e meia as mesmas lembranças vêm à tona), o que dá a impressão de pouco movimento temporal e espacial. Sua mãe, no entanto, lembra em mais de uma ocasião: “no aquário não há luta, não há vida”.
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No lusco-fusco das dissimulações de Raíza -- que confessa representar o tempo todo, “mesmo sem querer, o que é pior ainda” -- Lygia Fagundes Telles nos entrega mais um romance sem soluções fáceis, marcado por uma simbologia consistente e muitos como-se’s. Está longe da força devastadora de seu próximo romance, ‘As meninas’, mas não deixa de ser um triunfo narrativo sobre a busca por um sentido na vida e sobre aquelas inúmeras pontadas de dor que acompanham o amadurecimento.
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Lethycia Dias 17/09/2018

Entre mágoas e confidências
"Verão no aquário" é um drama familiar que se desenrola principalmente pela convivência conflituosa entre Raíza, uma jovem moderna, e sua mãe, uma escritora. Ao mesmo tempo em que se ressente pela aparente falta de afeto de sua genitora, Raíza disputa com ela a atenção do suposto amante da mãe.
A morte precoce do pai, de quem Raíza era mais próxima; a loucura do tio, internado em um hospício; e as confidências com a prima Marfa e a tia Graciana ampliam o conflito e nos dão outros recortes da relação de mãe e filha.
O livro, publicado em 1964, tem muito da atmosfera de introspecção e mistério da escrita de Lygia Fagundes Telles. As personagens são misteriosas, suas falas nos confundem e suas ações também, mas eu não vejo isso como um ponto negativo. É uma característica que dá mais realidade à história, porque nós nem sempre somos fáceis de entender.
A narrativa em primeira pessoa nos deixa dúvidas quanto ao que é real na relação e o que é fruto das mágoas e ressentimentos de Raíza, e é por esse fluxo confuso e duvidoso que entramos no mundo dessas mulheres, especialmente da própria Raíza, da forma com que ela se machuca em busca de afeto.
Não viu dizer que foi o meu livro preferido da Lygia, esse título continua sendo de Ciranda de Pedra. Mas como admiradora dela, gostei de conhecer essa história e me aprofundar mais em sua escrita.

site: https://www.instagram.com/lethyciadias_/
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