Resenhas - O papa e Mussolini

Romeu Felix 19/02/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
O livro aborda a relação controversa entre o Papa Pio XI e o líder fascista italiano Benito Mussolini. Com base em extensa pesquisa, David I. Kertzer mostra como a ascensão do fascismo na Itália na década de 1920 foi apoiada e encorajada pelo Vaticano, que via o movimento fascista como uma forma de combater o socialismo e o comunismo na Europa. O livro revela como o Papa Pio XI, apesar de inicialmente ter dúvidas sobre o fascismo, acabou por apoiar o regime de Mussolini, firmando um acordo histórico conhecido como "Tratado de Latrão" em 1929. O livro também expõe a luta interna dentro do Vaticano para tentar conter o fascismo, liderada por cardeais que se opunham ao acordo com Mussolini e à ideologia fascista.
Por: Romeu Felix Menin Junior.

Vitória 14/01/2022

O livro mostra uma parte muito importante da história mundial, que muitas vezes é encoberta a fim de manter intacta a visão sobre a igreja católica e Pio XII acerca do fascismo e do nazismo

Armando 16/12/2021

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O livro explora bastante a relação da igreja com o regime fascista e como o papa meio que abriu caminho para políticas antisemita contra judeus italianos

da Silveira Pinheiro 07/03/2021

Texto fiel ao título
Uma leitura agradável de um livro produzido por um especialista de renome no tema. O livro de fato retrata com muita precisão o que anuncia em seu título. É um texto que pode ser proveitoso tanto para especialistas em história quanto para amantes do conteúdo. Recomendo a leitura.

thalyzinn 11/08/2020

Digno de Pulitzer
Provocante. Talvez seja a palavra que melhor descreve a obra de Kertzer, vencedora do prêmio Pulitzer em 2017. A comparação de Benito Mussolini e o Papa Pio XI a primeiro instante parece um tanto quanto absurda, e talvez este foi o maior motivo de meu interesse por este livro. Absurda ou não, fato é que o autor consegue trazer elementos muito convincentes de que de fato houve uma ligação do regime fascista com a Igreja Católica.

Tudo é retratado baseado em arquivos secretos abertos pelo Vaticano em 2006, com o livro sendo farto de nomes, referências e personagens do século XX. Apesar das 600 páginas, a leitura fluiu muito bem para mim, principalmente pela ótima qualidade da edição da Intrínseca, com destaque para as páginas amareladas.

Recomendo a leitura, principalmente aos leitores que como eu são apaixonados por política e suas nuances mais perversas.

Biblioteca Álvaro Guerra 06/02/2019

Em muitos aspectos, Pio XI e o "Duce" não poderiam ter personalidades mais diferentes. No entanto, havia muito em comum. Não acreditavam na democracia e abominavam o comunismo. Eram propensos a ataques de cólera e protegiam com todas as forças as regalias dos cargos que ocupavam. Além disso, contaram um com o outro para consolidar seus poderes e alcançar objetivos políticos. Desafiando a narrativa histórica convencional que retrata a Igreja Católica como forte opositora do regime fascista, David I. Kertzer mostra como o papa Pio XI foi crucial para que Mussolini instaurasse sua ditadura e se mantivesse no poder, estabelecendo uma aliança que garantiu à Igreja a restauração de posses e privilégios. Em uma rigorosa investigação, que envolveu o estudo de relatórios dos espiões de Mussolini na Santa Sé e se beneficiou sobretudo da abertura, em 2006, de arquivos secretos do Vaticano, Kertzer não só constata a nebulosa relação dos dois líderes, como também analisa a resistência encontrada pelo pontífice quando, já com a saúde debilitada e à beira da morte, passou a atacar Mussolini, suas leis antissemitas e a aproximação com Hitler. O medo dos prejuízos advindos do rompimento com o regime fascista mobilizou as mais expressivas autoridades do Vaticano, entre elas o futuro papa, Pio XII. Vívido e dramático, O papa e Mussolini traz uma visão cruelmente verdadeira sobre um capítulo obscuro da história mundial, fartamente documentada, narrada com extrema perícia e reconhecida, em 2015, com o Prêmio Pulitzer de biografia.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn9788551000090

Raffafust 07/06/2017

Imaginem que você seja descendente de italianos, e que durante toda sua vida você ouviu seu avô vindo da Itália relatar o como italianos sofriam o que chamamos hoje de bullying porque Hitler era aliado de Mussolini, o então presidente da Itália eos italianos eram vistos como adoradores do nazismo. O Brasil que recebeu tantas vítimas do Holocausto passou a ver durante bom tempo os italianos como inimigos e suas casas eram sujas com tudo de podre que pudessem jogar e as crianças apanhavam nas escolas.

Meu interesse pela leitura de O Papa e Mussolini se deu primeiramente por essa parte, para entender quem de fato foi Mussolini, não li muitos livros sobre ele na vida, li muito sobre Hitler mas o ditador italiano só ouvia dessas histórias. E depois por ser católica claro que me interessei sobre qual papel a igreja tinha nesses tempos que queremos esquecer.
O livro é todo baseado em fatos reais, o autor envolto em uma profunda pesquisa sobre o tema mergulhou a fundo em papéis ,em relatos e em tudo que pudesse compor sua obra.
Mussolini assumiu o poder da Itália em 1922 no mesmo ano que o Papa PioXI também assumia o Papado, o bem que poderiam ter feito e somado à história não passou de um sonho, os dois tinham muito em comum mas para os interesses de ambos e não pensando no bem dos povos como era de se esperar pelo menos de um representante religioso.
à Primeira vista esperou-se que o Papa muda-se a cabeça de Mussolini, mas ambos sentindo ódio pelo Comunismo e se apoiando na ditadura imposta por Mussolini se uniram para que por exemplo a Igreja ficasse mais forte, custasse o que fosse.
O livro tem ritmo muito lento, o coloquei ao lado de minha cama e demorei quase 1 mês para finalizar a leitura, há muitos documentos que nem sempre são importantes para compreensão da história mas que o autor achou interessante incrementar as páginas com a prova destes. Optou também por separar a mesma em 3 partes focando em alguns momentos chave como o mais famoso que era o relacionamento de toda essa "amizade" com o fuhrer Adolf Hitler e quais eram os interesses de ambos. Com a Itália tendo importante papel da segunda guerra mundial como aliada dos nazistas e avista grossa da igreja para os acontecimentos.
A obra é um relato importante para o que muitas vezes a História esconde mas que o autor relembra a necessidade de não esquecermos nossos erros do passado, até mesmo para nunca mais o repetirmos.
Ilustrado por mapas, fotos da época e artigos publicados, não é livro para se ler com pressa, e sim para entender o como líderes fazem escolhas erradas baseadas unicamente em seus interesses e assim prejudicam seus povos.

site: http://www.meninaquecompravalivros.com.br/2017/06/resenha-o-papa-e-mussolini-intrinseca.html