A Mulher Habitada

A Mulher Habitada Gioconda Belli




Resenhas - A Mulher Habitada


5 encontrados | exibindo 1 a 5


Bruna 16/06/2023

Desde o início a estória me prendeu, com uma escrita que me levou a sentir cheiros, ver paisagens, ter a sensação física e emocional de cada cena, com a riqueza de detalhes, mas não em exagero.

Muitas mulheres fortes, como a protagonista Lavínia, a enfermeira Flor e a indígena Itzá. Elas inspiram a lutarmos pelo o que acreditamos e não aceitar quando a sociedade nos "impõe" que não somos capazes, por ser mulher.

Foi uma grata surpresa ler esse livro e um dos melhores deste ano.
comentários(0)comente



Livia M. 14/05/2023

- Pátria Livre ou Morrer! -
Ao longo da história muitos sacrificaram seu presente para tantos outros desfrutarem de um futuro mais economicamente viável, socialmente justo, culturalmente diverso e, mais recentemente, ambientalmente sustentável.
Lamentavelmente lidamos ininterruptamente com facínoras retrógrados imbuídos de reviver um passado condenável.

A sensação é de looping eterno.

#voltaaomundoem50livros
15/50
Nicarágua
comentários(0)comente



Nathalye 13/12/2020

Surpreendente
Lendo pelo Clube de leitura, me.deparei c esse livro incrível, envolvente, cheio de questionamentos super atuais, me indentifiquei em vários momentos...
Indico demais... Não gosto de spoiler, mas quem gosta de uma narrativa c uma.peotahonista gente como agente, em busca de seu papel no mundo, vai amar.
comentários(0)comente



Inácio 17/02/2010

A Mulher Habitada, resenha do Caótico (www.caotico.com.br)
Falta livro escrito por mulheres nesse blog. Na verdade, minhas prateleiras ainda não foram beneficiadas pelas políticas de cotas, pois na hora de comprar livros não considero as “questões de gênero”, o que vale é a possibilidade do livro proporcionar prazer e me ajudar a transformar informação em conhecimento. Como tenho muito mais livros escritos por homes do que por mulheres, então não tem jeito, os textos do blog irão refletir essa relação desproporcional.

Esse nariz-de-cera todo aí em cima foi para apresentar A Mulher Habitada, primeiro romance da poetisa nicaragüense Gioconda Belli, que já era uma poetisa consagrada em seu País quando lançou o livro. Foi o primeiro livro dela lançado no Brasil, mas depois a editora Record lançou também O País Sob Minha Pele.

A Mulher Habitada é um livro sobre as lutas das mulheres e sobre as mulheres que lutam. Não sei como fiquei sabendo da boa qualidade do romance, mas dei o livro de presente para minha Geórgia no início de 2006, ainda quando namorávamos. A dedicatória revela o tamanho da minha cara-de-pau: peço que ela me empreste depois de ler.

A história tem duas protagonistas que não aceitam o papel reservado à mulher em seus mundos. Uma delas é Itzá, que pega em armas e vai enfrentar os colonizadores espanhóis junto com seu homem e outros guerreiros, numa luta que ela sabe que está perdida, pois, afinal de contas, os inimigos são católicos abençoados pelo Papa, com direito divino a matar, incendiar, saquear, estuprar, esquartejar, torturar e todos esses verbos da primeira conjugação que deram o tom da civilização cristã e européia do lado de cá do Atlântico.

Quatro séculos e meio depois de Itzá, a jovem, bonitona e finíssima Lavínia, volta da Europa para trabalhar como arquiteta no seu país natal, Fáguas, nome imaginado pela autora para um país que nada tem de imaginário, pois é sua Nicarágua sem tirar nem por. Depois de tomar o tal “banho de cultura” que muitas mocinhas da elite latino-americana tomam na juventude, ela retorna com o olhar sensível e o coração aberto para a dura realidade dos trabalhadores e dos bairros periféricos.

Até conhecer o militante da sua vida, o inconformismo de Lavínia fica no plano das boas intenções, mas quando a verdade que os jornais não contam invade, literalmente, sua casa e a arrasta para a luta.

Resumido assim, o romance é semelhante a muitas outras histórias das pessoas que lutaram contra as ditaduras de praticamente todos os países da América. No início da leitura, eu mesmo não estava muito animado, pois a trama estava muito déjà vu. Mas Belli é poetisa de origem e construiu, com poesia e fantasia, um vínculo de beleza entre o espírito de Itzá e o sangue de Lavínia.

Além de garantir a poesia, com esse vínculo, a escritora nos diz, com uma ênfase doce, que a luta contra e elite branca e pseudoeuropéia de nossos países é a mesma luta que os índios e negros travaram contra os assassinos espanhóis e os corruptos portugueses.
Nádia C. 18/12/2017minha estante
acho que talvez falte um pouco de criticismo consigo mesmo de se perguntar se você acha que ler mais mulheres é questão de cotas e que se sua prateleira tem mais homens você na verdade nessas duas frases já mostra o porque das mulheres não terem vaga na sua estante, não é questão de qualidade, é questão de gênero sim. Esse argumento de que "busco o que me é melhor independente do genero" acaba justificando uma desigualdade que é muito mais profunda do que uma simples escolha e sim algo histórico, das entranhas de como a sociedade não dá a mesma atenção a mulheres que se expressam, se "por um acaso" lhe ocorre de ler mais homens que mulheres, talvez o primeiro passo é você se perguntar se isso é realmente só uma questão do acaso ou não trás um inconsciente coletivo anterior a sua escolha, que sugere muito mais homens que mulheres há muito tempo.


Inácio 19/03/2019minha estante
Olá Nádia C (com esperança de, um dia, você vá ler minha "tréplica"). Para começar, peço que reconheça a loucura que é essa conversa: eu postei a resenha em fevereiro de 2010, creio que um ano depois de publicá-la originalmente no Caótico, blog que mantive por uns 3 anos. Ou seja, muita coisa se passou, inclusive uma intensificação do debate de gênero e sobre o feminismo do século XXI. E, sim, você está certa, minhas palavras carregam séculos (ou milênios) de cultura, ou o tal "inconsciente coletivo" que você cita. Mudou também a minha prosa, mais madura e que sai mais fácil. Hoje eu escreveria simplesmente "Há poucas mulheres em minha estante, mas estou fazendo o possível para minimizar essa lacuna". Grande abraço.




San... 26/07/2009

A história em si nada acrescenta. Leitura válida pela veia poética, bem ao estilo dos escritores chilenos, na narração do espírito de Itzá (guerreira morta 500 anos atrás do desenrolar do livro), que compara sua existência com a existência da heroína atual. A comparação se dá de forma tão poética que não tem como não achar o livro lindo. Narrativa muito romântica, recomendo a leitura.
comentários(0)comente



5 encontrados | exibindo 1 a 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR