Bia Sousa 20/05/2018Que decepção!Quando tive a oportunidade de receber esse livro em parceria com a editora eu não pestanejei, já que vejo muita gente elogiando as obras da Maya Banks e vi ai, uma ótima oportunidade para conhecer a escrita da autora.
Submissa é o primeiro livro da trilogia Enforcers, e aqui conheceremos Evangeline e Drake.
” – É aí que quero provar que está errada Angel. Meu mundo, minhas regras. Não respondo a ninguém, e ninguém fode comigo ou com o que me pertence.
– E é isso que sou? Algo que te pertence?
– Neste momento? Sim.”
Evangeline é uma moça super trabalhadora e esforçada, vinda de uma família muito humilde, ela decidiu se privar dos seus sonhos para poder ajudar financeiramente com o seu trabalho. Evangeline decidiu sair da cidade do interior, para conseguir poder ajudar mais seus pais, se privando de pequenas coisas como comer na rua, sair e comprar roupas, Vangie divide apartamento com suas amigas, que são como irmãs, e ali ela tem o seu maior refúgio depois de horas e horas de trabalho.
Porém ela jamais poderia imaginar a mudança repentina que sua vida iria tomar, depois de ser humilhada pelo seu ex namorado, que só pensava em lhe usar. Sofrendo depois desse pé na bunda humilhante, as amigas de Vangie decidem que ela deve se vingar, e mostrar para o seu ex, o que perdeu, mostrar que ele jamais iria rebaixá-la.
“Estava quase… bonita. Mas logo repreendeu-se por estar vivendo naquele mundo de fantasia para o qual havia sido sugada, e lembou a si mesma de que ainda era a mesma Evangeline comum de sempre. Roupas caras e jóias não iam, como um milagre, transformá-la em algo que não era, e era perigoso acreditar na fantasia, mesmo que apenas por um momento.”
Assim, Vangie se produz de forma estonteante e parte para uma das boates mais badaladas de Nova Iorque, a Impulse. Mas o que parecia ser apenas uma noite para levantar seu alto astral, começa simplesmente virar um inferno. Na Impulse, Evangeline acaba dando de cara com seu ex acompanhado por outra mulher, e ele não pensa duas vezes antes de humilhá-la.
Do outro lado conheceremos Drake Donovan, um dos milionários mais cobiçados de Nova Iorque e também proprietário da Impulse, que por sinal acompanhava de longe a confusão que acontecia em sua boate, entre três clientes, uma em especial que mexeu com sua cabeça logo que a viu.
“Eles poderiam viver em mundos completamente diferentes, mas coisas como orgulho e autoestima eram universais, e, nessa seara, estavam em terreno comum. Eram apenas duas pessoas com algo em comum. Sem divisões, financeiras ou sociais. Pessoas. Apenas pessoas. Experimentando e respeitando sensações que não tinham barreiras.”
Drake é um garanhão nato, que não fica com a mesma mulher por mais de duas noites, compromisso nunca foi prioridade em sua vida. Decidido a acabar com tudo aquilo que via acontecendo em sua boate, Drake manda buscar a Evangeline, até então uma desconhecida para ele, e levá-la até seu escritório.
Assim que os dois se vêem pela primeira vez, faíscas começam a surgir, e Drake começa o seu jogo de sedução. Nesse momento Vangie se vê completamente envolvida e não consegue se desvencilhar de Drake. Tendo alguns minutos completamente devassos.
“Posso me esconder de mim mesma, mas nunca serei acusada de se esconder atrás de alguém.”
Algumas páginas seguintes vemos certas coisas acontecerem que me deixou muito contrariada. Evangeline aceita ser a SUBMISSA de Drake, e a rapidez me deixou um tanto quanto assustada.
Evangeline, até então bem segura de si, larga o apartamento e emprego para morar com Drake, em seu apartamento luxuoso, aceitando que sua família recebesse uma quantia exorbitante de Drake, além disso lhe enchendo de presentes caríssimos. Mas por que isso me incomodou? Porque a autora pintou uma personalidade para Vangie, que no fim das contas não foi descrito no livro.
” Confiança e fé devem ser conquistados, e isso não acontece da noite para o dia. Vêm com o temo. Ou não. O que estou dizendo é que você tem ambos de mim. Sem condições. Sem reservas. Sem volta. E espero que você ossa me oferecer o mesmo, da mesma forma. Não quero que me diga nada apenas para me consolar, Drake. Palavras não significam nada. Nunca diga que confia em mim a menos que realmente sinta isso. Mas, até que sinta essas coisas e as demonstre, estarei aqui esperando. Não vou a lugar nenhum. A menos que decida que não me quer mais.”
Evangeline virou uma Submissa da noite para o dia, aceitando tudo que era imposto para si (a coitada não podia sair na rua sozinha, muito menos sem comunicá-lo). Talvez, se ela tivesse se mostrado um tanto quanto relutante ao que estava acontecendo eu pudesse engolir tudo isso.
Vangie se mostrou uma pessoa totalmente sem personalidade, perdeu a sua voz, pois segundo ela tinha uma dívida com Drake (por ele lhe dar do bem e do melhor e ajudar seus pais financeiramente). Outro ponto que me incomodou muito foram os pais dela, que no início se mostraram ser bastante preocupados com a filha, mas não se importou quando a filha decide morar com cara que tinha acabado de conhecer e ainda aceitar o dinheiro dado por ele, pelo contrário, viraram amigos bem rapidamente com meia dúzia de palavras trocadas.
“Nunca, em um milhão de anos, ela teria imaginado que seria uma dessas mulheres que prefere um cara a suas melhores amigas, e era exatamente o que tinha feito.”
Mas nada supera o fim do livro, que me fez sentir algo muito ruim. Não sei se tenho raiva do Drake por ter feito tudo isso, ou se acho bem feito para Evangeline, já que um relacionamento nada saudável como esse se poderia tender para algo como ruim, como aconteceu. E já adianto, é de deixar qualquer pessoa indignada.
Mas ainda sim gostei muito da escrita da autora, que é muito envolvente e nada cansativa, a leitura é bem rápida e a cada capítulo lido da vontade de correr para o próximo. Só fiquei um tanto quanto assustada com a forma que tudo acontece no livro (se vocês achavam a relação do Grey e da Ana um tanto quanto bizarra, vocês precisam conhecer Evangeline e Drake).
Quero muito dar continuidade a trilogia, pois espero do fundo do meu coração que Evangeline acorde para a vida. Não consigo aceitar essa nova personalidade dela. Além disso fiquei bem curiosa para conhecer um pouco mais sobre os estonteantes Irmãos de Drake.
Por Bia Sousa
site:
https://bercoliterario.wordpress.com/2018/04/30/resenha-submissa-maya-banks/