Pequena Escola das Emoções

Pequena Escola das Emoções Anselm Grün




Resenhas - Pequena Escola das Emoções


5 encontrados | exibindo 1 a 5


Carla.Parreira 18/03/2024

Pequena-escola das emocoes: como os sentimentos nos orientam e o que anima nossa vida (Anselm Grun). Melhores trechos: "...Somente consigo ter inteligência e competência emocional se conheço minhas próprias emoções e se sou capaz de lidar bem com elas. Devo me permitir emoções e, ao mesmo tempo, reagir, conscientemente, diante delas. Não devo me deixar dominar por meus sentimentos, mas utilizá-los como fonte de energia. Porém, só posso conseguir isso se confrontar-me com as emoções e tentar compreendê-las. Então não as temerei mais, e sim, me familiarizarei com elas e, assim, serei capaz de processá-las de maneira que me torne, também a mim mesmo, alguém mais vivo e mais humano... Se somos capazes de confiar ou não, depende de nossas experiências na infância. A mãe tem o papel de transmitir à criança uma confiança primordial. Ela dá ao filho a sensação de que é bem-vindo neste mundo. A criança se sente apoiada pela mãe e segura junto a ela. Ela se sente incondicionalmente aceita. Isso lhe confere confiança na vida. Ela também se sabe apoiada de todo modo. Ela não está sozinha. Em algum momento, a criança projeta em Deus a experiência da mãe protetora. Mesmo quando a mãe não está, a criança se sabe protegida por uma realidade maior, Deus, enfim. O pai também transmite confiança ao filho. Mas essa confiança tem uma qualidade diferente. Trata-se da confiança enquanto ousadia, ganhar o mundo, arriscar algo, assumir as coisas, sair da casa dos pais e viver a própria vida. O pai encoraja a criança para que ela, saudavelmente, encontre força para assumir as rédeas da vida e lutar pelo seu lugar ao sol... Quando paro num determinado pensamento e o examino mais detidamente, às vezes os pensamentos que o circundam também são esclarecidos. Os monges primitivos descreveram o sentimento na seguinte imagem: É como se fôssemos atacados por um enxame de moscas. Os monges, portanto, também têm um conselho para uma situação como essa: Devemos pegar as moscas, uma por uma, e nos confrontarmos com cada uma delas. Quando fazemos isso numa situação de confusão, então, lentamente nossos pensamentos e nossa mente vão voltando ao normal... Felicidade – como dizem os filósofos – significa: estar em sintonia consigo mesmo, estar em consonância com a própria vida. Em outras palavras, a felicidade que sinto advém do que vivencio a cada dia. É necessário, portanto, uma postura interna para se poder sentir felicidade. E o que é vital é a capacidade de desfrutar do que vivencio aqui e agora. Quem insiste em perseguir a felicidade não atingirá seu objetivo. A busca obstinada pela felicidade não leva a nada... Quando sentimos uma ira muito grande em nossos corações, isso se trata sempre de um sinal de que uma outra pessoa desrespeitou nossos limites. Não devemos reprimir a ira, tampouco nos deixarmos dominar por ela, de modo que venha a anular nossa razão. Sobretudo, a ira é um sinal de que devemos lidar de maneira moderada com nossa força agressiva. O que devemos fazer: Ou nos controlarmos melhor, ou, então, dizermos para o outro até onde ele pode ir. Naturalmente que devemos fazer isso com clareza e liberdade. A ira deve se tornar uma fonte de força da qual nos alimentamos e não uma emoção desenfreada que nos desequilibra. Tirar proveito da ira para um agir vigoroso é algo inteiramente diferente de deixar-se dominar e abater por ela. Assim sendo, nossa ira pode se transformar numa santa ira, que é benfazeja para as pessoas. Jesus nos mostrou como devemos lidar com nossa ira: Devemos transmutá-la numa força que protege a vida, que luta pela vida... O primeiro passo consiste em se reconciliar com o medo e dialogar com ele. À medida que dialogo com o medo, me familiarizo com ele. E vai ficando mais claro para mim de que eu realmente tenho medo, vai se tornando mais concreto esse medo difuso. Quando questiono meus medos de me sentir ridículo na frente dos outros, de revelar minhas fraquezas diante das pessoas ou de cometer um erro que grite aos olhos de todos, acabo descobrindo, nesses medos, quais são as minhas necessidades pessoais: Diante dos outros, tenho a necessidade de ser bom, perfeito, infalível. À medida que vou elaborando essas necessidades, percebo o quanto são irreais. O medo me convida a me despedir de necessidades exacerbadas. E o medo me aponta as falsas hipóteses que se instalaram em minha mente. Exemplo de uma hipótese assim poderia ser: 'Não posso cometer erro algum, senão não terei valor algum, senão serei rejeitado'. A clara elaboração de minhas hipóteses me mostra o quão arbitrárias elas são. E, assim, posso questioná-las. E o medo me convida a não me definir a partir do julgamento de outras pessoas, mas a enxergar o motivo da minha existência, em outros valores: na transparência, na honestidade, na sinceridade. E, por fim, o medo me aponta Deus como o verdadeiro motivo da minha existência. Se em Deus tenho o meu motivo para existir, então também sou capaz de suportar quando as pessoas me rejeitam. Não sou obrigado a agradar todo mundo só para poder ser admirado onde quer que eu esteja... O medo pode se tornar um amigo que nos convida a encontrar novos critérios para nossa vida e que nos mostra: Nós não temos a nossa vida, os nossos sentimentos, o nosso corpo sob controle. Nós dependemos das graças de Deus; o medo mostra que dependemos da ajuda de Deus. E, ao mesmo tempo, nos leva à confiança de que a presença salvífica de Deus sempre nos protege, por toda parte, e que nunca, jamais, poderemos cair de suas mãos generosas... A vergonha protege a nossa dignidade. Ela nos confere a sensação do que nos é adequado. Mas também há a vergonha que nos intimida e que nos distancia da vida. Quando alguém se envergonha por um erro cometido há muito tempo, ele se sente paralisado. A vergonha o impede de se dedicar, agora, ao momento presente. Portanto, é fundamental examinarmos e esclarecermos nossa vergonha, onde ela nos faz bem e onde ela nos impede de viver em conformidade com nossa natureza... Tranquilidade requer sempre que eu sinta a mim mesmo, atinja meu equilíbrio e deixe os outros, lá onde estão, sendo o que são. Tranquilidade é, também, a postura de deixar as coisas e as pessoas serem como são. A pressão contínua que sofremos nos dias atuais quer nos obrigar a mudar tudo. Tranquilidade tem a ver, sobretudo, com a certeza de que está tudo bem com as coisas e as pessoas sendo como são, que elas podem ser o que são. Ao mesmo tempo entranhada na tranquilidade está a esperança de que algo nelas se transforme, de que algo venha a brotar em seus corações, de que possam estar de acordo com a imagem que Deus lhes preparou. Mas não tenho de modificá-las. Tranquilidade significa libertar-nos das expectativas e exigências que impomos a nós mesmos. Muitas pessoas se encontram constantemente sob pressão. Submetem-se à pressão por eficiência em tudo o que fazem. Ou ainda ficam se comparando com os outros. Não conseguem se dedicar inteiramente ao momento presente, porque sempre fazem conjecturas sobre o que os outros poderiam estar pensando a seu respeito nesse instante. São incapazes do real empenho na atividade que se propõem a realizar. Em seu trabalho, essas pessoas sempre têm propósitos secundários. Elas não trabalham simplesmente, e, sim, querem se autoafirmar em seu trabalho; querem, com isso, superar as outras pessoas. Esses perturbadores pensamentos paralelos as impedem de realizar, com tranquilidade, a tarefa que acabou de lhes ser incumbida. É tranquilo somente quem está consciente de si mesmo, livre dos pensamentos com os quais, permanentemente, submete sua pessoa e sua ação a julgamento..."
comentários(0)comente



Cris 18/12/2023

Escola das Emoções
Como lidar com as variadas emoções e não se deixar ser dominado por elas? Anselm Grun faz uma reflexão das principais emoções que sentimos e nos dá dicas para o dia a dia, de forma a sermos santos e praticar as virtudes.
comentários(0)comente



Rosangela Max 01/03/2023

Bom, mas ficou aquém do que eu esperava do autor.
É uma espécie de dicionário das emoções, segundo o entendimento do autor. Com todo o know how técnico e a base espiritual que ele ele tem, esse conteúdo tinha tudo para ser incrível. Não foi incrível para mim, mas atendeu o propósito.
Algumas ?definições?achei superficial e outras gostei bastante. No geral, esperava mais interação com os textos bíblicos, como é de praxe nos conteúdos do autor.
No mais, recomendo a leitura.
comentários(0)comente



Luc Candelore 13/03/2021

Pare de ser um sentimentalóide!
Várias emoções são trabalhadas pelo autor. O princípio básico é examinarmos as emoções, estabelecermos um diálogo com elas, questionarmos suas causas, seus sentidos e refletirmos sobre elas para avaliarmos se nossas emoções são uma força paralisante ou uma força impulsionante para nossa vida.
As emoções são descritas pelo autor como portais para conexão do nosso EU conosco, com o próximo e com Deus.
Uma leitura gostosa com muitas descobertas durante o passar das páginas.
Recomendo.
comentários(0)comente



5 encontrados | exibindo 1 a 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR