O mundo não vai acabar

O mundo não vai acabar Tatiana Salém Levy




Resenhas - O Mundo Não Vai Acabar


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Camila.Nunes 27/10/2021

Resenhas ou crônicas? Ou os dois?
Primeiro livro de Tatiana Salem que leio e o que posso dizer é que já sou fã. Tive a oportunidade de conhecê-la através do meu trabalho como bibliotecária e analista de literatura e agradeço por esses encontros da vida.

O livro é um compilado de crônicas que a autora escreveu para o Jornal Valor Econômico. Nele você encontra a biblioteca de Tatiana, ela coloca em todas as crônicas referências de livros que já leu ou que pretende ler. Pessoas que conhece e interliga com situações do cenário atual político, literário, ou dois, ou separados, pq como ela mesma diz, uma coisa não se separa da outra. E eu concordo. Literatura é política, arte é política, cultura é política.

Existir é político.

Viva, Tatiana! Muito bom!
Grazi 09/04/2022minha estante
Acho que resenha... pronto! Aumentei minha lista de livros para ler esse ano e a culpa é da Tatiana!!!!




@lendoaos30 07/09/2021

Já conheço a escrita de Tatiana Levy há anos, e quando comprei sua coletânea de crônicas "O Mundo Não Vai Acabar", sabia que não me decepcionaria. No livro, que reúne 36 crônicas escritas por Tatiana entre os anos de 2014 e 2017, a autora mistura literatura com política e atualidades, de um modo coeso e inteligente. As crônicas apresentadas no livro são curtas - em média 4 páginas para cada uma - e sempre trazem comentários de Tatiana sobre algum acontecimento importante no Brasil ou no mundo sendo relacionado a alguma leitura feita por ela. Pode-se dizer que são resenhas misturadas com crônicas e cada uma é tão gostosa de ler que chega a ser triste que sejam tão enxutas.
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O mote da coletânea de crônicas é a ideia já um tanto quanto batida e ao mesmo tempo sempre renovada de que o mundo está prestes a acabar. Preconceitos, assassinatos, guerras, fome, fascismo, desigualdades: tudo parece estar sendo encaminhado para que o mundo chegue a seu fim o mais rápido possível. Tatiana, embora concorde que as atrocidades que acontecem são preocupantes e devem ser combatidas, busca uma ponta de esperança na literatura para nos convencer de que não, o mundo não vai acabar. Ao menos não agora.
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Tatiana é uma escritora consciente, politizada e extremamente inteligente, e tudo isso se demonstra em sua escrita. Era impossível não sentir orgulho ao ler suas impressões sobre a política brasileira ou as questões sociais do mundo. Ao mesmo tempo, foi triste ler esse livro nesse momento e perceber que, antes de 2018, apesar dos pesares, estávamos caminhando para frente e, de repente, regredimos tanto e em tão pouco tempo...
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No dia de hoje, especialmente, precisamos de leituras como essa. O mundo não vai acabar, mas parece que estão fazendo de tudo para alcançar esse intuito. Ainda há esperança? Tatiana dizia que sim, eu já não tenho tanta certeza. Mas tento me convencer diariamente de que há, se não por plena convicção, mas apenas para sobreviver mais um pouco no meio dessa loucura. Para concluir, preciso recomendar a todos: leiam Tatiana Levy. Leiam mulheres. Sejam críticos e curiosos. Não deixem o (seu/nosso) mundo se acabar.

site: https://www.instagram.com/lendoaos30/
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Sil 25/12/2017

Reflexivo
Olá,
Antes do ano acabar, ainda consegui concluir a leitura do livro O mundo não vai acabar, da brasileira Tatiana Salem Levy. A autora é colunista no jornal Valor Econômico, e o livro é um compilado de alguns dos seus artigos postados lá.
Que o mundo está um caos, todos nós concordamos. Que as coisas estão cada vez piores também. Tatiana afirma, porém, que o mundo não vai acabar. Que apesar das barbaridades que vemos por aí, o mundo vai permanecer. A humanidade está passando por uma fase de transição, que ela não necessariamente é positiva, mas que definitivamente ventos de mudança estão varrendo o nosso planeta terra.
Em alguns dos seus textos, a autora menciona que tecnologicamente a humanidade está caminhando em frente, porém regredindo como pessoas. Fechando as portas para os Sírios, elegendo Donald Trump, pregando o preconceito e a violência, assistindo ao espetáculo jihadista de decapitação pela internet. Quanto a esse último, temos um capítulo dedicado à reflexão da nossa responsabilidade como espectadores. A autora afirma que se não houvesse ibope, provavelmente não haveria decapitação pública.
Temos várias outras abordagens, como o estupro, o feminismo, a preconceito racial, preconceito sexual, o fanatismo religioso e a ditadura militar no Brasil. Sobre este último, a autora menciona o autor Bernardo Kucinski, que teve sua irmã morta pela ditadura no Brasil. Este Brasil, que nunca assumiu a morte dela, que nunca lhe devolveu o corpo para um funeral devido. Cita o livro K., do mesmo autor, onde a mesma história é contada, porém por personagens fictícios.
A autora, leitora desde a infância, cita vários livros que servem de exemplo para seus textos. Confesso que anotei algumas dicas muito interessantes. Mas confesso também que não concordo com todas as coisas que a autora expôs politicamente, mas não vou entrar nesse assunto, pois pode causar certo rebuliço.
No geral, é um livro muito reflexivo e interessante, trazendo questões muito importantes à baila. Infelizmente não recebeu 5 estrelas pois certos capítulos não fizeram sentido algum para mim, não entendi a necessidade deles no livro.
Abraços.

site: www.revelandosentimentos.com.br
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Elidiane 13/08/2017

Literatura e realidade
O mundo não vai acabar é uma coletânea de crônicas de Tatiana Salem Levy, autora do romance A chave da casa. Já na apresentação do livro Tatiana se questiona o porquê estamos sempre pensando que o mundo irá acabar, em todos os povos e momentos da História acreditou-se que o fim estava próximo. E hoje olhando nosso mundo atual pensamos “o apocalipse é aqui e agora”.
Nas suas crônicas Tatiana relaciona acontecimentos do cotidiano, conflitos internacionais, injustiças, etc. com a literatura, e como a literatura pode sim, ser engajada, politica e uma ferramenta de transformação. A maioria das crônicas foram orginalmente publicadas no jornal Valor Econômico, onde Tatiana tem uma coluna quinzenal. Seus textos tem um viés político entrelaçado ao literário, muito forte, e que é tratado de forma muito leve ao mesmo tempo.
“Ter um espaço grande num jornal para falar de literatura é um luxo nos dia de hoje. E uma alegria enorme para quem escreve. A alegria de compartilhar com os outros o prazer, a dor, a felicidade, a reflexão que nos proporciona um livro. E também uma forma de entender melhor nós mesmos, o outro e a realidade.” Pag:11
O livro é dividido em três partes: “Tudo nos leva a crer que sim”, onde a autora reúne textos que abordam temas mais atuais como a eleição de Donald Trump, violência contra a mulher, etc.; “Sem memória, não há presente” é mais voltada a questão História, e como a literatura serve para manter a memória viva, enquanto o Estado teima em esquecer; e “Onde há literatura, há mundo”, é voltado para os mundos fundados pela literatura, a relação de Tatiana com Clarice Lispector, Virginia Woolf, entre outros autores.
As crônicas buscam relacionar livros que a autora leu com assuntos atuais, e possuem um bom embasamento em suas opiniões. A autora cita inúmeros livros, desde literatura nacional a escritores turcos, assim como livros de sociologia e poesia, fazendo com que o leitor queira ler todos os títulos que ela cita. Por esse motivo a edição possui referências bibliográficas, com todos os livros e autores citados nas crônicas.
Tatiana tem uma forma muito leve de escrever, mesmo quando os assuntos em questão são pesados ou polêmicos. A leitura de O Mundo Não Vai Acabar foi muito estimulante, e essencial para pensarmos sobre o que acontece a nossa volta, no nosso país e no mundo. Foi o primeiro livro da autora que li, e ele já foi o suficiente para me deixar muito curiosa e animada para ler outras obras da Tatiana Salem Levy.
“Escrever sobre um livro é continua-lo, expandi-lo, retorcê-lo, desdobrá-lo. É pensar de que forma age sobre nós, que pensamentos nos incita, que emoções nos proporciona.” Pag: 152

site: http://decaranasletras.blogspot.com.br/2017/08/resenha-228-o-mundo-nao-vai-acabar.html
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