É isto um homem?

É isto um homem? Primo Levi




Resenhas - É Isto um Homem?


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Fabiana 01/01/2022

Necessário
É um livro de testemunho que relata os dias de Primo Levi no campo de concentração nazista. Um livro que descreve os horrores da guerra, mas que acima de tudo nos faz refletir sobre quem somos e sobre quem queremos ser.
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Camila Westphal 22/12/2021

Sempre quis ler algo do autor e esse livro foi o meu primeiro contato com a história e escrita do mesmo, esse sem dúvidas é um livro que todas as pessoas deveriam ler em algum momento da vida. A história é muito dolorosa principalmente por se tratar de uma história real, o que torna todos os acontecimentos ainda mais pesados de serem lidos. Recomendo demais!
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Mariinaisabel 19/12/2021

A dor de sobreviver.
De todos os livros que já li sobre a segunda guerra mundial, este é de longe o mais triste. É um manual de funcionamento dos campos de concentração e de como sobreviver a eles. De como era ser olhado, mas não visto. Ser diminuído a menos que uma bactéria, a escória da sociedade.
Sempre pensei nos que morreram próximos à libertação, mas conhecer a história das pessoas que morreram na madrugada que antecede a chegada dos russos me atingiu como um soco no estômago. É saber que a liberdade estava a um passo de ser conquistada, mas ela se apagou lentamente se transformando em escuridão perpétua.
A morte aqui é tratada de forma diferente. A luta pela sobrevivência é cirúrgica e não há espaço para a romantização dessa sobrevivência, porquê sobreviver é um crime perante o tribunal nazista.
De todos, o mais cru dos relatos.
Por isso é sempre bom lembrar que "aqueles que não podem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo" George Santayana.
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Luiz Pereira Júnior 18/12/2021

O que somos e o que poderíamos ser...
Li em algum lugar que, depois de Auschwitz, a poesia não é mais possível (salvo engano, de Adorno)...

Mas eis que descubro Primo Levi, que nos conta seus dias no campo de concentração ao mesmo tempo em que pensa no que é ser humano, se é possível um ser humano fazer com que outros percam a sua condição humana, se basta pensar para se tornar humano...

Por meio desse livro curto (não chega a duzentas páginas), Primo Levi me fez o que mais gosto em autor: me fazer pensar no que sou, no que fui, no que me tornarei e, talvez o mais importante, no que me tornaria.

Não me alongarei nesta resenha, pois muito (e melhor) já se escreveu sobre essa obra-prima (sem trocadilhos) de Primo Levi. Apenas direi que é muito fácil escrever para entreter e como exemplo temos milhares de livros que se tornaram sucesso e foram rapidamente esquecidos; também é muito fácil escrever para ganhar a simpatia, a compaixão, a piedade do leitor e muitas (auto)biografias parecem ter sido feitas com essa intenção; também me parece fácil escrever para conquistar o leitor para uma causa que é cara ao seu autor e isso se torna cada vez mais modismo, propaganda ou o nome que se queira dar a essa cooptação, por vezes forçada e superficial.

Sim, é possível escrever a história de uma vida (ou da própria vida) para entreter, impactar, seduzir, cooptar, panfletar ou seja lá o que for, mas o que Primo Levi me fez foi algo que poucos autores me fizeram: perguntar a mim mesmo se algum dia eu me tornaria um nada ou, pior ainda, se algum dia eu me transformaria em um demônio de olhos azuis e cabelos loiros se as condições assim o impusessem (e, pior, será que eu me tornaria esse demônio por minha própria e exclusiva vontade?)...
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Poliana 01/12/2021

Definitivo.
Terminei esse livro sem saber o que comentar pois ao ler tudo me paira a sensação de que nada pode ser acrescentado sobre o tema. É uma obra definitiva. Que a lembrança dessa tamanha obscuridade nos acompanhe para que jamais venhamos a repetir.
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Thaísa 08/11/2021

Escrita pungente e real
Apesar de serem escritos produzidos a partir de uma experiência horrenda, o livro não é cruel. Fica sempre um incômodo, uma certa dor e aquela sensação de que o ser humano é capaz de coisas impensáveis (para o bem e para o mal). Um relato realista que impressiona por sua riqueza e por um toque de esperança, apesar dos pesares. Que aprendamos com a História para nunca mais repeti-la.
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Diego 30/10/2021

Antes de tudo, digo que tive a oportunidade de visitar o complexo dos campos de extermínio de Auschwitz-Birkenau no inverno, lembro que fazia -12°C e sentia frio, mesmo agasalhado. E, por ter conhecido as condições de algumas das instalações e de como viviam ali os prisioneiros, o relato de Primo Levi, judeu italiano preso neste mesmo complexo de extermínio, me mexeu muito.

Ele nos conduz a memórias amargas, sem juiz ou júri, somente carrascos. Sua luta não só pela sobrevivência em si, mas também seu esforço para compreender o intrincado sistema próprio que regia a vida no campo, há um capítulo inteiro dedicado a explicar a delicada economia paralela que existia.

Levi descreve o campo como uma verdadeira torre de Babel, diversos grupo com as mais diferentes etnias, línguas, cultura e costumes que chocam-se entre si e com a austeridade alemã. Sobre isso, há uma passagem que ele tenta ensinar italiano a um de seus colegas prisioneiros citando A Divina Comédia, de Dante, percebendo, então, como a vida que tinha, era similar ao Inferno dantesco.

Pelo menos em "É isto um homem?", de fato, não há um julgamento dele feito diretamente aos alemães, embora em algumas passagens mencione seus olhos sem vida e piedade, em que só havia desprezo pelos judeus. Por sua vez, relata como, às vezes, a brutalidade vinha dos próprios prisioneiros, àqueles que obtinham certos privilégios e para não perdê-los, eram capazes de se virar contra seu próprio grupo.

O livro todo é importante, há diversos trechos que deixei de comentar, minha única recomendação é que o leiam, é devastador e nos desperta uma compaixão e empatia por aqueles nestas condições pavorosas.
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Diego Rodrigues 23/10/2021

"Não é humana a experiência de quem viveu dias nos quais o homem foi apenas uma coisa ante os olhos de outro homem."
Nascido em 1919, na comuna italiana de Turim, Primo Levi foi um químico e escritor de origem judaica. Deportado para o campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, em 1944, foi um dos raros sobreviventes do Holocausto. Após retornar à Itália, em 1945, retomou sua carreira de químico, mas, tentando expurgar suas feridas, se é que isso era possível, começou a escrever lembranças de Auschwitz. Desses escritos nasceram livros de ficção, relatos, ensaios e poesias. Publicado pela primeira vez em 1947, "É isto um homem?" é tido como um dos mais importantes testemunhos dos horrores protagonizados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Aqui Levi relata toda sua trajetória, desde sua prisão, em 1943, quando fazia parte de um grupo de resistência na Itália, até sua libertação, após a chegada dos russos, em 1945.

Se visto em grande escala o Holocausto já foi doloroso, quando visto mais de perto, da perspectiva de um ser humano que vivenciou tudo aquilo, os números se tornam nomes, os mortos ganham rostos, e a coisa fica ainda mais doída. É fato que antes de exterminar os judeus, os alemães faziam de tudo para desumaniza-los (de alguma forma e em algum grau, parece que isso tornava a nefasta tarefa mais fácil), então, mais do que sobreviver, Levi e seus companheiros tiveram que travar uma batalha diária para simplesmente permanecerem humanos. Não bastasse a fome, a sede, o frio, o trabalho exaustivo e as doenças a que estavam expostos, os prisioneiros ainda tinham que lidar com o sadismo dos guardas, com a humilhação constante e com a concorrência entre os próprios judeus, seja ela por cama, comida ou para escapar das temidas "seleções". Um estado contínuo de medo e de aflição que não os abandonou nem mesmo com a proximidade dos soviéticos, afinal, quem poderia garantir que o exército vermelho faria distinção entre nazistas e prisioneiros? E quem poderia garantir que os alemães ao fugir não mandariam o campo para os ares na tentativa de apagar os vestígios das atrocidades cometidas ali? Fardo pesado demais para carregar e por isso muitos vieram a sucumbir antes mesmo de ir para as câmaras de gás.

Importante ressaltar que este é um livro focado nos dramas de um sobrevivente e não um relato histórico. Você não vai encontrar aqui, por exemplo, fotografias, mapas, dados estatísticos e coisas do tipo (se quer uma leitura mais abrangente e menos pessoal sobre o assunto, sugiro ir atrás de outros títulos). Apesar de dar alguns detalhes do funcionamento do campo, Levi dá mais ênfase ao lado humano e psicológico em seus relatos. Alguns capítulos são inteiramente dedicados a lembranças de companheiros que estiveram ao seu lado no campo e que ele nunca mais viu. A leitura é pesada, mas não desprovida de sensibilidade. Ao longo da narrativa vamos perceber que muitas vezes os prisioneiros se apegavam ao que há de mais trivial numa tentativa desesperada de preservar sua identidade e sua humanidade: a lembrança de uma canção, os versos de um poema, a conservação de um simples ato como, por exemplo, tentar manter a higiene, qualquer coisa que viesse à mente e que servisse para lembra-los de que eles ainda eram gente.

Por mais que sejam conhecidos, os horrores do Holocausto nunca deixam de chocar. Sempre que um sobrevivente conta a sua história devemos parar pra ouvir/ler com atenção. A lembrança desse sombrio episódio da história da humanidade deve ser preservada, e constantemente revisitada, para que cenas como essas não venham a se repetir. Relatos como o de Levi são mais do que necessários, eles humanizam a catástrofe, transformam as estatísticas em gente e nos fazem pensar que poderia ser você e eu ali, bastava ter nascido no lugar e tempo "errados", ou deixar que se tornem errados o tempo e o lugar em que estamos hoje.

site: https://discolivro.blogspot.com/
@quixotandocomadani 23/10/2021minha estante
Maravilhosa essa resenha. Adorei! Parabéns ?




George 12/10/2021

Boa biografia
Muito chamativa essa biografia contando os relatos dos campos de concentração as vezes dá pra sentir o que ele passava as dificuldade que ele transmiti recomendo
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Luiza Carvalho 03/10/2021

"No Campo, pensar não serve para nada, porque os fatos acontecem, em geral, de maneira incompreensível; pensar é, também, um mal porque conserva viva uma sensibilidade que é fonte de dor, enquanto uma clemente lei natural embota essa sensibilidade quando o sofrimento passa de certo limite."
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Luh 02/10/2021

Este é um livro no qual o autor discorre sobre suas experiências no campo de concentração. Os fatos não são necessariamente contados em ordem cronológica, e o que torna essa leitura especial é a forma como o escritor demonstra seus pensamentos e suas sensações, sempre através de questionamentos bem elaborados.
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Emily 24/09/2021

Destruição
Dizer que esse livro foi um soco no estômago seria diminuir a sua totalidade. Ele foi uma surra mesmo.
Em uma história de não-ficção, o que torna tudo mais triste e dolorido, temos a retratação do que era um campo de concentração pelo autor, que vivenciou por um ano, todos os seus terrores : o frio, a fome, o esgotamento, a humilhação e a total ausência de humanidade.
A obra nos questiona a todo momento baseado sobre o que faz de alguém ser um homem, um ser humano, e todas as características que lhe cabem, como: aparência, higiêne, organização social, moral, ética, e o quão longe as pessoas são capazes de ir para garantir a sobrevivência, em uma Babel dos tempos modernos. Por
fim, é possível retirar dele que o mundo e razões de ser que conhecemos, nada mais são que construções racionais coletivas, e que assim sendo, podem ser readaptadas, desconstruídas, ou, no caso do campo de concentração, ser destruída completamente, deixando apenas um animal vazio de qualquer racionalidade.
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@thereader2408 22/09/2021

Incrivelmente real, triste e poético
Em 11 de abril de 1987 a polícia italiana finaliza um relatório sobre a morte de Primo Levi: "Possibilidade de Suicídio". Elie Wiesel (Prêmio Nobel da Paz de 1986 e autor de "A noite") disse: “Levi não morreu hoje. Morreu há quarenta anos, em Auschwitz.” Na idade de 24 anos Levi foi a Auschwitz em 1944 com mais 650 judeus italianos, somente 120 foram admitidos no campo, os outros homens, mulheres e crianças foram assassinados na câmaras de gás. Levi foi libertado pelo exército soviético em 1945, ao fim de 11 meses de encarceramento. Essa experiência o permitiu escrever a "trilogia de Auschwitz", Isto é Um Homem”, “A Trégua” e “Os que Sucumbem e os que se Salvam”.

Levi se destaca ao usar sua visão de pesquisador para narrar o horror de forma sóbria e objetiva sobre a vida no mais sangrento dos campos do Terceiro Reich. A pedido do exército soviético, Levi redigiu, em detalhe, como eram as condições de vida em Auschwitz. O resultado foi um dos primeiros testemunhos literários do abismo de desumanidade do Holocausto. Os textos de Levi, têm um valor histórico imensurável, pois analisa o tratamento dado aos prisioneiros. Escrevia Levi: “Os campos não eram um fenómeno marginal: a indústria alemã baseava-se neles; eram uma instituição fundamental do fascismo na Europa e os nazis não o escondiam: mais do que mantê-los, alargavam-nos e aperfeiçoavam-nos.”

É isto um homem? foi escrito em 1947 mas teve dificuldades para ser publicado, pois muitos não acreditavam ou não havia interesse. Apenas em 1958 a editora Einaidi republicou o livro. Hoje, É isto um homem? é uma das grandes obras da literatura mundial. Foi necessário, portanto, mais de uma década para que o mundo reconhecesse o valor dessa obra. Seus relatos contribuíram também para as investigações contra o comandante de Auschwitz, Rudolf Höss; o médico do campo, Josef Mengele; e o arquiteto da "solução final", Adolf Eichmann.

"Nós, sobreviventes, somos uma minoria não apenas insignificantemente pequena, mas também anômala; somos aqueles que, por faltar com o dever, por destreza ou sorte, não tocamos o ponto mais profundo do abismo. Quem o tocou, não pôde mais voltar para contar, ou ficou mudo."


@thereader2408

site: https://www.instagram.com/p/CS8PjULL_Gq/
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GiseleGilink 20/09/2021

Verdades
É isto um homem?
Sim.
Leiam e percebam que somos capazes de atitudes inomináveis uns com os outros.
Leiam para que tudo isso não se repita.

A frase que me mudou:

"Eu pensava que a vida, lá fora, era bela, que poderia ser bela ainda, e que seria uma pena deixar-se afundar justamente agora."




?
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Diana Vila 16/09/2021

Somos nós humanos? ?
Esse é um depoimento pessoal de Primo Levi sobre os onze meses em que foi prisioneiro no campos de concentração de Auschwitz durante a Segunda Guerra Mundial, um relato impressionante e importantíssimo para não nos deixar esquecer do absurdo que foi esse período vergonhoso da nossa história.

Primo Levi foi um químico italiano, que, durante a ocupação nazista, sem nenhum treinamento militar entrou para o movimento de resistência italiano, mas no final de 1943, aos 24 anos, foi capturado pela Milícia fascista.

Assim que os milicianos descobriram que ele era judeu, o deportaram com outros 650 para o campo de concentração de Auschwitz, em fevereiro de 1944, o que segundo ele foi sorte, já que "o governo alemão, em vista da crescente escassez de mão-de-obra, resolveu prolongar a vida média dos prisioneiros a serem eliminados, concedendo sensíveis melhoras em seu nível de vida e suspendendo temporariamente as matanças arbitrárias."

É pra ficar dilacerado ao se pensar que tudo o que ele relata já estava com 'sensíveis melhoras'?

"A sua vida é curta, mas seu número é imenso; são eles os submersos, são eles a força do Campo: a multidão anônima', continuamente renovada e sempre igual, dos não-homens que marcham e se esforçam em silêncio; já se apagou neles a centelha divina, já estão tão vazios, que nem podem realmente sofrer. Hesita-se em chamá-los vivos; hesita-se em chamar ?morte? à sua morte, que eles já nem temem, porque estão esgotados demais para poder compreendê-la."

É isto um homem?

É preciso ler, reler, recomendar e divulgar obras como essa. Não podemos esquecer?
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