É isto um homem?

É isto um homem? Primo Levi




Resenhas - É Isto um Homem?


390 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


emanoelle.santos1 14/02/2024

É isto um homem?
Um livro transparente quanto a vida em um campo de extermínio.
Onde homens deixam de ser Homens para virarem um número que tem que trabalhar sob condições desprezíveis.

"Não a vontade de viver, nem uma resignação consciente: dela poucos homens são capazes, e nós éramos apenas exemplares comuns da espécie humana."

" Isto é o inferno. Hoje, em nossos dias, o inferno deve ser assim: uma sala grande e vazia, e nós, cansados, de pé, diante de uma torneira gotejante mas que não tem água potável, esperando algo certamente terrível, e nada acontece, e continua não acontecendo nada."
Ellen Seokjin 14/02/2024minha estante
Me senti muito mal lendo esse, muito sofrimento.




Hector 19/01/2024

Ótimo livro. Tocante
Um ótimo livro onde podemos ter uma ideia real da magnitude dos campos de concentração. Comovente a história do que Primo passou.
comentários(0)comente



Gerson 10/01/2024

"Os personagens destas páginas não são homens."
Esse não foi o primeiro livro que li sobre alguém que sobreviveu aos campos de concentração nazistas durante a segunda guerra mundial (O tatuador de Auschwitz e Os fornos de Hitler foram minhas leituras prévias), mas "É isto um homem?", do judeu italiano Primo Levi ? sujeitado a trabalhos forçados por pouco mais de um ano ?, distingue-se por determinadas particularidades. Eis a seguir algumas delas:

1. Primo Levi enfatiza, em diversas passagens, que as condições degradantes impostas aos aprisionados (escravidão, fome crônica, doenças, frio intenso, roupas esfarrapadas, separação de famílias logo no desembarque, vigilância constante, abuso de autoridade, falta de descanso, medo de ser selecionado para a câmara de gás, dentre outras) fizeram com que eles fossem desumanizados:
Pág.33: "Imagine-se, agora, um homem privado não apenas dos seres queridos, mas de sua casa, seus hábitos, sua roupa, tudo, enfim, rigorosamente tudo que possuía; ele será um ser vazio, reduzido a puro sofrimento e carência, esquecido de dignidade e discernimento ? pois quem perde tudo, muitas vezes perde também a si mesmo; transformado em algo tão miserável, que facilmente se decidirá sobre sua vida e sua morte..."
Pág. 60: "O instante no qual, ao despertar, retomamos consciência da realidade, é como uma pontada dolorosa. Isso, porém, raras vezes nos acontece, e os nossos sonhos não duram. Somos apenas uns animais cansados."
Pág.180: "Os personagens destas páginas não são homens. A sua humanidade ficou sufocada, ou eles mesmos a sufocaram, sob a ofensa padecida ou inflingida a outros."

2. O desassossego e o atordoamento provocados pela dificuldade de compreender e de ser compreendido em meio a multiplicidade de línguas europeias. (Não me lembro dessa especificidade, que não é desimportante, nos outros dois livros citados anteriormente):
Pág.50-51: "Aqui, a confusão das línguas é um elemento constante da nossa maneira de viver; a gente fica no meio de uma perpétua babel, na qual todos berram ordens e ameaças em línguas nunca antes ouvidas, e ai de quem não entende logo o sentido. Aqui ninguém tem tempo, ninguém tem paciência, ninguém te dá ouvidos; nós, os recém-chegados, instintivamente nos juntamos nos cantos contra as paredes, como um rebanho de ovelhas, para sentirmos as costas materialmente protegidas."
Pág. 245: Lakmaker, na cama de cima do meu beliche, era um miserável destroço humano. [...] Só falava holandês; nenhum de nós o entendia."

3. Como consequência das grandes atribulações das quais os cativos padeciam, pensar num futuro próximo tinha se tornado impossível para eles:

Pág.171: "'Ao mudar, muda-se para pior" ? era um dos lemas do Campo. E, em termos mais gerais, a experiência já nos demonstrara mil vezes a inutilidade de qualquer previsão: para quer atormentar-se tentando prever o futuro, se nenhuma ação, nenhuma palavra nossa, poderia alterá-lo em nada? Já éramos velhos Häftlinge; nossa sabedoria estava em 'não tentar compreender, não imaginar o futuro, não atormentar-se pensando como e quando tudo isso acabaria, não fazer perguntas nem aos outros nem a nós mesmos."
Pág.172-173: "Para os homens vivos, as unidades de tempo sempre têm um valor, tanto maior quanto maiores são os recursos interiores de quem as percorre, mas, para nós, horas, dias, meses fluíam lentos do futuro para o passado, sempre lentos demais, matéria vil e supérflua de que tratávamos de nos livrar depressa. Acabara o tempo no qual os dias seguiam-se ativos, preciosos e irreparáveis; agora o futuro estava à nossa frente cinzento e informe como uma barreira instransponível. Para nós, a história tinha parado."

Com uma escrita agoniante e melancólica, Primo Levi, em "É isto um homem?", retratou de maneira ímpar a lógica industrial nazista de extermínio enquanto "aniquilação do homem". Leitura Obrigatória.
comentários(0)comente



Saulo 07/01/2024

?Uma parte da nossa existência está nas almas de quem se aproxima de nós; por isso, não é humana a experiência de quem viveu dias nos quais o homem foi apenas uma coisa ante os olhos de outro homem.?
comentários(0)comente



Luciana 01/01/2024

É isto um homem?
Já li muito livros relatados por sobreviventes dos campos de concentração nazistas mas este em especial tem algo diferente.
Tem uma escrita poética, reflexiva, enquanto descreve o funcionamento, as regras, as coisas que são necessárias para sobreviver.
O título do livro fica bem explicado pois as coisas as quais estas pessoas foram submetidas tirou delas tudo que forma um ser humano. A humanidade, o senso de comunidade, o instinto de sobrevivência, a identidade delas, seus nomes, suas nacionalidades, seu idioma, sua família, suas habilidades, sua profissão, tudo lhes foi tirado a ponto de não sobrar quase nada. E depois de tirar tudo isso de alguém você pode questionar ao que sobra: É isto um homem?
comentários(0)comente



Lorrana Feitosa 31/12/2023

Obra impactante
"Primo Levi" é uma obra marcante em minha vida. Para mim deveria ser leitura obrigatória! Apesar de ser um livro pesado, sempre indico-o. Um dos livros que mais me fez refletir e me atravessou. Uma leitura a ser revisitada sempre. Um dos livros de minha vida.
comentários(0)comente



Su da Luz 30/12/2023

É que isto um homem? Porque se for?
Livros sobre a 2ª Guerra sempre cutucam a ferida, ainda que a gente não possa nem de longe imaginar o que se passou naqueles tempos sombrios.

Tempos difíceis, um sofrimento inimaginável. Os dias no campo de concentração são narrados por Levi, alguém que viveu para contar sua história. Mas quantas tantas outras histórias foram caladas pela morte, pelo poder, pela intolerância, pela crueldade.

Um livro difícil, porém necessário!
comentários(0)comente



Richard O. Silva 26/12/2023

"Somos ridículos e repugnantes"
" A luta contra a fome, o frio e o trabalho deixa pouco espaço para os pensamentos ainda que se trate de pensar nisso. Cada qual reage à sua maneira, mas quase ninguém com as atitudes que pareceriam mais razoáveis porque realistas: a resignação ou o desespero."
comentários(0)comente



Marcone989 18/12/2023

O privilégio de ser livre.
Quando nos deparamos com problemas rotineiros de nossas vidas, um trânsito congestionado,um objeto quebrado, um dia muito quente, o cansaço de um dia de trabalho, uma batida na quina de um móvel, um desentendimento com uma pessoa que gostamos, é muito improvável que coloquemos isso no ideal de liberdade. Porém todos esses elementos banais para os livres, ganham dimensões quase que inalcançaveis para os que foram quebrados e tiveram seu espírito destruido, o ser humano foi e é capaz de coisas abomináveis. Imagine não poder matar sua sede, não poder reclamar do calor, da posição desconfortavel na cama, do sabor dos alimentos, dos pés inchados, dos sapatos apertados, do mal cheiro que vem de você, da doença que te acomete. Os relatos de Primo Levi não somente testemunham o que o homem é capaz de fazer com outro homem, mas também é um ode a liberdade, a real liberdade, aquela que não percebemos ser tão importante até estarmos no limiar do sofrimento e da angústia. Ao terminar minha leitura comecei a refletir profundamente sobre cada palavra escrita nesse livro, o que realmente é importante durante a experiência humana ? Eu sou livre para chorar, reclamar, sorrir e me sentir satisfeito, meus sapatos não apertam meus pés.
comentários(0)comente



sabre 13/12/2023

Um retrato cru e cruel sobre o holocausto da Segunda Guerra. Relato que dói, mas que é essencial, principalmente ao considerarmos tudo o que ocorre no mundo de hoje. Nunca esquecer, nunca permitir que se repita.
Talento inquestionável do Primo Levi, que discorre sobre a morte moral e sobre o que é ser humano de forma complexa e instigante.
comentários(0)comente



Carolina2402 13/12/2023

Singular
O livro de Primo Levi é singular.
Ele traz assuntos que muitos relutam, evitam e até tem medo de tocar. Nenhum sobrevivente do Holocausto passou suas experiências de forma tão visceral, sentimental e emocionante.
É um livro denso, maduro e instigante. Muitas vezes, é necessário parar de ler por um tempo e simplesmente olhar para o teto e respirar. As reflexões de Primo Levi são tão vívidas e ao mesmo tempo aterrorizantes que, caso não bem preparado, o leitor pode não entender nada ou até pior, se deixar levar pela complexidade da maldade humana.
Ele, como bom estudioso e intelectual, reflete sobre esse período histórico que muitos acreditam não ser possível refletir sobre.
Primo Levi é único, é genial, é ácido, é racional, é emocionante. Seu livro é um dos melhores exemplares quando se fala de literatura do Holocausto.
Eu confesso que a primeira vez que tentei lê-lo, eu não consegui passar de cinco páginas, mas esse ano, compreendendo coisas que eu não compreendia no passado, quando comecei a ler, não conseguia parar.
comentários(0)comente



MaurAcio.Garrido 13/12/2023

Um relato doloroso
Não tenho mto o que falar. Apenas que é um relato mto dolorido de ler.
.
.
Sabemos de inúmeras guerras que nossa humanidade passou e passa até hoje, nenhuma delas justificável.
Apenas chancelam que o ser humano é uma espécie mto complexa e que flerta com a própria extinção.
.
.
Este relato me deixou um pouco mais sedado em relação ao meu sentimento com o ser humano...
.
.
No entanto, recomendo a leitura.
comentários(0)comente



Dude 12/12/2023

A vida no campo
Se é que pode se chamar de vida. O livro narra a rotina do campo de concentração durante segunda guerra.
comentários(0)comente



mccarvalh0 04/12/2023

É isto um homem?
? ?Não é humana a experiência de quem viveu dias nos quais o homem foi apenas uma coisa ante os olhos de outro homem.?

O livro traz relatos intensos do dia a dia que foi viver os horrores dos campos de concentração. É difícil acreditar que o sadismo e a crueldade humana chega a esse ponto, e muito triste saber que há genocídios como estes acontecendo ainda hoje em dia.
comentários(0)comente



Egberto Vital 01/12/2023

A obra "É Isto um Homem?" de Primo Levi revela-se pela urgência do autor em relatar as dores, mortes, violência e horrores testemunhados no campo de concentração de Auschwitz. Levi, sobrevivente do Holocausto, utiliza sua escrita como uma "liberação interior" para compartilhar sua experiência e preencher as lacunas de silêncio deixadas por aqueles que não puderam registrar suas vivências.

Ao oferecer uma profunda (re)elaboração do passado, o relato de "É isto um homem?" busca compreender aspectos da alma humana, evitando simples denúncias históricas. A literatura de testemunho, aqui, desvela-se como uma expressão da memória, destacando a importância de relatos que documentam eventos traumáticos. Uma obra que transcende os limites históricos por meio da experiência literária, restaurando as vivências nos campos de concentração em um espaço ético comprometido com a realidade, proporcionando uma visão única da condição humana diante do Holocausto.

Fica nítido na obra de Levi o desafio do testemunho diante do trauma e a transformação do romance no século XX, onde a literatura se torna uma nova forma de comunicação e informação. Ao enfrentar a difícil tarefa de dar voz aos que não podem mais testemunhar, o autor confere uma dimensão ética única à sua narrativa, com a responsabilidade de preservar a memória coletiva, evitando uma mera mimetização dos horrores do passado.
comentários(0)comente



390 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR