Resenhas - Guns N' Roses - O Último dos Gigantes

Vitor.Romito 04/06/2023

Interessante, porém podia (deveria) ser melhor
Às vezes nem só de talento consegue-se “vencer” naquilo que propõe. Outros fatores contam muito para alcançar o topo, como: desejo, persistência e direcionamento. Tudo isso junto, somado ao caminhão de polêmicas que carregaram ao longo de sua trajetória, fizeram do Guns ‘n Roses uma banda gigantesca. E é disse que este livro trata. Uma trajetória penosa de como esses cinco caras se juntaram, persistiram e alcançaram o topo. E não pararam, pois chegado ao pico, rumaram ladeira abaixo, em uma montanha russa bem frenética, regada aos maiores clichês do gênero: sexo, droga e rock ‘n roll (não necessariamente nessa ordem).
Escrevendo um pouco sobre minha experiência com a leitura sobre os acontecimentos, muitos não eram desconhecidos, mas os pormenores das questões gerais, sim. A penosa trajetória no início, com a Hell House, conhecia, entretanto, o que realmente ocorreu, não. Ou os casos das saídas dos integrantes originais, como o Steven. Sabia destes casos porque era uma das bandas que mais curtia quando da adolescência, junto do Nirvana. O processo desta saída (ou das outras) foi uma informação nova para mim.
A trajetória da banda é digna de nota, pois, além do talento que tem (não dá para não se empolgar com a intro de Jungle e Sweet ou se emocionar com November Rain), há muita polêmica entorno dos caras. Os atrasos constantes, os cancelamentos, o abuso absurdo nas drogas, os problemas com a justiça. Coisas “leves” se comparados a outros descritos no livro. Nestes casos, os envolvendo o Steven e outros envolvendo o Slash são bem pesados.
O livro aborda bem o começo e os tempos áureos da banda, porém começa a se perder a partir da separação da formação original (o que é irônico para o livro). Outro ponto que gostei foi o envolvimento das pessoas dos bastidores. Destaco para o relacionamento com Alan Niven. Embora seja um tanto quanto trágico, o que aconteceu com ele, da forma como foi, chega a ser hilário. As disputas entre os membros também são bem documentadas e interessantes. Gosto também da descrição do relacionamento com o Doug Goldstein.
Sendo um livro sobre o Guns e como o Axl adquiriu os direitos e permaneceu como o único integrante original, muito da narrativa aborda mais ele que os demais. Mas, dado a este acontecimento, a dose para cada membro foi bem calculada.
Na parte da queda da narrativa, faltou um pouco mais sobre como a banda estava no período de declínio (ao menos queria mais coisas); como foi o processo do “novo Guns”, a rotação dos músicos que entravam e saiam. Enquanto que sobre o Velvet Revolver, apesar de escrever sobre os integrantes originais, foi longo e desnecessário. Metade de um capítulo seria, para mim, mais que suficiente. No último capítulo, vem a reaproximação e reintegração de alguns membros, assim como o tempo do Rose com o AC/DC. Este tive um misto de interesse e chatice. Meio conflitante, mas foi o que senti.
Agora, a escrita do livro. É a primeira vez que leio algo do autor e pelo que vi em outras resenhas, o cara já escreveu outras biografias. Particularmente, não gostei. Muitas vezes me via voltando uma frase ou parágrafo, porque me perdia pela forma da escrita. Misturava pensamentos e ideias numa mesma frase. Colocava inserções de falas meio desconexas, que pareciam quebrar as ideias em desenvolvimento. Lembro que, quando comecei a ler, conversei com o meu irmão sobre isso (o livro é dele e já o lera) ele respondeu: “em partes parece que foi escrito por um drogado”. Acho que isso resume bem o que senti ao longo da leitura. E a cereja do bolo, para mim, foi a falta de modéstia do autor ao tentar engrandecer o livro.
Por último, apenas uma opinião. Não posso afirmar que seja o “último dos gigantes”, visto que não conheço a biografia de outros, como o próprio Nirvana ou mesmo um Linking Park (só para deixar claro, não estou comparando o LP com GnR, apenas citando o alcance, já que as músicas daquele estão sempre entra as mais executadas nos últimos anos se pegarmos somente a esfera do rock). Teria que ler mais sobre as outras bandas que moveram multidões ao longo do mundo para ter uma opinião mais concreta sobre a afirmação do título.
Portanto, a trajetória da banda é muito interessante. Uma montanha russa de fases e de sentimentos que deixam o leitor, caso aprecie este tipo de narrativa, instigado. Mas a escrita do autor me desanimou muito. Sabendo que há outras biografias publicadas, não sei se recomendaria este livro. Se não tem outro em mãos, pode pegar para ler que é interessante; caso contrário, eu iria pela outra.

mari 04/11/2022

primeiramente preciso avisar: isso não é exatamente uma biografia. claro, conta os fatos na medida que vão acontecendo, porém por ter uma visao jornalística da história do gn'r, mick wall conta a história de uma maneira mt técnica. nao existe fofocas, historinhas ou ponto de vistas; apenas o que lhe contaram e o que ele viveu. sendo breve em todos os aspectos, menos as questões como tais músicas e etc.

é um bom livro, afinal, é uma boa história e um bom autor. nao considero um livro exatamente para fãs (reckless road se torna mt melhor nesse quesito, ou até mesmo as autobiografias da banda) mas sim para entender melhor a cena, o impacto e o legado do gn'r na indústria e na vida das pessoas.

Deise.Ribeiro 01/11/2022

Biografia de uma das minhas bandas de Rock favoritas
Gostei de saber mais detalhes sobre o início da banda, como os integrantes se conheceram, como a banda foi formada, o que faziam antes da fama, suas loucuras, excessos, tudo bem a cara mesmo de astros do Rock n' Roll. Só achei a escrita um pouco confusa, às vezes eu ficava perdida sem saber quem falou o que. Não sei se realmente é da escrita do autor ou é uma questão da tradução ser um pouco enrolada, mas valeu a experiência, embora eu não seja muito de ler biografias, visto que a leitura geralmente não flui tão bem para mim. Para quem não leu, o que esperar da leitura? Drogas, sexo, Rock n' Roll e várias histórias sobre os ataques de mau temperamento, já conhecidos, de Axl Rose, o caminho percorrido pelos demais integrantes para se livrarem do vício das drogas, os conflitos que levaram ao rompimento da banda, terminando com a tão aguardada reunião da formação original.

Vini 22/06/2022

3/5 pq não explicaram nada sobre a maioria das músicas. Esse era o tema q eu mais queria saber, tipo a Nightrain que era uma bebida barata mas com muito álcool. Tbm poderiam dar bastidores sobre os videoclipes... Enfim, o livro é bom mas achei meio raso

Nathalia Cecconello 25/01/2022

Oi :)

Não sei porque, mas realmente não consegui ir adiante na leitura desse livro.
Mesmo Guns n' Roses sendo minha banda preferida, não consegui conectar com a leitura e acabei abandonando. Acho que não gostei da forma da escrita, como ele abordou os integrantes...

Leitorah 12/08/2021

Guns eu te amo??
Eu estou muito feliz de poder ter conhecido mais sobre essa banda que eu sou completamente apaixonada!
Eu sabia de algumas informações, mas não com tanta riqueza de detalhess, e eu amei.
Meu deus, gostei muito de saber mais sobre os bastidores dos albúns ???????
(Escrevendo no surto).
Mas enfim, se você é fã dessa banda (foda demais) eu super recomendo!

?Porque, quando o Guns N? Roses se acabar, também se acabará a era de ouro do rock, para sempre, sem bis. Quando eles forem, nós também iremos, gerações de nós que se rejubilaram ao permitir que nossa vida passasse a se indentificar com essa música, essa mensagem, esse significado?.

Axl, tu é foda!????

annabeattriz 24/05/2021

Perfeito
“... mas é como se o Guns N’ Roses não funcionasse plenamente, nada nunca acontece de verdade, em seu máximo potencial, se não tiver em rota de colisão.” Axl para Mick Wall.

Me senti o tempo todo colidida com essa leitura, inclusive era a leitura matutina, porque ler a noite me tirava o sono! Me prendeu de uma forma surreal.

OBS: Eu sou apaixonada por ultimas paginas de livros e eu me apaixonei pela ultima desse livro. Emocionante!

Daniel 06/02/2021

A Biografia Definitiva
Na prática, Mick Wall traz aqui a biografia definitiva do Guns N' Roses. Sem rodeios, ele consegue passar pela história de cada um dos integrantes clássicos e de toda a trajetória da banda na Los Angeles dos sonhos e pesadelos do Hard Rock oitentista.

Esse livro vai te fazer enxergar a banda muito além dos palcos, mas também todas as sinuosas tramas entre os músicos, as mudanças e também todo o trabalho nos bastidores que culminou em uma das maiores bandas de Rock de todos os tempos.

Nick 24/10/2020

Guns N' Fucking Roses
Livraço pra quem é fã de uma das maiores bandas de todos os tempos. Eu particularmente tenho o GN'R como a primeira e mais importante banda de rock da minha vida, sempre será. Embora reconheça a importância de outras bandas (como o Queen principalmente, The Beatles), nenhuma outra se iguala em patamar na minha prateleira. O livro conta histórias incríveis e nos localiza muito bem nos altos e baixos da banda em sua carreira. Eu particularmente só não gostei muito do destaque demasiado ao Velvet Revolver, é praticamente uma biografia dentro de outra... e no meu caso o interesse pelo VR é inversamente proporcional ao Guns, ou seja, zero. Esse longo trecho foi maçante pra mim.

Livro essencial pra quem é fã.

Mário 13/04/2020

Bem vindo à selva
O livro abrange com minudência todo período pré-reunião e formação original até a reencontro, ainda que parcial, após vinte anos de mútuos ressentimentos e acusações. Do surgimento em meio a completa penúria à ascensão planetária. Das histórias que inspiraram as composições clássicas às internações em clínicas de reabilitação, rivalidades internas, disputas financeiras e todo tipo de confusão e desordem que marcaram a trajetória da banda mais perigosa de todos os tempos.

Luiz Miranda 14/04/2019

O último, sem dúvida
Mick Wall é terreno seguro: 40 anos de rock; Kerrang, Classic Rock, Mojo e The Times no currículo de jornalista; autor de biografias do Led Zeppelin, Black Sabbath, Metallica, AC/DC, entre outras. Ele não apenas sabe do que está falando, como esteve presente em carne e osso nos acontecimentos que relata.

Guns N Roses - O Último dos Gigantes, não é diferente, Wall desfila sua habitual competência em uma história impressionante. Da química que resultou num dos maiores discos de estreia já feitos, Appetite for Destruction, passando pelo megaestrelato que pariu Use Your Illusion, a inevitável decadência. A história não é exatamente nova, porém prende a atenção do início ao fim.

Não sei se o autor concordaria, mas acredito que o Guns se tornou uma entidade definitivamente maior que sua música. Até porque música mesmo a banda fez pouquíssima: praticamente 2 discos (Appetite e Use) e um solo do Axl (Chinese Democracy) em 30 anos.

Além do consumo industrial de drogas, o drama central da obra é o comportamento errático do cantor Axl Rose, um maníaco-depressivo neurótico e manipulador, que ao se tornar o maior rockstar do planeta passou a infernizar e sabotar a trajetória da banda. Sem dúvida é uma das figuras mais dementes da história da música, um herói-vilão nos moldes de loucaços como John Lennon e Ozzy Osborne.

Por fim, Wall arrebata o leitor num desfecho brilhante e sentimental, uma espécie de epitáfio onde explica o rótulo de último dos Gigantes: ...porque, quando o Guns N Roses finalmente acabar, também se acabará a era de ouro do rock, para sempre, sem bis...

Bravo.

Gabriel 25/03/2019

Um banco de informações e entrevistas com a banda, livro valioso
O livro trás um compilado de entrevistas, histórias, momentos e ditos dos integrantes. Muito do que tem nele também aparece de forma esparsa nos livros do Slash, do Duff e do Steven. Da pra sentir também a esfera que envolvia a banda e leva a entender um pouco das razões da debandada dos integrantes. Alguns momentos de Izzy e do porque, de forma mais detalhada, com alguns depoimentos, dele ter saído da banda. Se alonga também nos momentos do Velvet Revolver, ficando claro que para o autor a banda era uma espécie extensão do Guns. Esperemos agora uma biografia de Axl, e como ele já falou uma vez, precisa apenas encontrar um maneira de não colocar os outros como mentirosos na história todo. De um modo geral, para quem é fã como eu, um bom livro.

Didi 03/02/2019

Viagem Louca
Toda a história desses rapazes que marcaram época. Verdadeiramente sexo, drogas e rock and roll. Como estiveram longe do equilíbrio o tempo todo. Muito loucos. Irresponsáveis. Poderiam ser bem mais longevos. Boa narrativa para quem gosta do Guns. Revela a intimidade dos nossos ídolos desvairados, a disputa pelo poder na banda e a vaidade de seus integrantes aflorada pelo sucesso - elemento desintegrador. Bom passatempo.

Romulo 16/01/2019

Bom Livro
O livro é bom, principalmente para fãs.

Já li dois livros do mesmo autor, sendo as histórias do Black Sabbath e Led Zeppelin. Dessa forma, naturalmente fazemos uma comparação entre os três livros. A principal diferença é o tamanho da história dessas três bandas.

Sem entrar em preferências, tanto o Black Sabbath quanto o Led Zeppelin possuem uma discografia muito mais ampla que o Guns n´Roses, sendo bandas criadas no final da década de 60. Assim, os livros dessas duas bandas são mais fluídos, uma vez que é preciso contar uma história maior. Já no caso do GNR, a história se arrasta um pouco mais.

Feito essa observação, o livro é bom, sendo que os fãs se deliciam com as histórias contadas. O processo de criação musical também é detalhado e bem interessante notar a forma como as músicas foram concebidas.

Outro ponto positivo é o detalhamento dos projetos paralelos, principalmente do Velvet Revolver, uma banda excelente por sinal.

Vale a pena a leitura, sendo notável o caminho percorrido pela banda.

Thamys 04/01/2019

Mais um Mick Wall na minha lista de biografias.

Mais uma biografia escrita por Mick Wall, que veio se tornar meu autor favorito. Trago a minha opinião sobre esse livro que provavelmente entrará no meu top 3. A primeira razão é que Guns N’ Roses é uma das minhas bandas favoritas desde 2008. A segunda razão é que tive a oportunidade de ir a dois shows: em 2010, na turnê do polêmico álbum Chinese Democracy e em 2017, na Not This Lifetime Tour. Por último, eu gosto muito do estilo de escrita de Wall, sempre me prende.

Apelidada da “banda mais perigosa do mundo”, o Guns surge em uma atmosfera de caos em seu estado mais perfeito. Todos os integrantes eram erráticos em algum grau, as drogas amplificaram este comportamento. Mas no meio de toda a bagunça, nascia uma das últimas bandas clássicas de rock. Eu conhecia uma parte da história, através da biografia do Slash, o famoso guitarrista acompanhado de sua cartola e os cachos tampando o rosto. Mas era apenas uma parte de um todo.

Mick, como sempre, reuniu várias histórias valiosas que nos ajudam a entender como o Gn’R foi formado. Obviamente o destaque vão para os protagonistas: Axl Rose, Slash, Izzy Stradlin, Duff McKagan e Steven Adler. É bacana perceber que mesmo no contexto glam, o Gn’R se diferenciava. Era mais “sujo”, nem todas as músicas falavam de amor. Era simplesmente de uma crueza que o hard rock precisava.

As namoradas, groupies, brigas, porres, ressacas. Tudo está lá. Acompanhar os processos mágicos de Appetite for Destruction, Use Your Illusion I e II e Chinese Democracy é muito bacana. Muita coisa já sabia por fora, mas gostei que Wall não nos poupa de nada: as problemáticas, os charts, o nascimento de clássicos como Estranged, Sweet Child O’ Mine, Welcome to the Jungle.

E de quebra, o autor ainda dá destaque ao Velvet Revolver, Loaded e outros projetos dos outros integrantes. Mas seria injusto não evidenciar aquele - seja a favor ou não - que foi e é um dos principais responsáveis pela ascensão, queda e renascimento do Gn’R. E sim, falo de Axl Rose. Seja pela infância conturbada, a personalidade difícil (sendo bem branda), os inúmeros atrasos é inegável que W. Axl Rose pode ser chamado de um anti-herói. Seja subindo ao topo do mundo com mais 4 caras ou indo ao fundo do poço com um sem-número de pessoas na demora de lançar o Chinese Democracy, ele sempre esteve lá. E de uma maneira - muito errada, na maior parte do tempo - ele sempre foi apaixonado pelo Guns. Como diz Wall “Axl, você venceu”.

Acredito que tenha ficado perceptível o quanto gostei. Apesar de conhecer uma boa parte da história - graças ao meu vício por volta de 2008 - a escrita de Wall é muito boa e me envolveu de tal maneira, que se não fosse por conta de outras problemáticas teria terminado mais cedo. Recomendadíssimo!