Resenhas - As Mães

Kelly 03/04/2021

Achei esse livro melhor do que A metade perdida. Nós acompanhamos Nádia, sua melhor amiga e Luke. Nádia tem um relacionamento com Luke, os dois são jovens, e vão ter que viver com as consequências de seus atos. Manter o que fizeram em segredo vai afetar todos os envolvidos, não só eles dois.

Thayná 01/04/2021

Gostei, mas acho que não li na hora certa
Amei a escrita da Brit Bennett, ela escreve muito bem, consegue descrever os personagens e os elementos da história de forma que não é cansativo mesmo com parágrafos mais longos. Com certeza, vou ler outros livros da autora. Ela aborda assuntos polêmicos de um jeito bem realista, mas não senti que foi de forma pesada, sabe? O livro mostra toda a confusão na cabeça da protagonista sobre os acontecimentos mesmo após anos deles e não conheço muitos livros que abordem esse assunto e, principalmente, dessa maneira, mas não vou explicar muito pra não dar spoiler.

A minha nota teve muito mais relação com o gênero do livro, porque é um formato que não tenho muito costume de ler, e acho que isso fez com que eu não aproveitasse tanto e achasse que a história não tem elementos que te prendem. Pra mim, não tem muitos ganchos pra te deixar curioso pro que vai vir, de forma que eu acabava um capítulo e não sentia aquela curiosidade pra começar e ver o que vai chegar. Talvez leia novamente no futuro quando estiver mais empolgada com o gênero.

Laiza 30/03/2021

As Mães - Brit Bennett
No último verão antes da faculdade, Nadia Turner precisa lidar com a dor da perda de sua mãe, que se suicidou. Ocasionalmente, ela acaba se envolvendo com Luke Sheppard, ex-atleta e filho do pastor da igreja da sua comunidade, que trabalha como garçom em um restaurante após um grave acidente que lesionou sua perna. Desse relacionamento, surge um segredo, que trará consequências que eles nem imaginam. Nadia não conta o que aconteceu a ninguém, nem mesmo para sua melhor amiga Aubrey, que também sofre com seus próprios traumas e segredos. Ao longo dos anos, eles levam consigo não apenas os traumas e as consequências, mas também dúvidas: e se tivessem agido de forma diferente? E se tivessem tido o apoio necessário?

"Se nada da vida da mãe dela tinha sido simples, nem a vida nem a morte, a lembrança que ficara dela também não seria". Página 246

A leitura de As Mães é intensa, com uma narrativa simples e intimista, mas também crua e sem rodeios. Os anos se passam rapidamente na trama, e vamos acompanhando os personagens e seu amadurecimento da adolescência à vida adulta. Tudo isso torna o desenvolvimento bastante ágil, então é uma leitura que envolve e instiga em todos os momentos. A trama tem uma pegada de drama também, então temos vários temas sensíveis como suicídio, violência sexual, aborto, adultério, entre outros. Mas acima de tudo é um livro que fala sobre solidão e dor, e sobre como isso impacta ao longo da vida. O livro faz um profundo mergulho dentro do íntimo do ser humano, e vai desmembrando aos poucos esses sentimentos e seus impactos.

"Sabia que seus olhos são transparentes? Dá para ver através deles. E só tem tristeza do outro lado". Página 12.

Vamos acompanhando como as escolhas, as adversidades e os traumas reverberam de forma diferente nas pessoas e no caminho que eles seguem. O grande cenário da história é uma comunidade conservadora da Califórnia, que se concentra na igreja de Upper Room, mas a religião não se torna o centro da narrativa. A construção e a estrutura dessa comunidade são a parte fundamental da trama, pois ela reflete sobre como segredos e boatos moldam não apenas a vida, mas toda uma comunidade e quem nela vive. Há aqueles que se afastam, e aqueles que se inserem cada vez mais no convívio social. E em uma comunidade onde todos se conhecem e convivem, nem sempre há o acolhimento e o amparo que precisamos, mas julgamentos, olhares e o deslocamento. Achei demais como a autora explorou a questão das "mães" na igreja, e de como introduziu essa questão do julgamento.

"Todos os segredos têm um sabor antes de serem contados, e, se tivéssemos parado um pouco para mastigar melhor aquele, talvez notássemos o amargor de um segredo ainda verde, colhido cedo demais, arrancado e distribuído antes da época". Página 7

"As pessoas não deveriam ficar diferentes quando eram pegas mentindo, quando são vistas pela primeira vez de verdade?" Página 35.

Então é um livro com uma grande pegada de drama, e que reflete sobre as relações e os laços entre as pessoas: romance, família, amizade... e sobre como nessa teia de relações, e as problemáticas e segredos que existem entre elas, formam toda uma comunidade. Não é aquele tipo de livro cheio de reviravoltas e muitos acontecimentos, mas sim uma história sobre o cotidiano, o mundano, e sobre o que pode ou não acontecer e as escolhas que devem ser tomadas. O final não é um grande acontecimento, mas é coerente ao que é proposto. Apenas senti que ele ficou muito acelerado e não aprofundou muito em algumas questões que achei que seriam relevantes de abordar um pouco mais.

"Tinha a mãe dentro de si, segurando uma faca, mas sua alma carregava uma pedra. Toda vez que as duas se enfrentavam, saía uma faísca. Toda a sua vida, aquela faísca". Página 256

As Mães é um livro que trata de temas problemáticos e sociais, mas com a profundidade e sensibilidade necessária para tocar o leitor. Apesar de fluído, é um livro mais parado, então não acho que vai agradar a todos. Encontrei nele uma história que me instigou, comoveu e que me fez refletir muito durante toda a leitura

Conheça meu insta literário @possosurtaragora e meu blog! :)

site: http://laizafsiqueira.blogspot.com/2021/03/livro-as-maes-brit-bennett.html

camis 29/03/2021

livro ok!
não sei o que esperava dele, mas não me satisfez. algumas situações muito convenientes, outras um pouco surreais. mas é uma leitura legal.

Daiane 28/03/2021

Só o título me fez imaginar as mil possibilidades do que a história contaria. E é impressionante como me cativou, me prendeu em tão poucas folhas.
As várias camadas dos personagens, aquela pergunta que não queria calar: como seria a vida deles se tivessem tomado alguma outra atitude. Livro maravilhoso!

Laura 27/03/2021

Gostei?
Foi uma história que me deixou curiosa para saber o desenrolar dos fatos. Gostei muito, porém me senti um pouco desconfortável com o final, me apeguei com a Nádia, queria mais para ela.

Manu 24/03/2021

"Depois que um segredo é contado, todos se tornam profetas."
Que livro INCRÍVEL! Uma narrativa extremamente inteligente e cheia de reflexões. Fiquei viciada em acompanhar as histórias que cruzam os 3 personagens do livro. Terminei ele com questionamentos muito fortes: até que ponto o nosso lar nos acolhe, aceita e, mais importante, entende as nossas decisões? E quanto as moldamos para nos encaixar nele?

Maria 23/03/2021

Recebi esse livro no clube leitura e não me animei, apesar da capa incrível. Peguei por estar na meta e demorei a empolgar. Mas, de repente, peguei carreira e terminei direto. Um livro em que a vida acontece (meio ?pequenos incêndios por toda parte?), contado por uma testemunha de fatos que aconteceram a um par de amigas e às pessoas envolvidas. Gosto muito de histórias que me dão a sensação extrema de vida real, sem plots exagerados, ou fantasias - apesar desse ser meu foco de leitora, rs. Gostei demais. 4,5??

-Lá- 23/03/2021

Termino em prantos e levo o assunto à terapia. Uma história intensa na dor, na solidão e tbm no amor. Um mergulho profundo à natureza humana e suas contradições. E, especialmente, uma forma de sentir o controle social por ser mulher.

Manu 23/03/2021

As mães é uma história que se passa em uma comunidade negra e conservadora da Califórnia. Conta a história de três jovens, Nádia, Luke e Aubrey, que se entrelaçam.
O livro traz questões geralmente evitadas, como aborto, adultério e suicídio. A vida desses três jovens são marcadas por esses momentos de dor que não são trabalhadas, já que por se tratar de uma comunidade conservadora, eles guardam seus problemas e traumas a sete chaves.
Em alguns momentos o livro parece um pouco clichê, não sei se é porque é mais voltada para um público jovem, mas, ainda assim, acho que o livro trata esses assuntos com a devida seriedade.

Gu Vaz 19/03/2021

Temas pertinentes
Gostei muito temas que foram abordados pela autora, gostei da certa complexidade que a protagonista, Nadia, traz consigo, sendo o luto um personagem quase próprio na narrativa. Ao mesmo tempo também lida com maternidade e seus mistérios sociais. O livro pecou, ao meu ver, em certos desenvolvimentos, embora o final tenha sido coerente com a sequência de acontecimentos.

Luana 16/03/2021

As Mães
???Esse livro contém assuntos como: Suicídio, Aborto, Abuso Sexual, Violência Fisica.


? Resenha
O que podemos esperar do livro As mães?

A narrativa é bem construída, a escrita da autora é bem fluida e a cada página a gente vai se aprofundando mais na história.

O livro vai contar a história de 3 jovens Nádia, Luke e Aubrey sem saber futuramente a vida desses três estará conectada e um grande segredo vai envolver esses três personagens.

As mães vem narrando histórias de uma comunidade negra da Califórnia e são membros da igreja Upper Room. Embora tenha momentos envolvendo a igreja, não pense que é uma história sobre religião quem tá em busca achando que será esse o objetivo da história já deixo claro que não.

Nádia é uma pré adolescente, que vive um luto pela morte trágica de sua mãe, ela tenta entender o porquê da sua mãe cometer suicídio, filha de fuzileiro se vê agora sozinha, pois o pai passou a maior parte da sua infância em guerra e agora ambos são estranhos.

Nessa trajetória do seu luto ela se relaciona com Luke filho do pastor, eles tem uma relação escondida ele não assume o namoro e desse relacionamento acontece uma gravidez indesejada.

Nádia tem passado por muitos momentos de angústia, suicídio da mãe, as fofocas da comunidade da igreja, seu relacionamento oculto, a convivência com o pai, são vários os assuntos abordados pela autora que de uma maneira bem real ela traz em seu livro, momentos em que meninas não tem a quem recorrer, quem possa oferecer acolhimento.

O que pra mim enfatizou bastante nessa história, é que quando pensamos em uma comunidade da igreja pensamos em acolhimento, mas nem sempre isso acontece, esse acolhimento não existe.

Notamos que quando se precisa de acolhimento o que vem primeiro são: julgados, fofocas, olhares mas nunca o que você realmente está a procura.

E nesse ponto foi muito bem construída a história pois a personagem já vinha sendo alvo de fofocas pelo suicídio de sua mãe, pelo seu afastamento da comunidade, nesse meio tempo ela conhece Aubrey uma menina da mesma idade, que assim como Nádia tem muita mágoa e segredos, elas se tornam amigas e essa amizade começa na pré adolescência e se estende a vida adulta.

Nádia e Aubrey se tornam amigas irmãs, vivem uma na casa da outra, mas Nadia passa no vestibular vai embora da cidade e com ela seu segredo.

Muitos anos depois Nádia retorna para cidade, seu pai não está bem de saúde e ela vem cuidar dele, a partir dessa vinda dela muitos acontecimentos envolveram Nadia, Luke e Aubrey.

Bom não prolongado muito a resenha me surpreendi positivamente com o livro gostei muito, e tocou em temas muito importante como aborto, religião, negritude, relacionamento familiar, suicídio, abuso sexual, sexualidade e violência física.

Essa foi minha dica de leitura, espero que gostem ?

gabriella.malta 16/03/2021

Conflitante mas muito bom
O livro me agradou muito, a temática é polêmica mas achei que foi trabalhada com sensibilidade. O título é genial por que explica à quem a crítica da autora realmente se dirige.

gabe 16/03/2021

Maravilhoso, um favorito da vida
Acompanhamos a história de três jovens desde sua adolescência até sua vida adulta, e como suas escolhas - e as escolhas que fazem por eles - influenciam e influenciarão em suas vidas. Se tornou um dos meus livros favoritos, fazendo com que eu me apaixonasse pela escrita da Brit Bennett.

Filipe_Quaresma 16/03/2021

Dicotômico
Eu não sei por onde começar nem o que dizer. Qualquer pessoa que ler esse livro pode jurar que ele foi escrito por um "pró-vida". Porque é essa a sensação que ele passa em quase todas as cenas que abordam a questão do aborto.

Não sou e nunca serei a pessoa certa pra julgar os sentimentos que vêm após um aborto, mas tudo o que foi apresentado é tão real que chega a dar raiva, odiei o livro porque ele traz verdades.

A intenção da autora fica clara no fim, quando ela diz "...uma menina que não existiria se o filho dela existisse." trazendo um ótima reflexão sobre como a felicidade se configura de diferentes formas. Foi errado o que Nadia fez, mesmo que ela tenha realizado um sonho? Ela teria conseguido se tivesse mantido o filho? Aubrey conseguiria essa oportunidade se não fosse a decisão de Nadia no passado? ou até mesmo, o quanto afetada uma pessoa pode ficar por causa de um aborto?

Felizmente, todas essas questões parecem ter respostas e, pra mim, simplesmente saber que uma mulher pôde realizar seus desejos e desbravar o mundo pois não estava presa à uma crença limitante ou a uma criança, já vale a leitura.

bjs, deus abençoe família