Ana 15/08/2017
Há um tempo, eu jurava para todo mundo que eu não gostava de ler poesias. Depois eu só me dei conta que ainda não tinha encontrado o tipo de poesia certa para mim, e cheguei a essa conclusão após conhecer o trabalho do Leminski. Desde então, resolvi me aventurar um pouco mais no gênero e o faço sempre que tenho oportunidade. É uma pena que Ladainha não despertou em mim o mesmo sentimento que os livros do meu amado Paulo Leminski.
Bruna Beber é uma escritora brasileira, vencedora do 2º Prêmio QUEM Acontece na categoria revelação literária de 2008. Muitos consideram Ladainha o seu livro mais espirituoso e divertido. Em entrevista para o blog do Grupo Editorial Record, Beber afirma que a única coisa que restava para esse seu projeto era escrever livremente e ela certamente cumpriu bem tal papel.
Dividida em três partes — Vidádiva, Canseios e Meu Deos — e com poemas sem título, apenas identificados por números primos infinitos, a obra de Bruna Beber me parece mais uma bagunça que uma ladainha ("falação fastidiosa que está sempre repisando as mesmas ideias; enumeração longa e cansativa; esp. repetição monótona e tediosa de queixas e recriminações"), isso porque eu simplesmente não consegui absorver nada dessa leitura, muito menos entender.
Enquanto lia, não conseguia ver sentido em nada. Para mim, tudo não passava de um monte de palavras soltas e sem nexo. Porém, depois de ver tantas críticas positivas sobre o trabalho da autora, a única coisa que se passa na minha cabeça é que realmente Ladainha não foi escrito para mim. Provavelmente ainda não tenho maturidade literária o suficiente para entender certas coisas.
Estaria mentindo descaradamente para os leitores que acompanham o blog se eu indicasse esse livro, mas já diria minha mãe, gosto é gosto e cada um tem o seu. Quem quiser se aventurar na escrita de Bruna, que seja por sua conta e risco.
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