spoiler visualizarGigica.B 25/05/2024
Um bom livro, cansativo, mas tem uma boa história.
Joseph e Maurice Joffo, irmãos de 10 e 12 anos, judeus, saíram de sua casa (Paris 1941), por ordem de seus pais, após saberem que nos próximos dias, soldados alemães iriam atrás de judeus. Com o destino de ir a cidade Menton, localizada na chamada "França livre" para ficar junto a seus irmãos.
Seu pai, os fizeram prometer, que sempre negariam ser judeus, e assim fez. O primeiro trajeto que fizeram: chegaram na estação de Austerlitz, pegaram o trem para Dax, lugar onde um gentil padre os impediu de serem pegos. De Dax foram a uma cidade chamada de Hagetmau onde passaram a linha e chegaram a "França livre"
Essa "passagem da linha" da França a "França livre" era um trajeto. Que fizeram junto a um grupo. E da linha ficaram em uma fazenda até o amanhecer. Durante a noite, enquanto o mais novo dormia, Maurice, refez esse trajeto para conseguir Francos (dinheiro usado).
Agora só bastava chegarem a Menton e reencontrar seus irmãos. Para chegar a Menton, teriam que andar 20 quilômetros e pegar um trem. Os dois estavam cansados, e conseguiram a carona de um Conde, que os levaram a estação.
Menton. O reencontro emocionante junto aos irmãos e a estadia que durou uns 4 meses. Nesse período, se matricularam na escola, Joseph trabalhou em uma fazenda, por alguns dias, seu irmão, em uma padaria. E quando tudo parecia bem, seus pais foram capturados. Henri, um dos irmãos mais velhos, foi resolver toda a situação. E após 8 dias, tudo estava bem. Ele convenceu o coronel que era um engano, e que seus pais não eram judeus. Henri voltou a Menton, enquanto seus pais foram a Nice, lugar onde era seu próximo destino.
Nice. Lugar onde ficaram um grande tempo de 1942. Trabalhavam com trocas de alimentos e objetos, estudavam, tinham amigos, viviam bem, junto aos pais. Teriam que se separar novamente. Os mais novos iriam em direção a Moisson Nouvelle, um acampamento ligado ao governo francês.
Moisson Nouvelle. Lá os irmãos faziam potes de argila e diversas atividades. Aceitaram passear durante uma tarde em Nice. Mas esse passeio durou pelo menos um mês inteiro. Era um tipo de armadilha, não diretamente a eles, mas eles caíram junto. Ficaram presos em um prédio. Foram examinados por um médico, para ver se foram circuncisados, e disseram que haviam operados quando menores, o médico falou a eles, que não adiantava mentir, que ele era judeu também. Mas Joseph negou, e disse que não era judeu, assim como ordenou seu pai. Foram investigados, Joseph ficou doente e logo se recuperou. Próxima a terceira semana presos, foram investigados outra vez, e Maurice foi ordenado a, em menos de 48 horas, conseguir os certificados de primeira eucaristia de ambos. Esse que era inexistente. Mas com a ajuda de um padre, conseguiu os falsos certificados. Mas reconheceram que era falso, e saíram de lá quase uma semana e meia depois, com a ajuda do padre, que era muito teimoso e não desistiu de ajudar os garotos.
Após a saída da "prisão" voltaram para o acampamento, mas pouco tempo depois, já partiram outra vez.
Seu pai havia sido capturado com seus verdadeiros documentos, sua mãe e seus irmãos já estavam se escondendo, e a qualquer momento, os alemães viram a caça deles. O destino agora era Montluçon, lugar onde morava a irmã Joffo. Eles teriam que atravessar o campo e chegar até Cannes, que de lá pegariam um trem a Montluçon. Chegaram a Cannes rapidamente, e embarcaram no trem. Mas por ser outubro de 1943, era inverno. Estavam com poucos roupas, e passaram bastante frio. Ao chegar a cidade, foram diretamente comprar roupas. Mas como esperado, por estar no meio da guerra e pela alta procura, não havia roupas adequadas, mas a loja era aquecida, o que aliviou o frio. Os irmãos conversaram com a atendente, que os convidou para dormir por lá. Pela manhã, foram até a casa de sua irmã. Pegaram roupas quentes, e se preparam, pois iriam reencontrar seus irmãos em Aix- Les-Bains.
Aix-Les-Bains. O tempo foi passando Joseph trabalhava em uma livraria e papelaria chamada Casa Mancelier, da família Mancelier. Onde o pai da família, era um burguês que odiava judeus, e em toda oportunidade os xingava.
No dia 8 de julho de 1944, Joseph acorda com a voz do irmão dizendo que estavam livres.
PARIS LIBERTADA, então Joseph não perdeu tempo assumiu se judeu a todos, incluindo a seu "chefe" que repugnava. E foi a caminho de Paris. Maurice, não conseguiu ir junto ao irmão, mas foi logo em seguida. Estavam livres para viver como uma família novamente.
Ele chega em casa, não precisaria mais de placas de estabelecimentos judeus, estrelas, nada disso. A família estava quase completa, porque infelizmente seu pai não voltou do campo. Mas agora estava livre.