Kindred

Kindred Octavia E. Butler
Octavia E. Butler




Resenhas - Kindred - Laços de Sangue


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brwnda_ 11/04/2024

GIGANTE
Não sei explicar como um livro tão denso e difícil de ser lido pelo o que relata consegue te capturar com tanta força que o tempo parece não passar enquanto você está lendo.

certamente é a história de viagem no tempo mais triste e angustiante que já acompanhei, a cada viagem eu sofria com medo do que podia acontecer à Dana.
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Elaine 07/04/2024

Uma leitura impactante
Concluí a leitura de "Kindred: laços de sangue" e fiquei em choque. O livro nos coloca, de forma impiedosa, no sul dos Estados Unidos durante a escravidão. A partir da protagonista e narradora, viajamos para o passado e nos deparamos com a violência da escravidão e com as estratégias de sobrevivência que as pessoas submetidas a essa violência constroem. O livro é impactante e necessário para que conheçamos toda a violência desse período e os efeitos dela no presente.
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Giuliana 31/03/2024

Kindred
"Eu era a pior guardiã possível que ele podia ter, uma negra para cuidar dele em uma sociedade que via os negros como sub- humanos, uma mulher para cuidar dele em uma sociedade que via as mulheres como eternas incapazes."

Que livro incrível, tão bem escrito. Viagem no tempo, um tempo tão difícil para mulheres e principalmente para os negros. Dana tentou sobreviver a tanta coisa ruim e na vida de seus antepassados.
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Gil Manga 31/03/2024

Octavia e Eu
Quando eu tinha entre nove e dez anos decidi ser um escritor. Uma criança, nascida em uma cidade pequena na beira do Velho Chico, distante de tudo, havia decidido que escrever era uma boa coisa para se querer no futuro. Passei algum tempo lendo a biografia de alguns autores na contracapa, ou nas orelhas de livros. Alguns desses jamais li, mas sabia sobre a vida de seus autores.
Era um trabalho para mim: buscar algum autor que tivesse qualquer semelhança com minha vida. Entre Vinícius, Drummond, Clarice, Mário de Andrade, frustrava-me, mas continuava a busca. Foi já grande que eu conheci esses autores como eu. Octavia Butler é um deles. Filha de um engraxate e uma empregada doméstica, ela também achou uma boa ideia querer escrever. Não apesar de ser preta e pobre, imagino eu, mas por essas razões.

Enquanto lia ?Kindred? , pegava-me pensando como era maravilhoso que Octavia tenha decidido que era um bom negócio escrever. Imaginei que talvez não tivesse tido a boa vida dos autores geniais que li, que muito jovem já escreviam para jornais, frequentavam com facilidade as casas dos literatos e publicaram cedo seus primeiros livros. Fiquei agradecido também por ela não ter se resignado, pois estava eu entusiasmado, ansioso, empolgado com a história de Dana, Alice, Rufus, Kevin?

Em Kindred, Octavia Butler leva Dana a viajar no tempo, protagonista do seu livro. Um tempo em que o sul dos Estados Unidos era escravista e ser negro era pior do que o ano 1976, época que vive Dana. Entre idas e vindas, a personagem tenta comp?eender o quanto a sua história está relacionada ao passado escravista. Das péssimas condições de trabalho do presente, para a escravidão do passado. Algumas coisas parecem mudar, outras nem tanto.

Não é segredo meu amor por histórias sobre viagem no tempo. Alguns dos meus filmes e séries favoritos são sobre essa temática e Octavia não decepciona o epíteto de ? a grande dama da ficção científica?, que está na capa da edição que li e que talvez jamais seria usado para se referir a um homem. Na história, Dana também escreve e, talvez, também não ficasse feliz em ser chamada de dama, quando poderia ser chamada de escritora.

Apesar disso, o livro nos leva junto na viagem, não sem repulsa, não sem contradições e raiva. A história dos estereótipos negros na literatura ocidental é revisitado com uma crítica que vai além dos clichês de sempre. Alguns momentos ser um deles parece algo certo a se fazer para permanecer vivo, na escrita de Octavia Butler. A personagem se vê diante deles e nos coloca diante das inúmeras contradições sobre a histórias das pessoas negras no período escravista.
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NAvea.Silveira 28/03/2024

Como a realidade é difícil!!! Como a população negra conseguiu superar tanta dor, tanta humilhação. Não tem como se emocionar, revoltar, querer justiça lendo este livro.
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Hevelyn 23/03/2024

Não vou entrar em detalhes do livro, pois acho que é um livro que cada um tem sua opinião própria.
Amei a escrita, o início me pegou muito, mas foi indo pra metade e fiquei horrorizada, sempre soube sobre os horrores da escravidão, e ler esse livro foi mais uma afirmação desse fato.
A autora conseguiu fazer uma das coisas mais incríveis com esse livro, começar com o final, e terminar com o início.
Os personagens são bem desenvolvidos, e a história também!!!
Sei que muitos vão ficar decepcionados com o final pela falta de explicação, mas é uma coisa que simplesmente não tem, por isso o ocorrido do final.
A história é muito bem escrita, amo esse gênero e livros escritos por autoras negras que retratam sobre o racismo/escravidão, pois eles colocam uma realidade que muitos omitem. nota 10/10 pra esse livro nunca vou esquecer...
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Andrea 20/03/2024

Grande dama da ficção científica
Como eu queria ter conhecido a Octávia antes, que incrível!
Além de ser muito interessante a história, ela é construída de modo tão cuidadoso. O contexto histórico vai sendo apresentado e o impacto que isso causa em Dana, como uma mulher do futuro tendo que encarar tempos onde ela não era nem considerada um ser humano com direitos. O esforço dela para se adaptar e o quanto isso também vai transformando ela.
A construção das personagens e da relação entre elas é muito rica porque mostra a complexidade envolvida, o que me parece ser bem fiel a como deveriam se estabelecer as relações entre os vários atores da sociedade escravagista.
Enfim, vale muito a leitura. É o meu segundo dela e certamente não será o último!
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Aline.Armond 16/03/2024

É um livro muito pesado. Traz todas as dores e violências da escravidão na pele de uma mulher livre, o que faz a conexão com os leitores contemporâneos. Ele carrega uma importância grande por denunciar séculos de genocídio da nossa história e também acho que ele é importante por nos lembrar que nosso território e nossa linha de ancestralidade têm história. Mas é doloroso de ler, então senti falta da personagem trabalhar mais seus sentimentos e pensamentos pra que a gente pudesse se indignar junto dela. Isso não acontece o tanto que gostaria...
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Geovana 12/03/2024

Mona que história boa ??????
octavia sempre foi e sempre dera GIGANTE.
Não ouvi boas críticas da serie, porém vou assistir.
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Isabella658 10/03/2024

Uma leitura ansiosa e angustiante.
Bom, que leitura angustiante. Já esperava um pouco que seria assim pelo tema, mas superestimei a minha capacidade de aguentar.
É uma história sobre racismo e sobre escravidão. A protagonista vive num paradoxo voltando no tempo pra uma época onde ainda era normalizado escravizar negros e indígenas, então já esperamos que ela viva o inferno na terra. De fato sim, mas também meio que não, podia ser pior.

A única coisa que tenho pra criticar é a divulgação do livro ser toda focada na ficção científica, acredito que é o motivo de decepção de vários que avaliou o livro tão baixo: não desenvolve bem a questão da viagem do tempo. Quando acontece ela entra em choque e está o tempo todo com medo, eles custam a acreditar, mas não podem negar o que viram. Principalmente porque tudo o que acontece com Dana no passado, permanece com ela no presente. Essa parte achei ok, teve sim o desenvolvimento do medo e do questionamento. Toda vez eles se questionavam como acontecia, quando ia parar, como parar. Porém, não é o foco da história, fica beeeem em segundo plano. A Dana percebe o paradoxo e comenta sobre ele uma vez e pronto. E acho que isso decepcionou muita gente. Eu não, porque não tava com expectativas. O livro é claramente mais focado na crítica social e pessoal.

Essa é outra parte que vi criticarem, porque esperavam mais sangue e acontecimentos piores. Até mesmo a Dana questiona isso quando volta, por que tudo parece tão tranquilo? E é aí que entra a frase:
?? [?] Não sabia que as pessoas podiam ser condicionadas com tanta facilidade a aceitarem a escravidão.?
O maior ponto do livro é sobre a capacidade adaptativa do ser humano, principalmente sobre isso de aceitamos a realidade que nos é imposta tão facilmente. E isso entra em muitos aspectos. É como ver a corrupção na política e aceitar, porque ?político é tudo assim mesmo, nunca vai mudar?.
De início Dana tenta fazer alguma coisa, até mesmo Kevin, mas no fim eles acabam aceitando a nova realidades dele e é tão fácil, que isso os deixam completamente malucos da cabeça. O pensamento de ter que aceitar ser escravizado ou morre, tenho que fazer isso porque é minha única opção, é o sentimento mais aterrorizante do livro.

E isso leva pra outra questão do livro, que é a diferença entre uma pessoa negra do século XX é uma pessoa negra do século XIX. É de se esperar que a Dana se encaixe ali com os outros pela experiência compartilhada, mas não, ela não é como eles e ela não é como os brancos também. Então tem essa questão do não pertencimento. E isso a faz ser vista como negra branca. Ela questiona muito quem ela é e o papel dela ali. A rivalidade que existe entre os próprios escravizados. É um livro muito mais reflexivo sobre essas questões humanas, sobre como a Dana aceita e normaliza fácil demais a condição dela. Por isso parece tudo tão mais fácil. Fora a relação dela com os brancos, que chega a dar raiva porque a gente passa a odiar todo branco nesse livro. Até eu mesma comecei a me questionar. Mas são sentimentos conflitantes o dela, muito conflitantes. Como a Alice diz, é uma mistura de ódio, amor, raiva e tudo de bom e ruim. Porque não tem como ser uma relação genuína, se a pessoa exerce tanto poder sobre você. Não há escolha.

Enfim, é um livro pra ler e refletir sobre relações humanas. Não achei que a Dana passou pano pro pessoal daquela época não, o relacionamento deles não eram convencionais e é uma parte da reflexão da história. Sim, eles são monstros por escravizar pessoas, e é exatamente por isso que cada açãozinha minimamente boa deles (como o Tom dar roupa pro novo bebê da Carrie) é vista como uma enorme bondade. ?Como assim o cara que me tortura deu um cobertor pro meu bebê recém nascido? Ele deve ter alguma bondade dentro dele!?. A gente sabe que ele só tá cuidado pra que tenha mais um escravo e consiga lucrar com ele mais tarde, mas pra quem só recebe dor, algo assim parece outra coisa. É uma relação complexa entre vítima e violentador. Nada é tão preto no branco e foi isso que amei no livro.

Adorei a dinâmica da Dana com o Kevin, cheguei até a odiar ele algumas vezes, mas mostra bem como a gente, como brancos, nunca vamos entender o que é estar na pele de uma pessoa negra. Mesmo tendo vivido horrores lá também, não consegui sentir a mesma empatia que senti pela Dana.

E sobre o plot: não achei ruim. O livro já começa com ele, então já imaginava que seria nada chocante, porque o objetivo dele é nos deixar instigado no começo da história. E digo mais: foi o que mais me deixou angustiada. Toda vez que ela voltava pro presente e aquilo não tinha acontecido, eu ficava com mais medo de ler porque sabia que não tinha acabado. Foi uma leitura ansiosa. E quando aconteceu a cena, em vez de sentir a dor dela como achei que sentiria, eu senti foi alívio, porque tinha finalmente acabado. E achei isso simplesmente genial.

Recomendo bastante, é um ótimo livro pra trabalhar reflexão e empatia. E é nada do que esperava que fosse, mas não de uma forma ruim.
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