A Year Of Being Single

A Year Of Being Single Fiona Collins




Resenhas - A Year Of Being Single


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Lauraa Machado 30/06/2018

Insuportavelmente chato e batido
Esse foi de longe um dos livros mais chatos que já li! Tão chato, aliás, que não estou com a mínima vontade de escrever uma resenha ou pensar nele de novo pro resto da minha vida. Se ao menos eu tivesse odiado algo da história, se tivesse algo revoltante no livro, teria sido mais interessante. Do jeito que foi, tive que me forçar a terminar e cheguei a pular várias linhas de vez em quando (cheias de informações inúteis e repetidas) só para conseguir considerá-lo terminado e seguir para outro.

A primeira coisa que preciso dizer é que o título é um tanto enganoso. A Year of Being Single? Fala sério. Deveria se chamar, A Month of Being Single ou talvez Como Fingir que Vai Falar Sobre Mulheres que Não Precisam de Relacionamentos e Acabar Falando de Mulheres que Estão Constantemente em Relacionamentos. Essas três amigas não conseguiram passar nem um mês sem um interesse romântico novo. Completamente desnecessário. Parece que a própria autora não gostou da ideia que teve para o livro e não quis ter que segui-la por nem metade dele. Definitivamente deveria ter dado um nome diferente para ele e tentado focar em outra coisa. Ou feita uma verdadeira história sobre mulheres que não precisam de outras pessoas para se validarem.

Aliás, se tivesse focado em uma única personagem, já teria melhorado bem. Menos na Grace, que foi insuportável desde o começo. Me deu tanta raiva dela enquanto lia, que tive vontade de arrancar as folhas dos capítulos dela e fingir que elas nunca tiveram feito parte da história. A Frankie também foi bem chata em muitas cenas, mas foi menos insuportável. A única que salvava era a Imogen, que infelizmente tem como sua maior aspiração ser a mulher de alguém. Nem para ter feito "ser amada" por alguém. Ser a mulher, a esposa. Às vezes, fiquei impressionada por não odiá-la também.

Um de seus maiores defeitos é o quanto ela é focada em atração sexual. Sim, claro, é super necessária, nem vale a pena gastar tempo com pessoas por quem você não se sinta atraída, mas não cheguei a ser convencida pelo amor dela pelo Richard por nem um segundo. Claro que ela estava adorando ficar com ele, mas chegar a falar que ela o ama quando eles mal tiveram qualquer conexão que não fosse física é demais.
Além disso, é extremamente necessário todos os caras dessa história serem lindos, perfeitos e de olhos azuis? Cadê as pessoas normais do mundo, meu deus? Por que os autores raramente acham que elas merecem também ser representadas em livros?

Outra coisa que eu detestei foram as amigas mentindo uma para a outra. Que truque tosco e mal feito para criar um enredo interessante. Falhou completamente, além de me provar que elas, afinal, ou são infantis demais ou não têm uma amizade tão verdadeira. Eu tenho. E posso dizer que amizade verdadeira é poder contar tudo para alguém, mesmo as coisas ruins, mesmo quando tem que admitir promessas quebradas. Que tipo de amizade é essa que a pessoa não pode admitir erros e saber que vai ser compreendida? Pior ainda é que toda essa mentira das três não levou a nada, não teve uma única situação engraçada e nem teve qualquer impacto no livro.

Sempre adorei a grande maioria dos livros da Sophie Kinsella, mas, até chegar a ler esse, nunca tinha percebido o quanto é difícil escrever um livro engraçado, descontraído e fofo como os dela. Esse daqui só mostra que a Sophie realmente tem talento e a Fiona ainda está longe de chegar perto dela. Mesmo com todas as minhas críticas, o que mais me fez detestar esse livro foi sua chatice. Nunca estive tão entediada com um livro antes! E um livro contemporâneo ainda, chick lit, que é super fácil de entreter (ou deveria ser), mesmo que cheio de clichês!

Eu super passaria longe desse livro, principalmente se você está esperando o tipo de história que foge do estereótipo de que mulher precisa sempre ter interesse romântico por algum cara. Ele é bem do tipo que promete fazer algo diferente e acaba fazendo o mesmo, o que talvez seja ainda pior. Quer ser clichê? Assume, por favor. E tenta criar alguma cena ou resolução que seja ao menos inesperada, porque eu consegui adivinhar como as três acabariam no primeiro capítulo depois do pacto tosco delas.

Aliás, uma última crítica. Se você vai escrever um livro sobre três protagonistas com mais de 30 anos de idade, duas delas com mais de quarenta, tente fazer uma capa menos infantil. Mais bonita também não teria sido uma péssima ideia. Pelo menos o livro serviria para enfeitar a estante.
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Carous 15/04/2018

Maravilhoso!
É surpreendente que eu tenha amado tanto este livro já que tinha 0 expectativas para ele e só o comprei porque estava a um preço excelente na livraria e seria um absurdo desperdiçar isso.

É também de se surpreender que eu tenha gostado tanto desse livro uma vez que todas as suposições que fiz sobre a história estavam erradas; pela sinopse não me dei conta de que Imogen, Frankie e Grace eram amigas de longa data. Achei que elas se encontrariam num bar depois cansarem da vida que levaram. Não me dei conta de que o título remetia ao pacto que elas fazem de ficar literalmente um ano sem namorar, achei que significava que por um acaso o ano novo chegou e elas estavam solteiras. E não tinha ideia de que o livro era britânico. O vocabulário atrasou um pouco o andamento da leitura, confesso.

Eu percebi que se o livro tivesse seguido o caminho que imaginei, teria sido uma boa história e eu teria curtido muito. O fato de não ter seguido não mudou em nada minha opinião sobre ele.

Eu gostei bastante das três personagens centrais, embora em um certo momento Grace tenha me irritado um pouco. Mais especificamente sua carência e a necessidade de precisar fazer parte de um casal para se valorizar. Todavia, não tirei pontos do livro por isso porque a) pelo momento que estava passando, eu entendi a carência e b) vários outros personagens tentavam colocar na cabeça de Grace que ela não precisava fazer parte de um casal para existir. Ela se bastava e esse era o plot dela.

Cada capítulo é centrado em uma personagem e mesmo quando todas estão no mesmo ambiente, os eventos não se repetem - no máximo são mencionados por alto -, eliminando a possibilidade da leitura ficar cansativa. Eu me identifiquei bastante com o jeito da Imogen, seu sarcasmo e sua praticidade, considero a trama da Frankie a mais morna e já escrevi o que penso da Grace.

Os personagens masculinos são a pedra no sapato de cada uma das protagonista e embora Rob, marido de Frankie, tenha se mostrado um tanto machista e babaca, surpreendentemente esses personagens não me irritaram. Isso porque embora a história no fim das contas tenha girado em torno de homens e namoro, Fiona não deu ênfase a esses ingratos, nem permitiu que suas personagens femininas são submissas a eles. O marido de Grace, talvez o mais imbecil de todos, mal era mencionado, graças a Deus! Grace estava carente e de luto pelo fim do casamento, mas de jeito nenhum teve recaídas ou aceitou migalhas do ex traidor. Aliás, nenhuma delas aceitou e eu comemorei muito esse discernimento da escritora.

E fechando os elogios ao livro, adorava ler as referências à cultura dos anos 80 e - principalmente - 90. O leitor cinéfilo e seriemaníaco vai se deliciar com algumas comparações e referências que as personagens fazem.

Mas nem tudo são flores e teve algumas coisas que me incomodaram. Eu me apaixonei pelo Richard tanto quanto Imogen. Diferente dela, a aparência não foi o que mais me chamou atenção, mas sua lábia. No entanto, ela não precisava lembrar ao leitor em todo capítulo desde o encontro o quão ele era lindo, alto, inteligente rico, engraçado, sagaz. O quanto ela gostaria de saber como ele era na cama e como era seu corpo por baixo dos ternos caros e bem cortados que ele usava - acredita que até a roupa dele ela elogiava sem parar mentalmente e repetia isso junto às demais qualidades o cara em todo capítulo?
Fiona, entendi da primeira vez que você listou as virtudes dele. Guardei a informação, não sofro de perda de memória recente. Desnecessária a repetição.

Também houve uma pseudo rivalidade feminina na história da Frankie que quase me fez revirar os olhos. Tão desnecessário! E por uma besteira.

E mais de uma vez uma personagem ligada a elas fez comentários que não precisavam existir sobre lésbicas e gordos. Foram sutis, mas soaram como preconceito. Fiquei sem saber se fazia parte da composição da personagem ou da opinião da Fiona Collins.

Esse livro merecia 5 estrelas, mas como não foi perfeito como eu gostaria, dei 4.5 estrelas.


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