Fluam, minhas lágrimas, disse o policial

Fluam, minhas lágrimas, disse o policial Philip K. Dick




Resenhas - Fluam, minhas lágrimas, disse o policial


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Luiz Miranda 19/01/2024

Collision of reality
Dick dos anos 70, tão desconcertante e perturbador quanto nos momentos mais loucos dos 60's (Three Stigmata, Ubik, etc). O escritor foi apurando sua arte e aqui já se permite voos filosóficos e metáforas religiosas, no entanto, o coração da obra é a prata da casa: distorção da realidade.

Um bem sucedido star da televisão é atacado por uma de suas namoradas, ao acordar encontra uma realidade completamente diferente da que estava habituado, onde ninguém o reconhece e sua vida pregressa foi apagada dos arquivos estatais. Conforme a história avançava, pensei: vai ser difícil, mesmo pra um mestre como PKD, concluir o imbróglio de forma satisfatória. Bem, ele QUASE consegue, e só não é totalmente bem sucedido porque sobe muito a aposta, inclusive deixando de explicar a situação inicial e tirando a narrativa do ponto de vista do protagonista.

Além de Jason Taverner, o escritor apresenta um leque de coadjuvantes interessantes e convincentes, sempre com detalhes inusitados que mantém a atenção e interesse do leitor. É obviamente uma obra destinada ao público adulto, com consumo de drogas e conteúdo sexual. Um livro intrigante e divertido que talvez agrade mais quem sabe onde está pisando.

3,5 estrelas
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Alessa 18/10/2023

Com certeza um dos meus livros favoritos do autor. Acho que é preciso ler essa obra já tendo alguma noção do estilo de K. Dick, onde a narrativa muitas vezes abre bastante espaço pra reflexão.

Já sabendo disso, achei a leitura leve e o universo apresentado bem simples de entender, diferente por exemplo de Ubik, que achei mais complexo (mas igualmente genial!)

As reflexões que me deparei nesse livro me fizeram pensar muito e sempre termino as obras de K. Dick achando que poderia ter absorvido muito mais coisa. Talvez me falte um pouco de Mescalina no cérebro.

Os conceitos de despessoa, do que é o amor, o leve debate sobre racismo e maioridade sexual... nossa como é possível esse homem criar um universo tão complexo! Com certeza quero debater e pesquisar mais reflexões sobre essa obra, sei que vai além de tudo que concluí.
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Douglas 10/10/2023

Meu 100º livro registrado, escolhido a dedo
Hoje completo minha centésima leitura registrada aqui no Skoob, e só poderia ser um dos meus gêneros literários favoritos: ficção científica. Além disso, o autor deste livro foi o responsável por me mostrar a beleza deste gênero literário. Considerado por alguns como um dos três maiores autores de ficção científica de todos os tempos, o grande Philip K. Dick.

Imagine que um artista super popular, de uma hora para outra perde sua fama. As pessoas deixam de reconhecê-lo. Ele perde os privilégios e acessos que sua fama e seus contatos proporcionavam. Como isso foi possível? Seria apenas um pesadelo? Ou será que sua vida pregressa foi uma ilusão, um sonho? Este é o tema central de "Fluam, minhas lágrimas, disse o policial". Os questionamentos sobre a realidade, bem característicos do autor, estão presentes neste livro, cuja trama prende o leitor. Eu não diria que este é seu melhor livro, mas é uma história gostosa de ler, uma leitura rápida, recomendada para quem ainda não conhece as obras e o estilo de escrita de PKD.
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Matheus945 18/07/2023

Acredito que toda experiência com livros do PKD vai ser totalmente diferente de tudo que já experimentei na literatura, e esse livro não foi diferente. A história que o personagem, Jason Taverner, vive é claramente uma forma de crítica à sociedade superficial que busca a fama como ideal de vida, e que mostra o quão frágil é esse ideal ao você perdê-lo. Durante o curso da jornada desse homem em busca de respostas, ele vai se deparando com pessoas das mais diversas, e todos os diálogos que eles tem são o foco da narrativa do autor, aonde ele pretende passar a sua mensagem. E infelizmente não foi o meu favorito, nem de longe. As conversas as vezes se iniciam de um ponto e não tem a sensação de completude, de continuidade, de fluidez que existem na realidade. Às vezes um personagem fala x e o outro responde y e eu me senti muito frustrado por não entender a maior parte do que aconteceu.
A resolução final da situação geral dos personagens também não foi do meu agrado, apesar de interessante.
O que eu gostei foi da escrita do autor, de algumas reflexões que ele trazia (tem uma sobre amor/sofrimento que para mim foi a melhor do livro) e da ambientação geral do livro, ele passou muito a sensação de desesperança e decadência da moral. Em histórias de ficção científica acredito que esse tom sempre casa muito bem. Mas no geral, foi um livro mais ok e não sei se algum dia irei reler.
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Jessica1248 07/07/2023

Reflexivo
"Fluam Minhas Lágrimas, Disse o Policial" é uma obra notável pelo seu estilo distinto de escrita e pelas reflexões filosóficas que apresenta. A habilidade de Philip K. Dick em explorar temas como identidade, realidade e controle governamental é inegável, e muitos leitores apreciam sua escrita provocativa e originalidade.
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Carla 11/04/2023

Usou muita droga e filosofou sobre tudo. Só esqueceu de finalizar, mas, ei, filosofia não tem final. Não o melhor, mas um bom livro.
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Irving Bruno 04/01/2023

Premissa maravilhosa! Desenvolvimento nem tanto...
Em meu primeiro contato com o
Philip K. Dick (e leitura de 2023),
li de forma ansiosa devido ao peso
que seu nome e seus sucessos ( BLADE RUNNER, MINORITY REPORT, etc ) tem.
Mas essa primeira experiência me decepcionou.

Admito minhas expectativas estavam
altas ( ainda mais por ser uma edição da
maravilhosa Editora Aleph e com capa
do incrível ilustrador Rafael Coutinho).

A história começa com uma premissa
estigante, personagens com muito
potêncial, cenário perfeito e primeiras
cenas dignas de um bom SCI-FI. MAS o desenrolar da história é muito confuso,
tedioso e as vezes sem sentido.
Parecia que o autor teve uma ótima ideia,
mas perdeu a inspiração e continuou o livro só pra dizer que terminou, principalmente com um final que nem parece um final
( me lembrou dos meus trabalhos de faculdade que surgem de ideias incríveis, com empolgação alucinante, mas após muita procrastinação, são finalizados e entregues na força do ódio e interesse na nota kkkkkk ).

Espero que o autor não me decepcione em
BLADE RUNNER e esteja a altura da expectativa que ainda carrego.
San 05/06/2023minha estante
Recomendo "Realidade Adaptadas"... Melhor livro que eu li dele




Paula1735 02/01/2023

Será que o PKD usou a mescalina?
Sério, não sei o que houve com o Philip K. Dick nesse livro. A proposta é muito boa e interessante, mas logo no segundo capítulo o enredo já está desenrolado! Ele entregou o ouro tão rápido que fiquei um pouco decepcionada. Não é desfecho da obra em si, mas eu imaginava que Jason Taverner acordando "sem identidade" ficaria para um pouco mais pra frente.
Bom, a sinopse é a seguinte: Jason Taverner é um músico e apresentador de televisão mundialmnte famoso, com cerca de 30 milhões de espectadores diariamente. No entanto, sua vida de fama e segurança é abalada ao acordar em um hotel sujo, sem documentos de identidade, e o pior, percebendo que ninguém faz a mínima ideia de quem ele é. Interessante, não?
Mas infelizmente acho que o autor não soube desenvolver o enredo e se enrolou na própria trama. No mais, devo elogiar a forma como ele trabalha os personagens, onde nem sempre o protagonista é mesmo o protagonista. Acredito que ele tenha livros muito melhores. Li esse sem muito entusiasmo. Se estiver interessado em ler como primeiro, opte por outro, como Blade Runner.
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Felipe K. Vital 29/12/2022

A realidade nem sempre é a verdade.
Phillip K. Dick mais uma vez nos brinda com uma taça de vinho batizada com algum alucinógeno desconhecido, e digo isso não completamente como uma figura de linguagem.

Como é de praxe, essa obra nos puxa pras trevas obscurantistas de mais uma sociedade futurista distópica burocrático-proto-fascista que, quem sabe, não se passe no mesmo universo de alguma de suas outras obras.

A imersividade agressiva dessa obra é tamanha que em determinado capítulo a escrita de Phillip ao detalhar os efeitos de uma substância sobre o personagem, me colocou, o leitor, em um estado de tontura, onde junto do personagem senti o mundo girar sobre minha cabeça e meus pulmões arfaram em busca de ar enquanto uma pressão anormal pendia em meu torax.

Apos isso então, necessitei pausar a leitura e me levantar pra tomar um café, respirar ar puto e só depois então, lembrar que nada daquilo que eu havia passado era real. Havia sido somente um caso de empatia visual induzida por uma boa narrativa. Mas jamais em minha vida havia sentido coisa parecida por, simplesmente, ter lido um livro.

Esse é o primeiro alucinógeno em forma de letras, acionado pela leitura, que o mundo já viu, espero que as autoridades não o proibam.

Se algum dia o livro for adaptado ao cinema, o único ator capaz de viver o personagem seria Tom Cruise, que aos seus 60 anos parece estar na casa dos 30, semelhante ao personagem em questão.

A verdade está a algumas pílulas de distância.
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bieussauro 21/06/2022

Mais uma das viagens de Philip K Dick
Nesta obra ele nos mostra novamente sua capacidade de levar o leitor a questionar o que é de fato a realidade.
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Rafael 28/04/2022

Comprei até panos novos para passar para o PKD
Se você leu “Fluam, minhas lágrimas, disse o policial” e não gostou, infelizmente teremos que sentar até você ler direito. Talvez eu use da força para te convencer. Que obra prima! Eu comecei a leitura sem saber a premissa da estória (como sempre) e fui completamente surpreendido! Eu queria saber mais e mais a cada página. Escrita em 1974, é uma obra extremamente atual e que faz diálogos perfeitos sobre identidade, percepção, fama e exclusão social.

Jason Taverner é um seis. Sim, seis. Um indivíduo que passou por um experimento genético e que criou indivíduos magnéticos, com beleza física, charme e especialmente carisma, além de vantagens de memória e concentração (inclusive, se alguém souber onde tem, quero ser cobaia). As pessoas se sentem atraídas facilmente por um seis. E Taverner, com essa vantagem, se torna um astro da TV com milhões de telespectadores (com a fama na cabeça e uma paixão por Heather) mas, depois de um incidente, acorda em um quarto de hotel sem saber como chegou ali, e, ao se dar conta, percebe que não há qualquer registro sobre sua existência. Ninguém nunca ouvir falar do seu programa de TV, dos seus álbuns, quiçá, da sua fama. É nesse desespero que Taverner começa a descobrir uma nova realidade, a de um ser inexistente. Ao buscar ajuda, ele se depara com Kathy, uma mulher forte e que sofreu uma perda ainda inaceitável. Daí em diante Taverner se encontra em uma busca constante para tentar recuperar sua identidade e, de certo modo, sobreviver nesse mundo.

Nessa loucura, Taverner acaba tendo problemas com a Pol pela sua identidade falsa (como ele conseguiu essa identidade seria spoiler aqui). Felix Buckman nos é apresentado como membro da Pol que persegue Taverner, mas também tem em sua estória surpresas a serem reveladas ao leitor, principalmente envolvendo Alys Buckman, sua irmã. Os próprios sentimentos de Buckman acabam se tornando uma discussão: homens podem chorar sem um motivo específico?

Esse livro tem diálogos que marcam MUITO (capítulo 11 é um grande exemplo): “- Amar não é apenas querer uma pessoa do jeito que você quer um objeto que vê numa loja. Isso é apenas desejo. [...] Quando você ama, para de viver para si mesmo”. Sem citar outros vários trechos.

Eu amei com todas as forças possíveis. Muito. Até o momento, melhor leitura de livro único de 2022.
Wania Cris 28/04/2022minha estante
Meu Deus, eu preciso ler esse livro e, depois dessa resenha, preciso ler já! Reorganizando as metas pra inserir essa leitura o quanto antes!




Rittes 26/04/2022

A leitura flui... já as lágrimas...
Segundo livro que leio de PKD (apesar de ter 12 títulos dele) e me impressiona a facilidade que ele tem de desenvolver temas complexos. Nesse caso específico, a noção que temos daquilo chamado realidade. Movimentado no início e bem mais reflexivo no final, pode se dizer que estamos diante de um clássico da FC, como vários que ele produziu. Gostei, mas é bem diferente. Me parece bem representativo da obra dele e, apesar de ter sido lançado em 1975, não perdeu sua força. Experimente.
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Erich Alves 09/03/2022

Kafka com LSD
Muito legal! Gosto bastante do PKD, e esse livro tem um clima bem cativante e muito interessante. Minha única ressalva é o plot twist que é descoberto na ?metade? do livro pelo protagonista, e que eu acho que seria mais legal se fosse no final. Tirando isso, um ótimo livro.
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Mc Brendinha Carvalhão 10/01/2022

Minhas lágrimas não fluíram
Mas a leitura fluiu eeee (perdão por isso) e é o que importa. Sempre tenho um pouco de dificuldade em engatar numa leitura (isso é sobre mim, independe do livro) ainda assim gostei bastante desta desde o início, gostei do livro como um todo, porém achei o final meio corrido, as primeiras partes são as melhores e os diálogos, indo além da história em si, realmente são o que há de melhor e que pra mim é onde o livro mais brilha, o que mais me tocou é o que Jason e Ruth tem a respeito do amor e sofrimento.

"O amor é ? fez uma pausa, refletindo ? é como um pai que salva seus filhos de uma casa em chamas; consegue tirá-los de lá e ele mesmo morre"

"Meu vigésimo primeiro marido, Frank. Ficamos casados seis meses. Nesse tempo ele parou de me amar e tornou-se horrivelmente infeliz. Mas eu ainda o amava; queria ficar com ele, mas isso estava fazendo mal a ele. Portanto deixei-o ir embora. Percebe? Era melhor para ele, e como eu o amava, era isso que importava"

"O sofrimento nos une de novo aquilo que perdemos. É uma fusão; a gente vai junto com a
coisa ou a pessoa amada que está indo embora. De certa forma você se separa de você mesmo e
acompanha o ser amado numa parte do seu caminho. Você o segue até onde dá para ir"

São alguns quotes da conversa deles que é bonita demais.
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jdelisiario 08/12/2021

Fluam minhas lágrimas
Um livro bem diferente do que estou acostumada, mas achei legal a experiência.

O que você faria se, um belo dia, você deixasse de existir para as pessoas?
Um dia fama, outro total invisibilidade?
Nem seus melhores amigos o reconhecem mais? É de enlouquecer?

Isso e um pouco mais é abordado nessa obra.

Vale a leitura para tirar suas próprias conclusões.

#leituraTerapia
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