Resenhas - Pinóquio às avessas

maria 03/05/2020

incrível
No livro, Pinóquio às avessas, Rubens Alves conta a história de Felipe, uma criança preste a encontrar na escola.

Felipe é uma criança como qualquer coisa, pergunta sobre tudo, sempre procurando entender as coisas. Até que vai pra escola.

O livro nos apresenta ao perigo das escolas conservadora e as suas consequências. Crianças únicas que entram nelas e acaba saindo todas iguais, aprendo o que diz respeito às pessoas do "governo", como diz o livro.

Li esse livro, por causa do trabalho da escola, na qual deve compará-lo a um dos quatros tipos de currículos.

Gustavo 23/08/2016

magnífico
Pinóquio as Avessas é simplesmente uma obra literaria surpreendente e de extrema capacidade de reflexão.
O autor ( Rubem Alves) ao narrar a história de Felipe, faz com que nós leitores, passemos a analisar nossas vidas e nos perguntar se realmente somos realizados com que somos/nos tornamos.

O livro trás para nós(leitores), o perigo da educação conservadora, do sistema, (este que nos rege durante nossas vidas, como burros com viseiras nos olhos, sem o poder de enxerga o mundo de outra maneira), dos valores passados as nossas crianças em sala de aula, e dá doutrinação fornecida por aqueles que detém o poder. .

" [...] formatura. Entram diferentes e saem iguais: profissionais. É assim que um pirralho entra no mercado de trabalho. [...] "

Roberto Gomes 23/08/2010

Pinóquio às avessas – a fábula que contrapõe o pedagógico
Analisando a obra Pinóquio às avessas , de Rubem Alves e seu valor moral, percebe-se que o texto contrapõe o caráter pedagógico incutido na obra de Carlo Collodi. Enquanto a de Collodi é puramente pedagógica, cheio de instruções e maneiras de como uma criança deve se comportar, a de Rubem Alves vai de contramão a todos esses dogmas, fazendo de maneira simples uma abordagem crítica do desempenho e da função social das escolas e de suas maneiras de transmitir conhecimentos.

Mostra que uma visão reducionista do processo educacional pode podar a criatividade e a curiosidade, essas que caracterizam o comportamento de toda criança no inicio da vida escolar. Aponta ainda, as conseqüências de um sistema educacional equivocado e desonesto, onde tem por objetivo transformar crianças intelectualmente curiosas e ativas em seres mecânicos e profissionais frustrados e sem iniciativa.

A escola – e todo o seu sistema de ensino - tem que perceber que todo aluno já chega com uma bagagem ampla de conhecimento, não conhecimento matemáticos e regras gramaticais, mas conhecimentos adquiridos desde seu processo de crescimento. Então cabe a escola, usar esses conhecimentos a favor do aluno, de maneira que facilite seu aprendizado. Deve-se ainda usar a criatividade do aluno e o anseio da descoberta pelo novo, como forma de aprendizado também. Trabalhando com a realidade a qual o aluno está inserido, facilitando o conhecimento e o reconhecimento com o tema proposto a ser aprendido.

Enquanto professor de literatura deve-se atentar na escolha dos livros propostos aos alunos, pois as obras literárias puramente instrutivas não atraem a s crianças, o que traz prazer a elas é a distração, a fantasia, o irreal a curiosidade. Essa fantasia vem da imaginação que cria o que a realidade lhe inspira, formando assim, uma bagagem intelectual. Deixando que a criança escolha o que melhor lhe convém a ser lido. Algo que lhe chame a atenção e lhe instigue a aprender cada vez mais.

Como já visto, a literatura infantil deve contrariar o caráter pedagógico. As obras de caráter pedagógico visam apenas transmitir um conhecimento a qual a sociedade acha necessário e certo. Com essas leituras a criança se tornará um adulto sujeito a dominação do outro, sem questionar e nem procurar de onde vem as resposta que antes – na infância – buscava tanto saber. A realidade não mais lhe interessa, já que as respostas chega em suas mãos prontas, perde todo o sentido de ser realista, e é sendo realista que se chega a um conceito de humanidade e autonomia, aquilo que é próprio ao homem.

Ana Bia 15/09/2021

Bom
Leitura complementar sobre a abordagem humanista, ilustrou bem a teoria.

Escola tradicional como instrumento de sufocamento de sonhos e criatividade.

whyrbk 31/03/2024

Licenciatura
Esse livro foi uma recomendação da professora do curso (curso Letras Português, Licenciatura)
O livro simplesmente faz uma crítica ao sistema atual de ensino e ao capitalismo, é perfeito
A visão do menino Felipe ao longo do livro vai se entristecendo, é bem :( mas é puro reflexo da sociedade e do ensino que temos

Rose 16/10/2010

Pinóquio às avessas.
livro conta a história de Felipe, um garoto esperto e curioso, que gosta de fazer perguntas e também gosta muito de sonhar.
Ao chegar a idade escolar ele se depara com situações confusas. É orientado a ter tempos e momentos certos para pensar sobre determinada coisa, ele sente difculdades na escola, até o dia em que consegue se reprimir e consegue também estudar e formar-se em especialista de linguiças.
Quando tonra-se um adulto lembra de seus sonhos e de um pássaro que tanto tempo passou ao seu lado em sua infância. e no final, numa bela noite ele sonha que a FAda Azul o transforma em criança novamente.
Rubem Alves critica a escola como sendo a responsável por tirar a imaginação e a criatividade da criança, querendo sempre transformá-la em um adulto em potencial.

Beatriz 22/03/2012

RESENHA CRITICA
Fazendo uma paródia entre o conto de fadas, a história de Pinóquio: um boneco que se transforma em menino que quer brincar, se divertir e ao fugir da escola para brincar com "sua turma", suas orelhas transformam-se em grandes orelhas de burro.
A história, portanto, se inicia com um destaque à forma como os pais conversam com as crianças a respeito do colégio. Geralmente, os alunos, antes de frequentar esta instituição, perguntam, para a mãe, ou para o pai, a finalidade de ir até lá, o que elas farão nesse lugar, quem será o responsável por elas, entre outras questões.
O autor desperta, então, a atenção do leitor para o fato de muitos pais dizerem, aos filhos, que na escola eles aprenderão tudo sobre a vida e sobre o que mais desejarem saber, para demonstrar como algumas informações podem prejudicar, seriamente, o processo educativo, o autor apresenta a história de um menino, chamado Felipe, que ao frequentar, pelo segundo dia, a escola, faz uma pergunta à professora: "Por que temos que estudar dígrafos?". E a professora, sabiamente, responde: “Isso vai cair no vestibular”. O menino, então, interpreta que todo conhecimento adquirido na escola serve, apenas, para passar no vestibular.
A aprendizagem, portanto, torna-se incompatível com o treinamento pragmático e com o saber articulado. Cada aluno precisa aprimorar, com a orientação de um professor, a própria habilidade pessoal de analisar e interpretar as informações que lhe são transmitidas. Dessa forma, com a participação dos educadores, elas poderão estimular, cada vez mais, esta habilidade.
Apesar de destacar esses aspectos negativos a respeito dos métodos tradicionais de ensino. Rubem Alves não procura negar a eficácia e a necessidade da disciplina e da organização para o desenvolvimento humano. Mas, ele procurou demonstrar porque as atividades escolares devem levar em conta, também, a capacidade do aluno desenvolver-se por si mesmo. Ou seja, ele enfatiza a necessidade de que os educadores, em geral, devem desenvolver, frequentemente, atividades em que os estudantes possam aprimorar a capacidade de buscar conhecimentos e articular ideias, a tarefa corrente do educador é desafiar o educando a produzir sua própria compreensão do que vem a ser comunicado.Somente assim, as crianças e jovens poderão sobreviver em um mundo repleto de informações e mudanças.

Jules 03/11/2020

Diferente
Se você acha que a estória é relacionada ao Pinóquio, você acertou e errou ao mesmo tempo. O livro conta a história de Felipe, um garoto inteligente, que sempre tem perguntas e ama os pássaros. A problemática do livro esta no fato de na escola ninguém responder as perguntas da criança e por ele ter crescido sem realizar seus sonhos. É um livro interessante para todas as idades, que nos faz refletir sobre o nosso futuro e sobre como fazemos as coisas.

sele 23/05/2021

nesse momento uma onda de felicidade encheu sua alma...
li essa história pela primeira vez quando eu tinha uns 8 anos e ela me marcou muito desde então, já não sei quantas vezes a reli, essa foi a primeira releitura que fiz do livro "original" - pois o que eu ganhei criança era o que tem as ilustrações do Maurício de Sousa, meu namorado me deu essa edição mais antiga que registro agora.

é um livro bem simples e perfeito pra crianças, mas consegue ainda ser bem tocante, eu sempre me emociono e mergulho na última frase do livro... essa narrativa me moldou bastante, eu sinto sua influência até hoje.

ludcohen 16/08/2023

Um lindo conto com potencial transformador, gostaria de ter lido quando era criança. As ilustrações de Maurício de Souza deram um toque especial e nostálgico.

Silvio Almeida 02/08/2013

Criativo
É um livro criativo, especialmente até o meio do do livro, na forma como analisa as falhas na educação tanto por pais e pelo sistema de ensino praticado nas escolas.

Apenas sendo leigo, achei que o livro apenas retrata uma realidade, mas não propõe soluções ou alternativas, mas creio que isto esteja contemplado em outras obras do autor.

LaraF 16/09/2013

uma historia aparentemente inofensiva, mas cheia de criticas ao modelo de educaçao tradicional. Rubem Alves consegue colocar nos sonhos de Felipe uma realidade assustadora, a de que estamos fadados a encaixar em modelos que talvez nao sirvam para nos. A educaçao ja esta começando a repensar seu papel diante da sociedade, mas ainda ha muito trabalho a fazer, sobretudo no que diz respeito a consideraçao com a personalidade unica de cada pessoa.

Cibelle Alonso 23/11/2013

Pinóquio Às Avessas
É preciso ir à escola para se tornar um ser pensante, com conteúdo, crítico e criativo? Será mesmo que a escola ensina tudo que é preciso, e detêm o conhecimento legítimo?

Perguntas como essas suscitam no desenrolar do livro, e nos faz pensar sobre os ensinamentos que a escola tradicional proporciona aos alunos, legitimando o conhecimento que acreditam ser importante, e que muitas vezes faz com que as crianças se sintam excluídas desse sistema, logo nos anos iniciais do ensino.
É isso que o livro vai tratar, expor, questionar, e enfatizar.

Logo no início do livro, o autor conta sobre os motivos que o levaram a escrever essa história, e destaca que seus questionamentos sobre os contos de fadas o levaram a escrita desse livro. "A estória do Pinóquio, me parece, ensina que as crianças nascem de pau, e só depois de passarem pela escola, ficam crianças de verdade. Se não passarem pela escola, correm o risco de se tornar jumentinhos, com rabo e orelha de burro, , além de zurrar".

O livro conta a história de um garoto curioso, que tudo pergunta e quer saber, e sempre escuta dos seus pais a seguinte resposta: "na escola você aprenderá". Felipe é apaixonado por pássaros, e acredita que na escola aprenderá tudo sobre eles. Felipe acredita que a escola deve ser um lugar maravilhoso, e que indo a escola, todas as suas dúvidas serão esclarecidas. Chegando a escola ele descobre que não se pode aprender sobre tudo, somente o que está no "planejamento", porque é esse conteúdo que ele irá precisar para passar no vestibular e se tornar um profissional.
Após viver a experiência de ir a escola, Felipe vai se tornando um menino de pau, e justamente por isso ocorre o avesso da história.

O livro nos faz pensar e refletir sobre o papel do professor, e sobre a capacidade que este tem de criar sonhos, bem como miná-los. Nos leva a refletir sobre o papel da escola, e dos pais, e a urgência em considerar o potencial de cada criança individualmente, sem comparações, pois cada criança tem uma forma de aprender, de ver o mundo, as coisas, pois cada criança é única.

site: http://meublogdeleitura-cibelle.blogspot.com.br/2013/10/pinoquio-as-avessas.html

Jess 05/07/2015

Este livro foi um dos primeiros que estou lendo na graduação e traz uma mensagem um tanto triste. Enchi meus olhos de lágrimas com ele porque me identifiquei como ninguém com o Felipe!
Rubem Alves é genial e disso eu já sabia, mas não esperei muito desse livro por conta de sua leitura fácil e ilustrada! Nada contra ilustrações, mas o fato do livro ter sido ilustrado pelo meu queridíssimo Maurício de Sousa me fez retornar à infância. Talvez por isso achei que a leitura seria um tanto infantil. Engano! Foi mais do que madura!
As críticas presentes nesse pequeno livro são mais do que pertinentes e causaram um certo aperto no meu coração. O rumo que a educação tomou realmente é preocupante e essa visão do Rubem Alves foi mais do que verídica e deve ter sido assimilada depois de tantos anos no seu meio de trabalho.
E agora, o que fazer? Como futura educadora só posso pensar no que não fazer para que as crianças não venham a ser adultos iguais, enfileirados. Penso que um novo modelo de ensino só pode ser realizado olhando para trás para observar os erros, mas olhando sempre adiante para fazer diferente.
Ainda sou muito jovem, mas espero que não passe por esse processo que faz com que todas ajam e pensem da mesma maneira. Espero também que lá no fundo de mim sempre haja um ninho de pássaros como o do Felipe que me faça olhar diferente para os meus alunos e entender que o ambiente escola pode, sim, ser um lugar para eles alçarem voo e conquistarem até o mundo!
Desejo também que esse livro possa ser lido por mais educadores e possa trazer as mesmas impressões que me trouxe, para que assim possamos construir uma escola de qualidade, na qual não matamos os pássaros dentro das pessoas!

Magalhães 25/08/2015

Um retrato atual
Pinóquio às avessas retrata uma grande realidade atual, onde a educação infantil se baseia apenas naquilo que é definido e considerado necessário para a aprendizagem da criança até a fase adulta. O livro mostra que a educação pode se tornar tão limitada a ponto de impedir que possamos ampliar os horizontes, mas também pode se tornar produtiva a ponto de voarmos longe, depende muito do plano educador. Limitar ou expandir?