Sô 12/04/2019Triste saber que 90% das pessoas contidas nesse livro não são celebradas e foram esquecidas. Tipo a Hazel Scott, prodígio musical e defensora dos direitos civis que acabou entrando para a lista negra de Hollywood, ou a Ellen e o William Craft, escravos que planejaram uma fuga bem sucedida que daria um belo filme, ou a Margaret Knight que foi a primeira mulher a conseguir patentear uma invenção, ou o Minik Wallace que foi tirado de sua terra lá na Groenlândia, levado para os EUA com a sua família onde presencia a morte de cada um deles e acaba se vendo sozinho nesse novo mundo.
O livro é composto por várias histórias curtinhas a respeito de pessoas e de várias outras coisas bem curiosas. Aposto que você não sabia que a lagosta um dia foi comida de camponês, ou da existência do pombo-passageiro e de como ele ficou extinto. Pois é.
Tudo isso narrado de uma forma tão gostosa de ler. Eu não sabia que O Palácio da Memória era na verdade um Podcast – bem famoso, aliás – e isso explica porque a gente acaba se aproximando tanto das histórias. Dá a sensação de que alguém está contando aquilo tudo só para você.