Resenhas - Do Inferno

Will 11/10/2023

História boa, mas cansativa
Amo Alan Moore, meu quadrinista preferido, mas em "Do Inferno" seu estilo me cansou. Sua verborragia, somada a arte estilo esboço de Eddie Campbell, ao meu ver, não foi um casamento admirável. Confesso que o apêndice final eu nem li inteiro, tão extasiado que me encontrava.

Mas tratando da história em si, inegável que é de uma qualidade ímpar: o desenvolvimento de cada personagem (apesar de que, por vezes, eu não lembrava quem era quem e suas importâncias na história), a imersão aos cenários e suas intermináveis contextualizações, a descrição e exposição do gore etc.

Ceds 25/12/2021

Interessante, mas não achei muito bom
Achei que os personagens seriam apresentados e diferenciados, mas não foi o que aconteceu na maior parte do tempo. Os desenhos são bonitos ? e bem macabros em algumas partes ?, além disso, gostei muito da representação e explicações que os autores deram. Vou continuar lendo e ver como estará as outras partes.

Paola 12/02/2014

Do Inferno
A narrativa começa contando a história do inspetor de polícia Fredercik Abberline, designado para investigar os crimes cometidos pelo estripador. Ele, que tem alguma intuições sobre o caso, passa a frequentar os mesmos bares em que as vítimas costumam beber, para tentar descobrir fatos que possam levar a identidade do assassino procurado. Jack é um dos serial killers mais famosos de todos os tempos, mas também um dos que tem mais fãs, por assim dizer, pessoas curiosas a respeito de quem ele foi.

site: http://uma-leitora.blogspot.com.br/2013/10/do-inferno.html

Márcio Lima 24/10/2013

O século XX começou em 1888
Em uma trama habilidosamente bem narrada, o mestre Alan Moore e o ilustrador Eddie Campbell presenteiam o leitor com a história de Jack, o Estripador, segundo uma certa versão apresentada por um estudioso do mais famoso serial killer da história.

Ao longo da história, ficamos conhecendo as motivações e crenças que movem a faca de Sir William Gull, médico da Rainha Vitória. O personagem ostenta uma incrível misoginia e desprezo pelo sexo feminino, racionalizando isso com explicações pseudocientíficas sobre mitos de deuses "solares" (masculinos) se opondo e ganhando hegemonia sobre as deusas "lunares" (femininas).

A obra é narrada em tom de teoria conspiratória: Moore abraça a tese de um estudioso da Maçonaria (dos mais suspeitos!) sobre o que seria a suposta "divindade" adorada pelos maçons, e como a Maçonaria se relacionaria com as crenças pessoais do William Gull retratado por Moore e Campbell.

O paralelo sutilmente traçado com os horrores do século XX é uma das coisas mais geniais que eu já tive oportunidade de ler em uma história em quadrinhos.

Altamente recomendada a sua leitura!

Menino Javali 28/03/2011

O que é a Quarta Dimensão?
A história de Jack, The Ripper pelo olhar quântico do Senhor do Caos só poderia redundar na superação do genial escritor. Fomentada em dez anos de exaustiva pesquisa, “From Hell” liga elementos conspiratórios e rituais ocultistas da era Vitoriana ao mais ilustre serial killer de todos os tempos. Revisitando os famosos crimes de Whitechapel, Moore transcende não apenas os mitos e especulações acerca do assassinato das miseráveis vítimas, como viaja pela física arquitetônica, simbolismos maçônicos dionisíacos e contexto político darwinista, cuja preservação das aparências pela espécie dominante se sustenta pela eliminação sistemática dos dominados.

Ashtoffen 15/01/2009

Símbolos e a construção da imaginário
Alan Moore sutilmente utiliza da linguagem gráfica e única dos quadrinhos, tornando-a singular, além de remeter ao cientificismo, historicismo e ocultismo em sua obras. Em Do Inferno a intensa pesquisa de 8 anos trouxe uma rica obra com forte base histórica e que elucida pontos da história da maçonaria inglesa e sau ligação ficcional, ou verídica com os assassinatos de Whitechapel. Através da loucura de uma época podemos pensar em física quântica aplicada sobre a culpa de um assassino que não tem local e nem corpo. O assassino era uma época e a hostilidade humana é posta na mesa. Magnífico!