Ronaldo 12/12/2018
No começo achei a história enrolada demais. Muitas evasivas que, ao invés de me instigar, me deixavam enfastiado. A morte de uma personagem que é constantemente mencionada, mas as circunstâncias não. A carta dessa mesma personagem dizendo que fez algo horrível. A protagonista sendo seguida e, nas cenas narradas no passado, recebendo ameaças. E aquela impressão de que você está boiando. Mas lá pela página setenta, quando a tal da irmã mencionada no título entra na história o livro realmente começa. É aquele velho clichê da intrusa que se aproxima de uma pessoa e aos poucos vai causando estragos, mas nem por isso deixa de ser interessante. Dá aquela curiosidade de saber qual será a nova maldade que a vilã vai aprontar contra a protagonista, que, por incrível que pareça, não percebe nada do que está acontecendo. Aliás, a ingenuidade de Grace, me irritou demais. É aquele tipo de pessoa que nasceu pra ser enganada. Além de dar hospedagem para uma completa desconhecida, só porque ela é meia irmã de sua melhor amiga, que por sua vez morreu sem nem tomar conhecimento da existência dessa criatura, Grace a trata como se fossem amigas de infância e chega a entrar em atrito com o namorado por sua causa. E mesmo percebendo que a garota é uma encostada, vai deixando-a ficar, sem nunca associar a essa estranha os incidentes que começam a acontecer. E o pior é que quando Grace se dá conta de quem é a bisca que acolheu com tanto carinho, ao invés de fazê-la pagar por seus atos, se acovarda a ponto de ter medo de sair na rua. Achei essa Grace uma cagona. Quanto ao final, aquele amontoado de mistérios é esclarecido de forma surpreendente, gostei da maneira como as explicações foram se sobrepondo, um fato levando ao outro. Não esperava muito da escrita, achei que fosse superficial como muitos livros lançados ultimamente, mas a autora até que se esforçou em dar alguma profundidade ao seu texto, mesmo soando cafona em alguns momentos. De resto, foi uma leitura agradável.