Black Hole

Black Hole Charles Burns




Resenhas - Black Hole


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@vcdisselivros 25/03/2021

Uma obra escassa
Normalmente dizer que algo é para poucos significa um elogio, mas nesse caso o sentido é totalmente o oposto, já que não consegui apreciar em nada o que foi apresentado aqui.

OS FATOS

Em meados da década de 1970 uma doença com transmissão parecida ao HIV se espalha e afeta os jovens que após o contágio se transformam em aberrações grotescas forçadas ao exílio.

SINAIS

Os sintomas variam entre manchas na pele e verdadeiras mutações, como o surgimento de uma segunda boca no pescoço, o desenvolvimento de uma calda na cintura, a troca de pele como uma cobra e muitos outros.

UM CAMINHO SEM VOLTA

Black Hole de certo modo traz a realidade de jovens que se consideram intocáveis, que acreditam que podem tudo justamente por serem jovens “vivendo la vida loca” de sexo, droga e álcool.

O que eles descobrem é que toda ação tem uma reação, então os descolados já não são tão legais, os nerds para se enturmar pagam um preço alto e aqueles abandonam o conforto do lar sentem saudade de casa.

ARTE

O trabalho gráfico é lindo, os traços são marcantes e cumprem o propósito de transportar o leitor para os anos 1970, no entanto, não tente compreender tudo o que está sendo expresso, as ilustrações são tão bizarras que para assimilar a ideia você precisaria estar tão doidão quanto os personagens apresentados ali.

POR FIM

Black Hole é direta e tenta abordar assuntos relevantes como vício em drogas, alcoolismo e o risco de fazer sexo sem proteção. Se você procurar irá encontrar mais críticas nas entrelinhas, mas o problema é que o trabalho de Charles Burns não alcança o potencial, revelando páginas e páginas de pessoas fumando, bebendo, fazendo sexo em um grupo de personagens diferentes, mas com a mesma rotina.

Se metade da obra tivesse sido utilizada para se aprofundar nos tópicos ela poderia ser considerada pertinente, fora isso temos aqui páginas vazias com desenhos bonitos.

site: https://www.instagram.com/vcdisselivros.oficial/?hl=pt-br
Fraga 23/02/2024minha estante
Selo de leu e não entendeu




Jaine.Rosa 05/02/2020

Anos 70 e seus mistérios !
Uma Graphic Novel que transmite aquele drama, suspense, aquela atmosfera que algo vai acontecer a qualquer momento, algo meio dark.
A trama se passa em Seatle nos anos 70 e nela retrata a rotina de alguns adolescentes até que uma doença desconhecida surge aterrorizando a todos, já que em alguns os efeitos são mais devastadores mudando características físicas beirando a monstruosidade.
Ao que tudo indica o autor quis mostrar mais ou menos como a doença sexualmente transmissível afeta quem é portador, páginas que contem muito sexo e nudez e a forma como estão lidando com a situação, então recomendada, assim, somente ao publico adulto.
Com mutações físicas várias algumas não ficam em evidência possibilitando assim continuar sua vida normalmente, já aqueles que sofreram por modificações aparentes sofreram por bullying e olhares atravessados, se isolando na floresta em um acampamento precário.
Contamos aqui com as histórias de Rob, Cris, Keith e Elisa com todos seus detalhes e isso deixa a história ainda mais rica e até que então tudo se conecta.
As ilustrações são surpreendentes, o traço preto delicado chama toda aquela tensão junto a história, para muitos pode parecer simplório, mas o quão difícil é passar emoção através de um traço preto no fundo branco? Genial, bem pensado, melancolico e incrível.

Acho que a história tratada é para nos fazermos refletir em como tratamos as pessoas que são diferentes e também o quão despreocupados somos com nossa saúde sexual, mesmo sabendo hoje das inumeras doenças.
Ainda asssim refletimos não só sobre DST e também sobre depressão, amizade, loucura e até mesmo o amor.
Só senti falta de uma base maior e de um final magnifício, mas isso não tira quase nada o brilho desse espetáculo.

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"Andei a esmo. Procurando algo... Olhei para dentro da água. Vi coisas. Coisas mutantes. Vi tudo dobrado. Triplicado."
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emmanuel_arankar 09/07/2023

"Black Hole" de Charles Burns

"Black Hole" é uma obra-prima do cartunista norte-americano Charles Burns, que nos conduz por uma narrativa intensa que transcende as páginas e nos deixa imersos em um abismo de emoções perturbadoras. Publicada em volumes ao longo de uma década, de 1995 a 2005, essa graphic novel é um mergulho angustiante no desconhecido, na juventude e nas doenças, tanto físicas quanto metafóricas.

A história se desenrola nas décadas de 1970, uma época marcada por revoluções culturais e sociais nos Estados Unidos, mas Burns opta por explorar a contrapartida obscura desse período. Em vez de nos levar a Woodstock, somos arrastados para o submundo de Seattle, onde um grupo de adolescentes lida com os dramas típicos da juventude, mas com um toque sombrio e apocalíptico.

O enredo é permeado por uma epidemia sexualmente transmissível que parece afetar exclusivamente os jovens, manifestando-se de maneiras grotescas e peculiares em cada um dos contaminados. Alguns desenvolvem deformações físicas, enquanto outros adquirem características animalescas, como caudas ou chifres. A praga se torna uma metáfora das transformações pelas quais todos passamos na adolescência, das mudanças físicas às emocionais, exacerbando os medos e inseguranças comuns a essa fase.

Os protagonistas de "Black Hole" são Keith e Chris, dois adolescentes que têm abordagens distintas para enfrentar a tragédia iminente que paira sobre eles. Keith, introvertido e sensível, busca compreender as complexidades da vida e da morte, um reflexo de sua jornada interior para entender o significado de sua existência. Sua experiência traumática ao dissecar um sapo na aula de biologia é uma representação gráfica de sua visão do vazio absoluto que a morte representa, em contraste com a genitália feminina que o rodeia.

Por outro lado, Chris, a personagem feminina principal, é atraente e cobiçada, mas sua escolha imprudente de se envolver em um encontro sexual casual desencadeia uma série de eventos que a deixam marcada pela doença. Seu desejo de fugir com seu amante doente, Rob, é um exemplo do desejo de escapar da realidade opressiva da epidemia, uma busca desesperada por amor e segurança em meio ao caos.

Enquanto a trama se desdobra, Charles Burns usa suas habilidades artísticas magistrais para criar uma atmosfera única. A paleta de cores é restrita ao preto e branco, uma escolha que intensifica o clima de horror e desespero. Cada página é habilmente composta, com o preto profundo dominando o espaço, criando uma sensação de opressão constante que parece prestes a engolir os personagens e o leitor.

A presença constante e escancarada da simbologia sexual e do tema das relações sexuais contrasta fortemente com os tabus sociais em torno do sexo e das doenças sexualmente transmissíveis. A obra de Burns transcende a mera analogia com o início da epidemia de HIV nos Estados Unidos, atingindo questões profundas sobre a hipocrisia e o conservadorismo da sociedade em relação ao sexo e à sexualidade.

Uma das características mais impressionantes da narrativa gráfica de "Black Hole" é a maneira como os personagens se desenvolvem ao longo da história. Keith e Chris são arquétipos clássicos de adolescentes, mas à medida que a epidemia se desenrola e suas vidas são transformadas, eles passam por um processo de amadurecimento e autodescoberta que os torna personagens complexos e cativantes. Burns desafia os estereótipos da juventude, explorando a profundidade da psicologia de seus protagonistas.

A epidemia de "Black Hole" serve como metáfora para a experiência da adolescência, onde as mudanças físicas e emocionais muitas vezes podem parecer assustadoras e grotescas. O medo do desconhecido, a busca por identidade e o desejo de conexão humana são temas universais que ressoam não apenas na história, mas também na experiência de vida de cada leitor.

A jornada de Keith e Chris reflete o medo, a incerteza e a vulnerabilidade que todos enfrentamos em nossos próprios caminhos de autodescoberta. Embora a história se desenrole em um cenário de pesadelo e terror, suas emoções e desafios são surpreendentemente reais e identificáveis.

Em tempos de pandemia e isolamento, a leitura de "Black Hole" adquire uma nova camada de significado. As questões de isolamento, estigmatização e o medo do contágio ecoam de maneira mais profunda do que nunca. A sensação de estar marcado e excluído da sociedade é algo que muitos podem se identificar nos tempos atuais.

"Black Hole" é uma obra-prima do mundo das graphic novels, que transcende o gênero do horror para explorar as profundezas da juventude, da vulnerabilidade humana e da busca pela identidade. A obra de Charles Burns é um testemunho da qualidade e da relevância da nona arte como meio de expressão artística e narrativa. A profundidade de seus personagens, a intensidade de sua narrativa visual e a reflexão sobre temas universais tornam "Black Hole" uma leitura obrigatória para qualquer apreciador de quadrinhos e uma experiência literária que perdura na mente do leitor muito além da última página.
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Cinara... 29/01/2022

"Olho para baixo e tenho um instante de pânico... Um nó embrulha meu estômago. Mas sei que posso. Sei para onde vou. Chegarei lá, mesmo que precise rastejar. Furo as primeiras ondas e viro de barriga para cima.
Estou flutuando de costas não sinto mais medo algum... Não me resta mais nada para temer.
Estou flutuando."

Tudo o que envolve adolescentes é polêmico, como " O apanhador no campo de centeio" na guerra do ama ou odeia.
Vejo muitas resenhas que não gostam da história ou acham o enredo fraco, mas o que mais pode acontecer na vida de adolescentes? Tudo se baseia no igual ou parecido que todos viveram na adolescência ou quase todos.
Inseguranças, medos, futuro... Gostei bastante. Consigo até imaginar uma série na Netflix tipo Dark.
Só faltou super poderes para virar um X-Men.
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mirella galdino 17/02/2020

Completamente diferente
A sensação de estar caindo em um buraco negro é constante na fase da adolescência. O mundo está mudando, o corpo está mudando e nem sempre é possível acompanhar essa mudança. A graphic novel Black Hole de Charles Burns, desperta esta impressão no leitor, mas de modo potencializado. Uma trama que nos apresenta adolescentes descobrindo as drogas e o sexo na Seattle dos anos 70. As primeiras experiências se tornam terríveis quando um tipo de doença que se dissemina pelo contato sexual assola a cidade, gerando as mais variadas e sinistras mutações.
Mesmo que se pareça com ficção científica todos os personagens de Black Hole são reais, com motivações e preocupações que qualquer um de nós teria em nossa adolescência. Keith, Rob e Chris poderiam ser qualquer um de nossos colegas e também nós mesmos...
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Roberto Ramos 10/01/2023

BLACK HOLE
Essa HQ premiada se passa nos anos 70. Aqui o autor nos apresenta a vida na adolescência e seus questionamentos; Existencialismo, sexo drogas. Para isso usa a ficção e o terror - Um vírus mutante, capas de transformar as pessoas que são infectadas. As primeiras experiências da adolescência se tornam terríveis.
O autor mostra que o sentimento de deslocamento é tão presente nos infectados quanto naqueles que não estão, e insinua que a praga sexualmente transmissível não é o único problema entre os personagens, mas a própria adolescência e o despreparo em lidar com o embate entre perigo e prazer que ocorre em suas cabeças. Burns se aproveita do conflito para criar cenas surreais.
Charles Burns não tem o mínimo de pudor em desenhar mutações de forma graficamente forte.
Uma HQ que vale a pena ser lida.
?Gosto de pensar na adolescência como uma doença que aflige as pessoas e que as afeta de modos diferentes?.
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Marcelo Marques 28/06/2020

O bizarro necessário
Uma história em quadrinhos muito interessante, tendo como base um tipo de DST( fazendo alusão à epidemia de AIDS) que se manifesta de forma radical no corpo de quem a contrai, agindo de forma diferente em cada indivíduo, mas sempre de maneira bizarra e grotesca, em diversos graus.

Além desta premissa kafkiana, são abordados temas do imaginário jovem, segregação e puro preconceito aos que estão doentes, o que os leva para um isolamento social profundo, dificultando muito mais suas vidas.

A arte de Burns viaja entre o psicodélico e o real de forma interativa, nos dando uma chance de criar empatia pelos personagens, entendendo suas frustrações e sonhos. Black Hole aborda temas espinhentos, nos joga o bizarro no meio da cara, mas é somente assim que consegue despertar nossa atenção
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Ivan 19/04/2021

Terror existencial
Quando pesquisei sobre a obra de Charles Burns, imaginei que seria um terror gore existencial, acertei na parte do existencial, errei na parte do gore, por que não tem nada assim.
O terror é desenvolvido no medo e nas deformacoes físicas dos jovens envolvidos com a mutação, que não tem nome nem origem, e da loucura que ela e as drogas causam nos personagens.
Me lembrou um pouco o estilo de terror conceitual de outras obras, mas o foco é na batalha existencial dos personagens, o que ficou muito bom de ler.
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Jules 29/11/2020

Recomendo
Li tudo de uma vez só. A graphic novel retrata dolescentes dos anos 70 e suas mazelas, representadas por uma doença contagiosa. No fim dessa jornada eu só posso dizer que a vida é uma merda as vezes...
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Júlia Morales 09/01/2021

Acho que demorei um tempinho pra digerir essa GN, ela é meio nojenta hahahaha bizarra. Dá para entender que se passa nos anos 80, com a alta do uso das drogas, sexo sem proteção e a AIDS. Mostrou também uma sociedade preconceituosa, o medo, como essas pessoas que adquiriam a doença se tornavam diferente das demais. É uma GN muito boa, muito bizarra, mas boa. Eu gostei da história.
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Erika Almeida 10/07/2020

Black Hole
Uma doença misteriosa afeta jovens saindo do colegial. É transmitida através do sexo e causa deformações imprevisíveis no corpo dos portadores. As vítimas desse mal devastador vivem em guetos, escondidas, com medo e aterrorizadas???ao mesmo tempo em que tentam manter a rotina em acampamentos no meio do mato....

É complexo e muito,muito estranho !!!
Gostei kkkk
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Lucas1429 08/03/2023

Uma obra única!
Olha, essa HQ realmente me surpreendeu pela qualidade dos desenhos por ser algo que eu não tinha visto ainda, e fora os diálogos bem dinâmicos.

Confesso que fiquei envergonhado de ler isso no trem kkk porque pensei: aaah fala sobre os adolescentes americanos e suas loucuras por liberdade, sexo e drogas. No fim das coisas tinha nudez kkk fechei na hora e vey melhor ler em casa kk

A história tem seus dramas, onde conta de um jeito sutil sobre o HIV e vale a pena por ser grande (mais de 300 paginas ufa!). Recomendo a leitura, sério! ??

Cuidado ao ler em público! Kkkk
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Danilo Andrade 06/08/2021

Nem mesmo a luz escapa (?)
Há anos estava ansioso pela leitura desta graphic novel aclamada no meio underground, e não à toa, trazida ao Brasil numa bela edição pela DarkSide. Observo ao concluí-la que o enredo claustrofóbico, a composição imagética, os traços, os elementos metafóricos e iconográficos estão em perfeita sinergia, todos orbitando uma espécie de caos controlado.

"Black Hole" é ressignificado em várias etapas da narrativa, e algo que me inquieta nesta história é a forma como as relações e desfechos dos personagens pairam sob um vazio e são constantemente imersos num limbo vacilante, que nos cativa num primeiro instante, entretanto de forma enganosa, denotada pela marca imponente do traçado do autor e suas bizarrices hiperbólicas, dando um verniz ralo de autenticidade... pois nas diversas vozes que compõe o enredo percebemos o rumo que os elementos envolvidos irão percorrer, gravitando entre sexo inconsequente, uso abusivo de drogas, e todas vivenciadas numa perspectiva niilista de jovens lançados ao poder esmagador do "buraco negro" que suas escolhas irrefletidas materializam, e as quais são lançadas impiedosamente, retratadas de formas similares em outras obras reconhecidas pelas mesmas discussões tratadas aqui. E talvez esse caráter inescapável da narrativa, tenha por si só, servido como um fator limitante de como as temáticas abordadas poderiam ser melhor exploradas em suas nuances.
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Rebecca Soares 23/07/2020

Leitura envolvente! Muito interessante a forma que o autor fez alusão a uma DST.
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