Carol Santana 08/12/2017
Obsessão
Eu tenho que dizer que odeio livros sobre traição, prefiro nem ler e não sei explicar porque comecei esse, mas tenho que dizer que foi uma incrível viajem.
Aqui temos Layla, obsessiva, meio louca, aquela que precisa desesperadamente ser vista, ser ouvida, ser amada.
Temos Thomas, professor, poeta, escritor, casado, pai e solitário.
Layla está só, não tem amigos, praticamente não tem família, tem uma estória de obsessão pelo meio-irmão por quem era apaixonada, ela vê Thomas e encontra nele um espelho, alguém que também está só, alguém que assim como ela tem uma estória de amor não correspondido, alguém que fascina mas que é proibida. O que ela sente por ele começa pequeno uma curiosidade somente, depois se transforma no novo motivo de viver dela, do jeito dela ela quer ajudar ele, ela não quer que ele se apaixone por ela, ela só quer acompanhar ele na sua solidão, pra que ele não esteja mais tão só.
Já Thomas é um personagem mais difícil de aceitar porque ele tem uma família, mas você acaba por entender um casamento em crise, quando você quer salvar, melhorar e você se esforça, deixa de ser quem você é pra ser quem aquela pessoa precisa e ainda assim o outro não te vê mais, porque infelizmente você ainda não percebeu mas o tempo acabou, mas ainda assim você que lutar pra reconquistar. Mas nesse meio tempo ele fica só, e a Layla aparece, com uma nova luz, uma nova alegria, querendo dividir a dor, dizendo que tudo vai dar certo e vai ficar bem.
Uau, esse livro mecheu comigo, eu enxergo traição de um jeito muito crítico, mas aqui eu vi um novo lado, e eu torci tanto pro Thomas amar a Layla, mesmo sendo errado, eu torci porque a Layla precisava desse amor, precisava de alguém que a visse.
Esse livro é totalmente baseado na música Born to die da Lana del Rey, ouça a música, leia o livro, e torça por todos os personagens como eu torci