Nilda 02/01/2018
Demolidor: O homem sem medo
Demolidor: O Homem sem medo publicado pela a Editora Novo Século é uma versão em romance da HQ de Frank Miller & John Romita Jr., originalmente publicada em 1993. Essa é a mesma Hq que serviu de base para a série Demolidor, da Netflix. Então se você não leu a Hq, mas viu a séria, é certo que você vai identificar várias cenas. Ou se você não leu a Hq e nem viu a série, não se preocupe, você entender a história.
No livro, acompanhamos o garoto Matthew Murdock dos treze anos, quando perde a visão, até os 27 anos, já formado em advocacia, e iniciando sua vida de super-herói.
Quando menino, Matt, como muito garotos da sua idade, sofreu com bullying na escola. Os grandões da escola não lhe davão trégua. Seu único refugio era o ginásio onde o pai treinava. Lá Matt descarregava todas suas raivas e frustrações em sacos de pancadas. Mas é também no ginásio onde Matt tem o primeiro contato com mundo surdido e sombrio dos mafiosos. O pai de Matt, Jack Murdock, se ver obrigado a trabalhar para a máfia. A partir daí a vida de Jack entra em declino sem volta.
Demolidor: O Homem sem medo é narrado em terceira pessoa. A história inicia no presente, para em seguida voltar ao passado, quando Matt ainda era só um garoto e, no final, volta para o presente. A divisão dos capítulos é feita com a contagem do tempo em anos, meses, semanas, dias e horas. O que é interessante, pois o leitor se situa bem no tempo.
Como já falei, mas vou repetir: a romancização do Demolidor: O Homem sem medo me deixou satisfeita. Uma ou duas coisas que me incomodaram. Tem sido muito interessante acompanhar esse movimento de transposição dos quadrinhos para o romance. Nos últimos tempo em eu li Viúva Negra (tem resenha aqui) Deadpool, Homem-Aranha (em breve eu trago a resenha dos dois).
Ler uma história que você já conhece em Hq, mas agora sem parte gráfica/visual, foi uma experiência diferente, mas extremamente enriquecedora. Há, de certa forma, uma ampliação da narrativa, mais informações, e um aprofundamento no desenvolvimento psicológico dos personagens. Claro, no livro há mais espaço do que nos balões dos quadrinhos.
Para mim o que mais me deixou satisfeita foi poder entrar na mente do sociopata Lark, braço direito de Fisk, o chefe mafioso e grande adversário do Demolidor. Ah, preciso dizer que eu não consigo gostar de Elektra Natchios. Não posso deixar de falar o quando é bonita a amizade entre Matt e Foggy Nelson. Aqui no livro não há um aprofundamento na amizade dos dois, uma pena. Um dos pontos que não me agradou.
site: http://www.garagembluecult.com/2017/09/27/resenha-demolidor-o-homem-sem-medo/