Wania Cris 07/03/2021Poderia se chamar A Longa Marcha...Quinto livro da saga Torre Negra (sexto na ordem cronológica, precedido por Vento Pela Fechadura), Lobos de Calla tem a difícil missão de suceder o perfeito e inigualável Mago e Vidro. Sorte dele que sem a obrigação de superá-lo, pois jamais conseguiria. Saudades, Susan...
Aqui o ka-tet de Roland Deschain de Gilead é abordado por um grupo de fazendeiros que lhes pedem ajuda para lidar com o pesadelo da vinda dos Lobos de Calla, cuja função é sequestrar uma de cada criança gêmea (a cidade tem um índice de gemelaridade impressionante, cruz credo...), fato que se repete, em média, a cada duas décadas, estando a visita prevista para dali um mês.
Como se não fosse suficiente, o tet ainda tem que lidar com as consequências do enfrentamento com um demônio ocorrido lá em A Escolha dos Três quando Jake é trazido para o mundo do pistoleiro. Não, não acabou, eles também têm que proteger A Rosa na Nova Iorque de Jake, Eddie e Susannah... ufa... um dia normal na vida de um pistoleiro...
Eu sou apaixonada na saga, mas, reconheço que King tava com muito tempo quando escreveu esse volume. A parte em que o Padre Callaham (o mesmo de Salem, importante ler esse antes de Lobos) é extensa e cansativa e muito pouco acrescenta à trama), a expectativa pela vida dos lobos é maior que o medo deles chegarem e tantas tramas paralelas acaba fazendo perder o foco, porém, é Torre Negra, é Roland, É King e isso faz valer a leitura.