Silas Marner

Silas Marner George Eliot




Resenhas - Silas Marner. O Tecelão de Raveloe


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jota 26/12/2020

MUITO BOM (injustiças, infortúnios, segredos, mentiras e muito mais num envolvente romance inglês do século XIX)
Lido entre 15 e 24/12/2020. Minha avaliação: 4,7/5,0

Não tem como uma história não prender a atenção do leitor quando começa com uma pessoa inocente sofrendo grave injustiça. E não de qualquer indivíduo, mas daquele que supostamente seria seu melhor amigo. É o que ocorre com o jovem tecelão Silas Marner, acusado de roubar o dinheiro da igreja que frequentava pelo próprio amigo, o verdadeiro ladrão. Que, não satisfeito, ainda lhe tira a noiva e com ela depois se casa. Sentindo-se incapaz de lutar contra a mentira e a injustiça Silas se muda da cidadezinha em que nasceu e sempre viveu: vai embora para bem distante, Raveloe, onde tenta reconstruir sua vida.

Mas antes disso tudo nos ser contado lemos uma citação do poeta William Wordsworth (1770-1850) que muito tem a ver com o desenvolvimento da história de Silas Marner: “A criança, mais do qualquer outra dádiva que a terra possa dar a um homem que envelhece, traz consigo esperança e faz vislumbrar o futuro.” Isso porque uma criança, uma órfã de dois anos vai entrar na vida do tecelão logo após lhe ocorrer outra desgraça anos depois, lá mesmo em Raveloe: todas as suas economias, em peças de ouro e prata, advindas de seu trabalho como tecelão são furtadas. E nesse caso também ficamos sabendo logo de cara quem as roubou.

Tanto no caso do dinheiro da igreja quanto agora, no roubo das economias do tecelão, se já sabemos quem são os culpados, resta ficar torcendo para que a injustiça seja revertida, o dinheiro recuperado e os culpados punidos, não é mesmo?. Mas até que isso ocorra, se é que de fato irá ocorrer, aparece, na forma de uma menina de dois anos, um anjo na vida de Silas Marner, de modo a aliviar um tanto seu sofrimento. Ao mesmo tempo são colocados em cena os membros de uma família nobre de Raveloe, o senhor Cass, e especialmente seus dois filhos, Godfrey e Dunsey, que muito terão a ver com o restante da história.

Nesse ponto, depois também, Eliot aproveita para descrever os hábitos, o modo de vida, o pensamento e o comportamento das pessoas abastadas de seu tempo. Segundo Leonardo Fróes - que traduziu para o português Middlemarch, um dos maiores romances do século XIX, monumental obra de George Eliot, pseudônimo da escritora Mary Ann Evans (1819-1880), e que nesta edição fez a apresentação do livro - a obra se destaca por colocar um homem do povo, um trabalhador, como personagem central. E Silas Marner não tem, digamos assim, o charme ou a inteligência ou a sabedoria de um nobre inglês de seu tempo (o livro foi publicado em 1861). Pelo contrário, ele é um sujeito caladão, solitário e um pouco esquisito, até mesmo avarento, por isso muitos cidadãos desconfiaram de suas palavras nos dois casos de desaparecimento de dinheiro.

Mas as coisas mudam quando aparece na vida de Silas Marner uma garotinha órfã, que por batismo se tornará Eppie, quer dizer Hepzibah, nome bíblico em adaptação inglesa, que era como se chamava a mãe dele. Várias páginas serão dedicadas aos cuidados que o tecelão tem de dispensar à criança, contando para isso com a ajuda de uma bondosa senhora das vizinhanças, mãe do pequeno Aaron e outros três meninos, portanto conhecedora do tratamento a ser dispensado a uma criança. Eppie a todos encanta por sua beleza e doçura e logo passará a chamar Silas de papai. E aqui também há pouco mistério para seduzir o leitor: desde logo ficamos sabendo quem são os pais de Eppie e o motivo de a garotinha ter aparecido na casa de Marner.

Nada disso nos desencanta, no entanto. Porque logo depois Eliot faz a história dar um salto de 16 anos: Silas está então com 55, bastante envelhecido e Eppie com 18, radiante como um sol: por ela o jovem vizinho Aaron está apaixonado e parece ser plenamente correspondido. O que temos agora, além do desaparecimento de um personagem, aquele que roubou o dinheiro de Marner, é que o pai de sangue de Eppie, arrependido por não revelar sua paternidade quando a menina apareceu na casa do tecelão, pensa em ter a filha de volta. No que é apoiado pela esposa, que perdeu um filho recém-nascido há tempos e não conseguiu mais engravidar, próxima que está dos quarenta anos.

O rico casal promete mundos e fundos para Eppie: ela herdaria todas as suas propriedades caso consentisse ser por eles adotada e se mudasse para a mansão da família. Fazem-na ver que pouca coisa ela herdaria de Marner quando ele morresse, esperando assim convencê-la da proposta. Próximo do encerramento temos o esclarecimento de um mistério lá do início, que espertamente Eliot deixou para as páginas finais, onde também ficamos sabendo da decisão que a moça deverá tomar: mudar-se para a mansão do pai verdadeiro e lá usufruir de coisas que jamais sonhou possuir ou então casar-se com Aaron e permanecer junto do tecelão de Raveloe até o fim. Como a história irá terminar? Vale a pena conhecer Silas Marner e os demais personagens criados por George Eliot. Sem dúvida.
cid 14/08/2023minha estante
Vi que Silas Marner está no Kindle unlimited e passei para ver as resenhas. Encontrei a sua. Como sempre excelente. Pronto. Baixei no kindle. Vamos ler.




Rafaelle 29/04/2022

Silas Marner
O jovem Silas Marner, tecelão honesto e fervoroso em sua fé, nunca imaginou ser traído por seu melhor amigo. Acusado de um roubo que não cometeu e visto com maus olhos pelas pessoas de sua comunidade, Silas sente o peso dessa traição e perde a fé nas pessoas e na religião. Deixando tudo para trás, o tecelão se muda para a pequena Raveloe, onde se isola e passa a viver apenas para seu trabalho.

Ninguém vive sem nenhum tipo de apego e Silas se apega ao ouro. Por 15 anos ele trabalha e admira o ouro que ganha. Seu saco de moedas torna-se o amor da sua vida e enquanto isso os habitantes de Raveloe consideram Silas cada vez mais estranho. Numa jogada cruel do destino Silas mais uma vez perde tudo o que ama: o dinheiro que arduamente trabalhou para conquistar.

Esse é um livro que eu comecei já com um aperto no coração. A história de Silas já começa repleta de injustiça e não tem como não se entristecer vendo uma boa alma se amargurar após ser traído e abandonado cruelmente. A amargura pela traição consome o coração de Silas e ele se fecha totalmente para as pessoas. Mas quando ele corre o risco de se tornar um completo avaro, a vida lhe dá outra chance roubando tudo o que possui e tornando necessário recomeçar novamente.

Enquanto acompanhamos Silas Marner também seguimos a história dos irmãos Dunstan e Godfrey. Dunstan, o mais novo, é um completo dissoluto e vive apenas pelo próprio prazer, sem se preocupar se irá ferir ou prejudicar alguém. Godfrey, apesar de não viver em devassidão como o irmão, tem o caráter fraco e esconde um segredo de seu pai que pode pôr todo seu futuro a perder. E por conta desse segredo, ele se vê constantemente chantageado por Dunstan.

A vida desses três personagens vai se cruzar de forma a mudar o destino de cada um deles. E são nessas mudanças que George Eliot trabalha as causas e consequências da história. A injustiça é um tema que permeia toda a história em suas mais variadas formas. Seja com Silas sofrendo por um crime que não cometeu ou com Godfrey prosperando após agir de forma enganosa, o livro nos leva ao desespero com as injustiças do mundo.

Mas essa também é uma história sobre restauração. Silas tem uma segunda chance ao perder tudo. É como se a vida ouvisse o apelo da justiça. Entretanto a vida tem formas engraçadas e confusas de trabalhar, muitas vezes ela precisa levar alguém ao mais completo desespero para que essa pessoa encontre o caminho que a fará feliz.

E não só sobre justiça e reparação, Silas Marner é um livro que nos ensina sobre o amor. O amor que pode nos levar à solidão quando colocado em coisas supérfluas. E também o amor que pode salvar uma vida da loucura e amargura.

?Nos velhos tempos, havia anjos que pegavam os homens pela mão e os levavam para longe da cidade da destruição. Nós não vemos mais anjos de asas brancas. Mas os homens ainda são afastados da destruição que os ameaça: alguém lhes dá a mão e os leva, devagar, para uma terra tranquila e ensolarada, até que eles não olham mais para trás; e esse alguém pode ser uma criança.?

De toda uma miríade de emoções que esse livro me trouxe, eu terminei essa história com um sentimento prevalecente: esperança. É o tipo de livro que serve como um lembrete de que o mundo pode ser cruel e muitas vezes injusto, mas a bondade e o amor ainda existem. E por mais tortuosos que os caminhos possam parecer, às vezes a salvação está logo à frente, da forma que menos esperamos.
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Patty 12/08/2022

Amei a leitura!
Eu me surpreendi pela facilidade de leitura desse livro, fiquei encantada em como as personagens são apresentadas, uma mais carismática que a outra.

O mistério do dinheiro desaparecido deu um toque especial de suspense e o final foi o mais satisfatório possível, Silas merecia toda a felicidade do mundo.
Sthe.Sousa 03/11/2022minha estante
Me ajuda, estou fazer uma atividade de inglês e pede pra minha descreve a dor de Silas me ajuda ???
Pois já fiz a leitura e não tô entendendo




Ari Phanie 10/04/2022

Minha primeira leitura da rebelde Mary Ann Evans.


Eu tinha muitas expectativas para a minha primeira leitura de outra grande autora da era vitoriana que precisou usar um pseudônimo para ser levada à sério naquele período. Mary Ann Evans ou George Eliot não é uma autora muito conhecida por essas bandas, e eu só ouvi falar dela há poucos anos. Por aqui ela não tem o mesmo reconhecimento das suas compatriotas Jane Austen e as Irmãs Brönte e suas obras são difíceis de achar. Mas Evans é considerada uma das mais importantes escritoras britânicas; tinha uma personalidade forte e fez coisas que chocaram bastante a sociedade em sua época. Por todo esse conjunto, eu estava muitíssimo interessada em ser introduzida no seu mundo, mas Silas Marner não foi o que eu esperava. Eu não quero dizer com isso que o livro é ruim, só foi inferior ao que eu presumia inicialmente. Mas vamos aos fatos.

Silas Marner é a história de um tecelão solitário que sofreu uma grande injustiça no passado e decide se mudar para outra vila onde é tido como um homem muito estranho. Apesar das pessoas recorrerem a ele para obter seus trabalhos de tecelagem, eles não gostam muito do tecelão e decidem manter distância. Silas não se importa; depois de ser traído pelo melhor amigo, decide que a companhia do seu ouro é o bastante para ele. Mas um dia as coisas mudam drasticamente. Silas é roubado e um pouco depois disso, uma criança de cabelos dourados aparece na sua casa, o fazendo mudar bastante suas atitudes e crenças.

É uma premissa interessante, não vou negar. E se o livro fosse focado mais no Silas e na menininha que ele adota, eu teria curtido muito mais porque essas foram as minhas partes favoritas, quando o Silas aparecia e após ele adotar a criança. Mas antes e no meio disso tem muitas partes do livro focada em personagens e situações monótonas que não tem o menor apelo e custam a passar. No final, você percebe que algumas delas ajudam a entender a história de uma forma geral, mas outras não eram realmente necessárias. Apesar dessas partes que me desanimaram muito, lá pela metade do livro, ou um pouco depois disso, eu gostei muito do que estava sendo narrado. Silas é um personagem simples e cativante que nutre os mais belos sentimentos pela menininha que apareceu na sua casa de repente. Ele a cria sozinho, com a ajuda ocasional de uma vizinha também muito simples e cativante, e desenvolve uma relação de muito amor com a filha, que cresce para se tornar uma jovem amável e íntegra. Eu temi pela relação dos dois com as revelações do final, mas tudo ficou bem, e essas partes da relação de pai e filha são muito fofas, e aquecem o coração.

Enfim, metade do livro não foi o que eu esperava, mas a outra metade me conquistou. É um livro bonito no fim das contas. Fala de amor, bondade e redenção. E, sem dúvida, o fato da Evans ter falado de adoção por parte de homem velho e solitário me surpreendeu, porque para o período foi bem “fora da caixinha”. Ainda que eu não tenha curtido todo o percurso da história de Silas Marner, estou muito ansiosa para saber mais do que Mary Ann Evans deixou como legado para a literatura. Acho que assim como minha amada Austen, George Eliot tinha muitos paradigmas de época para quebrar.
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Tuca 07/06/2022

“Quando um homem fecha as portas a uma benção, ela passa a ser de quem a acolhe.”
Amor. Amizade. Fé. Era ao que se resumia a vida do tecelão Silas Marner . Até que ele perdeu sua amizade quando o melhor amigo armou para colocar em Silas a culpa por um roubo; perdeu o amor, quando o mesmo amigo lhe tomou a noiva; perdeu a fé após a comunidade inteira onde vivia acreditar nessa mentira, e o julgar criminoso. Perdeu a fé, acima de tudo, por não ter mais nada do que ele considerava sagrado.

Despido das relevâncias de sua existência, ele partiu, e na sua nova cidade – Raveloe - ele se vestiu de ambição. Silas passava todas as horas do seu dia trabalhando – tecendo - e acumulando riquezas. Sozinho, sem amigos e sem frequentar a igreja, ele era visto como uma figura peculiar. E peculiar, ele realmente era. Quando a vida lhe deu um novo baque, ela também lhe entregou um presente. E é desse presente, que Silas vai tirar uma lição, um objetivo e um significado para sua existência, e consequentemente, provar a si mesmo e ao leitor que a sua fé nunca havia realmente ido embora, estava apenas latente, esperando ser acordada no momento certo.

As consequências de nossas ações é um forte tema que George Eliot trabalha nessa história. Há aqueles que agem mal, e tentam corrigir, mas nem sempre conseguem remediar o que perderam. Há os que sofrem as maldades, porém entendem os sinais necessários para o seu aprendizado. Tem também o testemunho do medo e da verdade, o que cada um desses sentimentos pode revelar sobre nossos desejos e nossa compreensão do fardo que carregamos.

Silas era um homem bom, que semeou bondade a vida inteira, e ele não conseguia entender porque tanta ruindade lhe era reservada. Mas é daquela premissa de que “Deus escreve certo por linhas tortas” que vamos entendendo a colheita que lhe foi presenteada, a partir de suas escolhas. Cada personagem é ligado de alguma forma a trama desencadeada pela vida de Silas e sua estrutura lembra uma fábula, sem a alegoria dos animais, mas talvez com uma metáfora de sentimentos e vícios por trás dos personagens, a qual é muito bem trabalhada.

É com uma história de amor cândida que George Eliot explorou o que há de melhor e de pior no ser humano. Ela faz em Silas Marner algo semelhante ao que realizaria dez anos depois em Middlemarch, porém de uma forma não tão provocativa. Ela narra a cidade, mas enquanto em Middlemarch o protagonismo é mais balanceado entre os habitantes fazendo da comunidade essa grande representação social diversa; em Silas Marner, o enredo de Silas se destaca mais, e assim, costura todos os outros.

Ler “Silas Marner” foi uma experiência tocante. Em pleno século XIX, George imprime algo que na época não era tão comum: a compreensão de família enquanto laço afetivo, e não meramente sanguíneo, o que provavelmente foi sua maneira de deixar registrado o seu próprio amor em relação aos enteados. Assim, “Silas Marner” é uma linda declaração de amor e de gratidão entre duas criaturas perdidas que se encontraram quando mais precisavam. Para mim, a escrita e o modo como Eliot conta histórias atemporais não deixam dúvida do porquê ela é considerada uma das maiores escritoras inglesas da era vitoriana.


site: IG: https://www.instagram.com/tracinhadelivros/
Sthe.Sousa 03/11/2022minha estante
Me ajuda, estou fazer uma atividade de inglês e pede pra minha descreve a dor de Silas me ajuda ???
Pois já fiz a leitura e não tô entendendo




Stefany* 12/12/2021

A verdade acaba sendo revelada
Aqui temos a história do tecelão, Silas Marner, um sujeito simples e obtuso que leva uma vida solitária.

Alvo de uma grave acusação em sua antiga cidade, Silas muda para um distante vilarejo, onde tenta recomeçar sua vida. Os moradores de Raveloe rústicos e supersticiosos olham com desconfiança para todo e qualquer novo visitante. Com Silas não foi diferente, todas as teorias a respeito do calado e velho tecelão eram obscuras e os modos e trejeitos de Silas não ajudavam muito a desmentir estas suposições a seu respeito.

Embora a estória gire em torno de Marner, temos narrativas da vida de vários aldeões de Raveloe, seus costumes, hábitos e até mesmo sua ignorância.

A narrativa crua combina com os personagens, os seus medos, erros, sentimentos, hábitos, todos explorados de maneira formidável.

É uma ótima leitura.
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Christiane 24/07/2021

Este livro me encantou neste momento em que vivemos momentos tão difíceis. Eliot faz uma crítica forte a comportamentos da sociedade de sua época válidos até hoje. Os valores, o egoísmo, o dinheiro, a mentira, a culpa, nos contando a história do tecelão Silas e suas desventuras e mazelas no decorrer de sua vida.
Uma frase que me marcou no livro- "Quando um homem fecha a porta para uma benção, ela pertence a quem a acolhe" .
É bem Eliot que está neste livro que não está entre os seus mais famosos e lidos, onde ela coloca a amargura da vida, as críticas à sociedade e à religião, mas não deixa de acreditar na bondade, na retidão e na redenção. Ela acreditava na mudança individual e não se interessava por movimentos sociais. Há uma espécie de retrato de Eliot neste livro, com sua marginalidade, sua obsessão em ganhar dinheiro, sua alienação social.
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Heidi Gisele Borges 10/08/2021

Eu amo literatura clássica! E amo encontrar livros que me prendem do início ao fim.

Por acaso cheguei até "Silas Marner, o tecelão de Raveloe", de George Eliot.

Esse foi o meu primeiro contato com a autora e adorei!

O livro começa explicando sobre os preconceitos de um lugar pequeno quando recebe gente diferente deles como o tecelão Silas Marner.

Silas sofre um tipo de paralisia ou transe. Quando é apontado como ladrão de uma quantia pertencente ao pastor que ele cuidava, e seu canivete aparece no criado-mudo, acredita que estava paralisado, pois não se lembra do que aconteceu. William, que devia ter trocado de lugar com ele para cuidar do homem, mas não apareceu, disse que Silas pediu que ele não fosse. Temos a traição de seu melhor amigo.

Depois de passar pela provação ao ser acusado de roubo e ao perder sua noiva porque ela não acreditava nele, Silas vai embora daquele lugar que era o seu lar e passa a viver para trabalhar e já não tem com quem dividir seu dinheiro. Ele não confia e nem gosta de ninguém.

Todas as pessoas, com suas falhas, julgam Marner por ele não ir à igreja ou não agir como acreditam que seja o correto - ou seja, bastante comum em qualquer época, pessoas de várias religiões julgam os que não agem conforme suas crenças.

Mas essa hipocrisia era ainda maior, todos o ignoravam, ele era um homem inexistente, até que perceberam que podiam sentir pena dele e oferecer suas sobras, de comida e atenção.

Mas várias outras provações tomam a vida do correto e bondoso Silas.

Uma história de lutas, desafios, honra e dedos apontados por pessoas cheias de erros.

Esse livro está na lista dos 1001 livros para ler antes de morrer.

Maravilhoso!

...
Instagram: @becodonunca
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fabio.orlandini 02/10/2023

Pequeno tesouro
Comprei esse livro porque queria conhecer a escrita da autora e não queria começar com sua obra mais famosa. Ainda bem que o fiz, me deparei com uma história terna, envolvente, que me deixou apaixonado. Silas Marner é um personagem incrível. Recomendo!!!
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jullia.0 25/02/2024

"nos velhos tempos, havia anjos que pegavam os homens pela mão e os levavam para longe da cidade da destruição. nós não vemos mais anjos de asas brancas. mas os homens ainda são afastados da destruição que os ameaça: alguém lhes dá a mão e os leva, devagar, para uma terra tranquila e ensolarada, até que eles não olham mais para trás; e esse alguém pode ser uma criança."
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Luciane.Gunji 16/12/2017

Clássicos da literatura são imprescindíveis para entendermos como determinado autor conseguiu revolucionar sua época por meio das palavras. Ao falarmos de George Eliot, um pseudônimo de Mary Ann Evans, notamos que a força do nome masculino incide diretamente no poder da mulher (e também na falta dele) durante alguns períodos da história.

Estamos falando de uma escritora britânica do século XIX, que acreditou que usar pseudônimos masculinos a ajudassem a ter seu trabalho levado a sério. Um problema social que não a impediu de escrever romances que seriam lembrados não por seu contexto, mas por sua resistência a essa barreira chamada preconceito de gênero.

Leitura recomendada.

site: http://www.pitacosculturais.com.br/2017/12/15/silas-marner-o-tecelao-de-raveloe-eliot-george/
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@retratodaleitora 29/04/2018

É o livro que irei pegar sempre que precisar de algo bonito e desse ar terno que George Eliot desenvolve aqui.
George Eliot foi o pseudônimo utilizado pela romancista e tradutora britânica Mary Ann Evans, um dos principais nomes da literatura na era vitoriana. Mary Ann optou por utilizar o pseudônimo masculino para tentar fugir dos esteriótipos que faziam os romances escritos por mulheres serem considerados leves, ou "literatura de mulherzinha", quando ela tinha como temas principais a angústia, desesperos e reflexões sobre a vida e a desigualdade de classes. Silas Marner é o seu terceiro romance, publicado em 1861 quando a autora tinha 42 anos.

Silas Marner deixou a cidade onde morava depois de ser acusado injustamente por um crime e traído pelo seu melhor amigo. Desiludido com tudo e todos, ele vai viver bem longe, onde ninguém sabe de seu passado. Morando sozinho e sem nenhuma ligação a não ser com seus clientes, o velho Marner passa seus dias tecendo linho, sem descanso, ambições ou esperança para o futuro, apenas vivendo um dia após o outro e acumulando uma grande quantia em dinheiro.


"O amor perfeito tem um sopro de poesia capaz de tornar mais nobres as relações dos seres humanos menos instruídos."

Com o passar dos anos, vendo sua riqueza acumular, Silas passa a viver apenas para ver sua pilha de moedas aumentar, e todos os dias passa um bom tempo admirando e contando seu ouro. Até que uma noite todo seu dinheiro some.

Um tempo depois ele encontra, no lugar onde antes guardava suas amadas moedas, uma criança de cabelos dourados e bochechas rosadas. A pequena órfã desperta no tecelão sentimentos que há muito adormeciam em seu peito. Sua vida, depois desse milagre, não seria mais a mesma.

Silas Marner é um livro de leitura tranquila que possui várias e importantes reflexões e apresenta um personagem vítima de uma grande injustiça que perde sua fé, na religião e nas pessoas, além de sua juventude. Do outro lado, vemos também os habitantes de Raveloe e a forma como veem o solitário e misterioso tecelão, objeto de fascínio em alguns, e medo e desconfiança em outros.


"Nossa consciência raramente registra quando algo desperta dentro ou fora de nós: muita seiva já circulou antes que possamos detectar o menor sinal de um botão."


A atmosfera desse livro é como um banho quentinho e lençóis limpos em uma cama fofa depois de um intenso dia de trabalho; como um quentinho no coração ou respirar ares limpos e calmos depois de um período de muita tensão. Silas Marner é um livro sobre transformações, amor e a pureza da infância, além de refletir sobre preconceito contra o desconhecido e como nossas ações podem interferir na vida de outras pessoas, tanto quanto ou mais que na nossa própria. É sobre um presente inesperado quando o mundo parece ter nos esquecido. E é o livro que irei pegar sempre que precisar de algo bonito e desse ar terno que George Eliot desenvolve aqui.

Esse se tornou um favorito para a vida e é definitivamente uma leitura que indico a todos! Foi um livro que só me despertou sentimentos bons e me fez pensar muito sobre o preconceito que muitas vezes temos com aquilo que não conhecemos, e como um gesto de gentileza pode influenciar no dia de uma pessoa.

Essa história me lembrou uma passagem do livro Extraordinário, que diz assim:

"Quando tiver que escolher entre estar certo e ser gentil, escolha ser gentil."


site: http://umaleitoravoraz.blogspot.com.br/2018/01/resenha-silas-marner-o-tecelao-de.html#more
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Jessica.Ferreira 12/08/2023

Silas Marner
"Quando um homem fecha às portas a uma benção, ela passa a ser de quem a acolhe." George Elliot.
O que dizer desse livro? Fazia tempo que não lia um clássico tão emocionante. A autora narra uma das histórias mais lindas que já vi de uma forma ao mesmo tempo poética e fluida. O livro é muito bem escrito, nos entrega muita emoção durante a leitura e toca fundo nosso coração ?, as reviravoltas são muito bem colocadas e são capazes de nos surpreender de verdade. Enfim, foi uma leitura prazerosa do início ao fim. Essa autora com certeza merece mais destaque aqui no Brasil do que teve até hoje.
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penapensante 14/12/2017

Excelente!
A intriga já se firma quando descobrimos que George Eliot nada mais é do que um pseudônimo usado pela brilhante autora Mary Ann Evans que fazia desse disfarce masculino uma forma de seu trabalho ser levado a sério no decorrer do século XIX, em plena era vitoriana. O terceiro romance da autora, publicado originalmente em 1861, ganhou destaque por seu realismo, característica exacerbada à época, e também por sua pegada sofisticada e original ao tratar de assuntos variados, passando por industrialização, religião e fatores público-sociais.

► Acesse a resenha completa no site Pena Pensante!

site: www.penapensante.com.br
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