Por que ler os clássicos

Por que ler os clássicos Italo Calvino




Resenhas - Por que ler os clássicos


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Matheus 10/05/2023

?Porque ler os clássicos?? De fato, uma pergunta instigante. Italo Calvino através desta obra nos apresenta a importância da leitura dos clássicos. Ler um clássico vai muito além de ler livros antigos e difíceis, ler um clássico é mergulhar na história da humanidade. É impossível você ler Dostoievski e não se importar com o sofrimento de suas personagens, ler Dickens e não se revoltar com as injustiças sociais ou ler Kafka e não se envolver em seu mundo angustiado e paradoxal. Portanto, leiam os clássicos!

?Um clássico é um livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha para dizer.?
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Gabriela 03/10/2022

Acadêmico
Minha decepção com esse livro é quase inteiramente por ter procurado uma coisa e encontrado outra.
O título é sugestivo, e eu já havia lido o capítulo inicial duas vezes antes, pra faculdade. Li ele novamente e adorei. Porém, não estava pronta para o que viria nos próximos ensaios.
Calvino fala única e diretamente com as pessoas que já leram uma ou mais obras dos autores que menciona em casa ensaio. Se você só leu um livro - e talvez por sorte seja o livro que Calvino escolheu comentar - de cada autor, pode ser que você se envolva na leitura. Se você não leu nenhum livro, provavelmente vá cair na mesma confusão que eu.

Infelizmente, a análise muito específica do Calvino não me fez conectar com nenhum dos textos, fora o do título. E mesmo com aqueles que eu já havia lido (Stevenson, Borges, Hemingway), foi uma experiência maçante. A cada capítulo, eram 10 pesquisas no google.

A minha expectativa era algo mais acessível ao meu nível de compreensão de literatura universal (graduação e pós em literatura presentes - e a paixão). Mas não foi. Quem sabe numa releitura, ou como livro de apoio.
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Coruja 15/05/2019

Calvino começa seu Por que ler os clássicos? com um ensaio que possui a mais acertada descrição que já vi do que seja um clássico. Melhor ainda, pode-se fazer a lista das definições que ele propõe - do rol, uma das minhas definições favoritas é de que "um clássico é um livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha para dizer."

Calvino deixa muito claro que os títulos elencados no livro são ‘clássicos pessoais’, sublinhando ser o impacto que eles têm no leitor o que os torna indeléveis. Bloom defende a técnica, mas Calvino nos lembra que histórias são importantes por aquilo que elas representam na vida de seus leitores. São livros frente aos quais somos incapazes de nos manter indiferentes. Em resumo, são as histórias que lemos não por obrigação, mas por amor.

Lembro de pegar esse título num estande de livraria, folhear e depois me aboletar no chão mesmo para começar a ler. E ficar tão apaixonada que, quando deu a hora de voltar para casa, corri para o caixa porque precisava levá-lo comigo e terminá-lo.

Calvino também se tornou um volume de referência para pesquisas preliminares quando termino de ler um livro e vou escrever a resenha ou mesmo preparar um debate do clube de leitura de que participo. As análises que ele faz dos títulos que estão em sua lista de clássicos pessoais - apresentados de forma cronológica - são breves, mas muito pertinentes, concentrando-se normalmente num aspecto estrutural da obra/autor. Por essa razão, Por que ler os clássicos? tem um porém: se o leitor não está familiarizado com os títulos ou o estilo do autor comentado em cada ensaio, vai se sentir bastante perdido no caminho. Ainda assim, gostaria de poder compartilhar ad infinitum o primeiro capítulo dele, que é justamente o ensaio que dá nome ao livro.

site: https://owlsroof.blogspot.com/2019/05/dez-anos-em-dez-ensaios-biblioteca.html
howbruno 15/05/2019minha estante
Em que sentido o leitor pode se sentir perdido? Quero muito ler esse livro, então queria saber o que me espera rs


Coruja 15/05/2019minha estante
Oi, Bruno! Te respondendo, quem não for familiar com as obras que Calvino analisa pode ficar um pouco perdido com as explicações, porque não conhece a história de que ele está falando. Muitos dos autores que ele analisa são suficientemente familiares para que tenhamos uma ideia da história mesmo que não tenhamos lido o livro em si - eu, pelo menos, não tive problemas. Mas conheço algumas pessoas que deixaram o livro de lado por essa razão, decidindo voltar a ele depois de ler as obras citadas. Não é um problema de linguagem, o Calvino é delicioso de ler, é mais uma questão de familiaridade com as obras referenciadas mesmo.


howbruno 15/05/2019minha estante
Ah, sim. Melhor ainda, porque é um incentivo a mais pra ler esses livros. Obrigado por compartilhar isso




Steph.Mostav 15/06/2020

Um clássico é um livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha pra dizer
Se Calvino nos parece apaixonado pela literatura em suas histórias fictícias, não poderia ser diferente em um livro de não-ficção voltado para incentivar a leitura dos clássicos. O artigo que abre o livro, de mesmo título, pode bastar para quem quer essa resposta, já que nele Calvino define o que torna um livro clássico, responde a pergunta do título da maneira mais simples possível, nos incentiva a formar uma biblioteca com nosso cânone pessoal e a alternar a leitura de clássicos com contemporâneos para valorizar mais os méritos de cada um através do contraste. É realmente um dos melhores textos do livro e um dos mais fáceis, porque nos responde de maneira mais geral. No restante dos capítulos, somos apresentados à parte do cânone pessoal do próprio Calvino, no qual a resposta para "por que ler os clássicos?" é mais específica e, talvez por isso, mais rica e interessante. Através da análise de diversos aspectos dos livros que o formaram como leitor e como escritor, ele nos apresenta motivos para ler ou reler toda a longa lista de autores, o que já é um pontapé para quem quer começar a ler clássicos e um guia excepcional para quem já os conhece, pois mesmo ao citar escritores conhecidos como Balzac, Tolstói e Dickens, sempre trata de livros mais desconhecidos de suas bibliografias.
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Leonardo.Moura 21/09/2020

Obra de Apoio
Excelente obra de apoio para o estudo literário dos grandes clássicos!!
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Sílvia 31/12/2021

Calvino e seus autores favoritos
Cheguei à conclusão de que o Calvino não era fã do Hemingway e que ele adorava o Stendhal, e dois de seus livros prediletos eram A cartucha de Parma e Doutor Jivago. Não gostei muito do artigo sobre o Dom Quixote, mas a introdução é sensacional para uma leitora fã de livros clássicos: um clássico é um livro que nunca deixa de conversar com quem o lê, a cada nova leitura vc descobre algo novo.
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Celso Filho 16/12/2023

Ensaios e críticas literárias
Como pontuo no título, o livro na verdade é uma coletânea.

O primeiro ensaio relaciona-se diretamente com o seu título, mas todo o resto envolve discussões do autor em relação a grandes livros e nomes da literatura, italiana e internacional.

Acredito ser um livro interessante para ter na estante e poder consultar, principalmente na hora que estiver desbravando algum tema ou autor, mas não para ser lido do começo ao fim, a não ser que tenha uma bagagem literária suficiente para isso.
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Martony.Demes 04/03/2022

Eis outra interessante obra Por que ler os clássicos, de Ítalo Calvino.

Para esse livro, uma resenha não será interessante mas sim, como o próprio título do livro sugere, fazer uma reflexão sobre o porquê de fato ler os clássicos

Bom, a parte mais relevante da obra é o primeiro capítulo! Nele, é exposto e discutido sobre as justificativas de se ler os clássicos. Os capítulos seguintes são apresentados diversas grandes obras e autores de clássicos da Literatura internacional. Vai desde odisséia, passa por Balzac, Charles Dickens, Flaubert, o grande Tolstoi entre outros! Muito do que trata Calvino sobre essas obras talvez você não entenda (como ocorreu comigo) porque não leu ainda o livro.

Claro que depois de ler o livro você poderia questionar por diversos outros grandes clássicos. Mas essa foi a visão dos clássicos dele.

Mas e ai, por que ler os clássicos? Ele apresenta algumas propostas de definição:

Os clássicos são aqueles livros dos quais, em geral, se ouve dizer: “Estou relendo…” e nunca “Estou lendo…” ou

Toda releitura de um clássico é uma leitura de descorberta como a primeira;

Toda primeira leitura de um clássico é na realidade uma releitura.

Um clássico é um livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha para dizer.

E diversas outras definições importantes! E é isso: a minha leitura de um clássico trará uma nova ótica em relação as anteriores. Os clássicos são inspirações para os best-seller! E muito dos clássicos foram best-seller.

E os livros contemporâneos são muito embebidos pelas ideias dos clássicos! O cinema então nem se fala!

Por fim, vi uma vez uma reportagem sobre o Filme Jocker (2019) que o diretor Todd Phillips recomendou o ator Joaquin Phoenix ler Os irmãos Karamazov, de Fiódor Dostoiévski. Por que será? rsrsr
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José Ricardo 06/11/2018

Janelas da e para a Vida

Clássicos são livros atemporais. São atemporais porque falam do ser humano em sua inteireza. Suas contradições, aspirações, conflitos e potenciais. Falam do amor e da falta dele. Da ganância e da solidariedade. Falam do médico e do monstro que habitam em nós.

Clássicos dizem o que sentimos, mas que raramente conseguimos dizer ou compreender.

Clássicos nos causam sentimentos ambíguos. Se, por um lado, nos incomodam com certas revelações; por outro, nos libertam ao mostrar nossos limites e possibilidades.

Clássicos demonstram que a vida é dinâmica e que existem vários sentidos da vida.

Clássicos são janelas da e para a vida! E a vida comporta várias leituras sem jamais encerrar uma leitura definitiva, uma verdade objetiva, uma certeza absoluta e nisto está sua beleza, espanto e mistério insondável.

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Marquim 31/12/2022

Por que ler os clássicos
Eu tinha de ter lido este livro na faculdade. No entanto, preferi priorizar outras leituras na época.

É uma leitura muito válida mesmo. O grande problema com que eu me deparei foi o fato de não ter lido a maior parte (ou quase nenhum) dos livros que constam na lista de Italo Calvino. Isso não é culpa dele, uma vez que ele já avisa na introdução de que essa é a sua lista.

Isso me fez, já nos últimos três capítulos do livro, fazer uma pesquisa para me orientar um pouco melhor sobre as obras às quais ele se referia. Sim, é uma leitura que vale muito a pena.

Vamos ler, galera!
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Edson Camara 17/01/2018

Se você deseja se aprofundar mais na literatura clássica universal, esta é a porta de entrada.
Este é um livro difícil de ler, pela erudição do autor e a riqueza do material analisado. É uma aula de literatura universal, dos clássicos desde a Grecia antiga até os anos 1980. Quase desisti varias vezes, mas quando a leitura ficava maçante, em alguns parágrafos havia uma reviravolta e o assunto tornar-se interessante novamente. Valeu muito a pena ler esta livro e conhecer obras que eu nem sabia que existiam.
Dois livros já entraram na minha lista de leitura, A cartuxa de Parma de Stendhal e Nosso amigo em comum de Dickens.
Se você deseja se aprofundar mais na literatura clássica universal, esta é a porta de entrada.
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Moacir 21/03/2021

Suas releituras
"Por que ler os clássicos" é um livro, sobretudo, de resenhas, de ensaios literários de obras escolhidas pelo autor como seus clássicos. Para tanto, no início, ele lança suas definições do que seja um clássico, entre elas a de que seja um livro que se está relendo, e nunca lendo.

Agradou-me vários dos ensaios, não todos; visto que, uns achei por demais enfadonhos.

Dos que gostei, uns foram de livros que li e vi nos ensaios novas percepções, outra perspectiva, observações interessantes; outros, porque me instigou a lê-los e porque, ainda, há alusões a outros livros que não possuem ensaios aqui.

Consistirá este, a partir de então, em um livro de consultas.
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Gabrielsouza1378@ 31/03/2023

Um clássico representa um universo de conteúdo conceitual, é um passo na cadeia de uma genealogia explicativa. Calvino escreve que Sócrates antes de ser executado, pediu que lhe ensinasse a tocar flauta, seus amigos perguntaram, qual a serventia desse estudo, pois ele seria executado em poucas horas, o filósofo respondeu que pelo menos aprenderia a melodia antes de morrer. Por que ler um clássico? Podemos aprender com Sócrates, porque vale a pena o esforço de ler um clássico enquanto se tem vida.
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