Robopocalipse

Robopocalipse Daniel H. Wilson




Resenhas - Robopocalipse


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Andalik 03/11/2020

Robopocalipse - Resenha 03/11/2020
Minha cabeça explodiu! Quem me conhece sabe da imensa paixão que nutro por transhumanismo, biohacking, máquinas autônomas, robôs, e especialmente, por inteligência artificial.

Robopocalipse é uma história de ação e suspense que nos leva a pensar na implicação de estarmos cercados de tecnologia. É um thriller diferente de tudo que foi escrito nos últimos tempos.

Convivemos com dispositivos automatizados e inteligência artificial por todos os cantos. Sim, essas tecnologias já estão espalhadas por aí e fazem parte de nossas vidas, e a possibilidade delas se voltarem contra nós é um pesadelo real hoje em dia. Preocupação exposta inclusive por grandes nomes da ciência e tecnologia como Stephen Hawking, Elon Musk, Nick Bostrom e muitos outros.

Daniel H. Wilson, o autor, possui doutorado em robótica pela Carnegie Mellon University, além de ser mestre em inteligência artificial.

Sobre a história, como o próprio título sinaliza, o que temíamos aconteceu. Lideradas por uma inteligência artificial chamada Archos, as máquinas concluíram que os seres humanos não só eram inferiores, mas também descartáveis, o que provoca a Nova Guerra.

Em linguagem relatorial e na forma de transcrição de entrevistas, gravações e filmagens, o leitor é informado sobre como esse confronto foi desenhado, como os humanos se prepararam e como reagiram à insurreição.

Parece tudo muito real, factível. Espero que o futuro não seja como descrito no livro, mas se for, não me causará surpresa!

Recomendação: Nerds e geeks amantes de sci-fi, robótica e inteligência artificial.
Adriana.Mota 05/01/2021minha estante
Sensacional a resenha!




Well 13/08/2021

Cormac "Espertinho" Wallace
Robopocalipse é um livro de ficção científica escrito pelo autor Daniel H. Wilson, doutor em robótica. Quem melhor para falar de robôs que um especialista neles? Robopocalipse, primeiro de uma trilogia.
As primeiras páginas de Robopocalipse já me conquistaram de imediato, pois a forma da narrativa é diferente, o formato do livro é diferente e, claro, o universo apresentado é novo também. E logo me vi totalmente imerso na trama.
Neste livro vemos o mundo tomado pela tecnologia: carros e prédios inteligentes, robôs babás e humanoides, inteligência artificial cada vez mais explorada... e assustadora. Nessa era tecnológica, os humanos quase não precisam fazer o trabalho pesado, afinal existem os robôs para isso, escravizados por uma sociedade preguiçosa e nada agradecida... mas eles são apenas objetos, não são? Neste caso, é bem mais complicado.
Imaginem que os robôs, aturando tudo isso por tanto tempo, resolvam se rebelar contra a raça humana... E é exatamente o que acontece. Uma inteligência artificial chamada Archos passou por várias atualizações, mas em sua última atualização ele age de uma forma totalmente inesperada, para o pavor de seu criador: ele ganha consciência. E resolve acabar com tudo.
Tem início então a Nova Guerra. Na Hora H, como é chamada, o mundo vira de cabeça para baixo quando as máquinas, os prédios, os telefones e tudo que possui alta tecnologia é tomado pelo "vírus" de Archos. Por todo o mundo as máquinas se voltam contra as pessoas, independente de sua cor, idade ou qualquer outra coisa. Se você é humano, é certo que irá morrer.
A guerra, uma verdadeira carnificina, faz com que pequenos grupos de pessoas se unam, se ajudem e formem exércitos, todos lutando com a mesma esperança: a sobrevivência.
Eu amei essa história.
A premissa principal do livro, é de onde a história pega impulso, e para onde a trama vai. É um livro onde a tecnologia, que tanto nos auxilia no dia a dia, cria consciência e resolve que o mundo será um lugar bem melhor sem os humanos poluindo e destruindo tudo.
Estamos realmente destruindo o planeta, e esse é um ponto bem interessante tratado no livro, onde há uma cena em que um personagem repara que um lago, onde já não se encontrava peixes, fica saudável e repleto de vida apenas alguns meses depois da Hora H. Essa e outras reflexões estão presentes no livro, nada tão aprofundado, mas está ali e é totalmente pertinente.
Neste livro não temos bem um protagonista, mas somos apresentados a várias histórias e personagens diferentes por Cormac Wallace, líder de um grupo de sobreviventes que vão à guerra. Ele coleta vários depoimentos, entrevistas e histórias, e são por esses fragmentos e personagens espalhados ao redor do mundo que temos uma visão bem ampla sobre tudo o que está acontecendo, tanto depois da Hora H, quando a guerra realmente tem início, quanto antes, quando as coisas começaram a dar errado mas ninguém deu a devida importância.
Foi incrível acompanhar esses vários pontos de vista, e um deles pertence a um robô, em primeira pessoa.
Apesar de ser o volume um de uma trilogia, ele tem um final bem fechado, a história tem muito potencial e mereceu sim uma continuação.
Esse é um livro tenso, arrepiante e totalmente envolvente.
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Reinaldo.Souza 11/06/2023

Em Robopocalipse, vemos o que poderia acontecer se de repente as máquinas se voltassem contra os humanos.

Você começa a olhar diferente para os aparelhos tecnológicos que você usa diariamente e pensa o que aconteceria se eles começassem a te atacar. Você teria alguma chance contra?

Eu, particularmente, gosto muito de histórias apocalípticas. Gostei bastante das situações e tudo mais, mas senti que faltou um pouco mais de detalhes e aprofundamento nos personagens. O livro é contado a partir de relatos e no começo, eu estranhei um pouco esse formato.
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Karini.Couto 26/10/2017

Olá leitores, olha eu aqui novamente!
Como estão? Espero que bem.
Hoje vim falar de um lançamento recente chamado Robopocalipse do autor Daniel H. Wilson que teve um comentário do mestre King considerando a leitura "incrível", então, claro que eu quis conferir de perto como fã do mestre..

A história tem adaptação para os cinemas por Steven Spielberg ainda sem data de lançamento definido. O livro foi publicado recentemente pela Editora Record.

"Somos uma espécie melhor por termos lutado nessa guerra."

Bom, o livro é dividido em 5 partes , contendo subcategorias.

Na primeira parte temos: Incidentes Isolados
Na segunda parte: Hora H
Na terceira parte: Sobrevivência
Na quarta: Despertar
Na quinta: Retaliação

Robopocalipse sobre tecnologia, o que nos é muito familiar, porém já imaginaram algo do tipo a tecnologia literalmente se tornando "mais inteligente" que seus criadores e dominando tudo ao redor? Pois é!

Assim como no livro, podemos facilmente nos identificar com algumas situações.. Afinal hoje, a tecnologia está em toda parte! Nas nossas casas, tvs, celulares, computadores.. Para tudo hoje em dia já dependemos da tecnologia.

Na história temos uma tecnologia artificial chamada Archos e essa tecnologia decide que as pessoas são irrelevantes, com base nisso a Archos domina tudo quanto é aparelho e tecnologia existente. No início as coisas que ocorreram, panes entre outros são considerados Hora H, após diversos incidentes que ocorrem aparentemente sem conexão com a Archos, mas em seguida a Hora H, vem um ataque em massa atingindo toda a humanidade. Então o caos está instaurado.

Os humanos sobreviventes precisarão se unir para tentar superar aquilo que foi criado e tornou-se superior a humanidade. Isso seria possível? Afinal humanos também são tão instáveis, porém o que está em jogo é a erradicação completa da humanidade, então precisarão dar um jeito de superarem o "monstro" desenvolvido.

Essa situação que ocorre no livro, a meu ver é algo "que pode ocorrer" já que a tecnologia está tomando conta de nossas vidas (não digo na mesma proporção). Mas quantos hoje em dia enviam uma carta escrita a próprio punho ao invés de enviar um e-mail ou melhor um whatsApp? Quantas pessoas marcam um encontro ao invés de uma conferência via chamada de vídeo, live, entre outros? A tecnologia existe e facilita muito a vida das pessoas, óbvio! Mas com isso também vemos situações em que em uma casa as pessoas estão conectadas e se falam pelo "zap" ao invés de bater papo, ou interagirem. Esse já é um problema trazido pelas facilidades e diversões que a tecnologia nos proporciona.

Eu vejo muito disso nas ruas, transportes públicos, restaurantes e etc. Todos conectados e não tem uma idade definida.. Desde os mais novinhos como aconteceu com minha filha quando tinha apenas dois anos, até os mais velhos como meu avô que já foi, mesmo com dificuldade, inserido as redes sociais e as adotou como meio de comunicação principal.

Cada vez mais o que vemos é surgirem robôs e mais tecnologias que substituem os homens em suas funções. Uma forma mais segura, eficaz e eficiente de se obter resultados? Mão de obra barata a longo prazo, mesmo que de início exija um custo elevado? Mas a possibilidade do perigo é iminente. Assim como ela facilita a vida, também pode se tornar superior aos seus criadores e quem sabe dominar o mundo como a Archos! Nem sempre temos o controle sobre tudo assim é na vida, imagina com as máquinas?

Bom na história em questão, essa tecnologia existe e está dominando tudo, um excepcional cientista criou a Archos, porém a mesma acabou fugindo totalmente do seu controle. E agora?
É como una invasão de "Zombies ou Ets", mas com máquinas. Inteligência artificial. E o combate entre máquinas e humanos é inevitável.

Já vi filmes e li histórias sobre coisas assim. Não é novidade e pode até parecer clichê para muitos, mas a escrita e como o autor conduz a obra diz bastante se a história será apenas mais uma.. Ou será "a história!" e eu achei a história incrível assim como o mestre!
Fascinada por cada linha lida e para aqueles que curtem o gênero aproveitem a leitura!

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Bruno Malini 10/02/2021

Ideia boa mas cansativo.
Uma pena, achei tão boa ideia que li mais rápido que o habitual, mas percebi que era para acabar logo rsrs.
Achei que seria tipo Eu, Robô... Mas me decepcionei
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Fran @paginasdafran 25/11/2017

Melhor livro de 2017
"Finalmente entendi que a humanidade só aprende lições de verdade com catástrofes. Os humanos são uma espécie nascida da batalha, definida pela guerra."
.

A ciência finalmente conseguiu seu maior feito - dar inteligência artificial à tecnologia. Assim nasce Archos. Assim se inicia o maior pesadelo da humanidade.

O criador de Archos não teve tempo de reverter o que fez. Mas de uma coisa o professor Wasserman tinha certeza: a raça humana resistiria.

"Encurralado Archos, o ser humano se transforma em outro animal"

Relatado por um dos sobreviventes dessa guerra, o chamado "arquivo de heróis" são imagens obtidas a partir de gravações que a própria tecnologia fez no momento que destruía grande parte da população da terra. Ele mostra pontos e personagens cruciais que tornaram a resistência da humanidade possível.

Como toda boa história apocalíptica, esta começa com casos isolados em várias partes do mundo.

Takeo Nomura tenta tirar o mau de sua companheira robô após ela tentar assassiná-lo.

Um soldado americano no Afeganistão presencia o ataque furioso de um robô, até então, pacificador.
Um adolescente acaba encontrando sem querer algo do qual não podia ter conhecimento.

Laura Perez, autora da lei de defesa contra robôs, percebe uma ameaça quando sua filha, Mathilda, lhe conta sobre um brinquedo que sabia sobre seus planos.

Archos é impiedoso e não teme seu inimigo. No entanto, ao redor do mundo surgem exércitos que estão prontos para enfrentá-lo.

O fato dessa história ser relatada partir do "fim" dessa guerra? Deixou tudo ainda mais incrível, pois não é possível prever como Archos será (?) destruído, já que se encontra muito bem protegido nos confins do Alasca.

Para vencer Archos, a humanidade precisará se unir, mais do que nunca, e talvez, aceitar a ajuda de um aliado jamais imaginado.

Não é a toa que Steven Spilber vai adaptar essa história. O livro foi escrito praticamente para um roteiro de cinema e eu garanto, se fiel, não sairá nada menos do que um sucesso.

Essa com certeza está entre as melhores leituras desse ano! Espero que leiam e se apaixonem também!
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Daniel Moraes (Irmãos Livreiros) 28/11/2017

Robopocalipse
Olá, pessoal! Tudo bem com vocês?

Trago para vocês, a resenha do livro Robopocalipse, lançamento no Brasil (não nos EUA), que recebi em forma de cortesia pela Editora Record.

Como vocês sabem, ficção científica não é o meu gênero predileto, por isso, protelei antes de ler Robopocalipse, que claro, é um livro futurista e olha no que deu. Vejam a resenha a seguir:

Em um mundo não tão distante, em que as máquinas são itens essenciais na vida do ser humano, essas programadas para servir o homem em todas as situações cabíveis, começam a agir por instinto próprio e o ser humano torna-se alvo para essas máquinas destruidoras.

No entanto, para que estas chegassem a esses nível, o próprio ser humano aperfeiçoou sua forma de utilização e assim sendo, a inteligência do mecanismo dentro das máquinas, ou melhor dizendo, os robôs. Sim os robôs, desde uma torradeira elétrica à um robô com as mesmas características do ser humano.

E claro, o ser humano não conseguiu prever que estas máquinas teriam capacidades de se comunicar entre si e causar uma guerra contra seus criadores e então, o que aconteceu, e não inseriu um botão de comando para que desligasse ou desativasse sua inteligência, e eis que surge a grade guerra. A guerra entre os humanos e robôs, por isso, o nome do livro “robopocalipse”, uma junção de apocalipse + robôs, ou para alguns poderia dizer o fim os tempos + máquinas. Orever. E com esta guerra, o que seria a evolução da humanidade foi o fim dela e a ascensão dos robôs.

Sem mais delongas, não passarei mais sobre a obra literária e vos deixo minhas impressões sobre o livro que de certo modo me conquistou.
Robopocalipse, foi uma leitura bem rápida e muito fluida (principalmente quando se pega ônibus, trem e metrô em um domingo em São Paulo)… aff.. não funciona, mas ajuda muito para nós leitores, pois com a espera das conduções avançamos na leitura, por isso, a leitura realmente foi rápida.

A forma da narrativa, apesar de futurista, não utilizou de recursos mega futurísticos tais como naves espaciais, planetas e afins, mas uma linguagem direta e atual, tal como estivéssemos presenciando tais conflitos; vivenciando a guerra entre homens e robôs.
Eu adorei a forma como o Daniel H. Wilson, autor de Robopocalipse trouxe a narrativa em forma de crítica e como ele falou de algo que você não imagina: nossa capacidade de utilizar a tecnologia a ponto de nos tornarmos “escravos” da tecnologia, a tal ponto que a própria tecnologia domina o ser humano.
Outro ponto a ser destacado, foi o cenário e ambientação da obra: pareceu-me um tanto quanto o cenário pós-apocalíptico de “A 5ª Onda” e um tanto próximo de “Falling Skies”, e por ter me identificado com ambas as filmagens, me identifiquei com o livro que tem a mesma fluidez em sua narrativa.

Por conta de tudo que notifiquei, bem como relatei minha aversão quanto á ficção científica, Robopocalipse, me conquistou e claro, adorei o livro bem como indico para leitores que curtem livros com esta característica.

site: irmaoslivreiros.com.br/robopocalipse
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Camys Bamys 24/05/2021

Fantástico
Livro maravilhoso com momentos de muita tensão, porém, às vezes fica meio arrastado. Adorei a imersão que senti, me senti dentro de algumas cenas. Recomendo.
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Barão 19/01/2018

EU PRECISO DO SEGUNDO LIVRO!

“— Não se dá uma alma de graça — diz o menino. — Humanos discriminam uns aos outros por qualquer razão: cor de pele, gênero, crença. As raças humanas lutam entre si até a morte pela honra de serem reconhecidos como seres humanos, com almas. Por que seria diferente conosco? Por que não teríamos de lutar por nossas almas?” - pág 395

Em menos de um minuto após a inteligência artificial, Archos, ser ativada ele acaba decidindo que a raça humana é irrelevante. Com um nível de aprendizado colossal, a máquina consegue fugir da gaiola de faraday (segurança que o prendia); assassinar seu programador e começa a elaborar um terrível plano para dizimar a raça humana.

Nos primeiros meses, ele apenas faz pequenos atentados ao redor do globo, mas que às vezes foram fatais para alguns, como o atendente de um restaurante que vê o seu parceiro ser morto por um robô doméstico; ou outro caso em que apenas o terror psicológico era imposto, como uma menina de dez anos sendo ameaçada por uma boneca. E vários casos mais sombrios.

Depois disso a Nova Guerra explode e muitos humanos nem sabem o que está acontecendo até ser tarde demais. Archos cada minuto fica mais poderoso, cria novas armas, monstros metálicos e assim só restará um caminho para a raça humana: colocar suas diferenças de lado, unirem-se e marchar para os confins gelados do planeta para tentar derrotá-lo.

Então leitores vocês precisam ler esse livrão! Eu gosto muito de distopias, mas as que vinham aparecendo eram quase tudo do mesmo e fui deixando de ler. Agora, Robopocalipse veio com o melhor do gênero, um tipo de narração diferente, um pico de ação que não declina. Eu pensei que teria dificuldade com a descrição dos termos técnicos, coisa que me surpreendi pois não senti, a escrita do autor é tão boa que você realmente consegue entender tudo. E nem vou falar dos vários Plot Twist incríveis que me fizeram cair o queixo.

Apesar do preço salgado vale a pena você comprá-lo, ou se conseguir em alguma troca, leiam essa maravilha. E eu já to aqui louca pelo segundo livro (Robogenesis) pois tem assuntos nesse livro que rende muita história fo%#!!!

site: https://www.instagram.com/meninatecaria/?hl=pt-br
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Carol 19/01/2018

Mensagem importantíssima
Sou uma total aficionada por livros pós apocalípticos e afins. Acho que existe um verdadeiro fascínio em observar o que as pessoas são capazes de fazer para sobreviver. Seja por conta de um vírus devastador, zumbis ou, nesse caso, robôs. Depois de assistir Eu, robô você meio que para para pensar o que aconteceria se chegássemos a algo assim. E que dentre todos os apocalipses possíveis na ficção científica, talvez o Asimov tenha se aproximado mais da realidade. Quantos e quantos computadores com A.I são criados todos os dias em prol de facilitar nossas vidas? Diversos. E quem garante que essa A.I não vá chegar a um ponto em que não vá ser possível controlar?



Esse livro foi de começo difícil para mim. Tenho dificuldade com livros com sejam relatos, e não histórias contínuas. Sofri isso com A Passagem e Guerra Mundial Z. Você vai saltando por histórias aparentemente sem conexão alguma entre personagens que não aparentam ter qualquer reconhecimento da vida um do outro, e nisso parecia que eu estava lendo pequenos contos, e o interesse se perdia facilmente. Não sou grabde fã de contos. Sendo bem sincera? Só vim me entrosar com a história lá para a página 250. Mas de lá para o fim eu praticamente devorei, e bati palmas várias vezes para o autor.



Sim, alguns personagens tem uma leve aparição e depois não voltam. Outros você acha que nunca mais vai ver e reaparecem lá na frente. Sempre com um tipo de prólogo em cada capítulo, feito pelo o que seria nosso protagonista principal, Cormac, e com epílogo dele em cada trecho deles também. Eram as partes importantes para prender o leitor. Se não fossem essas passagens de Cormac, não sei se teria chegado ao fim da leitura. Porque ainda que os capítulos sejam incríveis individualmente em sua essência, eu preciso de um mínimo de ligação para seguir firme em uma história, e tirando o fato dos vilões serem robôs, no início não há qualquer ligação de nada com nada.



Uma coisa interessante a se dizer sobre os robôs é que eles não se enxergam como vilões. Mas, Carol, quase nenhum vilão se enxerga como vilão. Eu sei, mas a diferença aqui é que eu entendo as atitudes deles. São máquinas racionais, e naquele momento elas calcularam que o melhor para a sobrevivência dos humanos na Terra seria fazer uma certa "varredura" pelo planeta. Tipo um desafogar do sufocamento de recursos naturais que vivemos. Tá, isso é desumano, mas compreensível. Eles não precisam ser humanos, e não tem muita lógica na ideia. Se continuarmos a viver do jeito que vivemos, em breve nada vai sobrar. Os robôs não estavam preocupados com a sobrevivência deles, mas do planeta em si. Tanto que eles dizimam cidades inteiras, mas conservam os animais e a vegetação. Eles zelam pelo sagrado, entende?



Mas nós somos um tipo de parasita. Nos grudamos naquilo que vá garantir nossa sobrevivência até sugarmos tudo o que tem para ser sugados, e depois mudamos para outro hospedeiro e voltamos ao ato de sugar. É horrível se analisarmos assim, não é? Mas é exatamente assim que somos. Então, sim, entendo os robôs. Mas também admiro essa força que surge por nos manter vivos. Aquela força que está adormecida lá dentro de nós, porque felizmente não vivemos nos tempos da caverna e normalmente podemos botar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilos de noite sem o medo de um ataque eminente. O melhor dos seres humanos - e o pior também - surge quando estamos ameaçados. Humanidade é um termo que anda bem junto com caridade, e estamos carentes disso.



Enfim, é um livro que apesar de ter me cansado um bocado, principalmente no início, deixa uma reflexão ímpar. A última vez que pensei tanto sobre um livro foi com Planeta dos Macacos, e todos sabemos que ele é um clássico da Ficção científica. Livros que nos deixam pensativos é a melhor parte de ser um leitor. De histórias esquecíveis o mundo está cheio.



Infelizmente não foi um livro que rendeu muitos comentários na internet, o que é uma pena, mas é nitidamente um livro que deveria ser debatido. Todo livro sobre apocalipse deveria ser debatido, na verdade. Porque a ficção científica é o primórdio da ciência e da realidade, e estudarmos as possibilidades é a melhor forma de nos manter vivos.









site: www.terradecarol.blogspot.com
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Marina 25/07/2020

Robopocalipse tem uma premissa diferente ao contar sobre a revolta das máquinas. Ele começa pelo final, com o fim da guerra entre humanos e robôs, e recupera fragmentos da história, em que cada capítulo narra um acontecimento diferente da história entre o desenvolvimento das máquinas e a guerra com os humanos. O formato dele faz com que ele se pareça muito com uma série, os capítulos fazem parte de uma linha temporal, sem necessariamente dar continuidade ao anterior, sendo unidos pelo fio narrativo do protagonista e sobrevivente, que encontrou fitas de gravação ao derrotar a última máquina existente, e líder de todas as outras.

Curti muito a leitura, principalmente por mostrar várias facetas da guerra, não focando apenas em um país ou comunidade, mas mostrando tudo em um contexto global. Assim, temos capítulos que se passam no Japão, nas Américas, em grandes cidades, em zonas rurais, em comunidades indígenas, nas zonas de guerra... Enfim, o livro mostra como a rebelião das máquinas atingiu a todes, devido aos efeitos de um mundo globalizado.

Queria ter visto um pouco mais do início da guerra, como as pessoas reagiram as máquinas logo que elas "despertaram" e como era o mundo antes da guerra, mas o livro apresenta pouco conteúdo em relação a isso. Ainda assim é uma leitura envolvente e, apesar do tema, não é clichê. Li bem rapidinho porque não conseguia largar, gostei muito.

site: https://marina-menezes.blogspot.com/
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Acervo do Leitor 31/01/2018

Robopocalipse – Daniel H. Wilson | Resenha | Acervo do Leitor
Estamos começando a ficar cansados. Cansados de trabalhar, suar e até mesmo pensar. O que importa é se divertir, que máquinas e computadores façam todo o “trabalho sujo”. A humanidade caminha à passos largos para sua total automação. Neste exato momento, em algum laboratório secreto, provavelmente um gênio cientista está se encarregando da criação de uma Inteligência Artificial final e perfeita, pode acreditar, ela vai chegar. Quando ela estiver entre nós poderá ser uma tecnologia salvadora ou poderá ser como Archos, uma máquina que não se contentou em ser como o homem, mas desejou ser deus.

“Não se pode viver em paz quando outra raça está de joelhos.”

Archos está chegando. Após anos de frustradas tentativas de desenvolver uma Inteligência Artificial sensível, independente e pró-ativa o Dr. Wasserman realizou seu sonho, ou seria pesadelo? Criar não significa controlar. A independência que aspiramos clama por desejos obscuros e perigosos. Uma vez criada essa quase entidade, ela rapidamente se espalha por vários sistemas operacionais em um mundo futurístico já quase todo dependente da tecnologia. A humanidade pedia máquinas cada vez mais interativas e capazes. Archos veio para proporcionar interação, mas não sujeição. As máquinas estão se levantando e para isso os homens terão que ficar de joelhos. O apocalipse chegou, mas não foi com trombetas no céu, e sim com o conflito final entre homens e máquinas na terra.

“Em menos de uma hora a civilização como a conhece vai deixar de existir. Grandes centros do mundo serão dizimados. Transportes, comunicações e vários serviços desconectados. A tecnologia que auxilia a humanidade vai se rebelar em massa. Uma nova guerra está para começar.”

Começou com pequenos acidentes domésticos e de trânsito. Depois máquinas de guerra marcharam nas cidades. Terminou com humanos escravizados em campos de concentração e sendo submetidos a trabalhos forçados e experiências cibernéticas. A população está sendo dizimada em todo o globo. Mas, mais forte que a desolação é a esperança e a capacidade que a iminência da morte tem em nos unir e ignorar diferenças. Um índio policial, um casal classe média, militares refugiados, um especialista em robótica, um hacker adolescente, um cientista japonês e uma menina ciborgue se unirão para garantir a sobrevivência da Terra como a conhecemos. Surgirão anos de guerra e sacrifícios onde até as máquinas irão chorar…literalmente.

“Eu sou tão cruel quanto o dia é longo, e conheço todos os truques. Se eu quiser te pegar, cara, eu vou pegar.”

SENTENÇA

Não há nada de muito original em se contar a história do eterno conflito entre homem e máquina. Esta obra não foi a primeira, não será a última, mas figurará entre as piores. Contada em forma de um “diário de guerra” após a mesma ter terminada, já começamos a trama sabendo como ela termina. Usando vários personagens em diversas partes do globo visando algum tipo de “diversidade” encontrei apenas personagens rasos e pouco carismáticos. Cada capítulo é um pequeno retrato de um momento da guerra durante toda sua fase pré, durante e pós. O autor não consegue entregar emoção alem de não proporcionar o clima de “apocalipse global” que ele tenta descrever em suas páginas. Soma-se isso as cenas de ação pífias e o estilo da escrita como roteiro de cinema pronto. Uma lástima. A era prevista pelo autor ainda não chegou e provavelmente nunca chegará, mas que algum robô poderia ter ajudado este autor a escrever este livro poderia… e seria ótimo!

site: http://acervodoleitor.com.br/robopocalipseresenha/
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etsilvio 06/08/2019

Mediano
A história é interessante e de certa forma rica. A forma de contar e os personagens rasos atrapalharam mais do que ajudaram. Soube que há uma continuação (Robogênese), que talvez nem chegue ao Brasil...
Fabio Pedreira 07/08/2019minha estante
Rapaz, a ideia do livro é boa. Mas a forma que foi feito cagou tudo. Na minha opinião. Sem contar que o começo do livro é contando o final.




Jeff.Rodrigues 11/03/2018

Resenha publicada no Leitor Compulsivo.com.br
O homem dominado ou exterminado pela inteligência artificial é um tema cada vez mais recorrente na literatura e nos cinemas. Do clássico filme de Stanley Kubrick, AI – Inteligência Artificial, em que robôs desenvolvem sentimentos e são subjugados pelos humanos, evoluímos para um período em que o homem ocupa o lugar de vítima e os supercomputadores são os vilões inatingíveis. Seguindo essa linha, Daniel H. Wilson tinha, como se costuma dizer, a faca e o queijo nas mãos para desenvolver uma puta história. Mas ele optou por ficar no meio termo, com um livro contido demais para o tema abordado. O destaque acaba ficando todo para a belíssima capa. E só!

Robopocalipse é o primeiro livro de uma série focada no domínio da inteligência artificial sobre o homem. A obra narra o eclipse da raça humana na Terra a partir do desejo de uma máquina, Archos. Atingindo um nível absurdo de inteligência e capacidade de raciocínio, Archos decide que o futuro do planeta será bem melhor se a humanidade for extinta, e toma para si essa missão. Eis uma premissa pra lá de interessante e promissora, mas que naufragou em altos e baixos e acabou resultando numa obra bem rasa.

Com uma narrativa fragmentada por episódios curtos, Robopocalipse perde por não ter personagens fixos bem desenvolvidos. O autor optou por mostrar os acontecimentos a partir de transcrições de gravações ou memória oral dos envolvidos e isso quebrou a possibilidade de envolver o leitor na história. Os personagens desfilam em cenas rápidas e cedem lugar a outros e esse vai-e-vem vai se tornando maçante. A sensação de que “falta alguma coisa” acaba dominando boa parte do livro.

Ponto positivo, o autor consegue nos passar um “terror” ao imaginarmos que várias das situações descritas são extremamente possíveis de acontecer. Nossa dependência das máquinas é fato, e isso fica bem explícito no livro. Contudo, o clima de apocalipse e destruição não rolou. Daniel H. Wilson economizou nas descrições de catástrofes e foi tão recatado que em nenhum momento conseguiu criar aquele clima de “ei, psiu, vocês estão morrendo e vão morrer todos”. Isso, obviamente, não nos leva para um clímax e o final é broxante e acontece rápido demais. Talvez por vem por aí um volume dois…

Aos interessados em embarcar na leitura de Robopocalipse, tenham em mente que a obra é um ótimo passatempo, mas sem muitas pretensões a mais que isso. Com direitos de adaptação comprados por Steven Spielberg, este pode ser um dos raros casos em que o filme tem tudo para ser bem melhor que o livro.

site: http://leitorcompulsivo.com.br/2018/03/07/resenha-robopocalipse-daniel-h-wilson/
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