Resenhas -

Eliane406 01/01/2024

A humanidade poderia ter escolhido melhor
?Começo a explanação sobre essa leitura com uma frase do maior geógrafo brasileiro, Milton Santos: "A força da alienação vem dessa fragilidade dos indivíduos, quando apenas conseguem identificar o que os separa e não o que os une." Uma das frases com maior sentido nessa sociedade tão desigual. A desigualdade dentro da semântica do nosso idioma trata-se do que é injusto e da ausência de equilíbrio.É um dos maiores problemas enfrentados por países pobres em todo mundo, inclusive, no Brasil, engloba fatores econômicos, educacionais e culturais, essa diferença afeta o padrão de vida, os direitos, bens e serviços de uma sociedade e que é designada à todos, causando gravidade em indivíduos de forma particular.
Uma das preocupações dos pensadores é entender de que forma essa desigualdade começou, sabendo-se o ponto inicial e entendendo o comportamento humano social é possível dentro de uma sociedade inteligente e bem gerecionada, encontrar soluções para esses problemas.
Rousseau buscou dentro de seu extenso estudo e pesquisa, compreender essa desigualdade e chegou ao cerne dessa civilidade desordenada e desigual. Aqui ele fala da volta ao estado natural para uma nova organização que preze a liberdade de ser, crescer, reorganizar, conglomerar e o amor à natureza e mostra dentro de uma cronologia não só biológica, que envolve o estabelecimento e abuso das sociedades políticas, mas também social como o ser humano chegou a tal mundo de diferenças. Em síntese, as desigualdades entre os homens têm como base a noção de propriedade privada e a necessidade de um superar o outro, numa busca constante de poder e riquezas, para subjugar os seus semelhantes.

?[...] "Essa é, com efeito, a verdadeira causa de todas essas diferenças; o selvagem vive em si mesmo; o homem sociável, sempre fora de si, não sabe viver senão na opinião dos outros e é, por assim dizer, exclusivamente de seu julgamento que tira o sentimento de sua própria existência."[...]

Aline 21/04/2022

Baita reflexão
Este livro nos faz refletir sobre os ?estados do homem?, dividido em dois: natural e civilizado. Se é que podemos chamar de civilizado mesmo hahaha.

Gostei da leitura, foi leve, por incrível que pareça.

E de cada página, tiro como consideração que os homens não têm certeza do que fazem no dia a dia. Porém, jamais admitirão, pois a vaidade e orgulho o impendem. Ou seja, no mundo civilizado, tudo se trata de cumprimento de papéis, orgulho e vaidade, e não de uma essência/motivo genuíno.

Martino 03/02/2022

Desigualdade
Faz uma analise histórica da época dos coletores até chegar os dias de hoje, mostrando como a vida do ser humano em seu estado de natureza seria mais justa e melhor. Conforme a evolução da sociedade, o advento das propriedades e a política, tudo vai ficando desigual e aqueles que detem os bens e o poder (os fortes) começam a subjugar os mais fracos e manter o controle do poder. Pontua também sobre importante qualidade humana (a piedade) que seria uma prova de como gostaríamos naturalmente que outros sejam felizes.
Conclui que - um pouco diferente da frase que o atribuem - a sociedade e a desigualdade transformaram o homem e suas inclinações naturais através das luzes da razão. Já é o inicio de sua filosofia em luta pela igualdade e propondo revolução.

Bcoutis 20/01/2022

Rousseau busca responder a questão proposta pela Academia de Dijon, aprofundando-se na análise da sociedade. Ele retorna com a expressão "estado de natureza" mas com uma abordagem diferente da de Hobbes ou Locke. O homem natural rousseauniano era caracterizado como um ser solitário, mas livre e piedoso, que vivia em harmonia com o meio.

Igor 02/11/2021

Ótimo para estudantes de humanas.
Esse livro possui em seu final diversas notas de rodapé escritas com uma fonte minúscula, e isso pode representar um incômodo durante a leitura. Eu li dividindo-o em duas parte, primeiro as notas e depois o livro, e pra mim esse esquema funcionou. Agora, sobre o conteúdo, Rousseau traz reflexões muito interessantes acerca da desigualdade entre os homens, explicando que o início da propriedade privada trouxe consigo injustiças e violências que até hoje perduram. Para o pensador, a liberdade é intrínseca à natureza, mas a sociedade pretensamente organizada que homem criou acabou por corrompê-lo.

Ale 11/07/2021

Em A origem da desigualdade entre os homens, Rosseau explica como o ser humano se tornou mau ao longo de sua evolução e cita os aspectos que influenciaram nesta degradação.

Isis243 25/03/2021

Como ser tão atual ?
Me fiz essa pergunta apenas acabado de ler esse discurso de Rosseau. Só sendo extremamente perspicaz, contundente é muito científico. Depois alguns dizem que filosofia não é ciência? Bem ... para estes ... nada a comentar.

Para todos os outros recomendo esse passeio pela nossa perene humanidade, pela panorâmica visão realista da sociedade, é que não nos falte JAMAIS coragem para nós reinventarmos (quem sabe conseguiremos, não é? ) porque até agora só replicamos atitudes.

Nas palavras do autor, Ipsis litteris: ? (...) o que se deve pensar a esse respeito da espécie de desigualdade que reina entre todos os povos politizados, pois é manifestamente contra a lei de natureza, de qualquer maneira que seja definida, que uma criança mande num velho, que um imbecil conduza um sábio ou que um punhado de pessoas nade no supérfluo, enquanto à multidão esfomeada do necessário.?

Eh ...
Ainda engatinhamos como sociedade civil.

Boa leitura!
E divirta-se ;)

Eduardo Ogalves 25/03/2021

Sinopse da editora
Para Rousseau o homem é naturalmente bom, nasceu bom e livre, mas sua maldade ou sua deterioração adveio com a sociedade que em sua pretensa organização, não só permitiu mas impôs a servidão, a escravidão, a tirania e inúmeras leis que privilegiavam uma classe dominante em detrimento da grande maioria, instaurando a desigualdade em todos os segmentos da sociedade humana. O opúsculo de Rousseau é uma crítica feroz e contundente contra a sociedade moderna, é um grito de alerta sobre a exploração do homem pelo homem, sobre a degradação dos valores éticos, é uma sátira contra a sociedade hipócrita e vazia que privilegia o ter, o dominar, o conquistar, mas que nunca soube o que é o ser.

Mile.Oliani 01/02/2021

Bom
Desde o início, quando era cada um por si, cada um tinha o que conseguia por si mesmo. A partir do momento em que o indivíduo começou a fazer as coisas juntos, a desigualdade começou. Pois dois fazem por um, a divisão fica desigual... Livro antigo, porém pode-se dizer bem moderno.

Isabelle 20/01/2021

Acho que esse trecho define o sentimento ao ler esse livro:
"Foge de meu tema mostrar como tal disposição surge tanta indiferença pelo bem e o mal, com tão belos discursos de moral; como, reduzindo-se tudo às aparências, tudo se torna ilusório e representado, honra, amizade, virtude e muitas vezes até os próprios vícios, através dos quais se encontra finalmente o segredo de se glorificar; como, numa palavra, perguntando sempre aos outros o que somos e não ousando jamais interrogar-nos sobre isso nós mesmos, no meio de tanta filosofia, humanidade, polidez e máximas sublimes, não temos senão um exterior enganador e frívolo, honra sem virtude, razão sem sabedoria e prazer sem felicidade."

Thaís 23/08/2020

Atual
Não é das leituras mais simples, mas o que impressiona é como mesmo tendo sito escrito em 1755 é um livro muito atual ao falar das relações sociais entre os homens, muito bom recomendo.

Lindalva 21/04/2020

Uma obra muito interessante
É uma grande obra filosófica desde que se desconsidere a mentalidade do autor sobre a posição da mulher na sociedade e o papel da religião, nesse ponto ele não se diferencia da visão comum da época onde toda mulher era tratada como inferior e subalterna aos homens, e da religião como meio de justificar comportamentos. Ignorando esses pontos, Rousseau apresenta nesse texto uma investigação interessante sobre as transformações que levaram ao surgimento de desigualdade entre os seres humanos. De acordo com o filósofo, a desigualdade está relacionada ao surgimento do sentimento de propriedade e de individualidade. O primeiro homem que teve a ideia de posse ao se dizer proprietário de um território, ao mesmo tempo também fez surgir o conceito de liberdade. E na medida que o ser humano se conscientizou de si também passou a se comparar com os demais, dando origem aos sentimentos negativos como cobiça, inveja e ambição etc.

Rodrigojean 15/06/2018

chato
nao entendi nada ^^