Minha Irmã Rosa

Minha Irmã Rosa Justine Larbalestier




Resenhas -


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Gramatura Alta 02/10/2018

http://gettub.com.br/2018/10/02/minha-irma-rosa/
Releitura atual do clássico de William March, MENINA MÁ, de 1954, atualizado com todo o desenvolvimento científico sobre sociopatia e psicopatia desde então. Muitas pessoas já chamaram seu irmão ou irmã de “mau“. Mas o novo thriller de Justine Larbalestier sobre o verdadeiro mal na infância trata disso da forma mais literal – e perturbadora – possível.


A história é narrada por Che, um adolescente que encara mais uma mudança, não apenas de casa, mas de país, com seus pais e sua irmãzinha, Rosa, uma criança fisicamente linda, mas que, além disso, é cruel. Che é o unico da familia que consegue perceber que há algo de errado com a menina e, talvez por isso, seja o unico em quem Rosa confia o bastante para ser ela mesma, o que implica em deixar claro toda a sua crueldade sem medo dos julgamentos.

Durante a leitura, vemos os personagens se mudando para Nova York, onde seus pais irão montar mais um negocio, fazê-lo crescer e, em seguida, vendê-lo. No entanto, nessa cidade, eles serão bancados por amigos de infância dos pais, o que deixa Rosa muito curiosa e a faz questionar o que está acontecendo.

Che, que não está nada contente com essa mais nova mudança, só pensa em ir para academia e lutar boxe, isso depois de tentar fazer sua pequena e diabólica irmã se comportar. É nessa academia que ele conhece seu interesse amoroso. Vemos a relação deles crescer nas páginas, mesmo com Rosa sendo um problema constante para o menino.

Rosa, em diversos momentos da leitura, faz coisas que nenhuma criança normal faria. Os detalhes da personalidade da menina não deixam dúvida de que ela é uma pequena psicopata. Ela é cheia de más intenções, manipulações e sabe muito bem como disfarçar tudo isso com seu sorriso largo e seus cachinhos loiros.

Apesar da leitura não ter sido ruim, não posso dizer que gostei do livro. A leitura é rápida, fluida, mas não me agradou. Che não é um personagem que tenha me despertado empatia, mesmo com tudo o que ele representa na história. Rosa, no entanto, me agradou, apesar de ser uma criança com inclinações à crueldade e à manipulação, é a personagem que mais desperta curiosidade. Os pais deles são claramente negligentes e me provocaram certas ondas de raiva cada vez que Rosa aprontava algo e eles a viam apenas como uma criança incompreendida. Enquanto isso, os personagens secundários merecem destaque por sua diversidade e pela forma como foram introduzidos.

Por ser narrado pela visão de Che, o foco não é unicamente nas maldades de Rosa, mas em todos os aspectos da vida dele. Como não me senti emocionalmente ligada ao personagem, alguns momentos da leitura eram arrastados.

Honestamente, eu esperava mais, principalmente por ser uma releitura do clássico MENINA MÁ. Infelizmente não achei a história tão brilhante assim.

site: http://gettub.com.br/2018/10/02/minha-irma-rosa/
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Rafaela 06/04/2023

Nossa confesso que esperava um pouco mais kkk
A surpresa do final, apesar de ter me pego de surpresa não me deixou chocada nem nada. E isso de que a psicopatia é passada geneticamente dessa forma para os descendentes de uma pessoa, não colou muito comigo, tá bom que eu não sou especialista na área, mas achei meio estranho a forma como foi descrito.
Fora isso, é um livro bom e que distrai, mas nada surpreendentemente maravilhoso.
Fox.017 31/01/2024minha estante
Pior que psicopatia é genético mesmo ?




Nandsland 05/09/2018

Dei quatro estrelas apenas pela surpresa que levei ao final sobre a única coisa que não previ. No geral, amei o livro. Gosto muito desse tipo de tema mas esperava que ele fosse mais ?pesado? e isso acabou me fazendo achar o ritmo um pouco lento porque a maioria do livro, contraditando o título que dá o tema principal, foca na normalidade da vida do Che. E isso só se mostra essencial no final.
Che Taylor é um garoto de 17 anos que ama a irmã. Mesmo sabendo que há algo de errado com ela. Ao contrário do que esperamos quando nos deparamos com a sinopse, não há sangue no livro. Cães empalados e pessoas mortas? Não. E isso, apesar de inicialmente parecer tedioso, acaba tornando a Rosa cada vez mais interessante.
Rosa não mata ninguém. Ela quer que sua condição permaneça no anonimato. Ela sabe que assassinos vão para cadeia. E ela não quer ir para a cadeia. Mas isso não a impede de matar já que ela pode muito bem convencer os outros a fazer isso.
Lendo o livro, contado pelo ponto de vista do Che, você não deixa de se perguntar se você não está caindo numa pegadinha, porque sendo contado pelo Che, você só tem o ponto de vista dele. Por inúmeras vezes me perguntei: E se ele é que for o maluco? E a cada página que eu lia eu achava estar certo do final, mas assim que chego nele, percebo que não sabia nem de 1/3 das coisas.
Ótimo livro que com certeza não é reconhecido como merece. Se você tiver oportunidade, leia.
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Lids 13/10/2017

Minha Irmã Rosa - Justine Larbalestier
Em uma releitura de um livro clássico, Justine entrega a obra-prima definitiva de sua carreira como escritora *-*-*

Desde seu primeiro livro lançado no Brasil (Magia ou Loucura), a autora vem flertando com a ideia do que é a insanidade, a realidade e a imaginação. Em Confesso Que Menti, nossa narradora nada confiável, sendo uma mentirosa compulsiva, nos oferece várias versões da realidade, de forma que no final ainda não sabemos se a última versão é a verdadeira ou se existe alguma coisa que é verdadeira na história.

Dando continuidade a todas as reflexões sobre realidade, mentira e psicologia, Justine aprofunda todos esses temas e discussões em Minha Irmã Rosa, obra que lhe rendeu indicação à maior premiação de romance policial, terror e suspense, o Edgar Awards *-*-*

Minha Irmã Rosa é um livro sobre um garoto que nasceu na Austrália e viveu 10 anos de sua vida nesse país, porém durante os últimos 5 ou 6 anos vem se mudando constantemente de continente até que seus pais decidem que seu próximo destino seria os Estados Unidos. O problema é que Che, nosso protagonista, passou a maior parte desse tempo vigiando e protegendo o mundo de sua irmã Rosa, que ele suspeita que tenha Transtorno de Personalidade Antissocial, vulgarmente chamado de psicopatia.

O livro reflete sobre todas as questões humanas a respeito da mentira, que é uma das características de um psicopata. Para uma pessoa ser considerada “psicopata”, ela deve se encaixar em não apenas um critério, mas uma lista de comportamentos descritos pelo DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), e explorados brevemente no livro. Mas a reflexão do livro sobre mentira é interessante, porque traz a reflexão de como é difícil ensinar para uma criança porque é errado mentir quando é um comportamento tão comum na sociedade.

Obviamente, é que os comportamentos não podem ser vistos apenas na sua forma, também deve ser considerada a gravidade e a frequência da mentira. No entanto, imagina ter que explicar isso para uma criança de 10 anos que tem dificuldade de se colocar no lugar do outro (ou seja, não empática) e de abstração de conceitos (de entender sarcasmo).

A todo o momento, Che tenta ensinar sua irmã por meio de regras a como ser mais humana, como sentir mais como as outras pessoas, como ser “normal” e é fácil o leitor sentir como é um drama intenso, um dilema e uma responsabilidade muito grande em cima de um adolescente de 17 anos.

Toda a relação abusiva e tóxica que Che vive com Rosa, e com sua família, com pais que são também egoístas e que vivem em seu próprio mundo, frequentemente ausentes e negligentes às necessidades dos filhos. Che também está tentando se libertar do controle excessivo e regras sem sentido ditadas por esses pais ausentes e sem a mínima noção de quem são seus filhos.

O livro teve como principal objetivo recontar a história clássica de William March, “Menina Má”, de 1954, utilizando todas as pesquisas mais modernas sobre psicopatia. Esse esforço é facilmente percebível por todos os fatos sobre as estruturas cerebrais envolvidas no transtorno, sobre a influência do ambiente e da genética no comportamento, e sobre todos os critérios diagnósticos e sintomas explicados no livro.

Outro destaque positivo é o relacionamento de Che com seus amigos na Austrália, e sua nova amiga Sojourner. Na verdade, especialmente com a Sojourner, porque ela é super religiosa e tem essa regra de não namorar pessoas que não são da sua religião, enquanto Che, que tá super a fim dela, é ateu. Então tem várias discussões sobre acreditar ou não em Deus, sobre o que isso realmente poderia dizer sobre uma pessoa. Além de que esses dois têm uma cena inacreditável para um YA *-*-*

Enfim, tanto temas bons, tantas quebras de paradigma, tantas reflexões maravilhosas sobre a vida em sociedade, sobre certo e errado, sobre religião e, principalmente, sobre psicopatologia. É um livro extremamente bem embasado cientificamente. A Justine fez um trabalho de pesquisa incansável, leu vários artigos e livros científicos para escrever esse livro da forma mais fidedigna possível do que se sabe na ciência atual *-*-*

É interessante para todas as pessoas que se interessam pelo tema de psicopatia e para todas as pessoas que querem entender o que nos faz humanos, o que faz com que a gente se preocupe com as outras pessoas. É fascinante e contado de uma forma indescritível, assustadora ao mesmo tempo que encantadora *-*-*

Recomendo para quem gostou de Precisamos Falar Sobre Kevin (Lionel Shriver), Confesso Que Menti (Justine Larbalestier) e Menina Má (William March).

site: https://cacadorasdespoiler.wordpress.com/2017/10/13/minha-irma-rosa-justine-larbalestier/
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