Resenhas - I Know Why the Caged Bird Sings

anacarolina.spalla 29/08/2022

Resenha para o desafio
Esse livro te dá um soco no estômago, e quando você é uma mulher negra lendo isso só piora. A realidade é dura e muitas vezes nós buscamos na literatura a fulga dela. Porém, não há como fugir da realidade ao ler esse livro. A primeira autobiografia de Maya Angelou traz muito para o leitor pensar, muita informação que os jovens do século XXI não sabem acerca do período da segregação racial nos Estados Unidos, e para leitores de todas as idades, classes e raças refletirem sobre as diferentes vivências no mundo. Maya Angelou escreve de maneira cativante e poética sobre os mais diversos assuntos e captura o leitor logo nas primeiras páginas. Vale a pena a leitura.

Ester479 14/02/2024

Minha primeira autobiografia!
Quando comprei esse livro, eu não sabia que era uma autobiografia. Foi uma ótima surpresa. Queria que tivesse um filme baseado nele.
Acompanhar a vida da Maya foi muito difícil. Nascida um pouco antes da Segunda Guerra Mundial, mandada pra morar com a avó, ela (e todas as outras pessoas) é condicionada a situações abomináveis por ser negra e mulher.
Como eu disse, esse é o primeiro livro que leio desse gênero, então pode ser que a maioria seja assim, mas a escrita da autora é tão fluída que o livro parecia ser uma ficção.
Fiquei triste pela avó, e o tio Willie não aparecerem mais. Gostaria de saber como os relacionamentos deles mudaram, por quanto tempo eles continuaram vivos, se eles conheceram o filho dela... Também queria saber que fim deu o traste do pai dela. E se, algum dia, recuperou a relação de irmandade que ela tinha com o irmão.
Será que tem uma "continuação"? Eu sei que a autora tem mais livros, mas vou procurar ver se algum outro é autobiografia também.
Obs: não é da minha conta, mas eu gostaria que tivesse no livro, a última vez que a Maya vê o Bailey chorando (15 anos depois do que ela relata no livro). Também não é da minha conta, mas gostaria de saber se ela é hetero. Eu entendi que sim, mas não da pra ter certeza.
Perfeito!

ArnaldoJr 26/12/2022

And the bird sang on and on
What a joyful and painful read by the one author who gave us the ever appreciated poem Still I Rise. Maya Angelou was indeed a phenomenal woman and her way with words is magnificent.

bobbie 10/01/2023

Literature reads like this.
It's hard to review books like this, especially in the age of witches and vampires, when so-called readers expect magic and twists and turns so the book can get any credit. This book tells the story of its writer as a child, a black little girl in Arkansas. There are no plot twists, only your regular horror show that was supposed to happen (was?) if you were a black person growing in the beginning of the 20th century United States: racism, segregation, rape, poverty. This is "just" the story of a little girl who went here and there, from her mother's house to her grandma's house, then her father's house, back to her grandma's and, finally, her mother's again, trying to build a sense of herself and suffering all the while. Little Margueritte tries to hold her grip on to herself and reality by bonding strongly to her brother and her beloved books, but can't escape fragmentation and violence nonetheless. She is raped at the age of eight, tossed and turned among various houses, and yet turns out to be the writer we all know. This is not a story of wonderful things - you'll even see it ends on a flat note, one that is hit by most people in her situation - but it's a strong story of growing up and survival.

Criis.Souza 14/08/2023

Tudo vale a pena quando a alma não é pequena
O livro é bem fluido, apesar de alguns termos em inglês mais antigos, não trava em nada a leitura. Conta a história de uma mulher negra, desde sua fase de criança até a adolescência. Em um período da segunda guerra mundial em que estava em voga a segregação racial no EUA. Tem muuuuitas partes bem pesadas, mas mostra a resiliência da personagem principal. Indico a leitura!

fleabookz 08/12/2021

Eu fui do céu ao inferno com esse livro. Num momento eu estava só risadinhas aqui e ali, daí várias outras partes era só tristeza, revolta, ódio no coração, vontade de bater a cabeça na parede.
Não é uma leitura nem um pouco fácil. O racismo e abusos sexuais são cenas bem fortes, fiquei super arrasada. Principalmente pela descrição dos pensamentos que a Maya tinha sobre o último assunto, é bem devastador.
O livro tem uma grande importância, porque serve como uma alerta de como era, e ainda é, ser uma mulher negra numa sociedade machista e racista. Além de nos fazer perceber como é importante a educação sexual para crianças e adolescentes. Faz todo sentido ele ser tão aclamado.
Enfim, gostei bastante do livro.

thais_lra 17/01/2023

Um soco no estômago e um grito de esperança e superação
É muito difícil de dar nota para uma autobiografia, então só vou comentar do misto de sentimentos que eu tive. Contém algumas partes engraçadas, mas a maioria nos deixa angustiados, frustrados e com nojo (cenas de abuso) do que o próprio ser humano é capaz de fazer. Uma leitura excelente, recomendo.

Mariana 03/02/2023

Normalmente não dou estrelas pros livros que eu leio pra faculdade, mas esse simplesmente me tirou as palavras, o ar, o chão, absolutamente tudo.

Maya Angelou foi simplesmente incrível e a escrita dela, muito poética e profunda. Queria que fosse possível destrinchar cada parágrafo desse livro.

Lara 27/08/2023

Leitura para TCC
Iniciei esse livro para base teórica pro meu TCC, mas a leitura foi tão boa que resolvi fazer o TCC sobre o livro e sobre a Maya. Muito tocante, já li mais de 3 vezes e sempre há algo novo. Recomendo a leitura.

Marcelo H S Picoli 17/02/2021

Eu sei por que o pássaro canta na gaiola
Uma autobiografia densa, triste e complexa sobre a infância e adolescência dessa autora sensacional, explorando temas atuais e que precisam ser discutidos.

Lya 20/02/2022

Sobre o pássaro
Um livro de memórias contado desde a infância de Maya até seus 16 anos.
Cada situação contada teve um impacto no coração de Maya e todos eles fazem o livro ao mesmo tempo frágil e forte. (Racismo, solidão, morte, estupro, sexualidade, guerra.)
Maya tem o poder de contar cenas fortes de forma tão simples e inocente, que você fica abismada. Ela também consegue retratar muito bem a adolescência de uma menina negra nos Estados Unidos da década 30-40. O racismo teve grande impacto em sua vida e com perguntas como ''por que os brancos nos odeiam'' eu senti com ela seus questionamentos e dores.

Fiquei muitas vezes me perguntando por quê o título se chama ''Eu sei por que o pássaro canta na gaiola'' e a resposta que eu daria é: porque ele tem vida, ele canta mesmo assim.
Maya, no meio de suas limitações, tinha muita vida e muita vontade de entender o mundo. Sua inocência, a levou a descobertas, e sua fraqueza. a levou a ter força.

Um ótimo livro, daqueles que te envolve em todos os capítulos. Quero ler mais coisas da Maya!!!

Inocêncio 17/03/2022

A voz do pássaro na gaiola...
Caramba. Uau.
Foi assim que terminei este livro, em que, honestamente, não havia colocado tantas expectativas.

Deliciosamente divertido em alguns momentos, a leitura é uma dor aguda e angustiante nos outros. Não pela escrita de Maya, que eu achei poética e irônica na medida certa e que conduz as histórias com maestria. Sim pela vida de Maya, por quem Marguerite foi e ainda é.

Aprendi um pouco sobre como foi crescer menina, negra, no Sul de um país segregacionista, e sobre como pontos de apoio, modelos e ideias são capazes de mudar uma vida inteira. Aprendi sobre o peso de uma palavra e sobre a beleza de todas elas, quando juntas, em um livro; Sobre trauma, dor, silêncio - e sobre encontrar a própria voz e cantar, mesmo engaiolada.

Recomendo profundamente essa leitura, sem pensar duas vezes, a qualquer pessoa - seja para aprender sobre racismo, maternidade, auto-descoberta, ou apenas para sentir, emocionar-se.

Obrigada, Maya Angelou. Muito, muito obrigada. Não vejo a hora de ler outras obras dela.

Gabriela 20/01/2024

The caged bird sings for freedom
Se um livro foi banido por algum conservador, eu com certeza vou querer ler.
A justificativa pra banir I Know Why the Caged Bird Sings é a representação gráfica de estupro infantil (que não é tão gráfica quanto poderia ser, graças a deus), e no hate dirigido a pessoas brancas (que é completamente leve e justificável no livro - quem leu, sabe). Então, após feita a leitura, eu não consigo entender o porquê do banimento. O livro é um relato honesto, triste, e pesado da infância da Maya Angelou. Dos horrores que ela teve que passar.

Livros que falam abertamente acusando abuso infantil tem que ser estudados, não banidos. Crianças e adolescentes tem que, urgentemente, aprender o que é certo e errado em relação aos seus corpos. O que é normal acontecer e o que é denunciável. Esse tipo de banimento é absurdo. O silêncio e a ignorância só fazem prejudicar as crianças que passam por isso. É criminoso.

Sobre o tal "ódio aos brancos", não identifiquei. Como criança preta crescendo nos Estados Unidos nos anos 30/40, o que a Maya nos conta é completamente verdadeiro e justificável. Pessoas brancas tratavam pessoas pretas como animais doentes ("tratavam"). E se os poucos momentos em que a Maya faz comentários "contra" brancos (que são só verdades) incomodam mais do que os relatos dela sobre racismo (violência física, psicológica, verbal), então só posso chegar na conclusão de que essas pessoas não tem a mínima noção da realidade.

Para deixar claro: ela fala mal de brancos, mas ela fala porque os mesmos brancos estão sempre fazendo algo absurdo contra pretos (abuso, violência, recusar atendimento médico, recusar contratar pra emprego, tratar como animais, segregação extrema, entre outros). Enfim, me parece ridículo ter que explicar o tamanho do abuso que existiu e existe, e como isso não é de modo nenhum equiparável, comparável, calculável com o que uma pessoa branca "sofre" (entre aspas, pois por racismo não sofre).

Fora essas questões, o relato tem muitas partes bonitas. A Maya crescendo e aprendendo o que é ser criança, o que significa ter amigas, ter uma mãe, ter sonhos, lutar pelo que se quer. Ela é uma menina muito corajosa, determinada e interessante. No início achei que a história estava um pouco lenta - e logo veio a cena do estupro, que não foi fácil de ler. Felizmente, depois disso, o texto se desenvolveu com mais fluidez.

The caged bird sings with fearful trill
of the things unknown but longed for still
and his tune is heard on the distant hill
for the caged bird sings of freedom.

surtosdepapel 02/06/2022

eu sei por que o pássaro canta na gaiola
esse livro me deixou tão emocionado, é tão cru e lindo. a nota é uma mera representação de tudo que ele fez (mesmo porque seria difícil avaliar uma autobiografia, não é mesmo?). maya, marguerite, sis, você vai estar para sempre no meu coração.

clarabreslauer 06/01/2023

Uau
primeira biografia que leio no geral e primeiro contato com a maya e foi extremamente bom e importante! me vi indignada diversas vezes e me inseri completamente nessa ?história?. vale muito a pena a leitura. obrigada Maya!