Resenhas -

BArbara454 25/09/2023

Agradável leitura
Ótima leitura para se fazer em um dia tedioso (como foi o meu caso), já li outra história do autor e ela me impactou mais.
O enredo dessa vai te prendendo, você fica curioso para descobrir o que aconteceu enquanto ela estava viva, como foi que morreu, quem era a amante e qual é a história da amiga dela que foi assassinada.
No final, posso dizer que foi uma agradável leitura, mas nada revolucionário (para mim).

Julia4742 06/04/2023

Delirei
A ideia em si é genial, o texto possui características bem próprias e interessantes que deixam um teor muito cativante por parte do livro. Mas, quando penso nisso sendo colocado em prática no palco, tenho certa dificuldade de acreditar que alguém teria disposição para uma produção tão mirabolante, até porque, para uma peça como essa dar certo, faz-se necessário um grande esforço. Claro que isso não torna impossível de se produzir, mas fica ambíguo. Todavia, a história em si é impecável, umas análises psicológicas muito boas e provavelmente é o tipo de texto que você precisa ler mais de uma vez para perceber todas as sacadas. Com certeza me despertou o interesse por esse modelo de livros e, certamente, pelo Nelson Rodrigues.

Charleees 27/03/2023

VESTIDO DE NOIVA - Nelson Rodrigues
"Viu como eu disse - 'meu amor'! Eu direi outras vezes - 'meu amor' - e coisas piores!"

Eu sou um entusiástico do movimento modernista brasileiro que iniciou lá na semana de arte moderna de 1922 em São Paulo. O movimento que não foi bem aceito na época, precisou de tempo para se estabelecer.
Os poemas modernistas eram declamados no Theatro Municipal de São Paulo entre vaias e gritos da plateia.
Peças modernistas como O Rei da Vela de Oswald de Andrade escrita em 1933, só foi encenada 30 anos depois.

Dito tudo isso para explicar como Vestido de Noiva entra no cenário modernista do teatro. Com direção de Ziembinski, diretor polonês que chegou ao Brasil refugiado da Segunda Guerra Mundial e a escrita inovadora de Nelson Rodrigues, a peça foi encenada pela primeira vez em 28 de dezembro de 1943 no Rio de Janeiro.

Nelson desestrutura toda uma base levando o espectador a uma análise do interior da mente dos personagens. O cenário é dividido em três, alucinação, o da memória e o plano real.

Alaíde depois de sofrer um acidente começa a alucinar entre a vida e a morte, as alucinações vem acompanhadas de lembranças confusas com a irmã e com madame Clessi (uma prostituta que ela só conhece por meio do seu velho diário deixado em uma caixa no sótão de sua antiga casa após seu assassinato, agora ocupada pela família de Alaíde). A sinopse da peça já é incrível por si só, de uma originalidade sem tamanho, mas foram os diálogos (como sempre) de Nelson que fisgou totalmente minha atenção, a tragédia que leva a um humor meio mórbido. Nelson que já foi chamado de o anjo pornográfico foi barrado inúmeras vezes pela censura justamente por seus diálogos intensos e seus personagens que vão da loucura, mortes trágicas ao suicídio.

Durante esse período de pandemia, assisti on-line a peça Um porto para Elizabeth Bishop com a atriz Regina Braga, memorável, com essa leitura matei um pouquinho mais a saudade dos teatros. E em breve o Globoplay exibirá uma série baseada em textos do Nelson.

E você, qual seu texto preferido do escritor?

Vestido de Noiva
Livro 13 de 2021
Editora: Nova Fronteira

Anna 02/12/2022

Surpreendente
Uma peça viciante, curta na leitura mas nada enjoativa e surpreendente com o enredo. A história me prendeu completamente, estava morrendo de medo por ser um roteiro e não uma narrativa, mas amei. Queria ter tido a chance de vê-la no teatro.

Malphys 07/10/2022

Meu primeiro contato com a literatura de Nelson Rodrigues e saio completamente apaixonada. A paranoia, o que fica no ar, aquilo que se sente mas há vergonha de dizer, tudo nas entrelinhas da alucinação e da realidade. Tudo ali, na nossa cara. Não há santos, heróis ou bom moço. Há pessoas e seus desejos.

Luiza.Alcantara 29/09/2022

Nelson Rodrigues sempre é uma boa opção. "Vestido de noiva" não é exceção, com os personagens revelando o que há de pior e de melhor em cada um, como um sempre atual retrato da sociedade.

@laisbello 01/02/2022

Gostei
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bimbicobimboca 29/08/2021

Maravilhosa
Essa peça é tão inventiva, surrealista, antropofágica? Surreal!! Foi uma grande surpresa, recomendo a todes

Roneide.Braga 25/08/2021

Vestido de noiva - Nelson Rodrigues
A trama é contada em três atos e em três planos diferentes: o da realidade, o da memória e o da alucinação.
O liame da história é o casamento de Alaíde e Pedro. Mas, acima de tudo, a intimidade familiar, a hipocrisia, o cinismo, a indecência da classe média.
A peça é tão pequena que é melhor não falar mais nada. ?

LSS 26/02/2021

Existe vida após a morte?
A escrita do autor é muito envolvente. E a estrutura do texto aumenta a curiosidade.
Alaíde sofre um acidente e fica entre a vida e a morte. É no seu subconsciente que passa a maior parte da trama.

Vitor Martins 26/10/2020

Eu li: Vestido de Noiva
Como sempre, me encantando pelas obras de Nelson Rodrigues. Um lançamento do modernismo nos teatros brasileiros, a construção dos diferentes planos cênicos mergulharam minha mente e meus sentidos nessa obra e, como habitual, com um final inesperado.

Kai 18/03/2020

Primeiro ?drama em teatro? que li e apesar de ás vezes me confundir nas cenas, foi incrível. O tema é sensacional e as alucinações da personagem principal te prendem do início ao fim.

Lavi 09/10/2018

Assim como em Valsa n°6, Nelson explora nessa obra o subconsciente humano, tendo como pitada especial a interação com o real e com a memória da personagem presa em outro plano existencial. Ao trabalhar com três planos ele não só dá um outro ponto de visão para a obra como também constrói seus personagens corrompidos como ninguém, principalmente Alaíde, quem conhecemos profundamente durante a leitura. Como é de se esperar da obra de Nelson, Vestido de Noiva aborda temas polêmicos para construir sua história sórdida, retrato de uma sociedade corrompida, tendo entre eles a prostituição, pedofilia, assassinato e adultério, trazendo até um novo sentido para vestidos de noiva, que na obra é usado para evocar o que há de mais infame por baixo do cândido.
Um texto profundamente psicológico que necessita de atenção redobrada para entender as situações de seus planos, mas que vale muito a pena ser lido, e o mais importante, encenado.