Os Romanov

Os Romanov Robert K. Massie




Resenhas - Os Romanov


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edisik 16/03/2023

Bom livro para começar a entender por que o destino do último czar da Rússia e sua família é lembrado até hoje. Que destino terrível.
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Bart 02/03/2021

Os Romanov: O Fim da Dinastia
*Robert K. Massie*
Editora Rocco
280 pág, 2017.
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Antes de começar, respirem... eu ainda não tinha lido algo tão sangrento num início de leitura como eu me deparei com o que tem nesse livro. O livro começa com o relato da execução (real), da família Romanov, que já mantinha uma dinastia na Rússia por 300 ano. É horrível, foram traídos por pessoas próximas, assim o que fizeram com os corpos, quebraram as faces com as coronhas das armas p/evitar o reconhecimento, e ainda fizeram mais coisas... horrível!
O livro gira em torno da investigação dos governos seguintes, principalmente a partir de 1950, como conseguiram ter acesso aos fatos daquela noite de 1917, já que muito do que era transmitido entre as pessoas era através da oralidade. Em 2017, a execução da família Romanov completou 100 anos.
Não é meu tipo de leitura, quem gosta de bibliografia vai ficar de barriga cheia, mas não vou mentir que a leitura choca!
??????
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CONTINUE LAVANDO AS MÃOS.
Vera 11/03/2021minha estante
Interessante


Bart 12/03/2021minha estante
O começo desse livro é mt pesado




Rafael Flores 09/07/2022

Julguei o livro pela capa (e sinopse talvez) e me dei mal. O autor historiador escreve uma história com teor jornalístico. Basicamente o título vai apontar que o último czar e sua família vão sumir pelas mãos dos bolcheviques, por conseguinte, uma elite de pesquisadores do mundo inteiro vão investigar pra remontar o ocorrido com os Romanov e depois o autor faz muitas voltas no debate científico dos fatos. Resultado de um montante de leitura massante. Tudo pelo nome em perpetuar memórias da história positivista. Um livro muito ruim pra entender a história da Rússia entre os séculos XIX e XX.
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Denny Messoliver 20/09/2022

Os Romanov
Um relato interessante sobre a descoberta dos ossos da família imperial russa, e todos os mistérios que pairaram no ar, desde a morte, até a confirmação de que os corpos pertenciam a família Romanov.

Para quem se interessa por história Russa, é uma leitura necessária.
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Vivi 22/07/2020

Me interessou muito ler algo dessa família depois que li Palácio de inverno até que acabei comparando esse. Não era o que eu esperava e ao mesmo tempo tive uma surpresa em ter uma leitura tão rica como essa. Uma riqueza nos detalhes em pesquisa sobre os restos mortais, quanto aos envolvidos nesse massacre que marcou a história foi bem descrito ponto á ponto. Todo o mistério na quantidade de corpos e poucas fotos mas belíssimas da família. Demorei um pouco mais para ler esse mesmo sendo só 269 páginas pois quis curtir cada detalhe dessa escrita tão inteligente e fascinante.
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Jon 17/01/2021

Um relato emocionante
Muitos anos depois do lançamento de "Nicolau e Alexandra", foi apenas natural que Robert Massie desejasse escrever sobre os desdobramentos que ocorreram desde a chacina dos Romanov até depois que seus ossos foram encontrados nas partes finais do século 20.

Este livro é um fantástico trabalho de investigação que aborda todos os aspectos envolvendo a família imperial, seus parentes, a ciência, e pretensos sobreviventes dentre a família imediata. É instigante, e você não quer largar até chegar a conclusão do caso até então. Digo "até então" porque apesar de ter sido lançado recentemente aqui no país, ele foi lançado originalmente em 1995, e no passar destes últimos 25 anos já houve mais desdobramentos e revelações concernentes à família Romanov.

Se você se interessa pelos Romanov, seu destino e a história da Rússia em geral, recomendo fortemente este livro.
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Nath Mel 24/02/2023

Iniciei a leitura querendo conhecer mais sobre os Romanov a história russa. Mas 80% do livro foi detalhando a investigação da morte que poderia ter sido escrita em 20 páginas no máximo.
Não gostei.
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Biblioteca Álvaro Guerra 28/03/2024

Em julho de 1991 , nove esqueletos foram exumados de uma cova rasa perto de Ekaterinburg ,na Sibéria , a pouca distância do infame porão onde o último czar e sua família foram assassinados setenta e três anos antes .

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788532530851
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aboutvictor 25/11/2017

Mais um livro maravilho do Massie. Inferior a Nicolau e Alexandra e com alguns capítulos de leitura difícil por causa de termos técnicos e científicos, nessa obra senti que a leitura fluiu um pouco menos, o que porém não tira nem um pouco o brilho da obra. Uma pena livro não trazer nada sobre os eventos da década de 2000, com a descoberta dos dois corpos que faltavam e o fim da duvida de qual era a grã duquesa ausente.
KeylaPontes 07/12/2017minha estante
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Dom Quixote 10/12/2017minha estante
Merecia uma continuação com o desfecho das descobertas dos anos 2000.




Nat 13/12/2020

Na madrugada do dia 17 de julho de 1918, Nicolau, Alexandra e seus cinco filhos foram acordados por Yakov Yurovsky e notificados que deveriam ir se esconder no porão da casa onde estavam porque a cidade estava agitada e eles corriam risco de serem atingidos caso houvesse tiroteio nas ruas. Obedecendo as ordens, o czar e sua família se dirigiram ao porão e junto com eles foram o médico da família Eugene Botkin, o valete de Nicolau, Trupp, a camareira de Alexandra, Demidova e o cozinheiro Kharitonov.

“Tendo em vista o fato de que seus parentes continuam a atacar a Rússia Soviética, o Comitê Executivo do Ural decidiu executá-los.”

O que se seguiu foi o assassinato de Nicolau, Alexandra, seus filhos e funcionários. Alguns morreram na hora, outros foram mortos com mais brutalidade e perda de controle por parte dos carrascos. Vendo que a execução não tinha saído como planejado, Yurovsky se apressou a dar fim nos corpos. Desfigurados, despidos e roubados (as grã-duquesas haviam costurado suas jóias dentro dos corpetes), os mortos foram jogados na mina mais profunda na área conhecida como Quatro Irmãos e detonaram a entrada da mina com bombas.
Quando Yurovsky voltou a Ekaterinburg, encontrou a cidade fervilhando de comentários sobre o assunto. Com o Exército Branco se aproximando, decidiu que precisava enterrar os corpos em um novo local. Retirar os corpos da mina, escolher um novo local e dar um sumiço mais permanente nos corpos levou todo o dia 18 de julho até que na madrugada do dia seguinte:

"o veículo ficou definitivamente atolado. Já que não chegaríamos até as minas profundas, só podíamos enterrá-los ou queimá-los. Queríamos queimar Alexei e Alexandra Feodorovna, mas, por engano, em vez dela queimamos sua dama [Demidova] e Alexei. Enterramos os restos ali mesmo, sob a fogueira, jogamos pás de argila por cima dos restos, acendemos outra fogueira no local e espalhamos as cinzas e brasas, a fim de cobrir totalmente os vestígios da cova. Enquanto isso uma vala comum era cavada para os outros. Por volta das sete da manhã, outra cova de dois metros de profundidade com dois e meio metros quadrados estava pronta. Os corpos foram colocados no buraco e ensopados fartamente com ácido sulfúrico de modo a não serem reconhecidos e impedir qualquer odor de decomposição. Enchemos de galhos e de cal, cobrimos com madeira e passamos o caminhão por cima diversas vezes – até não restar vestígio do buraco. O segredo foi bem guardado – os Brancos não encontraram o local do sepultamento."

Em 1919, um investigador jurídico descobre resquícios de objetos pessoais da família e ossos calcinados durante uma escavação nos Quatro Irmãos, mas dada a situação no país, Sokolov só publica seus achados em 1924, no livro Inquérito judicial sobre o assassinato da família imperial russa, que se torna um relato oficial do assassinato da família imperial e obriga o governo soviético a mudar a história sobre o destino da imperatriz e seus filhos, que ainda eram acreditados como vivos, mas escondidos. A partir daí, se sucedem investigações em busca dos ossos e exames para reconhecer e enfim dar um destino digno aos restos mortais dos últimos Romanov.

A primeira coisa que devo dizer sobre esse livro é que: os nomes mais importantes nele não são de Nicolau ou Alexandra ou de suas filhas e seu filho, mas sim dos investigadores que descobriram, analisaram e escreveram sobre a descoberta e reconhecimento dos corpos encontrados em uma cova secreta em Ekaterinburg. São eles:

-Nikolai Sokolov, investigador jurídico que iniciou em janeiro de 1919 uma investigação sobre o paradeiro da família real com a permissão do “Chefe Supremo” do Governo Branco da Sibéria;
-Alexander Avdonin,e Geli Ryabov, ambos interessados na “mistério” da morte dos Romanov que descobrem a cova onde os corpos foram enterrados e encontram alguns crânios;
-Sergei Abramov, cuja equipe conseguiu identificar sem DNA os mortos, com exceção de Maria e Alexei, cujos esqueletos faltavam;
-William Marples, criador do Laboratório de Identificação Humana da Universidade da Flórida, cuja equipe também examina os esqueletos e constata que quem falta é Anastásia, ao invés de Maria;
-Peter Gill, responsável pelos testes de DNA que identificaram os esqueletos com mais precisão.

Robert K. Massie faz um excelente relato sobre o assassinato dos Romanov, a descoberta dos restos mortais e a investigação em busca da confirmação das mortes. Ele mostra que Moscou não somente sabia do assassinato da família inteira, mas aprovava e também ocultou informações sobre o assunto do resto do mundo. Ele não somente cita os primeiros investigadores que descobriram a cova e as ossadas em 1979, Avdonin,e Ryabov, mas relata o processo da descoberta, o pacto que fizeram de não mencionar nada e mais tarde, a quebra desse pacto. Ele faz um apanhado da história soviética e como as mudanças políticas permitiram que fossem feitas investigações mais profundas para se encontrar todos os esqueletos e se reconhecer as pessoas a quem eles pertenciam.

Achei essa parte a mais interessante (e um pouco macabra, dado o relato do estado dos ossos) do livro por conta da descrição completamente detalhada que Massie faz. Ele fala da confusão entre Abramov e Marples e suas discordâncias sobre os esqueletos faltantes. Gostei da abordagem objetiva sobre as implicações políticas, e mais importantes, familiares de levar os ossos dos Romanov para um laboratório forense em Aldermanston, na Inglaterra, por conta de testes de DNA para se identificar as pessoas a quem os esqueletos pertenciam.
Foi bom ver que ele abordou outras questões: o que houve com a Casa de Ipatiev, as reações do povo de Ekaterinburg e a posição da Igreja Ortodoxa Russa:

"Paralisada por 75 anos de submissão ao Estado ateu, a Igreja Ortodoxa Russa ainda peleja para achar um meio de lidar com a execução dos Romanov. Se morreram como mártires, deveriam ser canonizados como santos – como de fato foram pela Igreja Ortodoxa Russa no Exterior, em 1981. Ainda que Nicolau e sua família não fossem considerados vítimas de martírio e merecedores de canonização, mas simplesmente vítimas de um assassinato político, a igreja se sentia na obrigação de levar em conta sua morte violenta. (Mesmo não tendo considerado o assassinato do czar Alexandre II, em São Petersburgo, em 1881, um martírio, a Igreja Ortodoxa Russa construiu no local a Catedral do Sangue para perpetuar a memória do czar.)
Mesmo antes da exumação dos esqueletos de Ekaterinburg, o arcebispo local queria erguer uma igreja memorial na área da Casa de Ipatiev. “Este é o lugar onde começou o sofrimento do povo russo”, afirmou o arcebispo Melkhisedek. A igreja seria chamada Catedral do Sangue Derramado para “simbolizar a penitência da sociedade e expurgar as ilegalidades e as repressões desmedidas que foram infligidas durante os anos do bolchevismo”.[...]"

Um assunto sobre o qual Massie se debruça é a questão da briga entre Moscou e Ekaterinburg pelo controle dos ossos dos Romanov, e o papel de Vladmiri Soloviev, um procurador-criminologista que tratou a investigação como processo criminal, e passou a querer tanto a determinação final sobre as identidades dos restos mortais quanto ao paradeiro das duas crianças que faltavam. O autor dedica a segunda parte do livro para falar dos impostores que surgiram alegando serem as crianças desaparecidas, sendo a mais famosa impostora Anna Anderson ou Franziska Schanzkowska (dentre outros nomes).
De muitas formas, esse livro acabou sendo bem diferente do que eu esperava. Ganhei ele ano passado num sorteio deste desafio, e o engraçado é que quando coloquei ele na estante do skoob, achei que seria mais uma biografia sobre os Romanov. Acabei com o relato sobre todos os passos da investigação para se descobrir os restos mortais da família, o que foi muito mais interessante. Essa minha resenha acabou ficando enorme justamente por causa disso, é tanta informação, tanto detalhe que me deu vontade escrever e escrever mais para fazer com que todo mundo tenha vontade de ler. Um dos melhores livros que li esse ano, completamente indicado.

site: http://ofantasticomundodaleitura.blogspot.com/2020/12/os-romanov-robert-k-massie-dll-2020.html?m=1
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Amanda - @entrelinhas.literario 06/04/2018

"Acho que é bem típico desse tipo de assassinato. Ele despersonaliza a vítima, faz dela um símbolo, algo diferente de um ser humano. Está matando o regime, o czar, acabando com todo o passado odioso e criando uma nova ordem mundial."

A escrita fluida e quase didática do Robert K. Massie não foi suficiente para tornar esse livro mais leve ou fácil de ser digerido. Apesar de ter menos de 300 páginas, o conteúdo é denso e sem brechas para informações desnecessárias. Cada bloco de texto faz parte de um quebra-cabeças que o autor vai organizando e montando com o leitor até que se possa ver a imagem completa. Ou pelo menos, a imagem QUASE completa.

Em se tratando de uma publicação originalmente feita em 1995, hoje já temos alguns conhecimentos que nos adiantam um pouco nos mistérios que no período da publicação ainda eram nebulosos: por alto, podemos citar a descoberta de onde estavam os corpos do czarevich e da grã-duquesa que estava faltando.

Este livro é dividido em 4 partes, e vou ser bem sucinta sobre cada uma pois se aventurar em detalhes aqui é um caminho sem volta! 😂

Parte I × Os ossos × Já começamos o livro sem sermos poupados de como ocorreu o massacre da família. Logo de cara o autor narra todo o processo de acordar cada membro da família e serviçais mais próximos para se reunirem no porão, onde encontrariam seu fim. A cena brutal é contada com detalhes e uma precisão que quase nos permite visualizar o ambiente, sentir o medo e o desespero das vítimas. Acompanhamos todo o desenrolar inicial da trama em torno da qual está concentrado o livro através de Yarov Yurovsky, que nos é apresentado como o líder dos algozes. A partir daí, conhecemos as versões apresentadas sobre o destino dos corpos na manhã que sucede a execução, e assim começamos o quebra-cabeças. Até a publicação do livro, não houve desfecho para a situação de enterro dos ossos da família. Fato que veio a ocorrer apenas em 1998.

Parte II × Anna Anderson × Essa parte do livro se dedica a contar os mais diversos e bizarros casos de "aparições" de Romanovs da família imperial sobreviventes. Levando em consideração que na época não haviam sido localizados os ossos de Alexei e, mais possivelmente, Maria (Dr. Maples havia anunciado anteriormente que a grã-duquesa ausente seria Anastácia), diversos candidatos surgiram ao longo dos anos, e com as mais variadas versões da história. O destaque é dado para Anna Anderson, ou futuramente Anastácia Manahan. Dentre os impostores, Anna foi a mais convincente, sabendo muitos detalhes que até mesmo alguns membros da família ou amigos próximos acreditavam que apenas a verdadeira Anastácia saberia. O autor não só detalha a vida de Anna, como também nos dá muitos detalhes das consequências de sua reivindicação para ser reconhecida, que gerou um longo processo após sua morte.

Parte III × Os sobreviventes × Após o assassinato da família do czar, continuaram existindo Romanovs espalhados por vários países. Nessa parte o autor esclarece a dinâmica adotada pelos sobreviventes e traça a localização de alguns parentes mencionados nas partes anteriores e suas ligações. Aqui, Massie também nos coloca a par da disputa entre alguns membros sobreviventes por um trono inexistente, mesmo que ainda permanecessem no exílio.

Parte IV × A Casa de Ipatiev × Após lermos sobre os ossos, impostores e brigas familiares por um trono que não existe mais, o livro é finalizado nos contando sobre os dias de cativeiro dos Romanov e sobre o trabalho de desumanização destes enquanto ainda vivos, num longo processo. Acompanhamos trechos dos diários de Alexandra, que terminaria forçosamente com uma última e pequena anotação sobre a temperatura daquele dia em 16 de julho de 1918, antes de dormir. Em poucas horas Yurovsky viria acordá-los.

site: https://www.instagram.com/entrelinhas.literario/
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Bia Kollenz 11/06/2018

Os Romanov: O Fim da Dinastia
Lançado no ano de 2017, Os Romanov: O fim da Dinastia é escrito pelo biografo Robert K. Massie autor de Catarina, a Grande e Nicolau e Alexandra. O livro busca remontar o capítulo final da dinastia que governou a Rússia por mais de 300 anos.

Nesse ano completamos o centenário da Revolução Russa, conseqüentemente também se aproxima o aniversário do massacre da família Romanov. Em 1917 a família imperial se encontrava exilada em Ecaterimburgo, a revolução já tinha começado e o descontentamento da população com o czar Nicolau era evidente. Em 17 de julho de 1918 todos os membros da família foram acordados a meia noite e levados para o porão com a desculpa de protegê-los caso ocorresse algum tiroteio nas ruas. Chegando lá pediram que se posicionassem de costas para a parede para tirarem uma foto, quando terminaram de se preparar Yurovsky, agente da polícia secreta russa, não chamou um fotógrafo, mas sim doze soldados que atiraram a queima roupa em todos os presentes. A família imperial não se encontrava sozinha no exílio, junto deles também existiam três empregados e um médico que acompanharam a família por todos os dezesseis meses de detenção. Todos eles foram executados. Após o massacre os corpos foram colocados em um caminhão e despejados em um poço na floresta.

O livro se inicia com a história da descoberta dos corpos. A primeira parte, intitulada Os Ossos, conta como os cadáveres foram encobertos e como o governo escondeu o massacre. Foi só em 1991 que os restos da família imperial foram desenterrados, os corpos então se encontravam terrivelmente mutilados. Os crânios estavam destruídos e várias partes das carcaças estavam bem corrompidas devido à queima e ao uso de ácido. Não havia dúvidas que o assassinato da família tinha sido cruel.

Os capítulos então se seguem com o trabalho de diversos cientistas tentando desvendar se os restos encontrados realmente pertenciam à família, como também quais eram os membros presentes. Os relatos sobre a pesquisa são muito interessantes, vemos a dificuldade que os médicos e geneticistas tiveram em identificar os corpos. O autor relata muito bem as diversas etapas do processo bem como os diferentes métodos utilizados. Achei um pouco triste perceber que a pesquisa virou uma grande briga de egos. O governo da cidade de Ecaterimburgo e o de Moscou brigavam pelo direito sobre os Romanov, as equipes responsáveis pela pesquisa escondiam os dados e se dividiam tentando provar quem era melhor, todo o trabalho gerava uma publicidade ingrata que, na maioria das vezes, importava mais do que a família assassinada. Toda essa batalha acabou fazendo com que os Romanov não tivessem sossego.

“Acho que é bem típico desse tipo de assassinato. Ele despersonaliza a vítima, faz dela um símbolo, algo diferente de um ser humano. Está matando o regime, o czar, acabando com todo o passado odioso e criando uma nova ordem mundial. Assassinos seriais fazem a mesma coisa. Em geral, eles compartimentalizam e desumanizam totalmente as vítimas, e então podem cometer atrocidades que uma pessoa normal é incapaz de imaginar.”

Se não bastasse o circo gerado entorno da descoberta dos corpos, outro fato incendiou ainda mais o mundo: o desconhecimento do paradeiro de dois membros da família, o czarevich Andrei e uma das princesas. Desde o desaparecimento diversas pessoas alegavam serem da família. Depois da notícia de que Alexei e uma das meninas ainda estavam desaparecidos, as histórias ganharam ainda mais força. A mais conhecida de todas é a Anna Anderson, uma mulher de origem polonesa que alegava ser a Anastasia. Anna ganhou fama ao contar como sobreviveu e passou a maior parte da vida vivendo de favores por conta do seu alegado nome. Algumas investigações contradiziam a sua história e a própria imperatriz viúva, Maria, se negou a receber Anna Anderson. A luta foi até os tribunais e nunca ficou comprovado se ela era ou não quem dizia ser.

Em 2007 foram encontrados em uma cova os restos dos outros membros faltantes, as diversas especulações da sobrevivência de Anastasia e de Alexei chegaram ao fim. Infelizmente a publicação do livro é anterior a essa descoberta então não temos mais detalhes sobre o processo de reconhecimento. Durante os últimos capítulos do livro vemos a história de diversos impostores e também dos sobreviventes. O massacre da família imperial não parou no ramo do czar, nos meses seguintes milhares de membros foram perseguidos e assassinados, alguns conseguiram escapar e vivem no exterior mantendo o nome da família até os dias de hoje.

O livro pode ser muito interessante ou incrivelmente chato dependendo do leitor. Eu sou uma entusiasta da família russa desde que assisti Anastasia, ler sobre detalhes mínimos me interessa, então posso afirmar para quem gosta da história da família Romanov que o livro é excelente. Já para quem está esperando um romance ou uma história sobre os últimos dias da família está indo de encontro ao livro errado, aqui temos relatos posteriores ao assassinato, detalhes científicos tomam conta até a metade do livro. O livro também possui algumas fotografias lindíssimas da família imperial e é necessário na coleção de qualquer amante da dinastia russa. Leitura recomendada para você que está procurando informação sobre o fim dos Romanov ou que se interessa pelas histórias de sobrevivência da família.

site: https://www.laoliphant.com.br/resenhas/resenha-romanov-fim-dinastia-robert-massie
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Emille 29/12/2018

Ótimo livro! Precisa apenas de uma atualização. Todas as dúvidas em relação aos corpos foram resolvidas de 1995 p cá. Incluindo esses últimos anos, a obra ficaria completa...
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Juliana Augusta 07/01/2019

Em Os Romanov: o Fim da Dinastia, temos a história real do que aconteceu com a família do último Czar da Rússia. O livro começa já contando sobre a execução de toda a família no porão da casa onde estavam mantidos reféns, e parte dali começa toda uma investigação do que realmente aconteceu com eles e do que foi feito logo após esse momento tão cruel.

Obviamente se trata de um livro de não-ficção, mas a escrita do autor, com alta dose investigativa, faz com que seja uma leitura fluida. Apenas em alguns pontos são mais arrastados, pois o livro é muito descritivo. No momento em que fala sobre a identificação dos ossos que foram encontrados enterrados, por exemplo, o livro detalha bastante os exames de DNA e todo o processo de separação de cada parte.

O momento que inspirou o desenho Anastácia é na segunda parte do livro, onde conta sobre a Anna Anderson, uma mulher que confessou ser Anastácia, enganando até mesmo boa parte da família Romanov que permaneceu viva. Esse engano se dá, pois, na identificação de toda a ossada da família, estava faltando os ossos de Alexei, o czaverith, e os ossos de Anastácia.

O livro é curto mas tem uma boa dose de carga histórica, para quem tem curiosidade nesse assunto é um prato cheio. Além disso, retrata muito o conflito de interesse entre os envolvidos, e em como cada um pensava apenas no seu lado durante toda essa história de identificação e reconhecimento da família. É em parte curioso e triste ao mesmo tempo.
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Nina 24/01/2021

Os primeiros 50% da leitura fluíram muito bem, todas as questões científicas abordadas e detalhadas não eram de difícil compreensão z porém, a outra metade ... Pensei em desistir diversas vezes, fatos eram repetidos e as teorias zzz, valeu a pena, porém, se jogue se tem maior curiosidade nessas teorias da conspiração do caso Romanov.
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