Juliana 25/02/2023
"Por que estou fazendo o que estou fazendo?" p.117
Gosto muito desses livros diários de pacientes que enfrentaram doenças ameaçadoras de vida e/ou períodos de luto. Considero fascinante a oportunidade de reflexão diantes das inevitáveis perdas e finitude. Gene, o autor e personagem principal e real desse livro teve o privilégio de encarar de forma consciente seus últimos meses de vida, e de poder resolver pendências e estar com sua família. Fala-nos da importância de estar presente e de viver o que ele chamou de momentos perfeitos, nada mais do que simplesmente estar consciente diante da vida.
"Um momento perfeito era uma pequena dádiva de um momento, uma hora ou uma tarde. Sua duração efetiva nunca constituiu sua essência. A chave é que você precisa estar aberto em um momento perfeito. A máquina de radioterapia quebra; vai levar uma hora, uma hora que você não tem para desperdiçar, mas então você aceita que máquinas quebram. Sem se frustrar. Você se lembra que a frustração é um desperdício de energia e se concentra, em vez disso, em algo agradável. O ritmo da própria respiração. Os detalhes do rosto de quem está sentado a sua frente.[...]" p.97