Réquiem Para o Sonho Americano

Réquiem Para o Sonho Americano Noam Chomsky
Noam Chomsky (Em Português)




Resenhas - Réquiem Para o Sonho Americano


7 encontrados | exibindo 1 a 7


Roneide.Braga 26/04/2021

RÉQUIEM PARA O SONHO AMERICANO – SERÁ QUE É SÓ UM SONHO AMERICANO?
Um livro fácil e simples, tem como objetivo demonstrar com fatos e dados as tragédias que o regime neoliberal acarretou nos EUA e, por consequência, no países signatários. Trata-se de um grande alerta para despertar nosso pensamento!
O livro é um pouco repetitivo e alguns princípios difícil de entender, não pela linguagem do autor mais por não conhecer mais o país.
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Edu 25/07/2021

Bem básico e pouco instigador
Se você não conhece nada sobre o assunto pode pegar esse livro para começar a estudar sobre. A linguagem é acessível, os capítulos curtos e falam brevemente sobre como a concentração de riqueza funciona e como se mantém.

Por outro lado, o livro não favorece o debate e traz conclusões precipitadas e simplórias sobre assuntos complexos. Mesmo as acertadas precisariam de um pouco mais de desenvolvimento.

Se eu estivesse no ensino médio, seria mais bem recebido e talvez melhor avaliado. Não é uma perda de tempo, mas serve para começar de algum lugar e você pode começar dele, partindo para a próxima, em seguida.
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Mauricio.Alcides 26/11/2017

Uma boa experiencia
A critica de Noam Chomsky sobre a nossa atual sociedade é tão acida quando realista, o autor realiza um tipo de “brainstorm” que culmina por nos apresenta 10 princípios que julga serem os motivos pelos quais presenciamos uma escalada no nível de desigualdade social nos EUA.

Após refletir sobre a obra e todo o seu contexto eu me peguei pensando sobre o fato de que todos os problemas poderem ser apenas o reflexo de um grande problema ou seja um grande princípio.

A meu ver a restrição democrática termina por acarretar todos os outros 9 princípios de modo que a solução desse problema poderia em maior ou menor grau eliminar todos os outros problemas levantados pelo autor.

É um tanto quanto assustador imaginar que não vivemos em uma sociedade tão democrática como idealizamos mas infelizmente é a mais pura verdade. 

Eu não sou tão otimista quanto Noam Chomsky mas acredito que poderíamos estar em uma sociedade mais justa e igualitária com algumas poucas mudanças na maneira como encaramos nossa realidade.
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Rodrigo Leão 31/03/2024

NOAM CHOMSKY
Um dos maiores pensadores de nossa época. É sempre incrível ler suas obras. Nos passa sempre sua visão série e bem estruturada.
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Lucas Rey 10/09/2018

O livro pode render mais dependendo como você o lê.
Antes de qualquer coisa temos que analisar o livro por duas visões: técnica e conteúdo.

Tecnicamente o livro tem alguns problemas e alguns acertos bem contundentes. Um dos maiores problemas é que o autor propõe 10 princípios a serem explanados no livro, dos quais pelo menos metade deles são repetidos; em suma, são cópias de outros princípios já ditos no livro ou complementos que não precisariam de um capítulo só para eles, o que torna a leitura um pouco vaga e redundante. Já o grande acerto são as referências bibliográficas que contem em cada final de capítulo; elas nos conectam com a realidade e de fato dão credibilidade ao que o autor diz.

Com relação ao conteúdo, posso dizer que o livro é bem claro e o autor se mostra uma pessoa bem consciente do mundo em que vive. Ele não se ilude com promessas políticas e nem tendências econômicas. Ele explana a opinião dele com relação a todos os problemas que ele acha pertinentes pouco importando se são ou não "impossíveis" de se resolverem. Os princípios 1, 9 e 10 são os melhores na minha opinião.

A parte ruim (ou boa, depende de seu ponto de vista) é que o livro se atem basicamente ao cenário norte-americano, mas por outro lado isso também é bom visto que fica claro com a leitura de que os EUA enfrentam, às vezes em escala maior e às vezes em escala menor, os mesmos problemas que o Brasil; os problemas são os mesmos, porém as suas causas muitas vezes são diferentes, e isso torna o livro bem interessante ao meu ver.

Vale a pena! Leia um princípio por dia e o livro vai render.
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LG 16/03/2018

Um tratado sobre como o mundo político e financeiro funcionam, apesar da difícil leitura. Professor Chomsky traz 10 princípios que podem ser aplicados não só aos EUA mas também ao nosso Brasil. Recomendo a leitura.
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Lista de Livros 11/10/2018

Lista de Livros: Réquiem Para o Sonho Americano — Noam Chomsky
Parte I:
A MINORIA DOS OPULENTOS

James Madison, o principal arquiteto da Constituição americana, uma pessoa que acreditava tanto nos princípios democráticos quanto qualquer outra pessoa do mundo naquela época, achou, no entanto, que a forma de governo dos Estados Unidos deveria ser moldada — e, por iniciativa dele, foi de fato o que aconteceu — de modo que o poder ficasse nas mãos dos ricos, porque os ricos seriam mais responsáveis, aqueles que se preocupariam com os interesses do povo em geral e não apenas com interesses locais.
Portanto, a estrutura formal do sistema constitucional pôs a maior parte do poder nas mãos do Senado, lembrando que o Senado americano não era eleito naquele tempo. Aliás, isso só aconteceu há cerca de um século. Seus membros eram escolhidos por assembleias legislativas, tinham longos mandatos e eram selecionados apenas entre os ricos. Homens mais responsáveis. Pessoas que, nas palavras de Madison, tinham simpatia pelos proprietários de terras e seus direitos. E isso tinha que ser protegido.
O Senado concentrava a maior parte do poder, mas também era o que se mantinha mais distanciado da população. A Câmara dos Representantes — cujos membros se conservavam mais perto do povo — exercia na política um papel bem mais fraco. Naquela época, o chefe do executivo — o presidente — estava mais para administrador, com alguma responsabilidade em relação à política externa e outros assuntos. Tudo muito diferente dos dias atuais.
Uma questão importante era: até que ponto devemos permitir a verdadeira democracia? Madison discutiu isso com muita seriedade, nem tanto em “O federalista” — obra reunindo uma coleção de ensaios que eram uma espécie de propaganda política —, mas nos debates da Convenção Constituinte da Filadélfia, os quais são a fonte de informação mais interessante. Se lermos as atas dos debates, veremos que Madison afirmou que a maior preocupação da sociedade — de toda sociedade decente — deve ser a de “proteger a minoria opulenta contra a maioria”. Palavras dele. E ele tinha argumentos.
Madison observou que o modelo que ele tinha em mente — o da Inglaterra, logicamente — era o do país mais moderno e da sociedade politicamente organizada mais avançada da época. Ele propôs que supuséssemos uma situação em que, na Inglaterra, todas as pessoas tivessem o direito de votar. Ora, com isso a maior parte dos pobres se reuniria e se organizaria para tomar as propriedades dos ricos. Os pobres realizariam o que chamaríamos hoje de reforma agrária: a divisão das grandes propriedades, bem como a dos estados de tradição agrícola, e dar ao povo suas terras, retirando essas terras daquilo que, não muito tempo atrás, tinha sido imposto pelo sistema de cercamentos. Com isso, os pobres votariam para retomar aquelas que haviam sido outrora terras comunitárias e se apropriar delas.
E como, acrescentou Madison, obviamente isso seria injusto, não poderia ser permitido. Desse modo, o sistema constitucional tinha que ser estruturado de forma que impedisse a democracia — a “tirania da maioria”, tal como a denominavam às vezes — para assegurar que a propriedade dos opulentos não fosse atingida.
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Mais em:
https://listadelivros-doney.blogspot.com/2018/09/requiem-para-o-sonho-americano-os-dez.html
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Parte II:
FABRICANDO CONSUMIDORES

Estava claro e bem entendido que, na visão da elite, era necessário controlar as massas por intermédio de crenças e atitudes. Ora, uma das melhores formas de se controlar as possíveis atitudes das pessoas é com aquilo que o importante economista Thorstein Veblen denominou de “fabricação de consumidores”. Se for possível, fabricar necessidades e tornar indispensável à vida das pessoas a aquisição de determinados produtos, elas devem ser induzidas a cair na armadilha do consumo. Desse modo, quem lesse as páginas de jornais de negócios da década de 1920, veria artigos falando da necessidade de se induzir as pessoas a tomarem gosto por supérfluos, tais como “produtos da moda”, pois isso faria com que não incomodassem a elite.
Aliás, Bernays realizou tamanhas façanhas na vida que vale a pena citá-las. A primeira delas foi fazer com que as mulheres passassem a fumar. Como as mulheres não fumavam naquela época, ele organizou grandes campanhas publicitárias — acho que foi para a Chesterfield, na década de 1930 — para convencê-las que fumar era o que chamaríamos hoje de atitude “chique”. Algo condizente com os tempos modernos e que a mulher livre deveria fazer, e por aí vai. Impossível calcular quantas dezenas de milhões de mortes podemos atribuir a esse sucesso. (Outro grande sucesso dele foi na década de 1950, quando trabalhava para a United Fruit Company, e convenceu as pessoas a derrubarem o governo democrático da Guatemala — pois seus políticos estavam ameaçando o controle que a empresa queria ter sobre a economia e a sociedade guatemalteca —, campanha que levou a mais de cinquenta anos de horrores e atrocidades.)
Portanto, são conceitos e valores da elite que vêm permeando nossa história desde longa data. A indústria da publicidade teve um crescimento rápido com a busca desse objetivo — fabricar consumidores e induzir as pessoas a caírem na armadilha de um consumismo inescapável —, e isso é feito com grande sofisticação. A situação ideal é a que temos hoje quando, por exemplo, adolescentes com tempo livre numa tarde de sábado resolvem passear num shopping em vez de irem a uma biblioteca ou a outro lugar qualquer. Certamente, essas crianças sentem-se da seguinte forma: “Não terei conseguido nada na vida se eu não puder comprar mais um aparelho eletrônico.”
A ideia é tentar controlar todos, transformar a sociedade inteira num sistema de consumo perfeito. O sistema perfeito seria uma sociedade que funcionasse como uma díade — isto é, aos pares. Essa dupla seria você e seu aparelho de televisão, ou talvez você com seu iPhone e a Internet. Procuram incutir na mente das pessoas imagens do que consideram uma vida ideal — quais os aparelhos que devem ter, o que fazer para preservar a saúde etc. Gasta-se tempo e esforço adquirindo coisas que não são necessárias — e que talvez até se jogue fora após algum tempo —, mas que são símbolo de uma vida digna.
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Mais em:
https://listadelivros-doney.blogspot.com/2018/09/requiem-para-o-sonho-americano-os-dez_6.html
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Parte III:
UM SENTIMENTO DE RAIVA DIFUSO

“Existe mobilização e ativismo popular em nosso país, mas na direção de objetivos prejudiciais às próprias pessoas que deles participam. São coisas que estão tomando forma de um sentimento de raiva difuso — manifestações de ódio, ataques recíprocos, alvos vulneráveis. Irracionalidade de pessoas agindo contra seus próprios interesses — aliás, isso ocorre literalmente falando. Apoio a políticos cujo objetivo é prejudicá-las ao máximo. Estamos vendo essas coisas acontecerem bem diante de nossos olhos. Basta assistir à televisão e navegar pela Internet para ver esse fenômeno todos os dias. É o que acontece. Funciona como um agente de corrosão nas relações sociais, mas a finalidade é justamente esta. O objetivo é fazer com que as pessoas se odeiem e tenham medo umas das outras, que tratem de cuidar apenas de si e não façam nada por ninguém.
Donald Trump, por exemplo. Faz muitos anos que venho escrevendo e falando sobre o perigo do surgimento, nos Estados Unidos, de um ideólogo carismático, alguém que conseguisse explorar o medo e o ódio que anda fervilhando, um perigo latente em grande parte da sociedade, enfim, alguém que fosse capaz de desviar esse sentimento para longe das verdadeiras causas de nossos males, canalizando-o na direção de alvos frágeis e inofensivos. Contudo, faz muitos anos também que esses perigos são reais, talvez ainda mais se considerarmos as forças que Trump desencadeou, até porque ele não se enquadra na imagem de um verdadeiro ideólogo. Na verdade, ele parece ter muito pouco de uma ideologia efetivamente pensada exceto pelo eu e meus amigos.
Ele recebeu um apoio enorme de pessoas com raiva e ódio de tudo e todos. Tanto é assim que, sempre que Trump faz algum comentário horrível a respeito de alguém, sua popularidade aumenta. É uma popularidade assentada em sentimentos de ódio e medo. O fenômeno que estamos vendo aqui é de “ódio generalizado”. Em grande medida, por parte de pessoas brancas, da classe operária, de integrantes da baixa classe média, de pessoas que ficaram abandonadas e esquecidas durante o período do neoliberalismo. Elas atravessaram uma geração inteira de estagnação e decadência. E decadência, inclusive, no funcionamento da democracia, pois até mesmo a atuação política mal reflete suas preocupações e a busca da concretização de seus interesses. Tiraram tudo. Não existe crescimento econômico, só para uma minoria. Todas as instituições estão contra. Por isso, elas têm um desprezo imenso pelas instituições, principalmente pelo Congresso. Grande é a preocupação que elas têm de que estejam perdendo seu próprio país porque um “eles generalizado” está tomando conta de tudo. Essa forma de transformar em bode expiatório aqueles que são mais vulneráveis, juntamente com a ilusão de que estão sendo tratados com mimos e leniência pelas “elites liberais”, é algo bem conhecido, acompanhado de seu habitual cortejo com resultados dolorosos.
Em vez disso, a resposta a esse estado de coisas é a manifestação de um ódio generalizado contra tudo e contra todos.
As tendências a que nos referimos, que vão se materializando na sociedade americana, criarão, a menos que sejam revertidas, uma sociedade extremamente ruim para se viver. Uma sociedade cujos alicerces se assentarão na máxima vil de Adam Smith do “tudo para nós, e nada para os outros”, uma sociedade movida pelo Espírito de Época do “conquistar riquezas esquecendo-se de todos, exceto de si mesmo”, uma sociedade na qual os instintos e sentimentos, normais ao ser humano, como empatia, solidariedade, apoio mútuo, serão rejeitados. Não gostaria de ver meus filhos vivendo nesse lugar.
Se uma sociedade se baseia no controle da riqueza privada, ela refletirá esses valores — valores de ganância e o aumento do ganho pessoal, em detrimento dos outros. Por enquanto, uma pequena sociedade movida por esse princípio pode ser horrível, mas consegue sobreviver. Porém, uma sociedade global baseada nesses princípios caminhará para uma destruição em massa.”
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Mais em:



site: https://listadelivros-doney.blogspot.com/2018/09/requiem-para-o-sonho-americano-os-dez_57.html
Lista de Livros 11/10/2018minha estante
O trecho da parte III aqui destacado está falando dos EUA, mas parece na verdade se referir ao Brasil...


Marli.Ramires 11/10/2018minha estante
Deve ser sensacional. O documentário já assisti várias vezes.


Chellot 11/10/2018minha estante
Ele recebeu um apoio enorme de pessoas com raiva e ódio de tudo e todos. Tanto é assim que, sempre que Trump faz algum comentário horrível a respeito de alguém, sua popularidade aumenta. É uma popularidade assentada em sentimentos de ódio e medo. O fenômeno que estamos vendo aqui é de ódio generalizado. É o que estamos vivenciando no Brasil.




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