Resenhas - Arquitetura Neoclássica em Porto Alegre

MizukaYoshino 09/11/2017

A ideia do livro é bacana, de trazer e ressaltar os prédios neoclássicos de Porto Alegre e ainda tentar classificá-los em uma subdivisão. Só que não funciona muito bem.
Primeiro preciso ressaltar que o texto cortado que do nada continua várias páginas depois incomoda na hora da leitura, ou seja, péssima diagramação.
Mas sobre o conteúdo em si, preciso dizer que o autor erroneamente classifica alguns prédios como neoclássicos sem de fato serem. E ainda se perde nas suas subdivisões, com prédios classificados como 'neoclássico rigoroso', mas que contém inúmeros elementos que normalmente não encontraríamos em um verdadeiro neoclássico.
E com essas subdivisões ele acaba cometendo alguns erros que podem facilmente confundir o leitor. Por exemplo, ao falar de um livro sobre o neoclássico e colocar prédios ecléticos que contém base no neoclássico. Um grande exemplo disso é a Prefeitura Municipal e a Igreja Matriz, que são claramente prédios ecléticos.
O autor ainda tenta criar mais subdivisões, como um tal 'Neoclássico Moderno' e nisso adiciona o Instituto de Educação General Flores da Cunha, quando o mesmo é sim um protomodernista, mas que se enquadra na classificação Racionalismo Clássico.
Como disse, a ideia é muito boa e acho que deveria haver mais atitudes como essa, no entanto é preciso para tal não apenas conhecer o estilo sobre qual está se falando, mas também os outros estilos arquitetônicos que fazem parte da nossa história. Acredito que uma breve pesquisa sobre a história da arquitetura brasileira teria sido suficiente para que não houvesse os erros que citei.