Luiz 31/08/2022
O único lugar ao qual eu pertenço
"Com seus sentidos em alerta máximo, atentos a todos os cantos de seu corpo, Musashi não notava a saliva que escorria de seus lábios. Ao invés disso, seu corpo havia se transformado numa entidade, cuja consciência aguçada se fixava unicamente na espada de Seijuro. E esse foi apenas o início da épica batalha de Musashi contra todo o clã Yoshioka."
Faltam apenas 10 dias para a batalha de Musashi contra Yoshioka Deschinchiro, batalha essa, que foi marcada a um ano atrás entre os mesmos, agora, Musashi se encontra em Kyoto, sentado em uma floresta, no ano novo, ele se depara com o oponente que ele mais desejava enfrentar em Kyoto, Yoshioka Seijuro, aquele que encontrou Musashi a 1 ano atrás e pediu para que ele voltasse para casa, pois não era capaz, e 1 ano depois, suas espadas se reencontram.
Acompanhar o passado de Deschinchiro me fez gostar bem mais do personagem do que no passado, é realmente alguém empenhado. E nessa história, deixa mais explicito o amor que esses Irmãos (Deschinchiro e Seijuro) sentem um pelo outro, como quando Deschinchiro no mesmo dia em que Seijuro parte para enfrentar Musashi, percebe que ele poderia ter treinado mais com seu irmão, e não so enxergar a espada dele.
O que Deschinchiro não sabia, era que Seijuro havia ido para o campo de batalha enfrentar Musashi porquê não queria ver seu irmão morto pelas mãos dele, e é nesse momento, quando se depara com a técnica de Musashi, que percebe que ele havia mudado muito desde o último ano, Musashi, agora, conseguia ver a espada de Seijuro.
Seijuro fica impressionado com isso, ele descreve Musashi como um "algodão", leve; grande; mas também pesado como um algodão molhado. Musashi pegunta para sí mesmo se mudou tanto assim, mas em seguida já temos a resposta. Ele diz que os velhos (Ine'i e Sekishusai) de alguma forma, ocuparam um lugar no subconciente dele, um lugar que antes, seu pai era quem ocupava...