Resenhas - Eu Sempre Fui Azul

@plataformadolivro 05/12/2017

A princípio eu pensei que o livro fosse falar sobre autismo por causa do título, mas se trata da lista suicida da baleia azul.
Paulo é salvo no momento em que ia cometer suicídio pela garota mais popular da escola: Alice Silva. Ela se encarrega de tomar conta dele a partir de então.
A mãe de Paulo é dependente química e o pai tem outra família, então ele mora com seus avós.
Mas o que o levou a pensar em suicídio? Qual o fardo tão pesado e difícil de suportar que esse menino de 17 anos carrega?
Alice também tem um segredo por trás da menina popular e perfeita que eu achei bem interessante, mas achei o final um pouco confuso.
É uma leitura que vale a pena, pois nos leva a refletir bastante sobre muitos aspectos importantes.

thaisdreveck 18/12/2017

Instigante
« RESENHA »
?
» Livro: EU SEMPRE FUI AZUL
» Por: LORHAN ROCHA
» Editora: SKULL
» Páginas: 158
» Leitura: 130° do ano
?
» CAPA 5/5
Vamos admitir, essa capa é realmente linda! Adorei o contraste branco e azul, a fonte rebuscada, a imagem de boa resolução. Todo o conjunto foi feito de uma forma a conquistar o leitor, sendo o tipo de livro que se deseja ter na estante, não apenas por sua beleza, pela diagramação, mas como também pela história extremamente bem desenvolvida.
?
» HISTÓRIA 5/5
Eu fiquei completamente apaixonada pela forma como Lorhan trata o tema abordado. Pelas cores azuis, a primeira coisa e tema que pensei foi exatamente sobre o tão atual jogo mortal da "baleia azul", entretanto o livro expressa muito mais sobre o suicídio e a depressão. Te fazendo refletir e pensar sobre como poderia ajudar as pessoas que enfrentam seus próprios demônios.
?
O protagonista é o jovem Paulo, de dezessete anos, com dezenas de problemas familiares e uma mente confusa, que decide tirar a própria vida, sem sucesso por uma ajuda simples, baixinha e furiosa: Alice. Uma amizade que esconde alguns segredos ocultos, mas que faz florescer a vontade de viver.
?
É um livro curto, li em uma tarde, e com uma escrita leve e rápida. Os sentimentos passados pela história envolvente te fazer realmente pensar na vida e nas escolhas. O tema do suicídio tomou muitas proporções nesse ano de 2017 principalmente por conta da famosa série Thirteen Reasons Why, porém não é algo novo, apenas temos a certeza que já estava na hora de cada um de nós pensar que precisamos de alguma âncora para nos manter-mos na realidade.
?
É o tipo de livro que te faz rir e chorar, viciar, refletir, te dar ressaca e principalmente a força para ser uma âncora. Afinal, acredito eu, que todos temos a força passa fugir do poço que parece sem fundo, às vezes, só precisamos de alguém do lado de fora nos estendendo a mão.

@biblioteca.da.alma 09/07/2020

Alerta, gatilho
Eu nem sei direito por onde começar. Afinal, o jogo da baleia azul foi (e talvez ainda seja, não sei) real e isso é muito angustiante. De certa forma eu esperava mais do livro, principalmente do final. Mas de qualquer modo, a obra mostrou como alguém pode mudar a vida de outra pessoa que tá passando por um momento difícil, como a depressão. No entanto, eu achei que Paulo não se importou muito com os sentimentos de Alice, ele foi meio negligente nesse ponto. Talvez se ele tivesse procurado saber mais sobre ela, entende-la melhor, o final fosse diferente. Ok, que ninguém é responsável pelos problemas dos outros, porém se ele estava em uma relação com ela, o mínimo era que ele tentasse compreende-la. Em geral, é um bom livro, mas acho que pode gerar alguns gatilhos em quem tem depressão.

Mendes78 10/09/2020

é...
Eu já li muitos livros tristes e sobre o tema proposto pelo livro mas nunca tinha lido nenhum que se passasse no meu Rio de Janeiro. O local onde se passa o livro me chamou muito a atenção e assim eu me aventurei pela história de Paulo, eu amei a relação dos personagens e os diálogos foram muito bem construídos, senti falta de alguns detalhes sobre a cidade ou sobre a escola ou até mesmo sobre os personagens em si ou a passagem de tempo, mas acima de tudo a o plot twist e a veracidade que vi nessas palavras me fizeram sentir, eu já fui azul, amei a forma como usou a cor para fazer esse paralelo e me senti representado em muitas falas. Claramente chorei com o final, parabéns pelo livro, eu comecei meio que perdido por conta desses detalhes que eu senti falta mas com o passar do tempo me vi tão imerso no contexto que não pude não me emocionar com esse fim.

giovana.c.soares 01/12/2017

Muito emocionante!
O autor Lorhan Rocha conseguiu com total maestria abordar sobre o tema: Depressão. Um livro muito bem detalhado e narrado em primeira pessoa pelo personagem principal, o Paulo. E que nos mostra a realidade de uma pessoa que sofre com a doença depressão. Confesso que chorei muito lendo, mas também ri muito com as referências Geeks que o autor usou durante todo o livro, um livro para ler e reler, pensar e repensar e entender ainda mais sobre o universo azul do personagem. Eu super recomendo!

Conta-se um Livro 26/12/2017

O livro começa com Paulo se preparando para pular do Cristo redentor como última tarefa do Baleia Azul. Ele prevê tudo o que vai acontecer, o que as pessoas irão dizer ou o que irá compor o cenário de sua morte. Ele esta decidido até que alguém surge e vai contra a tudo que ele havia pensado que seria. Alice, a menina mais bonita da escola surge para impedir Paulo de pular.

Eles começam uma amizade, onde Alice diz que irá cuidar de Paulo para que a vida dele fique menos azul. Todos os dias os dois se encontram, no começo isso acontece contra a vontade do garoto que só quer ficar sozinho e fazer com que a vida de Alice não se torne complicada por ela esta falando com um dos nerds da escola.

Porém Paulo vai conhecendo Alice e descobrindo coisas em comum com a garota que ele nunca sonhou que seria possível, como o fato de Alice ser tão fã de Star Wars quanto ele. Um romance vai surgindo e com ele uma mistura de cores no quarto e na vida do menino.

Paulo mora com seus avós, seu avô é um senhor rígido e de poucas palavras, já sua avó é uma senhora que tenta entender o neto e fazer com que a vida do menino seja mais leve tentando sempre dar espaço ao neto e comprar coisas que o menino goste.

No decorrer do livro vão sendo apresentados alguns personagens bem intencionados como a nova professora de português ou a enfermeira da escola que sempre ajuda Paulo e seu primeiro amigo da escola, o Pablo que se mostra uma pessoa divertida e companheira.

Tem também as pessoas má intencionadas como o trio de valentões que é liderado por Matheus, um repetente que coloca o terror em todos na escola e criou uma espécie de ditadura implícita que todos tem que seguir na base do medo.

"- Sei que precisa de ajuda, e se precisa de alguma coisa, estarei aqui Paulo. Você pode ler esse livro e podemos conversar sobre o quanto Moby Dick é incrível e quanto o mar é assustador, principalmente quando o navio naufraga e você fica em alto mar, sozinho... Na esperança de que alguém chegue a um bote e estenda a mão. - Ela volta a andar em direção a sua mesa e arruma suas coisas e ao chegar à portada sala me lança um breve adeus com o braço direito no ar." - Pag. 24

Paulo nos conta sua história abordando assuntos como bullying, agressão, depressão e suicídio, temas difíceis de serem abordados mas que fazem parte do nosso cotidiano e da vida do nosso protagonista. O autor neste livro conseguiu trazer em poucas páginas o impacto que palavras, atitudes e até mesmo decisões fazem na vida de uma pessoa, e claro trabalhar com este assunto delicado mas de extrema importância que é a depressão de forma que conseguimos entender um pouco de como é se sentir azul.

Um ponto que achei interessante que o autor abordou na história foi mostrar os dois lados do Baleia Azul de forma sútil. De um lado a pessoa que aceita as tarefas do jogo e do outro a pessoa que passa estas tarefas. Isto com certeza foi algo difícil de se introduzir, pois são pessoas brincando com a vida de outras, e isso não quer dizer que não exista consciência para pesar.

"Nesse momento como em todos os outros da minha história. Ao ligar o abajur tudo fica azul, o enorme Dart Vader do quarto, a estante em acrílico, as miniaturas de personagens, meus HQ's e a enorme estante de livros. Mas, além disso, de todas as coisas azuis que havia no quarto a mais linda estava bem a minha frente, Alice."

O livro é bem escrito, a história flui de forma leve e conforme as páginas passam o autor vai introduzindo elementos que tornam o livro emocionante.

O autor soube trabalhar muito bem o amadurecimento dos personagens, principalmente Paulo que teve um avanço significativo que eu posso dizer até que foi uma superação pessoal conseguir se socializar com os outros, conseguir de certa forma se abrir sentimentalmente para outras pessoas entrarem em sua vida e fazer parte dela.

A parte que mais gostei foi quando a professora de português de Paulo faz analogia de Mob Dick com a Baleia Azul e eu achei genial pois nesta parte ela abordou sonhos, conquistas o que acho que fez toda a diferença para Paulo parar e analisar a situação com mais calma.

O final é trágico (prepare os lenços de papel pois irá precisar) mas sinceramente não esperava algo muito diferente pois precisava ser assim para trazer o impacto do tema em si, mas confesso que foi emocionante e torci até o final para que as coisas descem certo.

Eu recomendo o livro para quem gosta de uma leitura mais voltada para o sentimento dos personagens, em "Eu Sempre Fui Azul" você precisa esta preparado para entender cada sentimento do universo de Paulo e entender o que ser Azul significa.

site: https://contaseumlivro.blogspot.com.br/2017/11/resenha-sempre-fui-azul-lorhan-rocha.html

LivrosDoces 16/01/2018

Ameiii
Confesso que sofri com as dores e angústias de Paulo, me coloquei no lugar dele várias vezes e sim chorei!

A forma que o autor descreve te faz sentir tudo a flor da pele, me fez torcer muito por Paulo, amei a leitura e realmente indico.

Eu sei (muito) o que é ser azul e não, não é querer chamar a atenção ou nada do tipo, ninguém sentiu nossas dores e não sabe o que passamos, o Lorhan colocou tudo de forma perfeita, não só os sentimentos de Paulo, mas também a forma que as pessoas pensam de uma com depressão ou que tenha tentado suicídio. É triste a forma que somos tratados.
Eu estou a um tempo para fazer essa resenha, mas por ser um assunto delicado e por viver nesse mundo se tornou algo complicado a descrever, todos que acompanham a minha ig sabe que meu gênero literário favorito tem algo mágico ou sobrenatural, pois bem, o livro "Eu sempre fui Azul" se tornou muito especial pra mim e realmente recomendo esse livro a todos e que leiam com carinho. Vale muito a pena.
Preferido do ano ♡

Quem nunca se sentiu Azul? 💙

Quem quiser ler tbm tem primeiras impressões 😉

Com toda certeza ainda falaremos muito desse livro maravilhoso e desse assunto que deve sim ser sempre abordado. O Assunto é delicado, mas merece a atenção de todos.


site: https://www.instagram.com/p/BaphEVlALjJ/

#PandS 01/02/2018

Livro: Eu sempre fui azul
Autor: @lorhanrochaescritor
Editora: @skulleditora
Nota: 4/5
⠀⠀⠀⠀
⠀⠀⠀⠀ Nessa leitura fluída e breve, acompanhamos Paulo na sua difícil jornada de vida tendo que enfrentar os “valentões” da escola e seus problemas pessoais com seu pai e avós, após a morte prematura da sua mãe que era dependente química.
O garoto possui uma personalidade forte e divertida, que foi aos poucos sendo apagada por causa dos obstáculos do destino.
Em meio a essas dificuldades e sua depressão, Paulo encontra um lamentável refúgio em realizar as tarefas imposta pelos ditos “curadores” de um nefasto jogo online, chamado A Baleia Azul🐳. A última tarefa que Paulo é induzido a realizar é pular do alto do Cristo Redentor. Infelizmente, sendo um rapaz de 17 anos, solitário, depressivo, e sem nada a perder, Paulo sobe no pico e está prestes a acabar com seus sofrimentos quando é salvo por Alice.
Alice poderia ser uma garota puritana que estava de visita ao Cristo, ou até mesmo uma senhora preocupada com os adolescentes do mundo... Mas não, Paulo a conhece, e para ele, a sua salvadora é alguém que ele pensou que nunca o notaria em meio a sua vida reclusa no seu mundo azul, Alice é a garota mais incrível e mais popular do colégio.
Após o quase fatídico acontecimento, a garota passa a “cuidar” de Paulo e uma linda amizade romântica surge em meio a jantares familiares tensos, descobertas de paixões em comum e segredos. ⠀⠀⠀⠀
⠀⠀⠀⠀
💙 Narrado em primeira pessoa pelo protagonista, durante a trama o autor nos faz refletir sobre problemas visíveis na sociedade que muitos preferem ignorar, o que infelizmente resulta em graves perturbações psicológicas. Apesar do tema forte, a história tem suas partes divertidas e fofas repletas de referências geeks (Star Wars domina!!), uma boa narrativa para ler em uma tarde de feriado, ou um fim de semana preguiçoso... Mas, se você quiser descobrir por que Paulo define seu mundo como azul, super recomendo iniciar a leitura agora.💙 ⠀⠀⠀⠀
⠀⠀⠀⠀

Resenhado por: Larissa


⠀⠀⠀⠀Disponível em ⤵ ⠀⠀⠀⠀
⠀⠀⠀⠀
www.lojaeditoraskull.com.br/home/Eu-Sempre-Fui-Azul-Lorhan-Rocha

site: https://www.instagram.com/p/BepYpCqF1MI/?taken-by=pagesandseasons

cyassuko 30/03/2024

Esperei que fosse um história de esperança
Achei que fosse um história de esperança, especialmente pelo público do livro ser mais jovem. Mas a história não traz nenhum esperança, pelo contrário. Paulo não recebe nenhuma ajuda profissional depois de tentar se matar, tudo girou em torno de um relacionamento. Não acho legal passar a mensagem de que nossos problemas podem ser resolvidos por um relacionamento, porque não podem. Em vários trechos, os personagens tentam suprir o amor próprio e o autocuidado que o outro deveria ter consigo mesmo. Além disso, vemos a falta de apoio e amparo para um jovem que tentou se matar. Vemos o bullying e o estupro passarem impunes. Vemos a conivência da escola.

Tenho depressão desde a adolescência, e teria me feito muito mal ler um livro tão trágico. Naquela época, ler histórias de pessoas que se curaram da depressão me davam esperança. Fizeram a diferença pra eu continuar. Então fiquei bem decepcionada com esse livro. Como mencionei no começo, o público do livro é um pouco jovem (na Amazon está indicado até para crianças), e não acho que faz bem pra um jovem ter tanta desesperança na vida e nas pessoas. Já vivenciamos a indiferença, a dor, a perda de pessoas queridas, a injustiça, a apatia. Quem sofre com a depressão, já vive isso. Não queremos buscar esses sentimentos em um livro. Queremos ver histórias de pessoas que sentem o que sentimos e conseguiram deixar de se sentir isso tudo, se curando. E não desistindo.