spoiler visualizarGuilherme 22/05/2024
Resenha Bloody Rose de Nicolas Eames
Bloody Rose (Rosa Sanguinária em português) é o segundo volume da série The Band. Eu li a versão E-book que contava com 446 paginas.
O livro se passa 6 anos após os eventos finais de Reis do Wyld e acompanha o grupo de mercenários apresentado no final do primeiro livro, o Fable, que são os companheiros da Rose, filha do Golden Gabe.
A história acompanha Tam, uma jovem de 17 anos fascinada por aventuras. Após o falecimento da mãe, uma barda, seu pai se tornou super protetor . Por sorte o tio de Tam (Bran) percebeu o desejo da sobrinha e conseguiu uma audição para a uma vaga de Barda junto ao Fable, que precisava de uma musicista para compor a canção da última aventura do bando antes da aposentadoria.
Além da de Tam e da Bloody Rose o Fable também é composto por Cura (uma invocadora), Brune (shaman/xamã/druida), Freecloud (um druin/ marido da Rose) e Rodrick (um sátiro), que administra os contratos do grupo.
O livro também traz de volta alguns personagens antigos como a Jain e suas flechas de seda bem como o aracnídeo Tiamax, do grupo vanguarda. Alguns personagens do Saga também aparecem na parte final da história como Moog, Golden Gabe e Clay Cooper.
É muito divertido procurar referência as bandas de rock no nome dos bandos, coisa que me passou batia na leitura do primeiro livro.
Neste livro acompanhamos as consequências dos eventos do primeiro, com o retorno de Astra, viúva do inverno e suas habilidades com necromancia.
A primeira metade da história se preocupa em nos introduzir ao novo grupo de mercenários em sua turnê e em minha opinião é a minha parte favorita da história.
Após a trama principal efetivamente tomar espaço eu não pude deixar de notar a previsibilidade da trama. Era obvio que o contrato para matar o dragão era um truque da vilã. Esse plot é muito obvio e me fez gostar menos do livro.
Era igualmente obvio que ela ressuscitaria o dragão e o usaria como meio de obter sua vingança. E quando o Fable decidiu não ir atrás dele ficou igualmente não me surpreendeu que alguma coisa teria de servir como catalizador para a retomada na jornada principal, infelizmente isso resultou no fim do Golden Gabe.
Apesar disso o livro é bastante divertido e os combates bem escritos e empolgantes. Gostei particularmente do crescimento da Rose no final e sua decisão de focar no cuidado de sua filha.
A história tem como tema principal o embate geracional de pais e filhos e como os erros de ambos causam feridas e cicatrizes. Particularmente acho de muito bom gosto o fato de por mais que Rose culpe o pai por sua criação, ela mesma acaba indo exatamente pelo mesmo caminho e é por este motivo que o trecho final é tão recompensador.
Outro reflexo disso é a história da Tam com barda. Em um primeiro momento achei muito estranho a cena dela quebrando o instrumento musical de sua mãe, contudo depois de pensar um pouco ficou obvio, ela percebeu que assim como Rose estava tentando se destacar e superar a fama de seu pai, ela mesma estava se obrigando a fazer a mesma coisa e que no fundo não era o que ela realmente desejava.
Por mais que tenha entendido, achei um pouco desagradável ver a quebra do instrumento. (Espero que a filha de Clay não faça o mesmo com o escudo).
Conclusão
Assim como o antecessor, Bloody Rose é uma história de fantasia divertida, sendo um prato cheio para os fã de D&D.