O Veneno da Madrugada

O Veneno da Madrugada Gabriel García Márquez




Resenhas - O Veneno da Madrugada


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Deghety 18/04/2024

O Veneno da Madrugada
Eu tinha lido esse livro há aproximadamente 20 anos. Lembro que na ocasião eu não tinha gostado muito, achei sem propósito e parado.
Nessa segunda leitura tive uma visão completamente diferente. O enredo é tenso e real dentro das perspectivas que conhecemos sobre terras "sem lei".
O Veneno da Madrugada são pasquins que são colados anonimamente nas paredes das casas no vilarejo e que relembram os podres e pecados dos moradores. Interessante que são coisas que todo mundo o sabe, mas mesmo assim traz alvoroço e tragédia na comunidade.
O personagem que mais se destaca é o alcaide, um tenente corrupto e autoritário.
Apesar dos personagens não terem suas características psicológicas detalhadas, o leitor, a partir dos acontecimentos, tem uma noção da complexidade de cada um deles, mesmo os menos ativos no enredo.
Todos têm frases espirituosas ou sarcásticas independente do que o momento exige.
Outra coisa interessante é que Gabo já esboça a ideia de Cem anos de Solidão, uma vez que o Padre Angel, personagem deste livro, fala sobre Macondo e Coronel Aureliano.
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Vivaz0 22/03/2024

Bastante entediante, não consegui achar nenhum dos personagens cativantes ou sequer me importar com eles.
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Consuelo 22/01/2024

Gabo genial
A corrupção e a violência das ditaduras na América Latina, apoiadas pela Igreja na (in)disfarçada imparcialidade política.
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meslivres 24/11/2023

Verdade e Fantasia
O meu exemplar é de segunda mão e a última página está assim rasurada: ?Um livro disperso, sem nenhuma estória ou focalização dos personagens. Mostra, apenas, a brutalidade e o banditismo de um regime político encarnado no alcaide da pequena Macondo. Não gostei. janeiro de 87?

A pessoa que escreveu isso em 87 não só não percebeu que a narrativa não se passa em Macondo, mas em um povoado próximo, como também não foi capaz de enxergar a profundidade da obra, que não é dispersa, mas densa.

As pessoas precisam se mudar devido às enchentes que, naquela região, denunciam o ?advento do fim? do mundo. Mas, ao contrário do que se vê costumeiramente, o apocalipse não os assusta ou surpreende tanto quanto o veneno (i)moral disposto por suas portas pelas madrugadas.

A parte da população latina, o fim do mundo não é bem uma ameaça, a qual se possa se contrapor, é ao mesmo tempo estranho e familiar, contíguo.

O medo da desmoralização, esse sim, é um fantasma assombroso. O banditismo, caro leitor de 87, passa longe de ser protagonista, isso porque o crime que apavora os moradores do povoado é a calúnia anônima, capaz de por em questão a mais honrosa das senhoras, de putrefazer a mais candidata reputação.

?O veneno da madrugada? é um Maravilhoso conto comprido do Gabriel, com aquele olhar de realismo intricado aos olhos sinceros, que não se corrompem ao juízo entre A Verdade e A Fantasia.

Médico e Padre (os donos das Verdades Científica e Divina) resistem até o ultimo minuto a dar ouvidos aos pasquins, ou simplesmente constatar a relevância de seus efeitos, pois estão sempre ocupados apenas com o que é Real e Digno, respectivamente.

O alcaide já está de saco cheio dessa perturbação. Vamos dar importância ao que tem importância. Comece a dar palco a pieguices que a ordem gangrena. Esse é seu ponto de vista.

O juíz age como deve agir nessas horas, insolente, preocupado apenas com os pelos da própria cara. Ah, meu caro, nesse caso um juíz vigilante, que busca o autor do crime, só atrapalha. Afinal, qual crime? Propagar inverdades que todos já conhecem? E quais as verdades? Essas ninguém conhece. Não seria um marfório anônimo que as declamaria.

O mais importante no momento ao alcaide e ao juiz é um dado real objetivo: devido às constantes inundações, os moradores do bairro baixo transportaram nas costas suas casas para o terreno por traz do cemitério. É preciso agora adjudicar os terrenos aos colonos e pagar a indenização correspondente ao fundiário. Ah, o realismo mágico! Tão à frente nos assuntos sobre a realidade que tem a força de impulsionar o meio acadêmico.

A literatura latina é mesmo tão luzente quanto os raios de sol que a encandeiam!
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luizagross 20/12/2022

O livro inicia de uma forma muito parecida com crônica de uma morte pré anunciada, gerando a expectativa que o livro será tão bom quanto o clássico. Ainda no início, faz referência a um personagem de cem anos de solidão, o que aumenta ainda mais a expectativa. A história se desenrola de um modo instigante, contudo não tem toda a força desses outros clássicos do autor. Ainda assim, vale a leitura.
Luana 11/04/2023minha estante
Eu acabei pegando uma versão antiga do meu pai, entao no final, acabei ficando em duvido de como acabou, ou se estava faltando algumas paginas... vc poderia me explicar?? Kkdkkdk




Carolina909 21/11/2022

O típico livro que não se consegue parar de ler! Se puder, leia antes de Cem anos de solidão, já q essa obra antecede o mais famoso livro desse autor maravilhoso
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Crixtina 29/07/2022

Como não gostar de Gabo
Um livro com muitas camadas , se a leitura é feita superficialmente a sensação que fica é de um livro sem muita profundidade , agora se você consegue entrar nas camadas do livro descobre um livro extremamente crítico com relação a política, igreja e poder ! Muito bom
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Carolina.Gomes 23/07/2022

Segredos que todo mundo sabe?
Confesso que não conhecia esse livro, mas por escolha do grupo de leitura, topei a aventura. Sendo Gabo, pensei: difícil errar.

Fui lendo sem saber direito o que ia acontecer, mas eita contador de história bom esse Gabo, viu?

Não me apeguei aos nomes dos personagens e isso ajuda a focar no que realmente importa.
A paz (?) de um povoado comandado por um Alcaide ditador, de repente, começa a ser perturbada por Pasquins, espalhados, pelas ruas, contando fofocas sobre os moradores do local. Fatos que todos sabiam mas que se comentava apenas à boca miúda. A riqueza vai sendo exposta em sua torpeza. O foco dos Pasquins são os peixes grandes, claro!

Isso é o pano de fundo, escolhido pelo autor, para criticar os regimes totalitários e a Igreja, de forma sutil mas nunca superficial!

Foi bom ver referências a Cem anos de solidão. Penso que esse talvez tenha sido um embrião para a célebre obra do autor.

O que era para ser um conto, se tornou um livro pouco conhecido mas que valeu a pena conhecer!
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taynna cavalcanti 23/06/2022

a má hora
3° livro do Gabo que leio e claramente continuo - fiquei até mais! - apaixonada por sua escrita tão genial.
em o veneno da madrugada ou "a má hora", seu título original, acompanhamos a história de um povoado que recebe em suas portas, durante as madrugadas, pasquins (um tipo de jornal difamador) sobre alguns cidadãos de classe mais alta. não se sabe quem é (ou quem são) os autores, mas fica evidente quem são as pessoas que se beneficiam das fofocas.
a ligação dessa obra com outras do autor, como em "os funerais de mamãe grande" e "cem anos de solidão" é genial. a forma como Gabo trouxe cada informação pra nos deixar curiosos e continuar lendo sua obra não foi nada sutil, todas as referências só passam despercebidas caso você não saiba nada sobre outros livros do autor, caso nunca tenha ouvido falar a palavra "alcaide" ou algo sobre o povoado de Macondo.
enfim, recomendo darem uma olhada no vídeo resenha da Bárbara do B de Barbárie no youtube!
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Queila 21/05/2022

Tendo como pano de fundo uma cidade do interior onde nada acontece, Veneno da Madrugada traz ação e movimento ao tentar descobrir que é o autor das missivas recebidas pelos habitantes.
Mas, em se tratando do autor sabemos que há muito mais nas entrelinhas dessas mensagens.
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Júlia 29/04/2022

Bom
Confesso que a experiência de leitura foi razoável, pois a narrativa em si não me despertou muito o interesse.

No entanto, é inegável a qualidade da escrita do Gabo, de fato consegui imergir na história independente da atenção posta sobre ela.

Pretendo ler as obras mais marcantes dele posteriormente, como ?Cem Anos de Solidão? e ?O Amor nos Tempos do Cólera?.
denis 30/04/2022minha estante
Memórias de minhas putas tristes foi o livro que mais gostei dele até agora. Cem anos de solidão deixa um sentimento de tristeza.




Raquel 04/04/2022

O veneno da madrugada
Numa cidade pequena, quente e esquecida, alguém cola pasquins anônimos nas portas das casas durante a madrugada. Os papéis contam segredos que toda a cidade já conhece: traições, filhos bastardos, segredos de família, etc. Quando Cesar Montero, após encontrar um pasquim em sua porta, mata o suposto amante da esposa, a cidade fica em polvorosa, temendo novas mortes e a revelação de novos segredos..... Os pasquins são o estopim para mudanças em toda cidade.

O protagonista é a cidade como um todo e aos poucos o autor vai mostrando quem são os moradores, seus conflitos pessoais e políticos. Dois personagens se destacam: o alcaide, que é o símbolo do poder repressor, e o padre Ángel, que prega a moral e os bons costumes e luta contra uma infestação de ratos na igreja. Ao longo da história, as tensões entre as forças políticas antagônicas vão aumentando e a história se mantem num clima de suspense: numa passagem o alcaide fica indignado com um aviso do barbeiro proibindo discussões políticas no seu estabelecimento e declara “Aqui o único que tem direito de proibir qualquer coisa é o governo. Estamos numa democracia”.

A cultura latino-americana é retratada de uma maneira crítica e irônica, bem ao estilo desse incrível autor colombiano, que aborda temas comuns em seus livros: a crítica ao coronelismo, às disputas políticas, ao abuso de poder, às nossas frágeis democracias. O livro é curto mas deixa muitas ideias para reflexão. Eu já tinha lido “O amor nos tempos do cólera” e “De amor e outros demônios” e, mais uma vez, Gabriel Garcia Marques não me decepcionou. Pretendo ler outra obras desse autor fantástico!
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Leandro190 26/02/2022

O Veneno da madrugada
Ácido e bem humorado, esta obra de Gabo nos coloca em contato com as facetas mais desditosas do poder. Enriquecimento ilícito, coerção e censura são alguns artifícios do alcaide caribenho. Este livro me fez pensar quando é que, se é que um dia nos livraremos dos maus governantes. Detalhe saboroso da obra é a citação feita a Dickens. Vale cada página.
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"Aonde você vai Sam?" 31/12/2021

Gaboverso em expansão
O grande trunfo desse livro é a conexão com outros da obra do Gabo, o que é bom e ruim ao mesmo tempo. Se por um lado esquentam o coração as referências a Macondo e aos Cem anos de solidão (e até à Mamãe Grande), por outro, é como se o livro não parasse em pé sem isso. Aqui não há personagens cativantes como em O amor nos tempos do cólera ou Do amor e outros demônios - também pudera, não é uma história de amor! Talvez seja esse o "problema": ninguém escreve sobre o arrebatamento da paixão como Gabo e, nesse livro, falta isso, é uma história política, tema que é secundário nas suas histórias mais famosas. Esse pode ser outro problema: o momento em que está o Brasil quando acabo essa leitura me faz não suportar bem ler sobre canalhas e suas safadezas, pra isso me basta o noticiário (do qual eu tenho fugido, a bem da sanidade).
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