spoiler visualizarRonaldo 23/04/2017
Resenha – O Mestre Dos Mestres
Até o início dos anos 80, a ciência pouco se importava com Jesus Cristo, para ela, a existência do Messias não passava de uma antiga ficção e a Bíblia jamais serviu como fonte de informações. Entretanto, escavações patrocinadas principalmente por canais de televisão, como o Discovery Channel e o National Geographic, acabaram encontrando em escavações no Oriente Médio, manuscritos em pergaminhos, demonstrando finalmente para historiadores, arqueólogos e demais cientistas a existência de “Yeshua”, nome de Jesus em sua língua materna, o aramaico.
No último domingo (16/04/2017), comemoramos mais uma Páscoa, a ressurreição de Cristo para os mais de 2 bilhões de cristãos no mundo todo.
Terminei a leitura de mais uma obra do maior escritor brasileiro da atualidade, o Dr. Augusto Cury, “O Mestre dos Mestres”, lançado em 2006. O livro é primeiro de uma coleção de 5 livros, um ousado desafio do Dr. Cury em analisar sob a luz da ciência a inteligência de Jesus Cristo.
O autor faz questão de frisar, em momento algum utilizou a fé, nesta obra limitou-se a utilizar a psiquiatria.
Apesar de sua existência transcendental, Jesus não anulava a arte de pensar; pelo contrário, era um mestre excepcional nessa arte. Cristo vivia numa época em que falar, expressar as próprias opiniões era algo perigoso, por isso se dirigia ao povo através de parábolas.
Suas construções de pensamento eram sofisticadíssimas, mesmo quando retratava a miséria: “as raposas têm seus covis, as aves do céu têm seus ninhos, mas o filho do homem (Ele) não tinha onde reclinar a cabeça” (Mateus 8:20).
Reagia com educação até quando o ofendiam profundamente. Era amável mesmo quando corrigia e repreendia alguém (João 8:48-51; 53-54). Não expunha em público os erros das pessoas, mas as ajudava com discrição, as considerando acima dos seus erros, conduzindo-as a repensarem. Inteligência emocional em nível elevadíssimo.
Jesus tem quatro biografias que chamamos de “Evangelhos”, palavra oriunda do grego, que significa “boas novas”; Mateus, Marcos, Lucas e João. Dos 4 evangelistas, apenas dois, Mateus (o coletor de impostos) e João (o mesmo que escreveu o Apocalipse), conviveram com Cristo. Marcos e Lucas não viram Jesus!
O autor diz que a inteligência do Carpinteiro de Nazaré era tão grande, que ele abordaria temas que só seriam temas científicos no século XX, como a “ansiedade”, Mateus 6; 25-34.
Yeshua era realmente um homem a frente de seu tempo, há 2 mil anos, ele não permitia; tensões, ira, intolerância e preconceitos.
Cristo, apesar de ser Deus, gostava de ser humano, por isso se auto intitulava como o “filho do homem”.
Jesus era um agradável contador de histórias, paciente e carismático na arte de ensinar. Era um privilégio estar ao lado dele. Cativava até seus opositores, afinal, Nicodemos e José de Arimateia eram fariseus. Transmitia ensinamentos complexos com histórias simples. Estava sempre contando uma história que pudesse atrair as pessoas e estimulá-las a pensar.
Cristo era um grande semeador de princípios, de pensamentos e de vida. A parábola do filho pródigo e a das virgens néscias e prudentes, nos traz grandes ensinamentos, como viver prudentemente e o perdão.
P.S.: uma crítica minha é que a edição ainda não está adaptada a nova ortografia oficial da língua portuguesa, por todo livro encontrei palavras como: idéia, auto-estima, eloqüência.