Resenhas - Kierkegaard

Romeu Felix 16/02/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
O livro "Kierkegaard" de Umberto Regina, publicado em 2017 pela editora Ideias & Letras, é uma introdução à obra de Søren Kierkegaard, filósofo dinamarquês do século XIX. O autor apresenta uma análise das principais ideias do filósofo, situando-as em seu contexto histórico e cultural.

O livro está dividido em seis capítulos. No primeiro, Regina apresenta a biografia de Kierkegaard e faz uma contextualização histórica e cultural da Dinamarca da época. No segundo capítulo, o autor faz uma análise da obra "O Conceito de Angústia", abordando temas como liberdade, pecado e culpa.

O terceiro capítulo é dedicado ao livro "Temor e Tremor", no qual Kierkegaard trata do sacrifício de Isaque por Abraão e reflete sobre a ética da obediência absoluta a Deus. No quarto capítulo, Regina discute a obra "A Doença para a Morte", na qual o filósofo aborda temas como o desespero e a possibilidade da salvação.

No quinto capítulo, o autor apresenta a obra "Ou-Ou", que trata da escolha entre a vida estética, a vida ética e a vida religiosa. Por fim, no sexto e último capítulo, Regina apresenta uma análise da obra "As Obras do Amor", na qual Kierkegaard reflete sobre o amor como uma categoria ética e religiosa.

O livro é escrito em linguagem acessível e didática, tornando a obra de Kierkegaard mais acessível ao leitor não especializado. Além disso, o autor apresenta diversas citações da obra do filósofo, o que torna a leitura mais rica e estimula o leitor a aprofundar seus estudos sobre o tema.
Por: Romeu Felix Menin Junior.

Kaique.Nunes 13/02/2019

Umberto Regina, é um filósofo italiano, que oferece nesse livro uma introdução a toda obra de Søren Kierkegaard. Regina faz comentários e resumos de cada obra do pensador, considerando-o como o criador de uma nova arte do existir. Tanto que o título original da obra é L'arte di esistere (A Arte de Existir), que se perdeu na versão portuguesa.

Kierkegaard foi um dos maiores críticos do sistema hegeliano. Hegel pretendeu deduzir a existência do indivíduo numa ideia universal e encerrar todo o universo em um sistema. Kierkegaard rejeita ambas as teses; a primeira, porque a existência do indivíduo é tão imponderável que não poderia ser deduzida por nenhum conceito; a segunda, porque a mente humana é inadequada demais para ser capaz de compreender a totalidade da realidade com um único olhar, um único aspecto.

O pensador também foi um severo crítico da igreja dinamarquesa de seu tempo, assim como todo tipo de religiosidade que reduzia o cristianismo a pura exterioridade, um puro formalismo e convencionalidade. Para ele, fé cristã envolve risco, sofrimento e muita interioridade. Em suas palavras, “meu pensamento dominante era que em nossa época foi esquecido o que significa existir e o que significa interioridade”, reabilitar estes dois conceitos é o objetivo de sua filosofia.


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