@GabsBITS 08/01/2020
Miller Britto, foi um prazer conhecer seu trabalho.
A margem grossa e as letras grandes fazem o livro parecer mais grosso do que realmente é. Se você é do tipo que avalia se vai ler um livro pela quantidade de páginas, vai por mim: 287 páginas passam voando nessa obra, como se tivessem 150.
Mas não tomem esse comentário como uma crítica negativa, não, longe de mim. Todos esses aspectos só enriquecem o livro de forma grandiosa, já que se trata de um livro de investigação policial. As margens e letras, que também tem forma de máquina de escrever, só te fazem ficar mais imerso na história, como se o que tem nas mãos não fosse um simples livro e, sim, um arquivo policial e você fosse, juntamente dos personagens, um detetive que tenta desvendar o caso.
Repleto de cenas de tirar o fôlego e um ritmo maravilhosamente bem escrito, o livro pode facilmente ser lido em poucos dias (ou até em uma sentada única, se sua leitura for mais veloz que a minha). Pouquíssimos foram os momentos que discordei de algo que li no livro, mas nada que estrague a experiência de vivenciar os momentos descritos e sentir medo, pânico, alívio junto com as personagens. Recomendo demais a leitura.
Um parêntese para falar de Miller Britto, que conheci na Leitura do Shopping Boulevard: um ser humano extremamente simpático que me apresentou os livros que tinha escrito, me contando um pouco a respeito. Confesso que não tinha lido um livro policial até então e ainda estava indeciso sobre comprar Inverno dos Escritores Mortos e Primavera dos Sorrisos Macabros ali, de uma vez, porém a simpatia de Miller e a paixão que demonstrou enquanto falava de suas obras para mim me convenceu que, mesmo se eu viesse a não gostar de um livro policial, saberia que aquele trabalho foi feito com carinho. E digoue não me decepcionei e agora Inverno dos Escritores Mortos está no meu TOP 3 livros favoritos. Em breve lerei a continuação.