Menina - Mitacuña

Menina - Mitacuña Paulo Stucchi




Resenhas -


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Karen Silva 13/10/2018

Um soldado negro, desertor do exército imperial do Brasil, e uma menina guarani cruzam o território paraguaio rumo a Assunção. Ainda que em silêncio, cultivam uma amizade calcada naquilo que não pode (e não precisa) ser dito.

O cenário é a Guerra do Paraguai, conflito que dizimou a população masculina paraguaia e que, até hoje, é alvo de vários estudos históricos e de geopolítica.

E num país devastado por uma guerra insana, aquilo que não pode ser compreendido, mas sim dito com o olhar, é a única fonte de esperança.

Com uma escrita sensível e descritiva, o autor consegue nos transportar para o terrível cenário de guerra e, ainda, mergulhar nele a ponto de nos fazer sentir diretamente conectados aos personagens.

Quem me conhece sabe que do meu amor por um bom romance histórico. É sempre uma experiência única ver a História através dos olhos e sentimentos de um personagem. E o Paulo mostrou um trabalho de pesquisa admirável.

Queria destacar também a originalidade do autor ao abordar a Guerra do Paraguai que, apesar de muito importante, é pouco abordada. Foi extremamente interessante conhecer mais um conflito que aconteceu, geograficamente, tão próximo a nós - e no qual o Brasil participou ativamente.

Adorei a forma como cada um dos personagens, a sua maneira, teve uma mensagem para transmitir. Da sede por poder ao mais puro desejo por liberdade, você é sensibilizado. Além disso, a conexão entre João e a menina, bem como seu comprometimento para com a promessa que fez de protegê-la, é muito tocante. Mesmo sem se comunicar por fala, a confiança entre os dois nos motra que nem todas as palavras do mundo são capazes de transmitir o mesmo significado de um único olhar.

Menina Mitacuña é um livro que nos mostra o pior e o melhor do ser humano. E que, mesmo em tempos sombrios, a compaixão e o amor vencem.

site: https://www.instagram.com/lendodepijamas/
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Ray (@padawanliterario) 07/10/2018

Uma história que precisa ser contada
"Talvez por isso, agora, a amizade muda entre ela e Negro João era tão reconfortante. Ela compreendia a linguagem do silêncio e do olhar. Nada precisava ser dito."

Tem como plano de fundo a guerra mais sangrenta da América do Sul é garantia de muita comoção e lágrimas. Ao menos as minhas.
Foram 15 de leitura nessa cruzada pelo interior do Paraguai até Assunção e eu tive meus olhos abertos sobre muitos aspectos que jamais tinha sido motivada a conhecer e entender.
O tipo de livro que eu gostaria de ter tido como um paradidático no meu E.M. O tipo de livro que fico feliz de ter tido em mãos ainda que só agora.
Amor, amizade, liberdade, esperança, preconceito, intolerância... isso é apenas parte do que vc vai encontrar aqui.
Leitura mais que recomendada ?
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@Livrosdami_ 03/10/2018

Você precisa ler esse livro.
Com narrações detalhadas, onde você consegue sentir a dor e também o amor dos personagens, Paulo nos presenteia com um livro rico em história e em escrita.
O João é um personagem que você não precisa que ele fale para entender o que ele sente, é mesmo sofrendo e sendo frio algumas vezes, dava para sentir o amor que ele tinha pela menina.
A Menina, Maria, uma guerreira desde pequena, que passando pro todas as percas ainda sorria quando se deparava com uma boneca ou um cachorro.
Também adorei o italiano Giacomo, ele conseguiu dar uma leveza em meio a tanta destruição.
💣
Esse livro não é um livro onde você lê e esquece. É um aprendizado, um livro que jamais esquecerei, não só por ter fatos reais de uma guerra onde matou tantos, mas por mostrar o quanto os humanos são mesquinhos, gananciosos. Sei que o livro conta uma história onde existia escravidão e preconceitos que hoje não temos (ou pelo menos melhorou muito), mas ainda temos guerras, ainda vemos inocentes pagando com a vida pois nossos governantes não estão nem ai para o povo, e sim na conquista. Infelizmente, isso ainda existe.
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Maurício Augusto 01/12/2017

Um bom livro
Um soldado Negro desertor do exercito imperial brasileiro e uma menina guarani cruzam Paraguai rumo a Assunção. E em silêncio cultivam uma amizade calçada naquilo que não pode ser dito.
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