Bela 30/04/2018Júlio e seu filho César chegaram até a cidade de Carolina depois que seus advogados informaram que a mãe de Júlio havia deixado uma casa para ele. Clara desaparecera quando Julio ainda era novo e ele definitivamente não esperava herdar uma casa, muito menos em uma cidadezinha tão distante da área urbana. Mas nada poderia surpreendê-lo mais do que a cidade de Carolina propriamente dita. Pois, os seus habitantes parecem almas penadas, vagando lentamente pelas ruas sem qualquer vitalidade e suas roupas e carros parecem vindos de uma época distante. É como se a cidade estivesse esquecida no tempo. Porém, contrariando todos os conselhos de não se demorarem na cidade, eles resolvem fazer um lanche antes de partir. É quando tudo se muda para nossos protagonistas e talvez seja tarde demais para escapar.
"— Veja aquelas pessoas ali – ele apontou para duas pessoas que caminhavam lado a lado na outra calçada. – Veja a aparência delas, a forma como elas andam, dizem que as pessoas daqui não são pessoas de verdade, são coisas vazias e sem alma, corpos que não morreram completamente e que ficam caminhando por aí."
Essa é uma daquelas histórias que traz aquela sensação típica de que há algo muito errado acontecendo. Mas, obviamente, os personagens ficam se demorando e se demorando e te dando nos nervos, porque você só quer que eles vão embora dali, mas eles não fazem isso. E, é claro, que tudo dá errado por causa disso. Mas, ao mesmo tempo, achei um pouco ingênua a forma como os personagens acabaram naquela situação, me pareceu algo em que eu não cairia tão facilmente.
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