Dudi 29/01/2022Maria e ElijahTommy, o namorado de Maria, foi assassinado. Ele morreu arriscando sua vida para salvar Giliian, a irmã de alma de Maria. Além desse fato trágico, sua outra amiga Kat está no hospital e seu estado é grave; e para piorar seu ex-namorado, aquele que quebrou suas pernas e quase acabou com sua vida saiu da prisão e está de volta, lhe enviando mensagens. Quem decide proteger Maria é ninguém menos que Elijah, o irmão gêmeo de Tommy, que ela sequer sabia que existia até o dia do funeral.
No geral eu achei esse livro um pouco superficial, acho que tudo ocorre de modo muito rápido e acho que a autora força as situações para que o leitor sinta que está tudo bem com o fato de Maria estar transando com o irmão do falecido namorado - duas semanas depois dele ter sido enterrado.
Eu acho que essa coisa do “fogo” todo de Maria é um tanto exagerada. As amigas dela parecem que vão ter um infarto quando descobrem que ela está a um mês sem transar, porque aparentemente ela é sensual, fogosa e uma abstinência é surreal. Então quando ela conhece Elijah - aparentemente a versão melhorada do irmão: bad boy, tatuado, com cabelos longos e muito mais musculoso e sensual - o envolvimento é inevitável.
Ele basicamente se sente atraído por ela desde que viu ela pranteando o irmão dele no funeral (bizarro) e ela não consegue não pensar nele sexualmente já que ele é essa versão melhorada do ex dela. Além disso, ele está decidido a protegê-la do ex-namorado Antonio que está rondando e ameaçando ela - o que significa levar ela para morar na casa super protegida dele. Em duas semanas de convivência eles já falam de amor e já estão refletindo sobre um futuro juntos pelo resto da vida.
Confesso que pelo menos a Maria se sentiu culpada (principalmente depois das horas seguidas sem dormir fazendo sexo selvagem). A autora faz com que todas as amigas sejam compreensivas e digam que está tudo bem. Para o leitor que não aceitou bem a situação ela nós dá a benção de Tommy: ele escreve um carta para ela, pro irmão e pros pais dele, querendo que Elijah fique com ela, porque ele sabe que ambos têm o mesmo gosto para mulher e que Maria precisa ser protegida e que ela tem um fogo que ele pode dar conta e que nem o próprio Tommy conseguia controlar. Achei extremamente forçado essa situação toda!
Temos também muitas cenas de sexo - como estou lendo os livros em sequência confesso que já estava um tanto cansada delas, pois pareciam contribuir pouco com a trama. Acredito que esse tesão todo acaba sendo irreal e meio esdrúxulo - por exemplo, Maria foi atacada e está no hospital, ela dá algumas ordens para Elijah e eles discutem um pouco e ele fica: droga, agora estou com vontade de transar. Sim, porque você está discutindo com a mulher que acabou de ser atacada e poderia ter sido morta, mas o tesão é o que prevalece.
Referente a perseguição do ex dela, achei que ele foi muito longe considerando todos os recursos que esse grupo tem. Chase é rico, tem guarda costas, poder, investe pesado em segurança e o bandido consegue colocar uma roupa de manutenção e entrar no prédio e destruir o apartamento dela. Apesar disso, foram criadas algumas cenas de tensão interessantes, apesar de tudo ter se resolvido até rápido no final.
Para quem já leu a outra série da autora, a garota do calendário, esse livro faz referência a Mia no final, já que Maria vai ser coreógrafa dessa personagem.